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Felipe Barrueco Costa, de 40 anos, é um dos alunos da primeira edição do Programa Somar. / Foto: Giordano Toldo

A segunda edição do Somar Aprendiz, programa de aprendizagem profissional para pessoas com deficiência, está com inscrições abertas. Lançada em agosto de 2023 pela PUCRS, em parceria com o Senac, a iniciativa busca tornar o mercado de trabalho mais plural e inclusivo, promovendo autonomia, capacitação e aprendizado personalizado aos participantes. A primeira edição irá formar, em dezembro desse ano, 15 alunos/as – que sairão do curso como profissionais capacitados.  

“Estamos muito felizes com o progresso dos aprendizes da primeira turma. Nossos facilitadores (gestores formados para receber os aprendizes na prática) também estão muito orgulhosos por poder contribuir ativamente na formação desses profissionais. Isso prova que a inclusão é uma via de mão dupla, onde todos saem ganhando. Nossas expectativas para a segunda turma são as melhores. O programa Somar Aprendiz está transformando a realidade dos aprendizes e dos demais colaboradores da PUCRS que apoiam o projeto”, destaca Bruna Bernardes, analista de Diversidade e Inclusão da Gerência de Gestão de Pessoas da PUCRS. 

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, no fim de 2022, apenas 26% das pessoas com deficiência estavam no mercado de trabalho. Entre as pessoas sem deficiência, eram 60%. A pesquisa destaca também a desigualdades na educação: a taxa de analfabetismo é quase cinco vezes maior entre pessoas com deficiência – neste ano, apenas 25% haviam concluído pelo menos o Ensino Médio. 

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Para seguir transformando este cenário, o curso irá abordar conteúdos sobre o mundo do trabalho, desenvolvimento pessoal e participação social. Com duração de um ano, o curso contará com uma formação teórico-profissional, focada no desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais, com aulas teóricas no Senac e aulas práticas na PUCRS. Ao final dos doze meses, há possibilidade de efetivação na PUCRS. 

Para participar do programa é preciso ter, no mínimo, 16 anos. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de março pelo WhatsApp (51) 98348-0260 ou por este link. As aulas iniciarão no final de março, em data que será definida e comunicada aos candidatos aprovados.  

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Inscreva-se para o programa

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Martinho da Vila recebe o Mérito Cultural em cerimônia no dia 22 de novembro. / Foto: Leo Aversa

Em novembro é comemorado o mês da Consciência Negra no Brasil. O mês vai ao encontro da data, 20/11, escolhida para marcar a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que se tornou símbolo popular da resistência negra. Além de ser um mês para refletir sobre a condição do negro e do racismo no Brasil, novembro também é um mês de celebrar a cultura afro-brasileira. Pensando nisso, separamos oito nomes de artistas negros para você conhecer, acompanhar e se inspirar.  

1) Martinho da Vila 

O artista carioca nasceu no Duas Barras (RJ), em 12 de fevereiro de 1938. Cantor, compositor e escritor brasileiro, Martinho da Vila se dedica desde 1965 ao samba e atua há anos na Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. Lá, compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Com mais de 50 anos dedicado à música e cultura brasileira, ele será homenageado pela PUCRS com Mérito Cultural 2023. 

Principais trabalhos: na música, lançou seu primeiro disco Martinho da Vila em 1969. Ele coleciona outros discos de sucesso como Memórias de um sargento de milícias (1971), Canta, canta minha gente (1974), Rosa do povo (1976), O Pequeno Burguês – ao vivo (2008), Rio: Só vendo a vista (2020) e muito mais. Na literatura, já lançou mais de 20 livros, dos quais se destacam Joana e Joanes, um romance fluminense (1999), Ópera Negra (2001), e A rainha da bateria (2009). 

2) Luedji Luna  

Baiana nascida em Salvador em 1987, Luedji Gomes Santa Rita é cantora e compositora de MPB e Jazz. Filha de músico, a artista começou a escrever suas canções aos 17 anos, e na época já cantava informalmente em bares de Salvador. Suas músicas retratam o preconceito racial, feminismo, empoderamento feminino, especialmente da mulher negra. Em suas músicas, Luedji também canta sobre religiões de matriz africana, ervas e costumes brasileiros oriundo da cultura africana. Em 2023, foi uma das atrações musicais do Prêmio Sim à Igualdade Racial 

Principais trabalhos: Um Corpo no Mundo (2017) e Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água (2020) pelo qual Luedji Luna foi indicada ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.  

