Respeito não tem idade: o combate à violência contra idosos - Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa reforça a importância de promover ações de cuidado para este público - Unati PUCRS

Foto: Diego Cervo/Envalo Elements

O envelhecimento populacional brasileiro vem se acentuando consideravelmente nos últimos anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2021), o número de idosos no Brasil chegou a 31,2 milhões (o equivalente a 14,7% da população), o que vem causado um aumento nas demandas sociais e econômicas. Pesquisas apontam que este movimento implica inclusive na mudança no perfil de adoecimento e traz repercussões para atenção à saúde e para políticas públicas, que enfatizam a promoção da saúde, a manutenção da autonomia e a valorização das redes de suporte social para esta população.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, o índice de pessoas com mais de 60 anos no Brasil deverá crescer muito mais rápido do que a média internacional. Além disso, enquanto a quantidade de idosos duplicará no mundo até o ano de 2050, ela quase triplicará no Brasil.  

Na PUCRS, o pesquisador da Escola de Medicina Alfredo Cataldo Neto desenvolve diversos estudos sobre envelhecimento saudável e patológico. O docente atua nas áreas de Psiquiatria e Psicanálise no Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica e no Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG). Em países emergentes como o Brasil, ele explica que tem notado esse aumento populacional de pessoas idosas principalmente por conta das melhorias socioeconômicas, dos avanços da medicina, da eficácia das vacinas e do tempo de vida como um todo.  

Cataldo coordena o Grupo de Pesquisa Envelhecimento e Saúde Mental (GPESM), que se propõe a estimar a prevalência e a incidência de transtornos mentais, identificando manifestações clínicas, psicológicas, de personalidade e comportamentais que integrem fatores preditores, e manifestações precoces desses transtornos.

“Precisamos entender e compreender estes contextos para assegurar a qualidade de vida dos idosos que tem em um de seus pilares a saúde mental”, comenta. 

Envelhecimento e patologias psiquiátricas 

Quando a memória falha, é Alzheimer? - Atividade online promovida pela PUCRS abordará como retardar o avanço da doença, ter qualidade de vida e os novos tratamentos

A ciência tem sido uma importante aliada na busca por novos tratamentos para Alzheimer / Foto: Anna Schvets/Pexels

Na terceira idade, acontecem diversas mudanças na vida pessoal e profissional das pessoas, além disso, alguns sintomas físicos e psíquicos começam a surgir como a diminuição da visão, a perda ou aumento de peso, maior dificuldade para se locomover, perdas cognitivas e outros. De acordo com Cataldo, por mais que esse processo seja natural, vivenciar essas mudanças no corpo e no âmbito social podem afetar a saúde mental das pessoas idosas.  

Em um projeto multiprofissional, com a participação de pesquisadores da PUCRS em diferentes áreas da saúde e com uma amostra de idosos da comunidade de Porto Alegre, foram investigadas as principais patologias neuropsiquiátricas e constatado altos índices de depressão (30%), ansiedade (9%), alcoolismo (6,5%) e risco de suicídio (15%).  

Os estudos foram realizados com 578 indivíduos de 60 anos ou mais, participantes do programa Estratégia Saúde da Família (ESF) de Porto Alegre. Agentes de saúde treinados realizaram coleta de dados dos indivíduos durante as visitas domiciliares e o processo de avaliação diagnóstica psiquiátrica foi realizada por psiquiatras, no Hospital São Lucas da PUCRS.  

Dentre as conclusões da pesquisa, Cataldo destaca a associação significativa de que idosos com aumentado risco de suicídio e/ou depressão geriátrica tiveram em sua infância abusos e/ou negligência de seus cuidadores demonstrando mais uma vez a importância da infância “suficientemente boa” como pré-requisito para um ciclo de vida mais saudável. Esse trabalho orientado por Cataldo foi realizado em co-autoria com pesquisador suíço Armin Von Gunten e publicado no periódico International Psychogeriatrics e Child Abuse & Neglect. 

Ambulatório de Psiquiatria Geriátrica no Hospital São Lucas  

O Programa de Envelhecimento e Saúde Mental (PESM) é um programa assistencial, desenvolvido a partir de uma parceria entre o GPESM, Serviço de Psiquiatria do Hospital São Lucas e o IGG da PUCRS, para monitoramento e assistência da saúde mental de indivíduos a partir dos 60 anos. 

O trabalho acontece em parceria com os médicos que prestam assistência aos pesquisadores do GPESM, realizando uma avaliação ampla da saúde mental dos idosos. Novas áreas de pesquisas estão sendo desenvolvidas, como, por exemplo, a desprescrição de benzodiazepínicos utilizados inapropriadamente pelos idosos, assim como a influência de traços de personalidade e a adesão dos idosos aos medicamentos prescritos.   

