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Obra será lançada no dia 29 de junho, em evento online no YouTube / Foto: Pexels

No Rio Grande do Sul, cerca de 40% das famílias não autoriza a doação de órgão após o falecimento de seu familiar. Em muitos casos, um dos motivos para isso acontecer é o fato de não terem conhecimento desse desejo da pessoa falecida. Por isso, trabalhos de conscientização em relação ao tema são tão importantes. E é isso que a ONG VIAVIDA faz desde 2000.

Completando 20 anos de existência na próxima segunda-feira, dia 29 de junho, a entidade irá lançar um livro para celebrar a data. Crônicas de Vida – Doação de órgãos e transplantes traz textos de mais de 70 autores, entre jornalistas, escritores, médicos, enfermeiros, voluntários, pessoas transplantadas ou na fila e familiares, que relatam suas experiências. O lançamento, previamente programado para acontecer presencialmente, será online, devido à pandemia da Covid-19. A transmissão acontece às 17h no canal da entidade no YouTube.

A live contará com a participação de alguns autores do livro. Entre eles, está o jornalista, escritor e professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – FamecosJuremir Machado da Silva. O docente conta que foi surpreendido com o convite e que achou a iniciativa muito positiva: “Precisamos de empatia e ação em prol dos vulneráveis. Vivemos num tempo que exige cada vez mais interação e comprometimento. Dei a minha pequena contribuição. Espero que o livro semeie muitas ideias”.

Também participam do lançamento a gerente editorial de Biociências e Ciências Humanas do Grupo A, Letícia Brito de Lima; o enfermeiro da Organização de Procura de Órgãos do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Dagoberto Rocha; a assistente social e assessora da diretoria da VIAVIDA, Ana Margarete Nunes; e a presidente da ONG, Lucia Elbern.

ONG oferece suporte para pacientes transplantados e na fila de espera

A VIAVIDA tem como objetivo auxiliar pacientes que estão na fila de espera para receber um transplante, bem como aqueles que passaram há pouco pela cirurgia. Em sua sede, a ONG conta com uma casa, chamada Pousada Solidária, que acolhe pessoas vindas de todo o País para realizar o procedimento em Porto Alegre. Além disso, a entidade trabalha na conscientização da população sobre a importância de ser doador.

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Equipe de voluntários em reunião com Solimar Amaro / Foto: Arquivo pessoal

Uma das voluntárias da VIAVIDA, atualmente na área de divulgação da ONG, é a professora aposentada da PUCRS Vera Lúcia Lupinacci, que atuou durante 42 anos no curso de Matemática, que hoje faz parte da Escola Politécnica. Ela conta que, quando se aposentou, decidiu se dedicar ao voluntariado, algo que sempre considerou importante tanto por beneficiar pessoas quanto por proporcionar uma transformação em que se dedica a uma causa comunitária.

Tendo atuado em outras entidades, Vera relata que há um ano está na VIAVIDA. Antes de se dedicar à divulgação, quis participar de vários projetos da ONG, a fim de conhecê-los. “Tenho participado de muitas ações beneficentes para arrecadar fundos para manter a Pousada Solidária, como o Tour Gastronômico – em que os restaurantes parceiros se propõem a doar um percentual da renda do dia -; e o Brechó Solidário, que acontece duas vezes por ano, na Associação Leopoldina”. Paralelamente a essas atividades, a ONG realiza eventos em escolas, feiras, shoppings e congressos, sempre com a ideia de divulgar a incentivar a doação de órgãos e tecidos para salvar vidas e diminuir a lista de espera por doadores.

Espírito de voluntariado

Vera conta que, ainda quando lecionava Universidade, já se envolvia e apoiava trabalhos voluntários. “Na época em que fui coordenadora do Laboratório de Matemática, sempre participei de atividades voluntárias, levando os desafios matemáticos nas feiras realizadas em parceria com a Educação Física e a Odontologia em comunidades”. A aposentada, que também foi coordenadora do Departamento de Matemática e do curso de Matemática, diz que incentivava a participação de alunos e colegas nas campanhas solidárias propostas pela Pastoral.

A voluntária reforça que ainda existe um número muito grande de pessoas na lista de espera por um transplante. “Um doador de órgãos pode salvar até oito vidas. Mas, para que isso aconteça, é essencial comunicar a família sobre essa decisão. Essa é a melhor forma de contribuir para reduzir essa fila”, pontua.