3) Lucas Litrento  

O escritor alagoense foi vencedor do Prêmio Delfos de Literatura em 2019, com a obra TXOW. Lançado pela Editora da PUCRS, o livro é composto por quinze contos, que possuem inspiração no rap, na literatura brasileira e na fala cotidiana das ruas de Maceió. Ele também venceu o Prêmio Malê de Literatura, da Editora Malê, e foi finalista do Prêmio Oceanos de Literatura em 2021, organizado pelo Itaú Cultural. Além de escritor, Lucas é realizador cinematográfico e produtor cultural, estuda Jornalismo na Universidade Federal do Alagoas e integra os coletivos Mirante Cineclube e Pernoite.  

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4) Alcione 

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A artista será homenageada no samba-enredo da Escola de Samba Mangueira em 2024. / Foto: Camila Cunha

Alcione Dias Nazareth é cantora, compositora e multi-instrumentista. Ao longo de sua trajetória artística, lançou mais de 30 álbuns de estúdio e nove ao vivo. É a artista por trás dos sucessos Não Deixe o Samba Morrer e Você me Vira a Cabeça. Em 2021, ela recebeu o o Mérito Cultural da PUCRS. A cantora possui uma grande relação com o Carnaval, tendo fundado, em 1989, o Clube do Samba ao lado de grandes nomes como Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e Clara Nunes. Além disso, se tornou membro destacado da Estação Primeira de Mangueira, fundou a Escola de samba mirim da Mangueira e é presidente de honra do Grêmio Recreativo Cultural Mangueira do Amanhã.  Em 2024, ela será homenageada no samba enredo da escola.  

Principais trabalhos: os álbuns A Voz do Samba (1975), Pra que chorar (1977), Alerta geral (1978), Da cor do Brasil (1982), Fogo da vida (1985), Fruto e raiz (1986), Nosso nome: Resistência (1987), Nos bares da vida (2000) e seu último lançamento, Tijolo por Tijolo (2020).   

5) Oliveira da Silveira  

Falecido em 2009, Oliveira Ferreira da Silveira nasceu em Rosário do Sul em 1941. Em vida, foi um dos maiores intelectuais do Brasil, sendo um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro. Poeta, escritor, e militante do movimento negro, Oliveira cursou Letras na UFRGS e foi na Universidade que começou a se entender enquanto homem negro. Com inspirações em Angela Davis, Martin Luther King, Louis Armstrong entre outros, suas obras buscavam refletir sobre a identidade afro-gaúcha. 

Principais trabalhos: Geminou (1962), Poemas Regionais (1968), Banzo Saudade Negra (1970), Décima do Negro Peão (1974), Praça da Palavra (1970), Pelo Escuro (1977) 

6) Elisa Lucinda  

Ela é uma poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz brasileira, tendo sido vencedora de um Kikito no Festival de Cinema de Gramado pelo filme Por que Você Não Chora?. Em 1998, ela fundou a instituição socioeducativa Casa Poema, que utiliza a poesia falada para capacitar profissionais na sua capacidade de expressão e formação cidadã. Além disso, tem desenvolvido o projeto Palavra de Polícia, Outras Armas, junto à Organização Internacional do Trabalho, pelo qual ensina a arte da poesia falada a policiais, buscando alinhar esses profissionais aos princípios dos direitos humanos e transformar sua forma de operar em relação a questões de gênero e raça. Em 2006, ela recebeu a Ordem de Rio Branco no grau de Oficial suplementar por méritos como poetisa.   

Principais trabalhos: possui os CDs de poesia O Semelhante, Euteamo e suas estreias, Notícias de Mim, Estação Trem – Música e Ô Danada. No cinema, atuou no filme Por que Você Não Chora?. Ela possui uma forte atuação alinhada aos direitos humanos em projetos educativos relacionados à arte da poesia falada.   

7) Seu Jorge 

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Em 2022, Seu Jorge atuou no filme Medida Provisória ao lado de Taís Araújo e Alfie Enoch. / Foto: Divulgação

Seu Jorge é o nome artístico de Jorge Mário da Silva, que é ator, cantor, compositor e multi-instrumentista. Ele já participou do programa No meu canto, da PUCRS Cultura. Seu trabalho mais recente é no ramo da atuação, interpretando o jornalista André no filme Medida Provisória, dirigido por Lázaro Ramos. Ele foi vencedor dos prêmios Grammy LatinoMTV Video Music BrasilPrêmio Multishow, Troféu Imprensa e Melhores do Ano. No cinema, protagonizou filmes de sucesso, como Cidade de DeusTropa de Elite 2 e The Life Aquatic. Já sua carreira musical destaca-se pelos sucessos Amiga da Minha MulherMina do CondomínioBurguesinha e Carolina.   