Um exemplo destas novas áreas  foi desenvolvida em parceria com o pesquisador da Escola Politécnica César Marcon, do PPG em Ciência da Computação da PUCRS, que é o desenvolvimento de um detector  de situações de risco para idosos (dispositivo eletrônico vestível tipo relógio).  

Pesquisas na PUCRS 

O professor Alfredo Cataldo possui uma trajetória de contribuições na área com pesquisas sobre depressão, ansiedade, alcoolismo, qualidade do sono, risco de suicídio entre outros. Nessa linha de pesquisa, Envelhecimento e Saúde Mental foram desenvolvidas 19 dissertações de mestrado, quatro teses de doutoramento, publicados 28 capítulos e dois livros em dez anos de atividade do Grupo de Pesquisa. De acordo com o docente, no Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, já concluíram seus estudos 19 mestres e 4 doutores neste programa com conceito 7 junto a CAPES.  

“Já realizamos muito e temos muito ainda a desenvolver para proporcionar qualidade de vida e saúde mental para os idosos brasileiros”, finaliza o pesquisador. 

Atividade física na terceira idade

Foto: Pexels

Com os avanços tecnológicos, a população está vivendo cada vez mais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025 o Brasil será o sexto país com o maior número de idosos do mundo. Por isso, é necessário pensar cada vez mais em como promover um envelhecimento saudável a essa população. Uma das formas de atingir esse objetivo é a prática de atividade física na terceira idade.  

A prática de exercícios físicos é indicada em todas as fases da vida, não existindo limite de idade para iniciar sua prática, sendo necessário respeitar a característica de cada uma delas”, explica Rafael Baptista, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. Os benefícios em manter a atividade após os 60 anos são inúmeros, visto que é possível prevenir e até retardar o avanço de diferentes tipos de problemas de saúde comuns em pacientes geriátricos.  

Exercícios físicos na prevenção de doenças 

Publicado pela EdiPUCRS, o livro Doenças Geriáticas & Exercícios Físicos esclarece de que forma realizar atividade física na terceira idade pode auxiliar na manutenção de uma boa saúde. Confira os benefícios dessa prática em algumas doenças comuns em idosos:  

O professor Baptista ainda explica que a saúde mental do idosos é favorecida pela atividade física, através da liberação de hormônios responsáveis pelo bem-estar psicológico, evitando doenças como a depressão e auxiliando na socialização desses indivíduos.  

Como realizar atividade física na terceira idade?  

Atividade Física, idoso

Musculação é uma boa atividade para idosos/Foto: Pexels

Embora não existam contraindicações, é sempre necessário ter atenção a alguns aspectos antes de um idoso iniciar a prática de exercícios físicos. Primeiro, conforme Baptista, é necessário realizar uma consulta médica, para que possíveis problemas de saúde sejam identificados, o que auxilia a compreender limitações e pontos que merecem atenção durante o treinamento. Em seguida, é essencial realizar uma avaliação física, serviço oferecido pelo Parque Esportivo da PUCRS, na qual o educador físico observará a capacidade física e funcional do paciente e prescreverá um treino voltado às suas características, limitações e necessidades individuais.  

Idosos podem realizar diferentes tipos de exercícios, no entanto, existem alguns mais indicados para determinadas situações. Baptista conta que um dos que mais possuem benefícios, tanto para adultos quanto para idosos é a musculação. Na terceira idade, a prática de atividade física deve ser voltada à manutenção e ao aumento de massa óssea e muscular, levando em consideração a alta incidência de problemas como a osteoporose, que prejudica os ossos, e a sarcopenia, que é considerada a perda de massa muscular.  

No Parque Esportivo da PUCRS, existem atividades inteiramente voltadas à terceira idade. Dentre elas está a hidroginástica, o funcional 60+ e o treino de força (musculação)Essas práticas visam melhorar a força, a flexibilidade e a capacidade aeróbia, promovendo diferentes benefícios no envelhecimento saudável. Além disso, a diversidade de modalidades esportivas, permite que seja possível realizar tanto exercícios de baixo quanto de alto impacto, oferecendo melhorias para os mais diferentes problemas de saúde e auxiliando a evitar o surgimento de outros.  

Saiba mais sobre cada modalidade e matricule-se através do site do Parque Esportivo. 

Parque Esportivo será sede de projeto da prefeitura 

Coordenado pelo professor Newton Luiz Terra, pesquisador do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, o Programa de Incentivo à Atividade Física para Idosos (PIAF), criado pela lei municipal de nº 12.443, utilizará o espaço do Parque Esportivo da PUCRS para as suas atividades. Essa iniciativa, inédita no Rio Grande do Sul, visa proporcionar gratuitamente atividades físicas personalizadas para a terceira idade. O PIAF será efetivamente iniciado quando a pandemia de Covid-19 permitir sua realização.  

