Foto: Igor Bandera

Começo de semestre é sempre uma época de muita disposição com os estudos. Com as energias recarregadas após as férias, esse é um bom momento para planejar os próximos meses, iniciar projetos e se dedicar àquilo que se deseja conquistar. 

Com o passar do tempo, porém, é comum que toda essa animação diminua um pouco. Para que isso não impeça a concretização dos planos elaborados nem atrapalhe o rendimento acadêmico, a professora Fernanda Faggiani da Escola de Ciências da Saúde e da Vida dá algumas dicas para não perder a disposição. Confira:

1. Divida as tarefas em partes gerenciáveis

Quando uma demanda parece ser muito complexa pode se tornar assustadora e desanimadora. Por isso, dividi-la em partes menores é uma boa estratégia para encarar o desafio e visualizar a sua evolução. 

2. Mantenha seu objetivo final em mente

Uma das melhores maneiras de se manter disposto é, antes de tudo, lembrar por que você está estudando. Mentalizar o que você deseja a longo prazo pode ser um bom motivador. E, para facilitar ainda mais, use objetivos provisórios durante o caminho, que auxiliem a dar um passo de cada vez. 

3. Siga uma rotina de estudos

Em geral é mais fácil ficar motivado se os estudos se tornarem parte da sua vida e da sua rotina diária. Nesse período de distanciamento social essa tarefa pode se tornar mais difícil. Por isso, é importante criar uma rotina que faça sentido para você e que atenda as suas necessidades.  

4. Experimente diferentes abordagens de estudo

É interessante variar os estudos para manter interesse. Em alguns dias você pode querer examinar um assunto e, em outros, tentar um tema diferente. Também pode ser útil alternar o estilo, encontrando lugares para estudar e variando o estudo sozinho ou com amigos – você pode usar diversas ferramentas para encontros online para isso, como o Microsoft Teams, que é gratuito para alunos da PUCRS. 

5. Lembre-se que os estudos não controlam sua vida 

Respeite os momentos de descanso e de folga. Evite estudar durante as refeições e crie pausas entre uma matéria e outra para relaxar e retomar o foco. Além disso, é preciso reservar tempo para a família, para os amigos e para fazer exercícios físicos. Tudo isso contribui para manter saúde física e mental em dia. 

Leia também: 5 formas de ingressar e cursar sua graduação na PUCRS

Relacionamento na pandemia mudou

Durante a pandemia, os jovens costumam realizar encontros na sua casa ou na do parceiro/Foto: Pexels

Navegar entre diferentes fotos e descrições, arrastar perfis para o lado, encontrar pessoas que frequentam espaços próximos, utilizar filtro de localização… Essas são apenas algumas das opções para quem decide dar uma chance aos aplicativos de relacionamento. As ferramentas, que já não eram novidade e chegaram a milhões de downloads nos últimos anos, tiveram um crescimento ainda maior durante a pandemia da Covid-19. 

Para entender o que jovens de Porto Alegre de 18 a 25 anos pensam sobre as formas e possibilidades de se relacionar nesse período, estudantes da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos elaboraram um estudo que trouxe insights e descobertas interessantes. 

“A ideia era entender como estava a percepção dessas pessoas sobre a pandemia e de que forma o comportamento delas mudou nesse período, e nossos resultados foram muito interessantes”, comenta Phillip Peitz, um dos realizadores da pesquisa, que complementa: “Foi legal perceber, por exemplo, que mulheres e jovens mais velhos, entre 22 e 25 anos, demonstraram uma maturidade maior em relação aos relacionamentos”.  

O que mudou? 

Jovens que antes costumavam ir para bares, festas e restaurantes precisaram buscar alternativas para manter suas vidas sociais ativas durante a pandemia. Não é de se impressionar que os aplicativos de relacionamento tiveram um crescimento grande durante esse período. Tinder, uma das plataformas mais conhecidas, teve o maior número de interações da sua história no final de março de 2020. 