8) Arthur Bispo do Rosário  

Artista visual nascido em 1911 no Sergipe, Arthur Bispo do Rosário desenvolveu suas obras enquanto estava internado em uma instituição psiquiátrica. Em 1938, enquanto trabalhava como empregado doméstico, na casa do advogado Humberto Leone, afirmou ter uma revelação divina e, após perambular por dias, chegou ao Mosteiro de São Bento, no centro do Rio de Janeiro, encaminhado a um hospício. Sua arte foi construída de maneira improvisada: para os bordados, utilizava linhas azuis desfiadas dos velhos uniformes dos internos e para as demais realizações, eram usados objetos, como canecas, vassouras e garrafas e materiais como pedaços de madeira, arame, papel e fios de varal.

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Empresas mais diversas são mais produtivas. /Foto: Envato Elements

A diversidade tem um papel fundamental no aumento da produtividade das empresas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Identidades do Brasil, entre 2010 e 2019, houve um aumento da produtividade nas organizações decorrente do crescimento da diversidade de gênero e étnico-racial. O tema vem ganhando força nas organizações e, de acordo com o levantamento realizado pela Pesquisa Benchmarking: Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022 e Tendências para 2023,  81% das empresas entrevistadas destinam recursos para ações de diversidade e inclusão. Em 2020, apenas 67% delas reservavam capital para realizar essas atividades.   

Mas o que é ser uma empresa diversa? Para Pietra Gomes, advogada trabalhista com atuação em diversidade e inclusão, quando há pessoas em todos os níveis da organização com diferentes formações, gêneros, raças, experiências e visões de mundo a riqueza da diversidade está na possibilidade de resolução de problemas e na condução de tarefas com diversidade de ideias e percepções.  

Diferenças entre diversidade e inclusão    

Embora os termos pareçam semelhantes, é preciso entender que diversidade e inclusão não são a mesma coisa. Inclusive, uma depende da outra, como explica Pietra:  

“Diversidade está ligada à representação demográfica de diferentes tipos de profissionais. Já a inclusão é a garantia de oportunidade, desenvolvimento e ascensão profissional dentro da empresa para todos/as”, pontua.    

A advogada ainda cita o artigo da Harvard Business Review Diversity Doesn’t Stick Without Inclusion, que fala justamente que a diversidade não se sustenta sem inclusão:   

“A inclusão é o agir da diversidade. Uma empresa somente será inclusiva se houver o comprometimento de mudança da cultura organizacional com a construção de um espaço de escuta, diálogo e compreensão”.

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O que o futuro nos reserva?  

Em 2020, menos de 70% das organizações destinavam verbas para programas de diversidade e inclusão. / Foto: Envato Elements

A necessidade da construção de um mercado de trabalho mais inclusivo e diverso já é prevista em lei. Conforme a Lei de Cotas, empresas com mais de 100 funcionários precisam obrigatoriamente ter entre 2% e 5% do seu quadro com vagas para Pessoas com Deficiência e Reabilitadas. No entanto, nem sempre ocorre de  estes/estas profissionais serem incluídos plenamente no ambiente de trabalho.  

A advogada destaca dois pontos fundamentais para a concretização da inclusão:  a construção de ambientes com acessibilidade para acolher melhor e a importância de evitar que a deficiência seja o ponto de partida para determinar funções e atividades, não se tornando uma barreira para oportunidades de ascensão profissional.  

Outro fator determinante para a permanência de funcionários/as são ações corporativas que gerem sentimento de pertencimento à cultura da empresa. De acordo com Pietra, há algumas iniciativas que  administradores/as e o setor de Recursos Humanos podem tomar para tornar o ambiente corporativo mais diverso e inclusivo:  

“O ponto de partida é a mudança na cultura organizacional a fim de que todos/as os funcionários/as, começando pelos cargos de gestão, entendam esta diretriz diversa e inclusiva. Para além disso, devem ser promovidos constantemente treinamentos, workshops e palestras.”  