Imunossenescência

Idosos cronicamente estressados têm imunidade celular ainda menor quando comparados a idosos não estressados./Foto: Pexels

O estresse psicológico acelera o envelhecimento fisiológico e imunológico em vários aspectos. Isso é o que foi estudado por Moisés Bauer, pesquisador e coordenador do Laboratório de Imunobiologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida. “Demonstramos essa relação pela primeira vez há mais de 20 anos, descrevendo altos níveis de estresse, ansiedade e depressão em idosos de 60 a 91 anos, muito saudáveis, que viviam de forma independente na região metropolitana do Rio Grande do Sul”, conta o professor.  

De acordo com ele, essa sobrecarga emocional relacionada ao estresse aumentava níveis do hormônio cortisol (marcador biológico do estresse) no organismo e debilitava a capacidade de proliferação dos linfócitos T, uma importante função da nossa imunidade celular, implicada na defesa contra vários patógenos, incluindo vírus e câncer.   

“Vimos que idosos cronicamente estressados (cuidadores de pacientes com Alzheimer, por exemplo) têm essa imunidade celular ainda menor quando comparados a idosos não estressados. Essa redução foi também associada a níveis elevados do hormônio cortisol”, completa Moisés. 

O pesquisador explica que o estresse pode acelerar o principal relógio biológico já estudado, diminuindo o tamanho das extremidades dos cromossomos (chamadas telômeros). Em cada etapa de divisão celular, os cromossomos ficam um pouco mais curtos na região dos telômeros. Para evitar um encurtamento expressivo e a perda de material genético relevante, as células se tornam senescentes, ou seja, perdem a capacidade de renovação celular e param de se dividir. O tamanho dos telômeros se relaciona inversamente com o envelhecimento cronológico.  

“Sujeitos entre 20 e 50 anos com doenças crônicas, que têm grande sobrecarga de estresse emocional ao longo das suas vidas, como pacientes com transtorno bipolar do tipo I, apresentam mais células imunes senescentes no sangue e telômeros dos linfócitos mais encurtados do que sujeitos controles – sugerindo um envelhecimento biológico acelerado”, explica o professor. 

Além disso, o estresse psicológico está associado com uma maior atividade inflamatória de base, com aumento de várias proteínas inflamatórias no sangue. O processo de envelhecimento aumenta gradualmente essa atividade inflamatória sistêmica (conhecida como inflammaging) que se relaciona com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, metabólicas e câncer. O estresse antecipa o inflammaging e dessa maneira acelera o envelhecimento em jovens adultos com transtornos do humor (como depressão). 

“Sabemos hoje que esse aumento de inflamação relacionado ao estresse agrava os transtornos do humor, e drogas anti-inflamatórias são eficientes para tratar esses pacientes”, adiciona o pesquisador. Segundo ele, a sobrecarga emocional, em qualquer etapa na vida, está associada com uma imunossenescência mais acelerada, imunidade mais baixa, com mais células senescentes (com telômeros encurtados) e maior atividade inflamatória de base. 

Imunossenescência e a Covid-19 

A pesquisa conduzida pelo pesquisador Moisés Bauer integra as linhas de pesquisa em neuroimunologia e imunossenescência. Os estudos são conduzidos com diversos parceiros nacionais e internacionais, além de fazer parte de redes temáticas dentro e fora do Brasil. 

Atualmente, o grupo de pesquisa Imunologia do Estresse, coordenado por Bauer, desenvolve projetos que visam analisar a relação da imunossenescência com a Covid-19, tanto na identificação de idosos da comunidade com maior risco de desenvolvimento de infecções graves (em parceria com o professor Douglas Sato) bem como em adultos hospitalizados com Covid-19 grave (em parceria com o professor Marcus Jones e a professora Florencia Barbé Tuana).  

Especialista na área  

No início de setembro, o professor Moisés Bauer ficou entre os dez principais pesquisadores na área de imunossenescência no site Expertscape. A plataforma ordena pesquisadores, clínicos e instituições em mais de 29 mil tópicos biomédicos. A partir do ranqueamento mundial em cada área específica, seleciona os especialistas no assunto. A pesquisa foi feita com as produções nos últimos dez anos (2011-2021), totalizando 1015 artigos publicados neste período. 