A maioria dos entrevistados para a pesquisa se manteve em isolamento total, saindo apenas para compromissos importantes, pelo menos nos seis primeiros meses da pandemia. Nesse período, os únicos que estiveram em contato com alguém foram os comprometidos, os quais viram seus parceiros. Entretanto, o relacionamento na pandemia seguiu um padrão diferente do habitual: eles revelaram ou passar bem mais tempo juntos ou reduzir consideravelmente as visitas.  

Jovens mudam rotina

Como alternativa aos locais que costumavam ir, jovens estão realizando reuniões na casa de amigos/Foto: Pexels

Mas por que usar um aplicativo de relacionamento? Para a maioria dos participantes, a resposta é a carência e o desejo de solucionar a falta de conversas com pessoas devido ao isolamento social.   

Quando começaram a flexibilizar a quarentena, como alternativa aos locais que costumaram frequentar, os jovens passaram a ir a postos de gasolina e realizar reuniões na casa de amigos, em sua maioria com as pessoas mais próximas, o que significou romper o contato com parte do círculo de amizades.  

Para os comprometidos, ter um relacionamento na pandemia significou um maior companheirismo e parceria, enquanto poucas pessoas identificaram um aumento nos conflitos e brigas no período. A maior parte das pessoas manteve seu status de relacionamento atual. 

O romantismo acabou? 

Comunicação, confiança, compreensão, sinceridade e abertura para conversas. Essas foram as características mais apontadas sobre o que os participantes desejam em um relacionamento sério. No entanto, romantismo, cobranças e “ficar o tempo todo grudado” já não são desejados nessas relações.  

“Eu não acho que seja tão importante romantismo toda hora. Se eu sei que uma pessoa gosta de mim, não vejo um porquê para que ela faça toda hora uma declaração excessiva. Não é algo que eu cobro e vejo que, no geral, é algo que incomoda muita gente”, comenta Eduarda, uma das entrevistadas para a pesquisa.  

Há, no entanto, uma diferença entre gerações no que diz respeito ao que buscam em um parceiro. Enquanto o público mais jovem, de 18 a 21 anos deseja alguém parceiro, confiável e engraçado, os mais maduros querem estar mais em boa companhia do que dar risadas ao lado do companheiro. 

O encontro ideal, também conhecido pelo nome em inglês, date, deve ter diversão e conversas agradáveis, trazer segurança e conforto, além de possibilitar que os jovens sejam eles mesmos. Também foi possível observar uma mudança nos locais escolhidos para essas ocasiões: 90% dos jovens que afirmaram ter participado de um encontro durante a pandemia afirmam que realizaram dates em suas casas ou na casa do parceiro.  

Os aplicativos como alternativa para o relacionamento na pandemia 

Relacionamento na pandemia

Foto: Pexels

Dos 400 respondentes da parte quantitativa da pesquisa, 71% afirmaram já ter usado algum aplicativo de relacionamento, a maior parte (98%) optou pelo Tinder. Durante a pandemia, praticamente metade do público ou manteve ou aumentou o uso desses recursos. Os principais motivos para ingressar nas plataformas são conhecer gente nova, passar o tempo, e inflar o ego ou aumentar a autoestima. Embora beijar na boca apareça em quarto lugar nas respostas gerais, é um dos três principais impulsionadores para homens utilizarem esse tipo de ferramenta.  

Os principais critérios na escolha de um eventual parceiro em aplicativos de relacionamento são a aparência, os interesses em comum e as fotosNas entrevistas em profundidade foi possível perceber que biografias criativas ou que sejam capazes de expressar como essa pessoa é e pelo que ela se interessa são os preferidos pelos usuários. Apesar dos jovens terem se tornados mais seletivos durante a pandemia, apenas as mulheres esperam ampliar a seletividade na escolha de parceiros no pós-pandemia.  

Mas o que leva alguém a usar um aplicativo de relacionamento? O conforto para conhecer pessoas novas e a facilidade para conversar foram as principais vantagens apontadas pelos usuários, enquanto não ter certeza se as pessoas expõem suas vidas reaisdeixar o papo morrer e, principalmente entre as mulheres, o medo de quem está por trás dos aplicativos foram os principais receios entre os jovens.  