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Em 2019, ação divulgou a ONG na Rua da Cultura / Foto: Arquivo pessoal

Evento na Rua da Cultura divulgou ações da VIAVIDA

Em 2019, com o objetivo de divulgar a causa da doação de órgãos e tecidos, Vera, juntamente com a presidente da ONG e os voluntários Neuza Maia e Clódis Xavier, realizou uma reunião com o assessor de Relações Institucionais da PUCRS, professor Solimar Dos Santos Amaro. A partir do encontro, surgiu a possibilidade de realizar uma ação na Rua da Cultura. “Na ocasião, divulgamos o vídeo realizado pelo ator Mateus Solano falando sobre a importância de ser doador de órgãos. Também distribuímos folders explicativos com as informações da VIAVIDA, com as informações de como se tornar doador de órgãos”, lembra.

doação de ógãos, meu legado salvO Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) tem boas notícias referentes à doação de órgãos: de 2018 para 2019 houve um aumento de 33% no número de doações. A taxa de não autorização familiar na Instituição chega a 25%, índice considerado baixo quando comparado ao mesmo indicador no Estado e no País, que fica em torno de 40%. Esses números levam o HSL a ser o hospital privado com o maior número de notificações de mortes encefálicas e doação de órgãos em Porto Alegre, sendo referência nesta área.

A Organização de Procura da Órgãos (OPO-2) é responsável por coordenar todos os processos da área no HSL, atuando na identificação precoce dos possíveis doadores e, principalmente, no acolhimento familiar. O cuidado com as famílias é uma das principais preocupações, principalmente com as dos doadores: “A OPO estabelece uma relação de ajuda, através da empatia e, sobretudo, do respeito para que eles possam tomar a melhor decisão sobre a doação de órgãos. Muitas vezes a forma que a família é tratada desde que chega no hospital com o seu familiar tem um impacto significativo na hora de decidir sobre a doação”, lembra Dagoberto Rocha, enfermeiro da OPO.

Autorização da doação de órgãos precisa ser realizada pela família

A legislação brasileira estabelece que a autorização para doação de órgãos depende do consentimento expresso da família, ou seja, os familiares serão consultados pelas equipes de procura de órgãos caso o respectivo familiar, após o falecimento, possua critérios clínicos para a doação de órgãos. Como citado anteriormente, atualmente no Brasil e no Rio Grande do Sul 40% das famílias não autorizam a doação de órgãos após o falecimento do seu familiar. As principais razões relatadas são desconhecimento do desejo do falecido, descontentamento com o atendimento hospitalar e a não compreensão da morte encefálica –que é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.

Campanha Meu Legado Salva

Para desfazer mitos sobre o tema e conscientizar a população sobre a importância de se avisar a família, ainda em vida, da opção de ser um doador, o HSL lançou em setembro a campanha para a doação de órgãos Meu Legado Salva.

O site da campanha conta com informações direcionadas a quatro públicos: pessoas que querem ser doadoras; familiares de doadores; profissionais de saúde; e também quem precisa de um transplante.

Qualificação do corpo clínico para doação de órgãos é constante

Com o intuito de disseminar informações e qualificar o atendimento para as famílias de potenciais doadores, a OPO-2 realiza workshops, cursos e palestras. Outra iniciativa é a Capacitação para Determinação de Morte Encefálica –direcionada a médicos- que habilita os profissionais para a realização do respectivo diagnóstico, conforme preconizado pelo Conselho Federal de Medicina.

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Foto: Bruno Todeschini

Atualmente, no Rio Grande do Sul, RS 40% das famílias não autorizam a doação de órgãos após o falecimento do seu familiar. As principais razões relatadas são desconhecimento do desejo do falecido, descontentamento com o atendimento hospitalar e a não compreensão da morte encefálica. Para desfazer mitos sobre o tema e conscientizar a população sobre a importância de se avisar a família, ainda em vida, da opção de ser um doador, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) lançou na última sexta-feira, 6 de setembro a campanha para a doação de órgãos Meu Legado Salva. Durante a abertura do evento, o diretor médico do Hospital, Saulo Bornhorst, ressaltou o orgulho de apoiar essa importante causa também como um transplantado: “Há 12 anos, recebi a oportunidade de ter uma nova córnea. Agradeço muito e sei o quanto a minha vida melhorou a partir desse marco”, ressaltou. A programação teve apresentações do Grupo Tholl, exibição do documentário Meu Legado Salva– com depoimentos de transplantados e de famílias que autorizaram a doação de órgãos- e da peça teatral Começar Outra Vez.