Leia também: Como prevenir os atropelamentos de pessoas idosas? Confira 5 dicas

Participe da live da Unati e saiba como garantir um envelhecimento saudável

Foto: Pexels

Ter uma alimentação inadequada ao longo da vida pode ocasionar problemas de saúde que repercutem no processo de envelhecimento. Da mesma forma, com os cuidados certos, é possível promover a qualidade de vida e atingir a longevidade de forma saudável. Para isso, confira as orientações das nutricionistas Carolina Böettge e Renata Martins, professoras convidadas da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati). 

No dia 28 de julho, às 15h, a Unati promove a live gratuita Nutrição e envelhecimento saudável, com ambas as profissionais, transmitida pelo canal da PUCRS no YouTube. Ative o sininho para receber o lembrete do evento! 

Carolina e Renata explicam que é possível atenuar os efeitos do avanço da idade. Para isso, é preciso modificar não só a alimentação, mas também adotar um estilo de vida mais saudável, como a prática de atividades físicas e mentais, além do bom convívio social. Conheça os principais aspectos e mitos sobre o tema: 

Alimentação no envelhecimento 

A má alimentação pode causar danos tanto por déficit, quanto por excesso. A escassez de nutrientes contribui para a desnutrição, um distúrbio nutricional observado em idosos/as e que está associado à perda da capacidade funcional, ao comprometimento da função muscular, à diminuição da massa óssea, à disfunção imune, além do aumento do período e da frequência de internações hospitalares e da mortalidade. 

Já o excesso, principalmente de alimentos industrializados, ricos em sal, açúcares e gorduras, pode causar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre elas, a obesidade, o diabetes, a dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), a hipertensão e as doenças cardiovasculares. 

As DCNT são comuns no envelhecimento, elas tendem a se agravar quando ocorrem em conjunto e estão vinculadas a implicações clínicas, como o declínio funcional do idoso, agravando suas limitações e se associando à perda de independência e de autonomia, o que contribui para a síndrome da fragilidade. 

Mitos sobre alimentação 

Foto: Pexels

É comum se deparar com propagandas e “conteúdos” que atribuem efeitos milagrosos a alimentos e nutrientes. Porém, na grande maioria dos casos, não há evidências científicas que os comprovem. Geralmente são promessas de tratamentos e até de cura para as DCNT ou de combate ao envelhecimento.  

Esses mitos surgem de repente e, na maioria das vezes, têm a função de compensar os maus hábitos alimentares, provocando falsas expectativas em consumidores/as.   

O envelhecimento é um processo inerente ao ser humano, que pode ser saudável ou patológico, de acordo com as escolhas ao longo da vida. Ou seja, não há como evitar esse processo, mas é possível envelhecer com qualidade. 

Aprenda a usar os alimentos a favor da sua saúde 

Para usar os alimentos ao seu favor e atingir a longevidade com saúde é importante dar preferência a produtos in natura e/ou minimamente processados, se hidratar, consumir fibras e ter variedade alimentar. Também é indicado evitar o excesso de carboidratos refinados (como o açúcar branco), industrializados com altos teores de sal, conservantes, aromatizantes e produtos fora da época de consumo (que podem conter mais agrotóxicos para sua produção). 

Uma dieta saudável deve ser equilibrada e variada, de preferência personalizada e acompanhada por profissionais da área de Nutrição. 

Quer aprender ainda mais sobre como incluir hábitos alimentares saudáveis na sua rotina para envelhecer bem? Participe da live Nutrição e envelhecimento saudável, no dia 28 de julho, às 15h, pelo canal da PUCRS no Youtube. 

envelhecimento,saúde,igg,internacional,rede de envelhecimento

Em 2019, número de gaúchos com 60 anos ou mais passou a ser maior do que o de crianças e adolescentes de zero a 14 anos / Foto: Pexels

A PUCRS faz parte da nova Rede Ibero-americana de Envelhecimento. Formada por sete instituições em seis países, a iniciativa tem como objetivo contribuir para o enriquecimento da qualidade de vida das pessoas idosas através da implementação de um programa de melhoria de saúde e do bem-estar. Na Universidade, o Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) irá conduzir as atividades com a rede.

O primeiro encontro do grupo aconteceu no início do mês de outubro, via conferência online, e reuniu representantes da PUCRS, Universidad del Valle de Atemajac (México), da Universidad Católica Boliviana San Pablo (Bolívia), da Pontificia Universidad Católica del Ecuador (Equador), da Universidad EIA (Colômbia), da Universidad Atlántida Argentina (Argentina) e da Universidad Distrital Francisco José de Caldas (Colômbia). 

Para o professor da Escola de Medicina e diretor do IGG, Douglas Sato, essa iniciativa “fortalecerá as atividades de pesquisa e educação dentre universidades na América Latina para que seja possível ajudar a sociedade no enfrentamento de desafios decorrentes do envelhecimento da população”. 