Entendendo comportamentos na pandemia 

O estudo foi elaborado pelos/as estudantes Bruna Maciel, Gabriel Teixeira, Julia de Bortoli, Maria Eduarda Diehl e Phillip Peitz, da disciplina de Projeto de Pesquisa de Mercado em Publicidade e Propaganda, ao longo do primeiro semestre de 2021 e com orientação do professor Ilton Teitelbaun. 

“Essa pesquisa foi importante pois fez com que saíssemos da nossa bolha, muitos dos resultados nos surpreenderam. Algo interessante é que, nesse semestre, 2021/2, temos um projeto prático e pudemos pegar como cliente uma empresa relacionada à temática da pesquisa. Os resultados também serão entregues ao aplicativo Happn, já que uma das especialistas entrevistadas era analista de Marketing da empresa”, comenta. 

Em sua etapa qualitativa, contou com sete entrevistas em profundidade, sendo três delas com especialistas e quatro com jovens de 18 a 25 anos, também foram formados dois grupos focais com oito jovens na mesma faixa etária dos entrevistados. Depois, na fase quantitativa, foram 400 respostas válidas em uma coleta feita por meio de questionário online, sendo a maioria homens e mulheres cisgêneros e heterossexuais, todos moradores de Porto Alegre ou da Região Metropolitana. 

Estudo analisa impacto do contato com as civilizações na população indígena

Tapiris e cabanas construídas com folhas de palmeiras das espécies Aricuri ou Babaçu / Foto: CGIIRC/Funai

Eles são alguns dos povos mais antigos que existem, mas ainda se sabe muito pouco ao seu respeito. Só na Amazônia Legal, constam cerca de 115 registros de grupos indígenas que vivem em isolamento. Em parceria com profissionais, ativistas e órgãos indigenistas, o professor e pesquisador Hermílio Santos lidera ações e um estudo sobre diferentes etnias da população indígena no País, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS (PPGCS). 

Para entender melhor as heranças do contato da população indígena com outras civilizações e o contexto dos povos isolados, Santos mantém contato com várias etnias, por meio do WhatsApp. Entre elas, as da Associação Terra Indígena do Xingu (Atix), em Mato Grosso, que representa 16 povos que vivem no território: Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamaiurá, Kawaiweté, Kisêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Tapayuna, Trumai, Wauja, Yawalapiti, Yudja. 

Saiba mais: Por vídeos, professor da PUCRS se comunica com indígenas sobre história e hábitos no Brasil 

Sua pesquisa recentemente aprovada no Programa de Bolsas BPA irá estudar seis etnias, divididas em três grupos, de acordo com o período do primeiro contato: Terena e Bóe-Bororo (Mato Grosso, mais de 100 anos), Panará e Enawenê-nawê (há 40 anos) e Yawalapiti e Kamayurá (Mato Grosso, em torno de 80 anos). Serão realizadas entrevistas biográficas com três gerações de mulheres dessas etnias para entender os seus processos históricos. 

No dia 18 de março, às 16h30min, o docente mediará um encontro virtual sobre Povos indígenas isolados no Brasil. Participarão do evento José Assunção Castilhos, especialista no tema que atua na Funai e Antenor Vaz, sertanista e consultor em Sistemas de proteção para povos isolados e de recente contato na América do Sul. Para acessar, acesse o link ou utilize o ID 95413237630 e a senha 457164.  

Integração com os povos indígenas 

Estudo analisa impacto do contato com as civilizações na população indígena

Jogadores de futebol, do povo Panará / Foto: Kowpy Panará

A equipe, composta por estudantes do PPGCS, também tem elaborado ações de integração e recuperação da ancestralidade indígena. Por meio de uma das suas orientandas, que é filha de Tite, o técnico da seleção brasileira, o professor está organizando um campeonato de futebol com a Atix. “Eles gostam muito de futebol e o Tite, além de aceitar nos acompanhar, incluiu a CBF. Estamos em tratativa dos detalhes finais, mas deve acontecer após a pandemia”, explica Hermílio Santos. 

