Startup Garagem, Tecnopuc, empreendedorismo, inovação, comunidae, alunos, premiaçãoFaltam poucos dias para o encerramento das inscrições à sétima edição do Startup Garagem, Programa de Modelagem de Negócios promovido pelo Tecnopuc Startups, área de Desenvolvimento de Startups do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A novidade dessa vez são eventos abertos ao público durante os três meses de programa, incluindo temas como direito para startups, experiência de consumo e negociação e vendas. O prazo para participar segue aberto até 11 de agosto, com inscrição pelo site.

Conheça os projetos do Startup Garagem de 2019/1

Requisitos para participar

Para participar, é necessário formar uma equipe de no mínimo duas e no máximo quatro pessoas. Além disso, pelo menos uma delas deve fazer parte da comunidade PUCRS, que inclui alunos de graduação e pós-graduação, professores, técnicos administrativos e Alumni (diplomados).

Confira o que rolou no Pitch Day 2019

Premiação

Os vencedores do Garagem são revelados no Pitch Day, evento de encerramento do Programa que ocorre no dia 12 de novembro. Os vencedores recebem um fast pass para o Programa de Pré-incubação de Startups do Tecnopuc, que dispensa as etapas de inscrição, avaliação e banca de seleção.

Abertura será com a Dobra

A abertura da sétima edição do Startup Garagem será com a Dobra, empresa que produz carteiras de papel e outros objetos como sacolas e porta-cartões. Por buscar inspiração em conceitos como a lógica da abundância, evolução exponencial da tecnologia, capitalismo consciente, economia colaborativa e movimento maker, a Dobra é conhecida por seus valores e missões. A palestra, que ocorre no dia 19 de agosto, será ministrada por um dos fundadores, Guilherme Massena e Eduardo Seelig. O bate-papo acontece na ATL House, às 14h. As inscrições estão disponíveis clicando aqui.

A produção da empresa é 100% local e artesanal, com mão de obra valorizada. Além disso, a Dobra produz sob demanda, especialmente para cada cliente. Dessa forma, desafia os padrões da indústria da moda, como o hiperconsumismo, a produção em massa e a redução de custos a qualquer preço.

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Oficina Trilha Empreendedora, ministrada por Karin Keller
Foto: Bruno Todeschini

Empreender e fazer o bem. Foram essas as principais premissas do 2º Ideação – Encontro de Empreendedorismo e Inovação, promovido pelo Idear e pelo Escritório de Carreiras de 14 a 16 de maio. Com o tema Qual o mundo que você quer construir?, o evento explorou iniciativas empreendedoras e sociais através de oficinas e painéis com profissionais de diferentes corporações, organizações e iniciativas. Com o apoio do Programa de Voluntariado Marista e do Sebrae/RS, participaram as empresas Sistema B, Natura, Meu Copo Eco, Tremarin, Tecnopuc, Dobra, Projeto Camaleão, Mobis, Loop Bike Sharing, Klavo, Volunteer Vacations, Aiesec e Câmera Causa.

Fazendo a diferença além das fronteiras

Um dos destaques da programação foi o painel Quero fazer a diferença: oportunidades e desafios de projetos sociais, que encerrou o Ideação. A atividade fez parte do 6º Salão da Graduação, organizado pelo Grupo PET Psicologia. As iniciativas apresentadas no último painel tinham em comum a responsabilidade social. Além da vontade de fazer a diferença, o que levou todos os convidados a iniciarem negócios foi o sentimento de inércia frente aos problemas sociais.

Mariana Serra, Volunteers Vacation

A criadora do Volunteers Vacation, Mariana Serra, defende que quatro perguntas devem nortear o processo de inovação: Qual é meu sonho? Posso mudar o mundo? O que me move? O que eu sei fazer? Formada em Relações Internacionais, o cargo que ocupava em uma empresa grande não era o suficiente para a mudança que sonhava em fazer. “Lia notícias sobre guerras e países em condições precárias e me perguntava: o que estou fazendo sentada aqui?”. Decidiu, então, passar um período em um dos lugares afetados. Sem encontrar uma empresa de viagens que permitisse a realização de trabalhos voluntários aliados a férias, Mariana resolveu oferecer o serviço por conta própria. Aos 27 anos, saiu do emprego formal, foi para o Iêmen e desenvolveu a Volunteers Vacation. Hoje com 32 anos, ela avalia a decisão com entusiasmo. “Para empreender, tem que fazer”, aconselha.

Monique Furlan, AIESEC

Monique Furlan, de 24 anos, passou pelos mesmos questionamentos. No que denomina “crise dos 20”, a então estudante de Relações Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) passou a se questionar a respeito dos rumos que a vida estava tomando. Foi aí que encontrou o intercâmbio voluntário da Aiesec, organização não-governamental que possibilita o desenvolvimento pessoal e profissional de estudantes através de programas de trabalho em equipe, liderança e intercâmbio. Em 2014, resolveu ir para Poznan, na Polônia. Em meio ao trabalho voluntário, encontrou pequenas maneiras de inovar, embarcando em “micro missões” de acordo com as dificuldades que encontrava. “Minha função era dar aulas de inglês para turmas de educação infantil em escolas públicas. Mas, na segunda semana, percebi que, mais do que isto, precisava falar com elas sobre a realidade em que elas viviam. Os sonhos de vida delas eram muito pequenos em relação ao que poderiam conquistar”, relembra. Depois disso, foi para Mendoza, na Argentina, onde trabalhou com pessoas em situação de rua. Acabou embarcando na missão de ajudar a empoderar as mulheres que encontrava pelo caminho. Hoje, Monique é voluntária na AIESEC em Porto Alegre.

Gustavo Spolidoro, Câmera Causa

O professor do curso de Produção Audiovisual da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Gustavo Spolidoro apresentou a terceira iniciativa. “Eu também enfrentei uma crise, a crise dos 40”, brincou. “A questão é como nos relacionamos com esta fase”. Assim surgiu o Câmera Causa. Voltado a escolas municipais, o projeto visa apresentar ferramentas para o desenvolvimento de produções audiovisuais com celulares. Já foram 7 edições no primeiro semestre de 2018: em Canoas, Viamão, Alegrete, Caxias, Uruguaiana, Passo Fundo e Bento Gonçalves. Ao todo, participaram cerca de 100 alunos. São 16 horas de aula em que teoria e prática se misturam – os voluntários apresentam técnicas de filmagem e edição e incentivam os alunos a desenvolverem seus próprios vídeos. “É o celular contando histórias de vida. Foram 40 vídeos produzidos na primeira etapa do projeto, e estimulamos que eles publiquem nas redes sociais. Todos podem ter acesso às histórias deles”, conclui.

Jaquelini Debastiani, Voluntariado Marista

Jaquelini Debastiani, agente de pastoral do Centro de Pastoral e Solidariedade PUCRS, apresentou o Programa de Voluntariado da Universidade para a plateia. Formada em Produção Audiovisual, ela conta que também enfrentou um dilema: como unir causas sociais com a comunicação e com o cinema? Foi assim que, durante a graduação, entrou em contato com o programa e se tornou voluntária. “Experiência é aquilo que nos atravessa e modifica. Os alunos que participam do Voluntariado acabam desenvolvendo seus próprios projetos de empreendedorismo dentro das instituições”, conta. Ela também elenca questões cruciais na hora de definir os tipos de voluntariados que podem ser feitos em diferentes regiões: Por que a comunidade existe dessa forma? Qual o meu impacto? O que vai/não vai mudar? Interessados em participar do Programa de Voluntariado Marista podem conferir mais informações neste link.