Imunossenescência

Idosos cronicamente estressados têm imunidade celular ainda menor quando comparados a idosos não estressados./Foto: Pexels

O estresse psicológico acelera o envelhecimento fisiológico e imunológico em vários aspectos. Isso é o que foi estudado por Moisés Bauer, pesquisador e coordenador do Laboratório de Imunobiologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. “Demonstramos essa relação pela primeira vez há mais de 20 anos, descrevendo altos níveis de estresse, ansiedade e depressão em idosos de 60 a 91 anos, muito saudáveis, que viviam de forma independente na região metropolitana do Rio Grande do Sul”, conta o professor.  

De acordo com ele, essa sobrecarga emocional relacionada ao estresse aumentava níveis do hormônio cortisol (marcador biológico do estresse) no organismo e debilitava a capacidade de proliferação dos linfócitos T, uma importante função da nossa imunidade celular, implicada na defesa contra vários patógenos, incluindo vírus e câncer.   

“Vimos que idosos cronicamente estressados (cuidadores de pacientes com Alzheimer, por exemplo) têm essa imunidade celular ainda menor quando comparados a idosos não estressados. Essa redução foi também associada a níveis elevados do hormônio cortisol”, completa Moisés. 

O pesquisador explica que o estresse pode acelerar o principal relógio biológico já estudado, diminuindo o tamanho das extremidades dos cromossomos (chamadas telômeros). Em cada etapa de divisão celular, os cromossomos ficam um pouco mais curtos na região dos telômeros. Para evitar um encurtamento expressivo e a perda de material genético relevante, as células se tornam senescentes, ou seja, perdem a capacidade de renovação celular e param de se dividir. O tamanho dos telômeros se relaciona inversamente com o envelhecimento cronológico.  

“Sujeitos entre 20 e 50 anos com doenças crônicas, que têm grande sobrecarga de estresse emocional ao longo das suas vidas, como pacientes com transtorno bipolar do tipo I, apresentam mais células imunes senescentes no sangue e telômeros dos linfócitos mais encurtados do que sujeitos controles – sugerindo um envelhecimento biológico acelerado”, explica o professor. 

Além disso, o estresse psicológico está associado com uma maior atividade inflamatória de base, com aumento de várias proteínas inflamatórias no sangue. O processo de envelhecimento aumenta gradualmente essa atividade inflamatória sistêmica (conhecida como inflammaging) que se relaciona com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, metabólicas e câncer. O estresse antecipa o inflammaging e dessa maneira acelera o envelhecimento em jovens adultos com transtornos do humor (como depressão). 

“Sabemos hoje que esse aumento de inflamação relacionado ao estresse agrava os transtornos do humor, e drogas anti-inflamatórias são eficientes para tratar esses pacientes”, adiciona o pesquisador. Segundo ele, a sobrecarga emocional, em qualquer etapa na vida, está associada com uma imunossenescência mais acelerada, imunidade mais baixa, com mais células senescentes (com telômeros encurtados) e maior atividade inflamatória de base. 

Imunossenescência e a Covid-19 

A pesquisa conduzida pelo pesquisador Moisés Bauer integra as linhas de pesquisa em neuroimunologia e imunossenescência. Os estudos são conduzidos com diversos parceiros nacionais e internacionais, além de fazer parte de redes temáticas dentro e fora do Brasil. 

Atualmente, o grupo de pesquisa Imunologia do Estresse, coordenado por Bauer, desenvolve projetos que visam analisar a relação da imunossenescência com a Covid-19, tanto na identificação de idosos da comunidade com maior risco de desenvolvimento de infecções graves (em parceria com o professor Douglas Sato) bem como em adultos hospitalizados com Covid-19 grave (em parceria com o professor Marcus Jones e a professora Florencia Barbé Tuana).  

Especialista na área  

No início de setembro, o professor Moisés Bauer ficou entre os dez principais pesquisadores na área de imunossenescência no site Expertscape. A plataforma ordena pesquisadores, clínicos e instituições em mais de 29 mil tópicos biomédicos. A partir do ranqueamento mundial em cada área específica, seleciona os especialistas no assunto. A pesquisa foi feita com as produções nos últimos dez anos (2011-2021), totalizando 1015 artigos publicados neste período. 