E para marcar a contribuição da cultura indígena para a sociedade brasileira, está sendo planejada uma exposição com itens que foram levados para o exterior. No século 19, o primeiro contato com os povos do Xingu foi feito pelo pesquisador e explorador alemão Karl von den Steinen, que recolheu mais de mil objetos do local. Os itens fazem parte de um acervo etnográfico em Berlim, desde 1884. 

A ideia é trazer esses objetos para serem expostos no Xingu, no Senado Federal, e aqui na PUCRS, com o apoio de curadoras como Watatakalu Yawalapiti, uma das lideranças do movimento de mulheres indígenas no Xingu”, acrescenta sobre o projeto chamado Xingu 22, que deve ser parte das comemorações do bicentenário da independência. 

Indígenas e a relação com a natureza 

Os povos isolados têm uma dependência muito maior do meio ambiente. “Se as florestas estão deterioradas, se a água fica contaminada ou se contato desprotegido com a população não-indígena, eles podem facilmente ficar doentes. O que para nós é apenas um resfriado, para eles pode ser fatal. As ameaças vêm de muito tempo, mas com a intensificação das ações irregulares e a impunidade as consequências têm sido muito mais graves”, explica o pesquisador. 

Esses povos são patrimônio da humanidade. São brasileiros, mas ancestrais e originários dessa terra, HERMÍLIO SANTOS.

Estudo analisa impacto do contato com as civilizações na população indígena

Produção de farinha na aldeia Nesepotiti / Foto: Kowpy Panará

A partir de leis indigenistas, foram criados espaços exclusivos para que esses grupos possam utilizar a terra sem deteriorá-la. Eles costumam viver como nômades ou seminômades e por isso precisam de áreas vastas. A primeira foi Massaco, em Rondônia, e existem cerca de outras 23 no País. 

Leia também: Populações indígenas e aldeias contra o coronavírus 

Onde estão os povos indígenas no Brasil 

Segundo dados divulgados pelo Instituto Socioambiental (Isa), baseados em relatórios da Fundação Nacional do Índio (Funai), apenas 28 dos registros de povos isolados foram confirmados. Além deles, o último censo do IBGE mostra que mais de 817 mil pessoas no brasil são indígenas, com 305 etnias e 274 línguas, representando apenas 0,4% da população total.  

De 1500 até a década de 1970 muitos povos foram extintos. Outros fatores como autodeclaração e a dificuldade de contato com os povos isolados também influenciam para o número ser tão pequeno. Do total, mais de 502 mil vivem em zonas rurais e 315 mil habitam áreas urbanas. 

As regiões com menor número de indígenas são a Sudeste e a Sul, enquanto a maior concentração está no Norte. O povo Tikuna, residente no Amazonas, apresenta o maior número de integrantes. 

Estudo da PUCRS analisa por que alguns pacientes desenvolvem sintomas mais graves de Covid-19

Foto: Unsplash

Apesar de serem delimitados grupos de risco para a Covid-19, pessoas que não fazem parte de nenhum deles podem precisar de internação por agravamento da doença, assim como alguns pacientes de grupo de risco podem apresentar apenas sintomas leves. Motivados por compreender o porquê disso, o Laboratório de Biologia Celular e Tecidual da PUCRS, em parceria com pesquisadores da UFCSPA e da UNIVATES, encontrou uma possível resposta nos níveis de angiotensina II no sangue. A angiotensina (tanto a I quanto a II) é um polipeptídio, ou seja, um conjunto de aminoácidos, responsável, dentre outras funções, por regular a pressão arterial, como explica Léder Leal Xavier, professor de Fisiologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e um dos responsáveis pelo estudo.  

