Streaming é a distribuição de conteúdo ou dados via internet. No mundo dos games, quem trabalha nessa área é conhecido como streamer, uma profissão que ficou ainda mais popular nos últimos anos graças às transmissões de pessoas jogando ao vivo enquanto conversam com a audiência. E essa atividade se tornou algo tão sério que, além de profissão, também já virou tema de pesquisa e eventos acadêmicos. Conheça mais sobre a área e como ingressar nela:
Primeiro, é importante saber que também existem outros formatos de streaming, como as plataformas de séries, filmes, vídeos, podcasts e até mesmo exposições virtuais. No caso dos jogos, o meio mais popular de assistir às lives é a Twitch.tv, muito utilizada pois o conteúdo é quase todo consumido ao vivo e não em uma biblioteca. Só em 2019, a plataforma gerou 1,54 bilhão de dólares de receita.
Mas o que é preciso para começar no mercado de streaming de jogos? Segundo a publicitária Letícia Dallegrave, que pesquisou sobre Streaming de jogos como sistema de performances durante o seu mestrado, na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, existem 5 pontos essenciais para isso:
Essa pergunta foi norteadora para o trabalho de dissertação de Letícia e também pode servir para pensar qual é o diferencial do seu canal ou projeto. Mas calma, pois com certeza existem muitos motivos para você alcançar um bom número de visualizações. Basta inverter a pergunta: o que você mais gosta de ver em outras transmissões? Com essas respostas, parta para os próximos passos: se preparar para as lives e construir a sua comunidade.
Jogar, transmitir, interagir com quem tá assistindo, cuidar o enquadramento da câmera, performar bem… Uffa! São tantas tarefas realizadas ao mesmo tempo que para “bombar” como streamer a capacidade de ser multitasking precisa estar em dia. Mas lembre-se de respeitar o seu tempo, pois, com a prática, a pressão começará a diminuir e todo o processo ficará mais simples e intuitivo.
Um dos principais pontos a serem pensados é a sua audiência. Para a transmissão fazer sentido, alguém precisar estar assistindo. Por isso é importante estudar sobre qual público ou nicho se quer atingir para construir a sua comunidade. Por exemplo: o Ninja, que é o maior streamer do mundo, com quase 17 milhões de seguidores na Twitch, ficou famoso jogando o game Fortnite.
Letícia ressalta que, apesar de muitos/as streamer ganharem fama por jogarem de forma excelente, nem sempre esse é o caso. Várias pessoas que se dedicam à profissão também acabam conquistando a audiência por saberem se relacionar muito bem com o público, terem carisma ou encontrarem novas maneiras de estabelecer essa identificação e conexão. Não ser o melhor jogador para alguns não significado que você não possa ser a melhor pessoa para outras <3
Após pensar sobre os tópicos anteriores, lembre-se de que, mesmo não sendo necessariamente o mais importante, ter qualidade estética e técnica na sua transmissão fará toda a diferença. Se coloque no lugar de quem assiste: que tipo de cenário e iluminação ou qualidade de áudio e vídeo você gosta mais? A partir disso, tenha em mente que em algum momento investir em equipamentos e/ou em ambientação pode ajudar a alavancar o seu canal.
Para mandar bem na sua live você precisará:
E para aprender com quem leva essa carreira a sério, no dia 25 de agosto, às 19h30, acontece um novo evento da série Papos PUCRS, dessa vez sobre eSports é coisa séria. Os eSports, em uma definição mais direta, são competições organizadas de jogos eletrônicos, principalmente entre profissionais.
O encontro reunirá o ex-jogador profissional de eSports Gabriel (Kami) Bohn e o empresário e produtor cultural Ricardo Chantilly para conversar sobre a profissionalização dos games, os desafios tecnológicos e a falta de oportunidades para jovens de baixa renda. O bate-papo será mediado pelo professor André Pase (Famecos) e transmitida pelo perfil da PUCRS Cultura no Facebook e no canal da PUCRS no YouTube – onde ficará disponível para acesso posterior.
Talvez você não conheça André Meneguzzi, mas provavelmente o @Squallzera sim, o seu nome de streamer. Também formado em Publicidade e Propaganda pela Famecos, hoje André se dedica exclusivamente à transmissão de jogos e conta com 238 mil inscritos só no YouTube.