PUCRS oferece curso sobre diversidade no trabalho 

Para contribuir com esse movimento, a Escola de Negócios da PUCRS ofertará em outubro o curso Diversidade e Inclusão na Prática das Organizações, que já está com inscrições abertas. A certificação, que contará com Pietra como ministrante convidada, é coordenada por Ionara Rech, professora da Escola. Ela conta que o que a inspirou a criar o curso foi a intrínseca ligação da Escola de Negócios com as temáticas relacionadas à gestão organizacional e a necessidade do mercado em entender e aplicar os conceitos: 

“É preciso pensar também em como considerar a diversidade e como fazer a inclusão de diferentes pessoas dentro de uma organização. Já estamos tratando o tema em outros contextos dentro da graduação, da pós-graduação e agora estamos oferecendo um curso de extensão para tratar desses assuntos. Eles são de extrema importância para fazer a gestão das empresas e para tornar a própria convivência dentro das organizações mais igual e mais justa”, ressalta.  

A professora ainda explica que quem fizer o curso aprenderá a contextualizar e identificar situações de diversidade e inclusão, além de receber um preparo para desenvolver projetos de inclusão dentro de sua organização. “O curso tem um aspecto de contextualização e de entendimento dos temas, mas também conta com um lado prático de como fazer a construção de um projeto de diversidade e inclusão nas organizações”, acrescenta.  

A certificação será oferecida na modalidade presencial e as aulas acontecem entre os dias 16 e 17 de outubro, na Escola de Negócios (prédio 50, sala 1115), às 19h30. As inscrições podem ser feitas pelo site da Educação Continuada (Educon) 

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Ângelo Brandelli Costa

O professor Ângelo Brandelli coordena o grupo de pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais na PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

Na segunda feira, dia 4, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) realizou a primeira reunião da Comissão Assessora para Equidade, Diversidade e Inclusão (EDI), em formato híbrido.  Na ocasião, foi assinado o Termo de Designação, dando posse aos integrantes. A reunião contou com a participação do professor da Graduação e Pós-graduação em Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS Ângelo Brandelli, que é um dos representantes da comunidade científica da comissão junto com Maria Luiza Saraiva Pereira (UFRGS) e Milena Freire de Oliveira-Cruz (UFSM). 

A Comissão EDI é fruto de uma Chamada Pública, com mais de 50 indicações da comunidade científica, que buscou trazer perfis de pesquisadores envolvidos com a promoção de equidade, diversidade e inclusão na atividade científica, tecnológica e acadêmica. O objetivo do grupo é gerar iniciativas que contribuam para a erradicação de preconceitos de raça, gênero, orientação sexual, condição física, idade, religião e demais formas de discriminação, bem como para o aumento da representatividade na produção do conhecimento científico. 

“A comissão é uma estratégia inovadora da Fundação de Amparo do Rio Grande do Sul uma vez que poderá pensar as formas de ampliar a representação de grupos historicamente excluídos da ciência tanto do ponto de vista de quem faz a ciência quanto das comunidades aos quais ela pode vir a promover mudanças”, comenta Brandelli.  

O diretor técnico-científico Rafael Roesler elogiou a riqueza dos diferentes perfis da Comissão e o fato de não serem integrantes das assessorias de avaliação de projetos, onde o olhar não é focado para temáticas como essa. “Aqui temos cidadãos e acadêmicos, profissionais que levam essa causa adiante, com diferentes enfoques, diferentes perfis de formação, de especialidade”, disse ele. Após a assinatura do termo de posse, os integrantes da Comissão fizeram uma breve apresentação da sua atuação e das temáticas que estão mais envolvidos. 

Conheça os titulares representantes da comunidade científica  

Professor do Programa de Pós-graduação em Psicologia, do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, e do Programa de Pós-graduação em Medicina e Ciências da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde coordena o grupo de pesquisa em Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais e desenvolve pesquisas na área de diversidade sexual e gênero.  

A professora Maria Luiza Saraiva Pereira é pesquisadora e tem se destacado na UFRGS como conselheira da universidade em órgão superior, e em comissões que diretamente tratam da elaboração e implementação de políticas de equidade racial, apontando a necessidade e as virtudes da inclusão da diversidade de pesquisadores. Maria Luiza participou de comissões de avaliação de autodeclarações de ingressantes nas graduações da UFRGS.  

Milena é professora do programa de Pós-Graduação em Comunicação, onde compõe o GT de Ações Afirmativas. Atualmente coordena o Curso de Especialização em Estudos de Gênero, é membro do Comitê de Igualdade de Gênero da UFSM e embaixadora do Movimento Parent in Science (PiS). Tem experiência em projetos de pesquisa, ensino e extensão que abordam a temática da equidade e diversidade de gênero e interseccionalidades (principalmente raça e classe social). Coordena o Grupo de Pesquisa Comunicação, Gênero e Desigualdades (UFSM/CNPq).  

