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Estratégias adotadas pela PUCRS será um dos temas levados para o encontro / Foto: Julia M. Cameron/Pexels

Nesta terça-feira, dia 18 de agosto, a coordenadora da Graduação Online da Universidade, Debora Conforto, irá participar de um painel da redação do Jornal NH promovido pelo projeto Ser Educação, do Grupo Sinos, sobre os novos desafios da educação. O evento acontece das 11h às 12h30min e será transmitido pelas redes sociais da empresa e pela Rádio ABC 103.3. 

Doutora em Educação, Debora acredita que a importância de debates como esse está em mobilizar cognitivamente os estudantes – algo relevante também em momentos de crise. “É pela educação que todos os demais segmentos econômicos e socioculturais são alicerçados. A educação é produto e é processo do viver e do conviver em sociedade”, diz. Para a coordenadora da Graduação Online, não há tempo para questionar a ausência da aula presencial, pois é mais importante e interessante envolver crianças e jovens em ações que possibilitem a construção de conhecimentos, habilidades e competências. 

Pandemia evidenciou fragilidades da educação no País 

Segundo Debora a pandemia da Covid-19 colocou ainda mais em evidência a fragilidade de duas pautas recorrentes no que diz respeito à educação brasileira: a necessidade de investimentos técnicos e infraestrutura e a de formação dos professores. “Também ficou visível o descompasso entre as instituições públicas e privadas. Por isso, não podemos falar em novos desafios, pois a concretização de práticas educacionais que impulsionem a concretização de aprendizagens significativas não é um novo desafio educacional, mas uma meta em processo de conquista permanente”, diz. 

Por outro lado, ela acredita que a “ausência da presencialidade” provocada pelo distanciamento físico é uma oportunidade para encontrar estratégias que coloquem em ação metodologias centradas no estudante e não na transmissão de conteúdo. É o momento de mobilizar as áreas de conhecimento e o trabalho interdisciplinar a buscarem recursos e estratégias diferenciadas. É uma chance de, efetivamente, ousar”. 

Estratégias adotadas pela Universidade serão foco do debate 

Debora antecipa que o foco do debate serão as estratégias que a PUCRS vem construindo para viabilizar o processo pedagógico na graduação, mesmo antes da suspensão das atividades presenciais. A ação do grupo de Mediação Online, liderado pela professora Adriana Kampff para construir as melhores respostas para as demandas tecnológicas e para a formação de professores em cenários de mediação online, também será um dos temas que levará para o painel. 

Além da coordenadora de Graduação Online da PUCRS, o encontro contará com a participação de outros sete painelistas. O projeto Ser Educação conta com apoio da PUCRS. 

Leia também: Aulas remotas planejadas têm como força motriz a qualidade acadêmica dos professores 

EAD, empatia, ensino à distância, relações acadêmicas

Foto: Alexandra Koch / Pixabay

*texto originalmente publicado no jornal Zero Hora em 27 de maio de 2020

Se no primeiro dia de aula nos contassem que em uma semana estaríamos isolados em casa, não acreditaríamos. Por mais que as previsões fossem certeiras, não imaginávamos a rotina alterada tão drasticamente. Esse turbilhão afetou todos: amigos, parentes, professores e alunos. A modalidade EAD passou a ser uma imposição, nos fazendo rever hábitos, prazos e, principalmente, relações.

O novo cenário nos obriga a perceber o outro com mais empatia, capacidade a partir de então indispensável. Precisamos uns dos outros! Nas salas de aula virtuais, separados por telas, nos vemos, quem diria, com mais profundidade. O professor, figura de mestre, intocável, quase inabalável, ganhou uma faceta mais humana. Os filhos também lhes cobram atenção, a louça na pia, o almoço por fazer, os cachorros latindo ao fundo. Percebemos que o professor é também um aprendiz. Se antes a metodologia era expositiva, hoje é o diálogo que prevalece. As aulas tornam-se quase sessões de terapia em grupo, já que, além de aprender, precisamos todos sobreviver.

As relações acadêmicas estão mais amorosas. Talvez era disso que precisávamos. A compreensão e a amizade cresceram, vimos, enfim, que estamos todos no mesmo barco, tentando entender nosso papel na sociedade e nos adaptar à nova realidade. Os professores esforçam-se para ensinar; os alunos, para aprender. Revela-se, com mais ênfase, a honrada missão educativa: formar o aluno cidadão, com senso crítico, empatia e humanidade.

Já que o mundo não para, e o aprendizado deve ser constante, nos adaptamos. É um alívio saber como aluna que, do outro lado da tela, o professor, disposto a dar o seu melhor, também precisa de ajuda – não carrega a verdade absoluta. Estamos todos aprendendo. Como seremos depois dessa? Difícil prever, mas aprendemos que o processo de ensino-aprendizagem passa pelo amor, pela empatia e pelo carinho, sendo assim, estaremos juntos e com nossos laços fortalecidos.