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Estudos buscam entender impacto da pandemia no estresse e o sono

Foto: Shutterstock

Os impactos da pandemia na saúde não são restritos aos contaminados pela Covid-19. O isolamento social e o medo de perder alguém para o vírus são agravados pelas incertezas relacionadas à renda e, também, pelo desemprego.

Por isso, diversas pesquisas estão sendo realizadas para avaliar os impactos da pandemia na saúde pública. Uma delas é a denominada Estresse, trauma e percepção de risco durante e após a pandemia, coordenada pelo pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Rodrigo Grassi de Oliveira. O estudo contou com 17 mil pessoas, as quais responderam questionários anônimos que visam mapear e monitorar a população brasileira durante e após a pandemia de Covid-19. Para participar da pesquisa, clique aqui.

A insônia subjetiva é um problema frequente: cerca de 20% a 40% das pessoas se queixa de falta de sono ou dorme mal. Esse mal foi agravado durante a pandemia. Por esse motivo, o programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança, da Escola de Medicina Como está o seu sono nessa quarentena?. Apesar de já ter resultados preliminares, o estudo continuará até o final do período de quarentena. As informações foram coletadas a partir da sétima semana de quarentena, com enfoque no Rio Grande do Sul e demostram uma piora na qualidade do sono em crianças de 0 a 3 anos.

Para conhecer melhor as pesquisas e verificar demais resultados preliminares, leia a matéria completa na Revista PUCRS (páginas 42 e 43).

covid,covid-19,covid 19,novo coronavírus,coronavírus,pesquisa,inscer,Instituto do Cérebro,Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul,estresse,ansiedade,depressão,traumaEntender o impacto traumático da pandemia do novo coronavírus é o objetivo principal de uma pesquisa desenvolvida por profissionais da PUCRS. A iniciativa surgiu a partir de integrantes da força-tarefa multidisciplinar criada pela Universidade para buscar soluções para as diferentes questões que envolvem a Covid-19. O professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) Rodrigo Grassi de Oliveira é um dos nomes que compõem o grupo de saúde mental da força-tarefa e que está por trás desse estudo. Segundo ele, a ideia é fazer um mapeamento e um monitoramento das questões relacionadas a estresse e trauma na população brasileira durante e após a pandemia.

Grassi explica que o grupo percebeu a necessidade de se realizar uma pesquisa nesse sentido em função das preocupações que o contexto atual pode gerar, como medo da morte, incerteza sobre o futuro e distanciamento social. Conforme o professor, essas questões podem ser muito estressantes e contribuir para o aparecimento ou piora de transtornos metais, principalmente ansiedade e depressão.

Uma das possíveis explicações para um aumento do estresse nesse período pode ser justamente a rápida disseminação das informações associadas à pandemia. Número de casos confirmados, óbitos, modo e taxa de transmissão podem ser facilmente monitorados por todas as pessoas com acesso à televisão ou à internet – além dos problemas socioeconômicos consequentes do distanciamento social. “Essa ampla cobertura da mídia pode influenciar a percepção cognitiva da população em relação à ameaça da doença, levando a uma maior ou menor proliferação de medo. A partir disso, começam a emergir questões importantes acerca dos impactos que a pandemia pode ter na saúde mental”, aponta.

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Pesquisa é respondida de forma online e não exige identificação

Para que a pesquisa possa atingir o maior número possível de pessoas em todo o Brasil, ela foi desenvolvida para que pudesse ser respondida de forma online e anônima – o que exige uma série de cuidados metodológicos. Ao longo de toda a entrevista, são coletadas informações relacionadas a sintomas de estresse, ansiedade e depressão, além de outros dados que, de alguma forma, possam estar afetando as pessoas, como o uso de mídias sociais e o quanto seu uso influencia ou não no estresse.