Ele conta que desde novo sempre esteve envolvido no universo de games e cultura nerd ou geek. Por ser muito curioso, acabou inclusive recebendo prêmios em competições da área, como de criação de melhor vídeo, de história e de composição musical.
Mas a paixão pela profissão começou após André ganhar uma bolsa para estudar um semestre da graduação no México. No tempo livre, ele assistia muitas lives de outros jogadores. Com apenas um computador, começou a carreira de @Squallzera, que gravava as suas partidas e publicava alguns conteúdos. Em um espaço médio de tempo, alguns resultados surgiram, ganhando pequenas quantias pelas lives que fazia.
“Quando se começa a receber pelo que faz, aumenta a motivação, porque já que eu deixo de ter um trabalho formal para me dedicar a isso, então é natural que eu queira ser remunerado pelo que eu faço”, explica. E a monetização pode acontecer de diferentes formas: pela própria plataforma, que acontece de acordo com o alcance de cada live; por meio de parcerias com empresas ou até mesmo vendendo produtos da sua própria marca.
Jedi é o nome do Grupo de Pesquisa sobre Jogos e Entretenimento Digital Interativo da Famecos. Com a combinação entre a informação e o entretenimento sendo cada vez mais presente, o grupo se propõe a compreender estas produções, seus suportes e fluxos. Conheça os trabalhos realizados no projeto e seja Jedi você também!
Ah, e se quiser aprender mais sobre o tema, assista à entrevista com a Letícia e o @Squallzera sobre o mundo do streaming de jogos no canal da PUCRS no YouTube:
Se você não sabe muito sobre engajamento, métricas, alcance e outras técnicas utilizadas para ter mais visibilidade nos ambientes digitais ou se quer aprofundar o conhecimento na área, este conteúdo é para você. O professor Francisco Lemos, dos cursos de extensão em Instagram e Google Analytics para Negócios preparou algumas dicas valiosas sobre práticas simples que podem te ajudar muito.
Os dois cursos tem conteúdos programáticos sobre técnicas de marketing digital com o uso de algumas das principais ferramentas digitais focadas em ajudar a criar ou expandir seus negócios. Inscreva-se nos cursos de Instagram ou Google Analytics e comece a migrar ideias do papel para o digital. Confira as dicas do especialista:
Além de poder gerar problemas para sua marca, comprar seguidores ainda mascara seus resultados. Ao fazer isso a tendência é que contas falsas sigam seu perfil, baixando o engajamento e, consequentemente, a relevância.
Muitas pessoas “famosas” têm milhares de seguidores, mas pouquíssimas curtidas, comentários e interações em geral. Isso é um dos resultados da compra de seguidores, por exemplo.
Planejar o que você quer alcançar, qual o público com quem deseja se relacionar e o propósito da sua marca ajudará a organizar o seu cronograma de postagens, definir estilo e linguagem, entre outros.
O Instagram, assim como outras redes, tem o estúdio de criação. Ele te ajuda a programar as postagens e visualizar melhor como ficará o seu feed. Crie conteúdo que complemente sua estratégia de base.
Se você tem uma loja virtual ou presta serviço, não poste somente conteúdos relacionados a vendas ou captação. Insira materiais gratuitos que ajudem as pessoas e que mostrem a relevância do seu serviço para a vida delas.
Caso você tenha um mercado, por exemplo, que tal disponibilizar conteúdos com dicas de receitas, decoração ou utensílios úteis?
As plataformas digitais estão sempre inovando e criando novas funcionalidades para incentivar que usuários e usuárias passem cada vez mais tempo utilizando seus serviços. Sabe aqueles gifs, figurinhas ou filtros que você AMA? Pois é, eles foram pensados exatamente para que você interaja.
Fique atento aos lançamentos e como você pode aproveitar o que está “bombando” no momento, como memes e coisas engraçadas, para se conectar com seu público.
Não existe uma fórmula mágica para saber quantos posts você deve fazer. Recomenda-se que haja publicações de duas a três vezes por semana, mas isso pode variar. Depende muito da sua necessidade e do comportamento de quem acompanha a sua conta.
Faça testes, escute o que a sua audiência diz e compare o que funciona melhor para a sua marca. Algumas coisas que ajudam: inserir hashtags, localização, marcar parceiros nas fotos e incluir chamadas para ação, incentivando que as pessoas curtam, compartilhem e comentem.