Leia também: Campus da Saúde: a vida no centro de tudo 

Porto Alegre, a mais grisalha entre as capitais 

Em outubro de 2019, segundo a SeniorLab, houve uma virada demográfica histórica no Estado. O número de gaúchos com 60 anos ou mais passou a ser maior do que o contingente de crianças e adolescentes de zero a 14 anos. Porto Alegre é a mais grisalha entre as capitais e a marca alcançada pelo Rio Grande do Sul em 2019, segundo o IBGE, será atingida pelo Brasil em 2031. 

Sobre a rede 

A rede busca facilitar o trabalho multidisciplinar nas áreas de pesquisa básica e aplicada e inovação com foco no envelhecimento e desenvolver iniciativas que visam a melhoria das condições da população e da qualidade de vida dos idosos. A Rede é liderada pela Universidad Católica de la Santísima Concepción (UCSC), no Chile, em especial pelas pesquisadoras Claudia Troncoso, Emma Chávez e Móica Tapia. O convite para integrar o projeto surgiu a partir da articulação entre o Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS e Direção de Relações Internacionais da instituição chilena.

unati, terceira idade, idosos, IGG, palestra

Diretor do IGG, Newton Terra, é um dos coordenadores da Unati.
Foto: Camila Cunha

Universidade Aberta da Terceira Idade da PUCRS (Unati) foi inaugurada na última segunda-feira, dia 18 de junho. Com grande presença de público, a solenidade ocorreu no saguão Biblioteca Central Irmão José Otão, contando com as participações do reitor e vice-reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira e  Jaderson Costa da Costa, respectivamente, além de pró-reitores e representantes da Unati.

No seu discurso, o diretor Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG)Newton Luiz Terra, lembrou a proposta marista de proporcionar um futuro melhor por meio da educação. “A Unati vai contribuir para transformar a sociedade de idosos, pois assume o compromisso de colaborar para um melhor envelhecimento a todos, com justiça e respeito. Tudo isso, por meio de um espaço cultural e de uma educação continuada. São diversas atividades para atualizar o conhecimento. O idoso precisa ser associado a uma vida ativa e prazerosa, com mais saúde e projetos de vida”, frisou.

Em sua fala, o reitor da PUCRS destacou a longa tradição da Universidade com a pesquisa, o ensino e os programas de extensão voltados para a terceira idade e o envelhecimento de qualidade. “Desde do IGG (primeiro na América Latina), do Programa Geron (atividades para o cotidiano para a terceira idade) até a Unati, a Universidade é um ambiente facilitador aos idosos. Este é um público especial e crescente, que pode encontrar ofertas de cursos que fortaleçam a sua participação social, política, cultural e econômica pelo exercício da cidadania e da aprendizagem, a partir de descobertas de interesses motivadores”, enfatizou.

 

unati, terceira idade, idosos, IGG, palestra

Coral da PUCRS realiza apresentação ao público.
Foto: Camila Cunha

Música e dança

Como faz parte da Unati a cultura e as artes, o Coral da PUCRS, regido pelo maestro Márcio Busatto, demonstrou música e dança aos presentes. Com coreografias do grupo em meio da plateia, o início da apresentação teve os clássicos da MPB Ó abre alas, Aquarela do Brasil e Isto aqui o que é ?. Depois, no palco, foram executados as canções Hit The Road Jack (de Ray Charles) e Jailhouse Rock (de Elvis Presley) e, no encerramento, foi realizada uma sequência de músicas dos Beatles.

 

Palestra Educação e Envelhecimento

“Sempre é tempo de aprender, jamais está pronto”. Desta forma, a presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa (CEI/RS), Jussara Rauth, iniciou a sua palestra Educação e Envelhecimento. Conforme destacou Jussara, durante muito tempo, as pessoas não acreditavam nessa afirmação, de que é possível sempre aprender e, ao longo dos anos, foi notado que é justamente ao contrário. “Vivemos um processo constante de educação”, reforçou.

Na Unati, as necessidades de conhecimento são determinadas pelos alunos. “Os estudantes devem ser parceiros nas atividades, que são escolhidas dentro dos seus interesses pessoais. É o gosto de aprender, a realização de sonhos ou projetos de vida, que foram adiados devido ao casamento, à doença ou aos cuidados com a família. É o momento de estar ativo, atualizado e inserido na comunidade”, disse.

 

Atividades gratuitas e cursos especiais  

A partir do início de agosto, serão oferecidas atividades gratuitas aos idosos. A Unati vai proporcionar práticas físicas, aulas de inglês, português e literatura, palestras para a comunidade, Cinecomentado (filmes os quais os idosos escolhem e especialistas analisam) e Trocando Ideias (assuntos diversos com professores e alunos do curso da Psicologia da PUCRS).