A ideia é que o questionário permaneça aberto ao longo de todo o período da pandemia e também no pós-pandêmico. Outro ponto relevante é que a mesma pessoa pode responder a pesquisa quantas vezes quiser, ao longo dos diferentes meses – lembrando sempre de sinalizar, no começo, que já respondeu às perguntas antes. Para se ter esse controle, cada pessoa tem um identificador (CEP e últimos quatro dígitos do celular, únicas informações solicitadas aos participantes).”Assim, teremos como saber quantas vezes alguém respondeu a pesquisa. Além de fazer esse mapeamento transversal, conseguiremos ter diferentes fotografias da população brasileira ao longo do ano”, pontua Grassi.

A meta é que pelo menos 9 mil pessoas respondam à pesquisa nessa primeira onda de coletas e, se possível, que voltem a responder nos próximos meses. “É um desafio a gente conseguir isso. Estamos pedindo para todo participante que nos siga nas redes sociais, pois será lá que faremos o anúncio público da segunda onda de coletas. Mesmo que essas pessoas não voltem a responder, tendo 9 mil respondendo agora, 9 mil daqui a três meses e mais 9 mil daqui a seis meses, a gente consegue generalizar estatisticamente esse diagnóstico do mapeamento de sintomas estressantes e traumáticos”, destaca.

Participantes recebem feedback e orientações em caso de estresse

Ao fim da pesquisa, os participantes têm acesso a um feedback baseado nas suas respostas. Aqueles que manifestaram estar sofrendo com a pandemia recebem orientações sobre como podem buscar ajuda. Se alguém expressar algum tipo de pensamento relacionado à morte ou a suicídio, automaticamente a pesquisa abre uma tela, instrui essa pessoa a ligar para o Centro e Valorização da Vida (CVV) e explica que há como essa pessoa ser ajudada, que o serviço não tem custo. “Tivemos uma preocupação com a pessoa que está respondendo a pesquisa, de forma que ela também seja psicoeducada por onde buscar ajuda”, completa Grassi.

O professor destaca que qualquer intervenção de saúde precisa ter base científica e que, como essa pandemia se desenvolveu de forma veloz, é preciso ser igualmente rápido para gerar bases de dados científicos e, a partir deles, estruturar políticas de intervenção, principalmente de saúde pública. “Investigar trauma ou estresse é importante porque a gente sabe que quanto mais cedo for a intervenção, melhor do ponto de vista de não deixar um adoecimento efetivamente se estabelecer”, reforça.

Outro ponto importante em relação a esse mapeamento é o fato de um aumento do adoecimento mental, em especial da depressão, gerar também questões econômicas importantes: “Uma das maiores causas de afastamento do trabalho é doença mental. Se a gente espera que, após esse período de recessão, o número de doenças mentais aumente, também tem que ficar preparado para tentar prevenir ou contornar essa situação, porque esse eco pós pandemia continuará corroendo a estrutura econômica”.

Ciência que é feita por todos

Grassi relata que o momento atual também é difícil para a ciência, uma vez que cada um está em sua casa e que uma série de materiais de pesquisa não estão podendo ser utilizados nesse momento. Por isso, chama a atenção para a importância de que as pessoas entendam que a ciência não é feita só pelo cientista: “Quem se voluntariar e dedicar de 10 a 15 minutos do seu dia respondendo essa pesquisa, vai estar ajudando a produzir ciência de qualidade no País. E isso é importante para mostrar como está sendo essa experiência de pandemia para o Brasil. A gente precisa medir, mensurar, registrar. É isso que um cientista faz”.

Além de Grassi, integram a equipe de desenvolvimento da pesquisa o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Carla Bonan; os professores da Escola de Ciências da Saúde e da VidaChristian Kristensen e Thiago Viola (também professor da Escola de Medicina); e o professor da Escola Politécnica Felipe Meneguzzi, além do pós-doutorando Bruno Kluwe-Schiavon, bolsista do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) na modalidade Jovem Talento com Experiência no Exterior, e do aluno de Doutorado em Psicologia Lucas Bandinelli.

A pesquisa está disponível neste link.

Um recente guia divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou o exercício físico como uma das atividades que auxiliam na prevenção e no enfrentamento do estresse gerado pelo avanço da pandemia de Covid-19. De acordo com a OMS, práticas como a priorização de uma alimentação equilibrada e a realização regular de exercícios físicos simples, que podem ser praticados em casa todos os dias, são aliados para evitar que as consequências psicológicas causadas pelo atual momento se tornem duradouras.