O pesquisador acrescenta que a entrada do vírus da Covid-19 nas células humanas ocorre através de uma enzima que fica na membrana dessas células, chamada enzima conversora de angiotensina II (ECA2), encontrada, principalmente, no pulmão, ela é, portanto, a “ponte” para que o vírus entre no organismo. A angiotensina II, por sua vez, remove a ECA2 da membrana das células e, sem essa “porta de entrada”, diminui a quantidade de vírus que consegue, efetivamente, entrar no corpo. Na hipótese criada pelo grupo de pesquisa, pacientes que conseguem aumentar os níveis de angiotensina II durante a Covid-19, têm uma carga viral menor e ativam o sistema imune de uma forma adequada, tendo, consequentemente, melhor prognóstico. Entretanto, algumas pessoas não conseguem produzir um aumento nos níveis de angiotensina II, com isso, recebem uma carga viral elevada, e, por não ativar o sistema imune adequadamente no início da doença, podem ter sintomas mais graves. 

O estudo, que faz parte da tese de doutorado da aluna Paula Neves, do Programa de Pós Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS (PPGBCM), pode auxiliar no entendimento e possíveis tratamentos da COVID-19 e também de outras infecções por outros vírus que venham a ser descobertos e usem a ECA2 como modo de entrada no corpo humano. “É importante conhecermos a biologia básica das doenças para que depois possamos agir”, complementa Léder. 

A pós-doutoranda do PPGBCM, Andrea Wieck Ricachenevsky, por sua vez, comenta sobre a importância de unir cientistas de diferentes instituições de ensino em prol da ciência: “esses pesquisadores têm formações e especialidades distintas. Além disso, oferecem diferentes pontos de vista sobre o tema, proporcionando a multidisciplinariedade, o que é muito importante em um estudo”. 

Os pesquisadores, por fim, afirmam que o estudo é composto de teorias fisiológicas e bioquímicas sobre as respostas do corpo humano à Covid-19 e outras infecções virais e pode servir de base para estudos futuros em busca de tratamentos que atenuem os efeitos dessas doenças, mas salientam que medidas básicas como distanciamento social, uso de máscaras, vacinação e consulta ao médico em qualquer suspeita de Covid-19 são prioridades. Além disso, até o momento, o estudo não altera de forma alguma o tratamento clínico dos pacientes, visto que, por enquanto, não há um remédio “universal” para tratamento da Covid-19, e sim, diversos tratamentos para os sintomas, a serem definidos por um médico. 

O artigo completo, publicado no periódico internacional Frontiers of Immunology, pode ser conferido aqui. 

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Alunos do PPGCom podem desenvolver assuntos sobre diferentes temas / Foto: Chris Montgomery/Unsplash

Em uma realidade de distanciamento social na qual inúmeras atividades até então realizadas presencialmente migram para o virtual, não há como negar o importante papel da tecnologia da informação e do audiovisual. Sejam nas relações sociais, culturais, políticas ou científicas, novos recursos e plataformas surgem para criar possibilidades de interação com o mundo. Não é novidade, mas está mais claro que não é preciso estar fisicamente perto para se comunicar. 

Desenvolver pesquisas sobre produtos tecnológicos capazes de auxiliar nas relações das pessoas com a sociedade é um dos caminhos possíveis para quem ingressa no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCom) da Escola de Comunicação, Artes e Desing – Famecos da PUCRS. Os alunos de mestrado e doutorado podem se envolver em estudos relacionados ao desenvolvimento de aplicativos, jogos, produtos criativos e outras áreas afins. “Outra perspectiva possível é refletir sobre as transformações nas práticas informativas, estéticas e culturais e sobre as mudanças nos relacionamentos nas organizações e no imaginário social”, destaca a coordenadora do Programa, professora Cristiane Freitas. 

Estrutura para inovar e impactar o universo da comunicação 

Ingressando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUCRS, o aluno poderá se conectar com diferentes questões que envolvem a comunicação e a informação. Relações nas redes sociais, influência das tecnologias na mediação do mundo, importância da imagem na formação das pessoas e os impactos da informação na realidade social e nas organizações são apenas algumas delas. 