Com uma programação que envolve as áreas da saúde, do esporte, do direito e da tecnologia, o Unati tem como diferenciais: turmas reduzidas, didática exclusiva, infraestrutura completa, temáticas diferenciadas, corpo docente qualificado e valores especiais. Confira as inscrições para os cursos especiais já confirmados:

Mais informações pelo site www.pucrs.br/unati ou pelo telefone (51) 3320.3727.

 

Idosos no Brasil

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos cresceu em todas as unidades da federação. Os estados com maior proporção de idosos são Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, ambas com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos ou mais.

Gerontologia biomédica, idosos, IGG

Fotos: Bruno Todeschini

O Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, ligado à Escola de Medicina, atingiu na última avaliação da Capes (2013-2016) o nível máximo – 7, atestando a sua excelência internacional. Dos 350 programas da área interdisciplinar no País, apenas dois chegaram a esse patamar. A coordenadora, professora Carla Schwanke, destaca a qualidade da produção intelectual e a internacionalização como os pontos altos do Gerontologia Biomédica. Nos últimos quatro anos, dos mais de 300 artigos publicados, 55% foram veiculados em revistas nacionais e internacionais de impacto (com Qualis nos extratos superiores – A1, A2 e B1). Também houve uma grande produção em livros e capítulos. O edital para ingresso de novos doutorandos foi aberto. As inscrições vão até 22 de junho.

Preocupa aos pesquisadores não apenas as publicações científicas. É uma tradição o lançamento de livros, pela Edipucrs, voltados ao grande público, tendo como objetivo a prevenção de doenças e a orientação de cuidadores de idosos. “Nosso principal papel é ajudar as pessoas a envelhecer bem”, sublinha Carla. Os mestrandos e doutorandos também disseminam o conhecimento produzido em palestras quinzenais à comunidade. Alimentação saudável, ergonomia e prática de exercícios físicos são alguns dos temas tratados.

Outro projeto de inserção social são oficinas realizadas para alunos de 6º, 7º e 8º anos do ensino fundamental do Colégio Marista Champagnat. Pais, professores e estudantes escolhem os assuntos. Sexualidade e nutrição foram os últimos tópicos apresentados pelos professores Claus Stobäus e Carla Schwanke, respectivamente.

TRADIÇÃO E DIVERSIDADE

Gerontologia biomédica, idosos, IGGO lançamento da primeira disciplina de Geriatria da América Latina, na Medicina da PUCRS, em 1971, regida pelo professor Yukio Moriguchi, e a criação do Instituto de Geriatria e Gerontologia, em 1973, com o convênio entre os governos brasileiro e japonês, conferem a tradição ao jovem programa de pós-graduação, criado em 2000. Uma de suas características é a grande diversidade dos corpos docente e discente. O atual grupo de alunos tem 25 diferentes profissões. Isso enriquece os debates em sala de aula e os trabalhos realizados. De 2002 a 2016, as mais frequentes eram fisioterapeutas, médicos e nutricionistas, com ampla maioria de mulheres (80%).

 Rede de apoio

Pelo programa de Doutorado Interinstitucional da Capes (Dinter), foram formados 14 doutores, da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Os professores se deslocaram para ministrar as aulas, assim como receberam os alunos na PUCRS por nove meses.

Pela expertise da Gerontologia Biomédica, o grupo é convidado com frequência para bancas, avaliação de projetos e visitas. Integra, com outros 11 brasileiros, a Rede de Programas Interdisciplinares em Envelhecimento (Reprinte), dos quais três têm mestrado e doutorado. O resultado é a troca de informações e projetos em parceria.

SAIBA MAIS
Inscrições até 22 de junho (doutorado)
Valor da bolsa integral Capes/CNPq
Mestrado: R$ 1.500

Doutorado: R$ 2.200

Mestres e doutores diplomados pelo Programa desde 2000
Mestres: 258

Doutores: 129

Professores titulados (doutores e pós-doutores)
21 professores (18 permanentes e 3 colaboradores), sendo 10 doutores e 11 pós-doc
Professores bolsistas de produtividade do CNPq
4 bolsistas docentes
Alunos de fora do Estado
1, vindo de Manaus
Alunos em estágio pós-doutoral
3, sendo 3 bolsistas do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) da Capes
Professores integrantes de comitês e diretorias de associações
2
Bolsas de estudo 
CNPq (mestrado e doutorado)

Metrado: 2

Proex/Capes – parcial e integral (mestrado e doutorado)