Segundo Adriano Detoni, professor do curso de Educação Física da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, existem diversas razões que explicam o porquê da contribuição do exercício para o combate aos efeitos negativos do estresse. “A prática de exercícios, especialmente os aeróbicos (mas não exclusivamente) é capaz de promover alterações a nível cerebral como aumento do fluxo sanguíneo, crescimento neuronal e redução de processos inflamatórios. Além disso, o exercício libera endorfinas, poderosos hormônios que, entre várias funções, promovem a sensação de bem-estar”, explica.

Detoni ainda destaca que além dos exercícios, o alongamento é fundamental para que o sedentarismo não avance com a pandemia. “Com a adoção de medidas de distanciamento social, existe uma tendência natural a uma redução nos níveis de atividade física. O alongamento pode ser uma alternativa interessante para contra-atacar o sedentarismo em quarentena, especialmente por não precisar de muito espaço para ser realizado. Além disso, o alongamento aumenta a flexibilidade, a força e a saúde muscular, funções essenciais para a manutenção da amplitude de movimento das articulações”, comenta.

Pensando nisso, o professor elaborou uma lista de atividades que poderiam ser realizadas durante o período de distanciamento social. Ele salienta que o ideal sempre é a realização de exercícios físicos com o acompanhamento de um profissional de educação física. O professor ainda ressalta a importância de iniciar as atividades de maneira gradual para evitar uma lesão ou uma dor tardia.

Abaixo estão algumas dicas de alongamentos e exercícios para fazer em casa:

Arte: PsiCOVIDa

Arte: PsiCOVIDa

Situações de pandemia, como a que estamos vivendo atualmente causada pelo novo coronavírus, geram impactos na vida de todos. Em um contexto de mudança de rotina, distanciamento físico, excesso de notícias e consequências econômicas e sociais, é comum que surjam sentimentos como emoções negativas, como medo, tristeza, raiva, solidão, estresse e ansiedade. Pensando nessa realidade, pesquisadores e estudantes de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS e da PUC-Campinas se uniram com o objetivo de ajudar as pessoas a lidarem com esse desconforto emocional, dando origem à Força-Tarefa PsiCOVIDa.

O grupo surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. Para isso, os integrantes desenvolvem produtos de comunicação e orientação, como cartilhas, folhetos, minicursos e vídeos, baseados na ciência da psicologia e de áreas afins.

Ideia surgiu a partir de matéria para o site da PUCRS

Conforme conta Wagner de Lara Machado, professor da graduação e do PPG em Psicologia e um dos coordenadores gerais da FT-PsiCOVIDa, tudo teve início com uma matéria para o site da PUCRS sobre sugestões de cuidados com a saúde mental neste período de pandemia, para a qual foi convidado a ser fonte. Ele e a mestranda Juliana Weide começaram a traduzir conhecimentos teóricos em práticas, fundamentadas na Psicologia Clínica, que poderiam ser acessíveis às pessoas em situação de quarentena/distanciamento social. “Essas sugestões tinham por objetivo a regulação emocional e o controle do estresse. Pedimos uma revisão do material para a professora Sônia Enumo, do PPG de Psicologia e Ciências da Saúde da PUC-Campinas, e, como não conseguimos incorporar todas as sugestões na matéria, decidimos por dar continuidade ao projeto”, conta Machado.

Sônia incorporou mais dois alunos à equipe: Eliana Vicentini e Murilo Araújo, ambos doutorandos em Psicologia na Puc-Campinas. A equipe começou a se reunir de forma online e a conversar para alinhar a proposta. “Reconduzimos a revisão da literatura e localizamos estudos indicando estressores e estratégias de enfrentamento específicos para situações de crise, especialmente a pandemia da Covid-19. Assim, deu-se início à redação da Cartilha para enfrentamento do estresse em tempos de pandemia”, pontua o professor.