Quem se interessa por assuntos como audiovisual, entretenimento, jornalismo, publicidade, cultura e política encontra no PPGCom uma infraestrutura de alto nível para realizar uma pós-graduação. Os estudantes têm acesso a laboratórios equipados com tecnologia avançada para o desenvolvimento de pesquisas – incluindo espaços em parceria com o Tecna e o Tecnopuc – e salas de aula diversificadas. 

Corpo docente qualificado e possibilidades de internacionalização 

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Programa conta com laboratórios equipados com tecnologia avançada à disposição dos estudantes / Foto: Bruno Todeschini

Outro ponto a destacado por Cristiane é o corpo docente: 

“Contamos com professores qualificados, que atuam em redes de pesquisa nacionais e internacionais, participando ativamente dos principais fóruns científicos do País”. 

A coordenadora do curso ainda ressalta o fato de os alunos de mestrado e doutorado poderem ter experiências internacionais por meio do contato com pesquisadores estrangeiros renomados em seminários, grupos de pesquisas e acordos de dupla diplomação. 

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUCRS tem sua área de concentração focada no estudo das práticas e culturas da comunicação e oferece duas linhas de pesquisa: Cultura e tecnologias das imagens e dos imaginários e Política e práticas profissionais na comunicação. Com nota 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o PPGCom está com inscrições abertas para os cursos de mestrado e doutorado até o dia 30 de outubro. 

Inscreva-se

Ciência que busca soluções para questões atuais 

Cristiane aponta que a Universidade tem acompanhado as demandas do presente, adaptando-se rapidamente ao ensino remoto. “Como a tecnologia e o audiovisual são parte do nosso fazer, a sala de aula é uma extensão da reflexão e do desenvolvimento de soluções para lidar com a pandemia e para planejar o futuro em transformação mediado pelas mídias”, aponta. 

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Grande quantidade de lives nos primeiros meses do ano despertou interesse para pesquisa / Foto: Adi Goldstein/Unsplash

Uma das pesquisas realizadas nesse sentido diz respeito às transformações estéticas no audiovisual durante e pandemia. Desenvolvido pelo professor Roberto Tietzmann, o estudo se relaciona com outros dois que já estavam em andamento, sendo um deles sobre o fenômeno recente das lives, que apareceram em grande número nos primeiros meses deste ano.  

O objetivo é investigar os resultados da pandemia nas manifestações culturais desse período. Segundo Tietzmann, passado o primeiro semestre de 2020, estamos vendo diversas temáticas e estéticas que refletem o isolamento e a tecnologia de realização audiovisual se afirmando como “a cara” deste momento: 

“Os retângulos que cercam o quadro de cada videochamada, a apresentação do espaço doméstico como um lugar de performance além da aparência pessoal e o isolamento de cada personagem em sua narrativa”. 

A pesquisa ainda contribui para a identificação de exemplos e informações que podem inspirar sobre como lidar com as questões e dificuldades de produção enfrentadas pelos alunos. “Assim, a pesquisa olha para o global e seus resultados colaboram com o local”, conclui o professor.  

Ao fim do estudo a ideia é que se tenha uma análise de como o isolamento se reflete no audiovisual, assim como um repertório de estratégias e soluções de como manter a produção ativa, levando em consideração o que é ou não viável fazer neste momento.

As mudanças e adaptações impostas pela pandemia da Covid-19 estão sendo um desafio para todas as pessoas que, em geral, se viram obrigadas a repensar planos e a aprender a conviver com essa nova realidade. Porém, para nós, um público em especial se destacou durante esse processo, que exigiu o melhor de cada um e cada uma: nossos alunos e nossas alunas! Por isso, neste 11 de agosto, o Dia do Estudante, demonstramos o nosso carinho e reconhecimento por todo o esforço e empenho para que, juntos, possamos ser a diferença que esperamos no mundo.