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Luisa Fernanda Habigzang, professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida/ Foto: Arquivo pessoal

O Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas do Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUCRS vem desenvolvendo tecnologias sociais com objetivo de qualificar a atuação de profissionais que atuam com populações em situação de vulnerabilidade social. Crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas e população LGBTQIAP+ que experienciaram violência familiar e comunitária são o principal público-alvo. 

Segundo a professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Luisa Fernanda Habigzang, as tecnologias sociais podem ser definidas como as técnicas e metodologias de transformação social através de processos de inclusão, melhoria da qualidade de vida das pessoas e garantia de direitos, propondo a solução de um problema social. Alguns exemplos de tecnologias sociais podem envolver programas sistêmicos de qualificação de profissionais, intervenções para geração de trabalho e renda, equipamentos de baixo custo para resolução de problema social, intervenções para prevenção de saúde, entre outros.  

Dessa maneira, no processo de desenvolvimento e avaliação das tecnologias sociais para capacitação já existentes, o grupo vem atuando em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Secretaria da Educação e com o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra Mulher do Rio Grande do Sul. Assim, está presente em diferentes frentes, entre elas:  

Com isso, professores, enfermeiros, epidemiologistas, sanitaristas, psicólogos e assistentes sociais já foram capacitados pelas iniciativas do grupo de pesquisa, conectando o espaço acadêmico ao social.  

“O investimento em tecnologias sociais é um importante caminho para a articulação e desenvolvimento científico e social, contribuindo com a missão da Universidade de desenvolver pesquisas e tecnologias comprometidas com excelência e transformação social”, comenta Habigzang.  

Para que esses desenvolvimentos tecnológicos tenham eficiência social, a professora destaca que é fundamental compreender as demandas sociais através de relatórios governamentais e não-governamentais, políticas públicas existentes e legislações vigentes. Além disso, é importante a escuta de gestores e profissionais que atuam no enfrentamento do problema, acompanhados de pesquisas científicas, bem como a participação do público-alvo e a definição clara de indicadores que avaliem a efetividade do impacto.  

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Para participar do programa é preciso ter, no mínimo, 16 anos. Foto: Envato

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, Pessoas com Deficiência (PCD) representam quase 9% da população brasileira acima de 2 anos. A pesquisa também mostra que PcDs têm muito menos acesso a estudos e empregos no país. Esse número se reflete no mercado de trabalho, onde a ocupação de Pessoas com Deficiência é de 26,6%, enquanto o da população brasileira total é de 60,7%. 

Pensando em tornar o mercado de trabalho mais plural e inclusivo, a PUCRS, em parceria com o Senac, lançou um programa de aprendizagem para pessoas com deficiência. No curso, serão abordados conteúdos como o mundo do trabalho, desenvolvimento pessoal e participação social. O objetivo é profissionalizar e contratar PcDs nas áreas administrativas. Com duração de um ano, o curso contará com uma formação teórico-profissional, com aulas teóricas no Senac e aulas práticas na PUCRS. Ao final dos doze meses, há possibilidade de efetivação na PUCRS. 

“É muito importante que as empresas deem espaço para que pessoas com deficiência possam se colocar no mercado de trabalho. No entanto, a criação de vagas não é a única solução. É necessário dar subsídios e contribuir para o aperfeiçoamento desse profissional”, destaca Bruna Bernardes, Analista de Diversidade e Inclusão da Gerência de Gestão de Pessoas da PUCRS. 

Para participar do programa é preciso ter, no mínimo, 16 anos. As inscrições podem ser feitas de 14 de agosto até 01 de setembro pelo WhatsApp (51) 98348-0260 ou pelo link https://forms.office.com/r/Ry2Ek9yhha. As aulas iniciarão em outubro, em data que será definida e comunicada aos candidatos aprovados. 

Leia também: Servidores do governo estadual têm descontos de até 30% para estudar na PUCRS

As estudantes do curso de Engenharia Química da PUCRS, Marina Vicente Wizer, Myriam Bernaud Maghous e Ana Carolina Corso Minotto, formam o time Tech Girls e foram as ganhadoras da etapa brasileira do L’Oreal Brandstorm 2022. A competição universitária possibilita que estudantes proponham soluções inovadoras, ganhem visibilidade e tenham contato com especialistas de uma das maiores referências do universo dos cosméticos: a L’Oreal.