Cartilha pode ser utilizada por toda a comunidade

Arte: PsiCOVIDa

Arte: PsiCOVIDa

O material é dividido em três grandes seções. A primeira apresenta informações sobre estresse e seu enfrentamento; a segunda aborda a identificação de sinais que indicam que a capacidade de lidar com o estresse pode não estar sendo suficiente; e, a última, fala sobre a identificação de estressores e estratégias de enfrentamento específicas para o contexto da epidemia da Covid-19. Segundo Machado, a ideia do grupo é que, por ser um material acessível, a Cartilha seja compartilhada e utilizada não apenas por profissionais, mas por toda a comunidade neste momento de desafio.

Para o professor, o grande diferencial do material é o embasamento teórico atual, enfatizando o bem-estar psicológico e a saúde mental em tempos de calamidade. “As sugestões de enfrentamento presentes na Cartilha podem prevenir o agravamento de dificuldades no manejo do estresse e promover qualidade de vida neste contexto de pandemia”, conclui.

Material será traduzido e distribuído gratuitamente

A força-tarefa originada a partir do grupo que se reuniu para o desenvolvimento da Cartilha já conta com mais de 100 integrantes de 12 universidades, entre pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, profissionais de diversas áreas e professores. Dividida em times de trabalho, a equipe está desenvolvendo cerca de 20 novos produtos. A Cartilha para enfrentamento do estresse em tempos de pandemia está sendo traduzida para o inglês e para o espanhol e, posteriormente, será distribuída gratuitamente por meio de universidades e entidades científicas.

Clique aqui para acessar e baixar a Cartilha

 

 

Estresse Acadêmico, Palestra, Escola de Medicina

Foto: Gilson Oliveira/Arquivo PUCRS

Com o objetivo de reduzir os níveis de estresse e outras patologias associadas em estudantes de graduação, uma pesquisa da PUCRS está selecionando voluntários. Podem participar alunos de qualquer instituição de ensino superior, que tenham 18 anos ou mais e disponibilidade de participar de oito encontros, divididos em duas horas semanais. As sessões ocorrem na PUCRS com início em setembro, e terão o formato de workshops. Serão trabalhados temas relacionados ao contexto acadêmico e as estratégias de enfrentamento em diferentes situações de vida. Para participar, é necessário enviar e-mail para [email protected]. O dia e horário das atividades serão divulgados posteriormente.

O estudo é realizado pelo Grupo de Pesquisa, Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental (GAAPCC) do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde, coordenado pela professora Margareth da Silva Oliveira, e faz parte de um trabalho da doutoranda Renata Klein Zancan.  A pesquisa tem base em um protocolo desenvolvido nos Estados Unidos e conta com uma parceria internacional com a Universidade de Nevada. Os encontros são conduzidos por terapeutas experientes e são baseados na Terapia de Aceitação e Compromisso, uma abordagem relativamente nova na psicologia, que está incluída nas chamadas Terapias Comportamentais Contextuais ou Terapias de Terceira Geração.

Estresse Acadêmico, Palestra, Escola de Medicina

Foto: Gilson Oliveira/Arquivo PUCRS

Uma pesquisa sobre estresse na vida acadêmica está selecionando voluntários entre os estudantes de graduação da PUCRS. O estudo é realizado pelo grupo de Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental, coordenado pela professora Margareth Oliveira, da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS. As inscrições podem ser feitas até 15 de abril, pelo e-mail [email protected].

Os participantes precisarão comparecer a oito encontros em grupo, com duração de duas horas, por dois meses, e responderão questionários de avaliação online. A dinâmica será no formato de aulas teórico vivenciais, trabalhando estratégias para lidar com o estresse. Segundo Renata Zancan, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora da pesquisa, serão utilizadas estratégias para lidar com pensamentos e emoções desconfortáveis e com o manejo em situações estressantes.

Interessados em participar do estudo devem indicar, no momento da inscrição, os seus dias e horários de preferência. Os encontros acontecerão em três momentos: segundas-feiras, das 14h às 16h, e nas terças-feiras, das 11h30min às 13h30min e das 14h às 16h.

Estresse Acadêmico, Palestra, Escola de Medicina

Foto: Gilson Oliveira/Arquivo PUCRS

Redução do estresse em universitários é o foco de pesquisa acadêmica que seleciona voluntários, estudantes de Graduação da PUCRS. As inscrições podem ser feitas até 5 de setembro pelo e-mail [email protected]. O estudo é realizado pelo grupo de Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental, coordenado pela professora Margareth Oliveira, da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS.