“Ao parabenizar a todos e todas estudantes neste dia, gostaria de destacar a capacidade humana de aprender continuamente, de desenvolver competências e habilidades para adaptar-se a novos tempos e para superar contextos adversos. As formas diferenciadas de organização dos estudos neste período de pandemia, também deixa como legado formas inovadoras de ‘aprender a aprender’”, destaca Adriana Kampff, diretora de Graduação da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, sobre a trajetória de aprendizagem durante a pandemia.

O estudo proporciona o desenvolvimento de uma visão crítica e permite refletir sobre diferentes visões que, hora se contrastam, hora se complementam. Para Fernanda Gomes, aluna do 7° semestre do curso de Psicologia, a Educação representa a capacidade de transformação. “Estudar abre portas, fomenta a criatividade e a inovação. Desde muito pequena é algo central da minha vida, talvez por incentivo da minha mãe, uma professora. Sinto que jamais vou parar de estudar. É algo que me proporciona crescimento e realização, além de possibilitar a construção e o compartilhamento do conhecimento”, comenta.

Um caminho de gerações

Estudar também é estar conectado como futuro, enfatiza Ana Wilbert, de 13 anos, aluna do 8º ano e vice-presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Marista Maria Imaculada. “O estudo é uma forma de quebrar barreiras e criar oportunidades”, aponta. Ela, que pretende construir uma carreira como professora, conta que admira muito a profissão. “Todos os professores e professoras que tenho e já tive são grandes exemplos pra mim. Como gosto muito de crianças, quero trabalhar com a alfabetização”, destaca.

Infâncias, adolescências e juventudes

Famílias, educadores e comunidade são convidados a participar do painel virtual sobre Infâncias, Adolescências e Juventudes: maristas comprometidos com o cuidado, que ocorrerá no dia 13 de agosto, às 18h. Além disso, os estudantes da EJA discutirão os Direitos das Crianças e Adolescentes em uma Aula Inaugural especial. Acesse o evento aqui, pela plataforma Teams.

O bate-papo contará com a presença do secretário executivo da União Marista do Brasil (Umbrasil), Ir. Natalino de Souza, do Coordenador de Pastoral da Rede Marista, José Jair Ribeiro, e da Assessora Educacional dos Colégios da Rede Marista Loide Trois. Além disso, os estudantes da EJA discutirão os Direitos das Crianças e Adolescentes em uma Aula Inaugural especial.

Leia também: A Educação do futuro é agora, multidisciplinar e experimental 

CDEA, Alemanha, internacionalNesta terça-feira, dia 25 de junho, acontece a palestra sobre a edição 2019/2020 da Bolsa Chanceler Alemã para Futuros Líderes do Brasil (German Chancellor Fellowship for prospective leaders from Brazil). A oportunidade é voltada a jovens talentos com ensino superior completo, que, além de impulsionarem suas carreiras, recebem incentivo financeiro de até 2.750 euros mensais para desenvolverem seu projeto por um ano na Alemanha. O evento ocorre às 19h, no Auditório do Living 360° – prédio 15 (Av. Ipiranga, 6.681) e é promovido em parceria com o Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA). A atividade é gratuita e aberta a todos os interessados. O número de participantes é limitado e as inscrições devem ser feitas neste link.

A iniciativa da Fundação Alexander von Humboldt (AvH) conta com o patrocínio da chanceler da República Federal da Alemanha, Angela Merkel. Na ocasião, Damian Grasmück, representante do Departamento de Seleção da AvH, apresentará mais detalhes sobre o programa. O encontro contará também com a participação especial do cônsul da Alemanha de Porto Alegre, Robert Strnadl.

Sobre a bolsa Chanceler Alemã

O programa é destinado a jovens pesquisadores do Brasil, China, Índia, Rússia e Estados Unidos, e contempla áreas como política, economia, mídia, administração e cultura. A bolsa tem duração de um ano e, ao final do período, os escolhidos têm a oportunidade de apresentar seus projetos para a chanceler Alemã Angela Merkel.