Elas criaram o Beauty Stabilizer, um pincel de maquiagem desenvolvido para pessoas com Parkinson ou Tremores Essenciais que conta com uma tecnologia de estabilização capaz de detectar e neutralizar tremores das mãos. “Acreditamos que o poder da beleza deve ser acessível para todas as mulheres e queremos trazer a visibilidade que essas mulheres merecem”, comenta uma das integrantes.  Conheça mais detalhes da proposta.  

Todos os anos é lançado um desafio e, nesta edição, podem participar candidatos com até 30 anos. As estudantes da PUCRS estão entre os dois times da trilha de inclusão escolhidos para seguir para a próxima etapa: a semifinal Internacional. Para celebrar as três décadas do programa, os universitários agora podem escolher entre uma das 3 trilhas: 

Próximos passos  

A última etapa será em Paris, na qual apenas 9 equipes do mundo todo (três de cada trilha) apresentarão suas propostas. Para avançar no programa e ir para a final internacional, as alunas precisam do apoio da comunidade acadêmica para votar no seu projeto, neste link, até o dia 15 de maio. Para registrar o voto, basta preencher com um e-mail e confirmar. 

“Já é incrível ter chegado até aqui e é agora que precisamos de vocês mais que nunca. Não seria incrível se três gurias estudantes da PUCRS realizassem o sonho de ir para Paris defender sua ideia representando o seu País?”, comentam as alunas. 

O programa Brandstorm existe há 30 anos e já contou com a participação de mais de 40 mil estudantes de 65 países e regiões. 

PUCRS oferece disciplinas voltadas para formação cidadã e inclusiva

Foto: Envato Elements

Para criar uma sociedade que abraça a sua diversidade, respeita as diferenças e sabe conviver e aprender com outras culturas e gerações é preciso ter um olhar que enxerga as pessoas pelo que elas são: humanas. O conhecimento é uma das melhores maneiras de se aprofundar em temas relacionados à complexidade da vida, às relações sociais e à filosofia, entre outros. Por isso, confira disciplinas que abordam questões sobre ética, direitos humanos e sustentabilidade e que você pode escolher cursar no próximo semestre:  

Fundamentada nos direitos humanos, a PUCRS tem por missão produzir e difundir conhecimento e promover a formação humana e profissional, visando ao desenvolvimento de uma sociedade justa e fraterna. Por isso, possui diversas ações e projetos relacionados aos Direitos Humanos e à diversidade, incluindo milhares de produções científicas publicadas sobre os temas. 

Leia também: Como contribuir para a proteção e promoção dos Direitos Humanos 

Aprender para a carreira e para a vida  

Além de expandir o seu repertório com diferentes pontos de vista e se tornar uma pessoa criativa e inovadora, ter atenção às pautas atuais e de cunho humanitário significa estar em sintonia com as novas expectativas do mercado de trabalho. Empresas de diferentes portes têm se preocupado cada vez mais com questões que não se limitam aos lucros, apesar de que se engajar em assuntos de impacto social também pode ser bom para o bolso.  

Um estudo realizado pela Accenture Strategy aponta que 83% da população brasileira prefere comprar de marcas que se conectam aos seus valores de vida e 79% têm expectativas de que as empresas se posicionem sobre assuntos relevantes para a sociedade como meio ambiente, política e cultura. Empresas com equipes mais diversas têm resultados até 21% melhores, segundo pesquisa da McKinsey, uma das consultorias mais relevantes globalmente.  

Leia também: Como ser feliz no trabalho e na vida? Confira os ensinamentos da professora Carla Furtado 

Faça sua rematrícula! 

Por mais que as escalas de matrícula já tenham acabado, ainda é possível fazer a sua rematrícula e iniciar mais um semestre junto à PUCRS, contando com todos os benefícios que a Universidade oferece aos seus estudantes. Para isso, basta acessar o sistema de matrículas e escolher as disciplinas que deseja cursar.

 

Paralimpíada, Jogos Paralímpicos, inclusão no esporte

Vitor mostra as medalhas de competições no atletismo/Foto: Camila Cunha

Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?, disse, certa vez, Frida Khalo, uma das mais conhecidas artistas do mundo. Ela e muitos personagens relevantes da história foram pessoas com deficiência e, como a frase demonstra, nunca deixaram de voar. Longe das grandes figuras históricas, pessoas comuns também seguem realizando suas conquistas. É o caso de Vitor Luft que, mesmo com a impossibilidade de se locomover sem o auxílio de uma cadeira de rodas, é atleta e cursa Educação Física na PUCRS. 