Peça Começar Outra Vez aborda a doação de órgãos

A peça, encenada pelos atores Kely Nascimento e Robson Vellado, conta a história das muitas dificuldades que ocorrem na rotina de uma família pelo desconhecimento da vontade um do outro. A apresentação ressalta a importância do diálogo, do tempo doado e das muitas formas de doação em vida. Kely foi casada com o ator Northon Nascimento, que esperou anos por um coração. “Quando escutei aquele novo coração pulsando no peito dele, senti que tudo era possível, senti o recomeço. Esse coração pulsou por quatro anos, até dezembro de 2007. Depois da morte de Northon, comecei com a peça, passando essa mensagem e reforçando a importância da doação de órgãos”, ressaltou Kely.

HSL teve aumento no número de doações de órgãos em 2018

O HSL é o hospital privado de Porto Alegre com o maior número de notificações e doações de órgãos. Até o mês de julho, registrou um aumento de 60% nas notificações de mortes encefálicas e 30% nas doações de órgãos, quando comparadas ao mesmo período de 2018. A campanha tem também um site próprio, também lançado no evento.

A Organização de Procura de Órgãos do HSL (OPO 2), tem uma equipe dedicada a capacitar equipes médicas e assistenciais para falar sobre o tema e acolher os familiares nesse momento que é decisivo para salvar vidas.  A entidade também tem auxiliado a Central de Transplantes do RS na realização dos cursos de capacitação de morte encefálica aos médicos do corpo clínico, o que além de ser requisito para a realização do diagnóstico de morte encefálica promove a atualização e a discussão de todo o processo da doação de órgãos. Desde 2011, o trabalho da OPO 2 já concretizou 550 doações.

Confira as fotos do evento:

2019_09_02-DoacaoOrgaos(907X551)O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) lança na próxima sexta-feira, 6 de setembro, a partir das 18h10min, a campanha para a doação de órgãos Meu Legado Salva. A ideia é conscientizar a população sobre a importância de se avisar a família, ainda em vida, da opção de ser um doador, além de desfazer mitos e informar sobre o tema. O marco inicial da campanha será celebrado com a peça teatral Começar Outra Vez, com os atores Kely Nascimento e Robson Vallado, em uma sessão com entrada franca no teatro do prédio 40 da PUCRS. As inscrições, gratuitas, estão disponíveis pelo link. Haverá também apresentações do Grupo Tholl e exibição do documentário Meu Legado Salva, com depoimentos de transplantados e de famílias que autorizaram a doação de órgãos.

O HSL é o hospital privado de Porto Alegre com o maior número de notificações e doações de órgãos. Até o mês de julho, registrou um aumento de 60% nas notificações de mortes encefálicas e 30% nas doações de órgãos, quando comparadas ao mesmo período de 2018. A campanha terá também um site próprio, que será lançado também no dia 6 e contará com relatos e esclarecimentos a respeito da doação. “A morte é previsível, mas nunca é esperada. Por isso, é importante conversar com os familiares sobre o desejo de ser doador de órgãos, pois são eles os responsáveis em autorizar a doação quando acontecer o falecimento. Certamente, a decisão em consentir tende a ser mais confortável quando as famílias conhecem o desejo de ser doador para ajudar outras pessoas”, esclarece o enfermeiro Dagoberto Rocha, da Organização de Procura de Órgãos do HSL (OPO 2), responsável em identificar os potenciais doadores.

O diretor médico do Hospital, Saulo Bornhorst, teve a experiência de receber uma nova córnea há 12 anos. O médico lembra da importância desse episódio na sua trajetória e relata que o transplante devolveu plenamente sua visão, possibilitando o exercício da medicina, a paternidade e todas as relações sociais de forma plena e saudável. “Na época, esperei a córnea por 2 anos. Foi um momento difícil, pois trabalhava na emergência e tinha dificuldade de me adaptar com as lentes de contato que utilizava. Tive o privilégio de receber o transplante. Sei que é muito difícil para o familiar que perde alguém que ama. No entanto, essa decisão pode salvar vidas”, reforça.

Doação de órgãos no RS

Atualmente no RS 40% das famílias não autorizam a doação de órgãos após o falecimento do seu familiar. As principais razões relatadas são desconhecimento do desejo do falecido, descontentamento com o atendimento hospitalar e a não compreensão da morte encefálica.

A Organização de Procura de Órgãos do HSL (OPO 2), tem uma equipe dedicada a capacitar equipes médicas e assistenciais para falar sobre o tema e acolher os familiares nesse momento que é decisivo para salvar vidas.  A entidade também tem auxiliado a Central de Transplantes do RS na realização dos cursos de capacitação de morte encefálica aos médicos do corpo clínico, o que além de ser requisito para a realização do diagnóstico de morte encefálica promove a atualização e a discussão de todo o processo da doação de órgãos. Desde 2011, o trabalho da OPO 2 já concretizou 550 doações.