Mestrado: 20

Doutorado: 40

Foto: Andielli Silveira/CMPA

Clotet (E), Terra, vereador Oliboni, Carla, vereador Nedel, Moriguchi e presidente do TJ Militar, coronel Paulo Roberto Rodrigues
Foto: Andielli Silveira/CMPA

A Câmara Municipal de Porto Alegre entregou na terça-feira, dia 27, o Diploma de Honra ao Mérito para a PUCRS em função do trabalho pioneiro e de qualidade realizado pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) há 45 anos. A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan, o ex-reitor Ir. Joaquim Clotet, o diretor do IGG, Newton Terra, e o fundador do instituto, Yukio Moriguchi, representaram a Universidade. A cerimônia ocorreu no plenário Otávio Rocha, na Avenida Loureiro da Silva, 255.

Terra lembrou o pioneirismo de Moriguchi e do então reitor Ir. José Otão na área da Geriatria e Gerontologia. A Universidade instalou a residência em Geriatria em 1975 e a especialização, em 1980, contribuindo para a formação de profissionais da saúde que trabalham com idosos. “Foi a grandeza de um médico japonês e de um religioso brasileiro que resultaram na concretização dessa obra.”

Newton Terra, homenagem IGG na Câmara Municipal

Foto: Andielli Silveira/CMPA

Nesse período, o instituto soma mais de 100 mil atendimentos, 3 mil pesquisas e 800 publicações científicas sobre o envelhecimento. Hoje mantém intercâmbio científico com as universidades do Porto, de Lisboa (Portugal), de Milão (Itália) e Lausanne (Suíça).

Regente da primeira disciplina de Geriatria da América Latina, na Medicina da PUCRS, a partir de 1971, Moriguchi criou o IGG por meio de um intercâmbio médico-científico entre os governos do Brasil e do Japão, via Japan International Cooperation Agency. O país oriental destinou 5 milhões de dólares em equipamentos e formação de pessoal. “Como o Japão vivia ainda as consequências do pós-guerra, quase ninguém era chamado no exterior. Pela honra do convite recebido, pois, para o país educação é prioridade, o governo quis retribuir a PUCRS”, contou, certa vez, o professor Moriguchi, hoje com 92 anos.

Jornada NeuropsicologiaA 2ª Jornada Gaúcha de Neuropsicologia ocorre dias 22 e 23 de março, no teatro do prédio 40. O evento vai discutir a formação do neuropsicólogo brasileiro e as pesquisas atuais na área. Comemora os dez anos do Grupo Neuropsicologia Clínica e Experimental (GNCE), do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS. A abertura, no dia 22, às 13h20min, será com o professor Maximiliano Wilson, da Universidade Laval (Canadá), que falará sobre Neuropsicologia da leitura: por que é tão importante ler?. A debatedora será a professora Lilian Hubner, da Escola de Humanidades da PUCRS.

A jornada é voltada a estudantes e profissionais de Psicologia, Fonoaudiologia, Medicina, Educação, Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Psicopedagogia. Terá conferências sobre leitura e dislexia, com o professor Augusto Buchweitz, do Instituto do Cérebro, falando sobre o projeto Acerta, e tarefas de avaliação neuropsicológica e as contribuições do GNCE e o papel da interdisciplinaridade, com a professora Rochele Paz Fonseca, da Escola de Ciências da Saúde.

O evento inclui mesas-redondas abordando neuropsicologia do envelhecimento, neuropsicologia da aprendizagem, matemática e funções executivas, teste do desempenho escolar, avaliação clínica e avaliação neuropsicológica. Haverá ainda minicursos sobre avaliação neuropsicológica de bebês e crianças pré-escolares, oficina de laudos neuropsicológicos e como estimular funções executivas.

 

Maximiliano Wilson

Fotos: Camila Cunha

A PUCRS recebeu na última semana o psicólogo Maximiliano Wilson, professor da Faculdade de Medicina da Université Laval, em Quebec, no Canadá, e pesquisador do CERVO Brain Research Center, na mesma instituição. Sua principal área de pesquisa é a relação, durante o envelhecimento, entre as habilidades de leitura e o conhecimento que as pessoas têm dos conceitos e objetos do mundo que as rodeia. Chamado de memória semântica, este conhecimento se refere aos significados, compreensão e a todas as formas baseadas em conceitos. Para alunos de Letras e Psicologia, da Escola de Humanidades, ministrou o curso Como desenvolver uma tarefa em Psicolinguística e Psicologia Cognitiva? Desde o desenho experimental até a análise estatística. Acompanhe, a seguir, a entrevista em que Maximiliano Wilson explica que envelhecer nem sempre é sinônimo de prejuízo cognitivo.