Desde 2018, o jovem pratica atletismo, competindo de cadeira de rodas nas provas de corrida de 100m, 200m e 400m. No mesmo ano, participou da primeira competição no esporte, uma seletiva para as paralimpíadas escolares. Atualmente, após participar de duas competições regionais do Comitê Paralímpico Brasileiro com boas classificações, se prepara para competir nas paralimpíadas universitárias, a nível nacional.  

Representatividade que motiva 

Vitor conta que uma das suas principais inspirações no esporte é Aser Ramos, seu colega de treino. Os Jogos Paralímpicos de Tóquio terão seu encerramento neste domingo e o atleta, que já bateu recordes continentais, obteve a quarta classificação na final do salto em distância. Foi sua primeira participação no evento.  

Vitor mostra imagens com sua equipe de treino, dentre eles, Aser Ramos/Foto: Camila Cunha

Estamos vivenciando o Setembro Verde, mês que reforça a importância da acessibilidade e da inclusão da pessoa com deficiência. Os Jogos Paralímpicos são uma forma de mostrar à sociedade a relevância da diversidade no esporte. Porém, como comenta Vitor, essa realidade ainda está distante.  

“Em Porto Alegre, que é capital do estado, existem poucos lugares que treinam paratletas. Além disso, falta investimento no esporte e, mesmo os Jogos Paralímpicos, que chamam atenção à essa realidade, são distantes de muita gente. Por isso, seria importante que canais abertos transmitissem as competições, assim como aconteceu com os Jogos Olímpicos.” 

A professora Fernanda Faggiani, que desenvolve, com o auxílio de Vitor, estudos sobre esportes paralímpicos no Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da PUCRS, destaca que “os Jogos Paralímpicos são uma vitrine do que o esporte pode fazer para o ser humano, sendo um ambiente de inclusão, e mostra que é possível obter conquistas, não apenas de medalhas, mas, também, pessoais”.  

PUCRS: uma universidade para todas as pessoas 

A história de Vitor com a PUCRS iniciou em 2019: “Eu participei do Open Campus e me admirei com a infraestrutura e com a acessibilidade”, conta. Um ano depois, estava iniciando sua graduação e, conforme o estudante, a inclusão sempre foi algo recorrente, tanto pelos colegas de turma, quanto em relação aos professores, que costumam adaptar atividades práticas para que ele possa participar e aprender. Seu objetivo com a Educação Física é aprimorar suas habilidades como atleta, entendendo os mecanismos de como evoluir no esporte e, futuramente, se tornar treinador de atletas de alto rendimento.  

Além disso, a Universidade conta com materiais adaptados para o esporte inclusivo, como cadeiras para corrida e para jogos de basquete. O Campus também possui elevadores que facilitam o acesso de pessoas com deficiência aos prédios. “Eu consigo andar por tudo na PUCRS”, complementa o estudante.  

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Aluna da Famecos é embaixadora do Fashion Revolution 2021

Campanha #EuFizSuasRoupas, do Fashion Revolution / Foto: Divulgação

Há muito tempo que a moda vai além de apenas se vestir bem ou acompanhar o que é apresentado nas passarelas. Pode se dizer que a “moda agora é” ser consciente. Mas não basta repetir o discurso das novas ondas, é necessário ter coerência em toda a cadeia de produção. Isso é o que explicam especialistas do setor, que garantem: o novo perfil de consumidores e consumidoras se importa em saber de onde vem, para onde vai, do que é feito, por que é feito e quem tem acesso a cada item colocado no carrinho de compras. 

“Todos nós consumimos roupas, sapatos, acessórios e fazemos escolhas que se conectam com a nossa identidade. Mas como tomamos essas decisões? Questionar e agir são formas potentes de transformação. Não só na moda, mas em diversos aspectos”, explica Emily Müller, embaixadora do movimento global Fashion Revolution. 

Em abril deste ano, ela que é aluna do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos organizou uma programação especial em parceria com o projeto e reuniu profissionais de diferentes áreas da moda para falar sobre a chamada revolução fashion. Confira cinco tendências apontadas durante os encontros: 

1. Múltiplas identidades ou identidade fluída

Fique por dentro de 5 tendências da moda consciente - Profissionais do setor aprofundam o debate para além da indústria fashion e analisam seu impacto e importância

A professora Paula Puhl fala sobre as novas formas de identidade / Foto: Reprodução

Tatuagens, estilos, cores. Tudo o que é carregado no corpo representa narrativas que fazem parte do conceito de moda: que são os modos e a maneira de se colocar no mundo. Uma das tendências do setor é que nada é fixo ou uma coisa só. Segundo Paula Puhl, professora da Famecos: 

“Hoje vivemos com identidades muito mais fluídas. Não é como há muitos anos, que a pessoa nascia com um nome, sobrenome e seguia a atividade da família. Hoje somos múltiplos, assim como os contextos, e nos colocamos de maneiras diferentes no mundo. A moda é vista como uma mediadora, de acordo com a forma que a usamos e consumimos”. 