Sobre a peça Começar Outra Vez

A peça tem um texto leve e divertido, que foi aos palcos pela primeira vez em setembro de 2007 com o ator Northon Nascimento e sua esposa, Kely. Atualmente, conta com Kely Nascimento e Robson Vellado no elenco. A história de Adão e Eva conta as muitas dificuldades no dia a dia de uma família por um não conhecer a vontade do outro. A importância do diálogo, do tempo doado. Das muitas formas de doação em vida para que no final seja falado sobre doação de órgãos e tecidos. Para falar sobre a doação, Kely Nascimento apresenta no final um breve texto poético e sensível – UM CORAÇÃO QUE TAMBÉM ERA MEU, contando sobre os quatro dias de espera pelo coração de Northon. Em cartaz há 11 anos, o texto foi produzido para que as pessoas possam compreender e ser tocadas pela grandeza e urgência da doação.

Peça Começar Outra Vez

Quando: Dia 6/9, às 18h10min, no teatro do prédio 40 da PUCRS
Entrada franca
Inscrições antecipadas pelo link
Texto: Kely Nascimento
Direção: Robson Vellado
Elenco: Kely Nascimento e Robson Vellado

 

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Foto: Bruno Todeschini

No dia 27 de setembro, o Hospital São Lucas da PUCRS sedia o 6º Encontro do Dia Nacional da Doação de Órgãos, no auditório do prédio 9 (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), às 13h. O evento é destinado aos profissionais da saúde e tem como objetivo disseminar conhecimento e novidades da área. As inscrições são gratuitas, limitadas e podem ser realizadas através do site da Organização de Procura de Órgãos 2.

Considerando a preparação profissional tão importante quanto as campanhas de sensibilização da sociedade, o encontro abordará temas como a situação das doações e dos transplantes no estado, novos critérios para determinação da morte encefálica e os desafios no cuidado do potencial doador. “Nossa maior expectativa é apresentar ao público temas que envolvam toda a complexidade e os esforços necessários para se efetivar a doação de órgãos. É mostrar que o processo de doação é multifatorial se inicia na porta do hospital”, destaca o enfermeiro responsável pelo OPO 2, Dagoberto Rocha.

O Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, visa conscientizar as pessoas sobre a importância da doação e promover a discussão do assunto entre familiares e amigos.

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Foto: Bruno Todeschini

O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) registrou um aumento expressivo nas doações de órgãos no ano de 2017, com um crescimento de 100% em relação a 2016. Foram 23 notificações de mortes encefálicas e 12 doações concretizadas, uma taxa de efetivação de 52%, 14% acima da média Estadual. Esses resultados fazem do HSL o hospital privado com o maior número de notificações e doações de órgãos de Porto Alegre.

Responsável por quase 30% das doações do Estado, a Organização de Procura de Órgãos (OPO2) é peça chave para esse ótimo desempenho.  Situada no HSL e vinculada diretamente à Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, a organização desenvolve um intenso programa de educação e formação profissional com os colaboradores dos 28 hospitais apoiados por ela. Ao conhecer todos os aspectos desse processo, ao identificar o potencial de doação, os especialistas das unidades de pacientes críticos podem utilizar o sistema de maneira adequada.

“A OPO agradece o apoio e empenho de toda a equipe multidisciplinar do HSL pelos excelentes resultados em 2017 e, principalmente, às famílias que autorizaram a doação. Essa ação pode oferecer a eles a oportunidade de trazer um elemento positivo para esse momento triste e doloroso da perde de um ente querido”, afirma o enfermeiro da Organização de Procura de Órgãos (OPO2) Dagoberto Rocha.

Serviço de Transplantes do HSL

Desde 1978, o Hospital São Lucas da PUCRS já realizou mais de 1600 transplantes. Pioneiro em transplante de pâncreas isolado no Estado, atualmente, dedica-se à realização de transplantes renais com doadores falecidos e doadores vivos. É a única equipe do Estado do Rio Grande do Sul que realiza transplantes renais de doadores vivos por técnica videolaparoscópica. Coordenado pelo Dr. Marcelo Junges Hartmann, atua em conjunto com o Serviço de Nefrologia e conta com equipe multidisciplinar composta por profissionais experientes das áreas de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia e Psicologia, além de todas as especialidades médicas do hospital.