O envelhecimento pode afetar de forma prejudicial a leitura e a linguagem?

As pessoas têm a ideia de que, com o envelhecimento, a cognição piora sistematicamente. No entanto, vários estudos experimentais mostram que a memória e a leitura semântica são duas habilidades cognitivas que melhoram com o passar do tempo. O interessante é que a melhora nessas habilidades cognitivas também implica mudanças na rede cerebral que suporta a leitura e a semântica. Em outras palavras, nosso cérebro é plástico e é constantemente reorganizado de acordo com a experiência das pessoas com seu ambiente e isso também é verdadeiro durante o envelhecimento para certas habilidades cognitivas, como a leitura e a semântica. Então, durante o envelhecimento chamado “normal” – em oposição ao patológico – a leitura e a semântica melhoram.

O que ocorre no envelhecimento patológico?

Essas mesmas habilidades cognitivas podem piorar. Na doença neurodegenerativa de Alzheimer, por exemplo, as pessoas podem desenvolver dificuldade em ler certo tipo de palavras irregulares, ou seja, que não respeitam as regras de uma língua. Em português, táxi é irregular porque a pronúncia do “x” não segue a regra, como em abacaxi. Assim, um paciente de Alzheimer com dificuldades de leitura leria táxi como lê abacaxi. Essas dificuldades de leitura são chamadas de dislexia superficial. Pessoas com afasia progressiva primária também tendem à dislexia superficial. Eles têm uma alteração progressiva da memória semântica. Nossos estudos de neuroimagem mostram que as áreas cerebrais que se atrofiam no início desta doença são as mesmas envolvidas na leitura e na semântica. Isso destaca a estreita relação entre leitura e conhecimento do mundo ou semântica.

Qual a importância da leitura para idosos saudáveis?

Existem duas maneiras de ler as palavras. Uma é transformar letras em sons e depois acessar o significado (ou semântica) dessas palavras para entender o que está sendo lido. A outra maneira de ler é processar toda a palavra e ativar a semântica e sua pronúncia. Esta segunda é muito mais eficaz do que a primeira e se desenvolve com a experiência. Quanto mais uma pessoa lê, quanto mais conhece as palavras, seu significado e pronúncia, ela se torna um leitor melhor. Nossos estudos mostram que as pessoas mais velhas leem melhor do que os jovens e usam uma estratégia de palavras inteiras para ler todas as palavras, enquanto os adultos jovens só a usam para ler as palavras mais frequentes ou com pronúncia irregular (como táxi). Esta mudança, que torna os leitores mais velhos mais eficazes do que os jovens, tem correlação no cérebro: as estruturas cerebrais ativadas durante o conhecimento semântico são ativadas nos idosos para todos os tipos de palavras.

Maximiliano Wilson“Quanto mais uma pessoa lê, quanto mais conhece as palavras, seu significado e pronúncia, ela se torna um leitor melhor. Nossos estudos mostram que as pessoas mais velhas leem melhor do que os jovens e usam uma estratégia de palavras inteiras para ler todas as palavras.”

O hábito de ler pode prevenir problemas de linguagem e de memória?

Estudos em envelhecimento normal e patológico mostram que os hábitos de leitura aumentam a capacidade cerebral conhecida como reserva cognitiva. Quanto maior a reserva cognitiva, mais tempo demorará para manifestar as dificuldades cognitivas do envelhecimento. Assim, quanto mais uma pessoa lê, mais ela exerce essa habilidade e se torna um leitor melhor. Isto, mais o prazer da leitura, poderiam funcionar como uma espécie de estimulação cognitiva que mantém o cérebro ativo e estimula os idosos, aumentando a sua reserva cognitiva para fazer frente às mudanças associadas ao envelhecimento.

A leitura pode ser um recurso terapêutico para idosos com Alzheimer? Beneficia a memória?

A leitura e a semântica, um dos tipos de memória, estão intimamente ligadas e ambas melhoram durante o envelhecimento normal. Doenças como Alzheimer e afasia progressiva primária afetam a leitura e a semântica. Existem recursos de reabilitação, utilizados na fonoaudiologia, que permitem melhorar essas habilidades, embora de forma limitada e temporariamente. Atualmente, estuda-se o efeito combinado de terapia da fala, com a aplicação de técnicas de estimulação do cérebro, tais como a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) ou a estimulação transcraniana magnética (TMS em Inglês). Embora ainda seja cedo para assegurar, a administração conjunta de terapia fonoaudiológica e estimulação cerebral é uma possibilidade promissora de retardar (ou mesmo melhorar) a progressão das dificuldades de pacientes com envelhecimento patológico.