Ela ainda diz que a moda está na sociedade, e cada pessoa acrescenta a sua própria forma de comunicar por meio dessa maneira de se expressar. 

2. O impacto da minha roupa para o meio ambiente

A indústria da moda é uma das que mais poluem. Segundo a Global Fashion Agenda, esse setor consome 1,5 trilhão de litros de água por ano. Uma das formas de tentar frear esse gasto é repensando a lógica fast fashion, que é o consumo rápido das roupas, como se fossem produtos descartáveis, e priorizando o slow fashion, que é o hábito de comprar o necessário, em uma perspectiva mais minimalista e consciente. 

Nos últimos 15 anos a produção de roupas dobrou, de acordo com dados da Fundação Ellen McArthur. Dos resíduos têxteis, 73% são queimados ou enterrados em aterros sanitários. Apenas 12% são destinados para a reciclagem e menos de 1% retorna para a cadeia de produção e vira peças novas. 

3. Quem faz as minhas roupas

O movimento impulsionado pelo Fashion Revolution Quem faz as minhas roupas? levanta um debate não tão novo, mas que permanece atual. Há alguns anos, por exemplo, equipes de fiscalização trabalhista flagraram em três momentos diferentes em São Paulo pessoas estrangeiras submetidas a condições análogas à escravidão produzindo peças de roupa para uma mesma conhecida marca internacional. 

Segundo o projeto, o objetivo da campanha, que utiliza majoritariamente as mídias sociais para se promover, é “dar voz às vidas que se entrelaçam nas nossas através das roupas. De ser espelho para as mãos que costuram essas roupas. Porque a roupa, sozinha, é pouco. 

Dessa forma, busca dar visibilidade para o tema e para a luta da categoria por direitos civis, trabalhistas e humanos, como salários e rotinas de trabalho mais justas.   

4. Se eu não me vejo, não consumo

Fique por dentro de 5 tendências da moda consciente - Profissionais do setor aprofundam o debate para além da indústria fashion e analisam seu impacto e importância

A jornalista e pesquisadora Carol Anchieta destaca aspectos do Afrofuturismo e da Sustentabilidade no Design e na moda / Foto: Reprodução

Imagine abrir uma revista ou ligar a televisão e não enxergar ninguém parecido com você. Essa hipótese pode até causar estranhamento para algumas pessoas, mas para outras essa foi e ainda é a realidade. Com as cobranças por mais diversidade e representatividade nas passarelas e nos bastidores, as marcas têm tentado se reinventar em algum nível. 

De acordo com o site The Fashion Spot, que analisa o tema a cada estação, 83% das modelos da semana de moda de primavera de 2015 eram brancas, caindo para 60% em 2020, indicando um pequeno avanço. Já as modelos plus-size passaram de 50 contratadas no outono de 2019 para 86 na primavera de 2020. 

Um dos fatores que influencia esse movimento é o surgimento de novas marcas já alinhadas a essas reivindicações, com elencos mais contemplativos no quesito pluralidade de corpos e formas de expressão. O tema também foi discutido em diferentes painéis, como no da jornalista e pesquisadora Carol Anchieta, que investiga sobre moda, design, sustentabilidade e Afrofuturismo. 

5. O futuro da moda

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O consultor de tendências André Carvalhal ressalta a importância do olhar ancestral / Foto: Reprodução

E se o futuro estiver no passado? Para André Carvalhal, consultor tendências de comportamento que participou do encerramento da programação do Fashion Revolution, a ancestralidade deve estar ainda mais presente na moda. 

Para ele, o futuro está em voltar a olhar para coisas básicas: “Acredito no pensamento de que o futuro da moda seja um resgate à essa ancestralidade, serviço que a moda já proporcionou alguma vez, com formas mais respeitosas com a natureza e com as pessoas. São pensamentos e atitudes de povos originários, que chegaram muito antes da gente, os quais deveríamos estar olhando com muito mais atenção“. 

André finaliza que “deveríamos nos preocupar menos com como serão os carros do futuro, as indústrias e as empresas. E mais para aquilo que nos conecta com a nossa natureza e com a natureza, pois fazemos parte dela, e como disseminar isso em grande escala”. 

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