Datas e pré-requisitos

Outra exigência é a apresentação de uma carta de recomendação de um mentor para a pesquisa, que pode ser de instituição de ensino privada ou pública. Para mais informações sobre a bolsa neste link.

Estresse Acadêmico, Palestra, Escola de Medicina

Foto: Gilson Oliveira/Arquivo PUCRS

Uma pesquisa sobre estresse na vida acadêmica está selecionando voluntários entre os estudantes de graduação da PUCRS. O estudo é realizado pelo grupo de Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental, coordenado pela professora Margareth Oliveira, da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS. As inscrições podem ser feitas até 15 de abril, pelo e-mail [email protected].

Os participantes precisarão comparecer a oito encontros em grupo, com duração de duas horas, por dois meses, e responderão questionários de avaliação online. A dinâmica será no formato de aulas teórico vivenciais, trabalhando estratégias para lidar com o estresse. Segundo Renata Zancan, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora da pesquisa, serão utilizadas estratégias para lidar com pensamentos e emoções desconfortáveis e com o manejo em situações estressantes.

Interessados em participar do estudo devem indicar, no momento da inscrição, os seus dias e horários de preferência. Os encontros acontecerão em três momentos: segundas-feiras, das 14h às 16h, e nas terças-feiras, das 11h30min às 13h30min e das 14h às 16h.

foto dos pesquisadores do inscer envolvidos em pesquisa sobre epilepsia e depressão

Pesquisadores no InsCer (da esquerda para a direita): Gabriele Zanirati, Gianina Venturin, Samuel Greggio e Pamella Azevedo / Foto: Bruno Todeschini

Integrantes do Laboratório de Neurociências do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) fizeram um estudo mostrando que, quando a depressão está associada à epilepsia, acaba contribuindo para a piora do quadro em um modelo experimental. Animais com as duas doenças tiveram maior redução do metabolismo cerebral, ou seja, da atividade do cérebro, quando comparados a animais epilépticos sem depressão. Também apresentaram um maior número de conexões anormais na rede metabólica cerebral entre regiões envolvidas com ambas as patologias.

A partir dos resultados, o grupo busca novas estratégias eficazes e seguras para prevenção e tratamento. O projeto abre caminho para estudos de redes metabólicas em portadores de epilepsia e depressão, com potencial não só para diagnóstico mais preciso, mas também para escolha e avaliação da terapêutica”, destaca o coordenador da pesquisa, diretor do InsCer e professor da Escola de Medicina, Jaderson Costa da Costa. A ideia é mais adiante realizar um estudo clínico, envolvendo pacientes.

Saiba mais na Edição 188 da Revista PUCRS.

 

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Foto: annawaldl/Pixabay

Em cada canteiro de obra, um elevado volume de resíduos é gerado. E se esses detritos fossem reaproveitados, com a potencial reutilização em concretos ou argamassas? Esse é o conceito da pesquisa coordenada pelo professor da Faculdade de Engenharia da PUCRS, Jairo Andrade. A proposta do estudo visa minimizar o descarte inadequado desses produtos, além de tentar agregar valor aos mesmos. A pesquisa já foi publicada na revista científica internacional Construction and Building Materials.

Segundo o professor, devido à normalização técnica, tal material ainda não pode ser utilizado como elemento estrutural para a construção de prédios, mas sim em outras aplicações não estruturais, como: meios-fios, vergas e contra vergas e blocos para pavimentação. “Estamos verificando a potencialidade de uso em argamassas de revestimento, conhecido como reboco”, explica.

O estudo já está em testes na Universidade, sendo dissertação de mestrado defendida recentemente pelo engenheiro civil, Sérgio Roberto da Silva no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA) da PUCRS. Apesar de várias de pesquisas sendo desenvolvidas em relação ao reaproveitamento dos resíduos de obra, o professor alerta que ainda há muito por se fazer. “Existem vários aspectos que têm que ser estudados antes de saber até que ponto o material pode ser efetivamente empregado, como o comportamento do mesmo ao longo do tempo e as suas possíveis interações ambientais, até porque se trata de um resíduo”, comenta.