Os participantes precisarão comparecer a oito encontros, sempre nas terças-feiras, das 10h às 12h, por dois meses. Além disso, responderão questionários de avaliação online. A dinâmica será no formato de aulas teórico vivenciais, trabalhando estratégias para lidar com o estresse. Segundo Renata Zancan, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e coordenadora da pesquisa, serão utilizadas estratégias para lidar com pensamentos e emoções desconfortáveis e com o manejo em situações estressantes.

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Foto: FirmBee/pixabay.com

Profissionais com carreira executiva que trabalham excessivamente têm fortes conflitos entre trabalho e família, o que leva ao desejo de sair de seus empregos e também reduz o engajamento no trabalho. Esta é uma das conclusões da tese de doutorado defendida por Ana Cláudia Braun pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS, com orientação da professora Manoela de Oliveira.  O estudo teve a participação de 275 profissionais, que responderam a um instrumento on-line. Muitos deles reclamam do fato de não conseguirem aproveitar a família, nem nos finais de semana, em função da alta carga de trabalho.

Para Ana, uma saída para tentar solucionar o problema é a conscientização das empresas de que é preciso flexibilizar a rotina de trabalho: “As pessoas não estão trabalhando muito porque têm prazer, mas sim por que as empresas exigem isso”, afirma. As organizações precisam urgentemente dar atenção para a qualidade de vida dos funcionários: “Trabalhar muito não é uma tendência, é uma necessidade”, pontua. Ela lembra que a reestruturação de processos organizacionais, a divisão de responsabilidades igualitária entre os colaboradores e incentivo ao tempo livre também podem ser benéficas e contribuírem para a redução desse conflito.

 

Mulheres executivas

Ana realizou ainda um grupo focal com cinco mulheres em carreira executiva, com idade média de 35,8 anos, casadas com parceiros que também trabalham. Os resultados apontaram que elas têm dificuldades na conciliação do papel de mãe e trabalhadora e que as estratégias de coping (estratégias que usamos frente a situações de estresse) apoiadas em ações realizadas pelas organizações com foco em redução do conflito entre trabalho e família são percebidas como de alta eficácia. “Essas mulheres tiveram medo de dizer que estavam grávidas, sentem uma culpa muito forte por trabalhar fora e ficar longe dos filhos e também se questionam como ser uma boa mãe nesse cenário”, lembra a pesquisadora. Outros pontos que apareceram na pesquisa foram a dupla jornada (trabalho x casa) e a falta de apoio dos companheiros nas funções maternas.

Bruno Todeschini/PUCRS

Bruno Todeschini/PUCRS

Pesquisas, artigos, congressos, qualificação, defesas. Os efeitos e os impactos de pressões encaradas por alunos de pós-graduação serão o tema do encontro Sob pressão – os desafios dos pós-graduandos na produção do conhecimento, que ocorre no dia 6 de junho, no auditório do prédio 15 (2º andar), na Escola de Humanidades. A atividade, organizada pelo Fórum de Representantes Discentes, tem início às 17h, sendo gratuita e aberta a alunos e professores de Pós-Graduação e a todos os interessados. Não há necessidade de inscrições prévias.

O evento contará com a participação da professora Mônica Kother Macedo, do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS, que falará sobre Os desafios da pós-graduação e a saúde psíquica: quem sofre o impacto?; e dos professores Doris Della Valentina e Francisco Kern, ambos do Centro de Atenção Psicossocial (CAP), que tratarão do tema Excelência acadêmica: como auxiliar em meio às expectativas na pós-graduação?

Sobre o Fórum de Discentes

O Fórum de Representantes Discentes reúne os colegas indicados pelos estudantes de cada um dos Programas de Pós-graduação da PUCRS. Teve início em meados de 2016, e está em fase de estruturação. O objetivo é colocar em pauta discussões e alinhamentos comuns a todos os cursos, de forma a reforçar os pedidos de interesse específico dos pós-graduandos da Universidade. O e-mail de contato do Fórum é [email protected].