2017_12_06-alunos_design_vitrine(Maria_Eduarda_Petek)(907x510)

Foto: Maria Eduarda Petek

Alunos do segundo semestre do curso de Design apresentaram, neste mês de dezembro, os produtos desenvolvidos a partir de materiais recicláveis em parceria com a Associação de Voluntariado e da Solidariedade (Avesol). O trabalho consistia em projetar e prototipar uma linha de três objetos que pudessem ser fabricados por três núcleos de complementação de renda atendidos pela Avesol. Utilizando apenas itens doados à ONG para reutilização, como tecidos, lona, madeira e papel, os estudantes conseguiram produzir mochilas, estojos, luminárias, identificadores de bagagem e até um mini kit com projetor de cinema para crianças, entre outros.

 

Inovação e meio ambiente

Henrique Nunes Lopes e Julia Canton Foto: Maria Eduarda Petek

Henrique Nunes Lopes e Julia Canton Foto: Maria Eduarda Petek

Um dos projetos apresentados foi o Aflor, dos alunos Henrique Nunes Lopes, 19, e Julia Canton, 18, que elaboraram seus produtos feitos de lona com o conceito de transformação da natureza, tendo como referência a flor de lótus e as borboletas. Além da satisfação de estarem ajudando os integrantes do núcleo de costura Arte Vida, atendido pela Avesol, a complementarem sua renda, Henrique e Julia destacaram a importância de utilizarem materiais reaproveitados e produzirem menos descartes, explorando o caráter inovador do Design.

 

Felipe Gama e Guilherme Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Felipe Gama e Guilherme Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Trabalhando também com costura, Felipe Gama e Guilherme Campos desenvolveram um estojo modular, feito com retalhos de jeans e lona, que pode incluir novos compartimentos com encaixes de botões de pressão.  Os alunos contaram que focaram bastante na viabilidade dos artigos, para que fossem compatíveis com as condições de produção, e por isso a visita ao Arte Vida no início do semestre foi bem importante. Eles explicaram que a limitação na escolha dos materiais foi um desafio, e que muitas ideias anteriores ao estojo não se mostraram viáveis devido à falta de matéria prima e a complexidade de trabalhar certas peças.

 

Estabelecendo conexões

Durante a exposição, ocorrida no dia 5 de dezembro, também estava presente o educador popular Francisco Dorneles, 35, em nome da Avesol. Ele explicou que os professores tinham a ideia de transforar a disciplina em uma ação social e prática. Por isso, a Associação foi procurada pelo Centro de Pastoral, que fez a ponte entre os professores e a instituição, para participar do projeto. Coube à Avesol pensar uma maneira de envolver o Curso de Design na geração de renda de grupos informais atendidos pela ONG que trabalham na perspectiva da economia solidária. O resultado dos trabalhos foi aprovado, e, de acordo com Dorneles, as ideias são práticas e podem facilmente ser incluídas na produção dos núcleos. “Poderíamos ter uma produção em série desses produtos em menos de um mês”, afirma.

 

Lidando com a realidade

Foto: Maria Eduarda Petek

Foto: Maria Eduarda Petek

A cada semestre o curso traz um tema ser trabalhado em um projeto principal, que é também abordado e desenvolvido em conjunto com outras cadeiras. O projeto apresentado pelos alunos faz parte da disciplina de segundo semestre Laboratório Interdisciplinar 2, e contou também com a participação das disciplinas de Marketing, para o trabalho da marca, e Representação e Expressão 2, que trabalha as noções de tridimensionalidade e técnicas de desenho. O professor Alexandre de Barros afirmou que “a integração entre as disciplinas, principalmente no desenvolvimento do produto e da marca de maneira diretamente relacionada, é um diferencial da Universidade”. Além disso, ele destacou o contato com clientes e demandas reais, que desafiam o aluno a trabalhar com limitações de materiais, conceitos e públicos, e criar um produto que seja compatível a todos esses itens.

Para promover um melhor preparo dos jovens para o mercado de trabalho, os professores priorizaram também a atuação em duplas. De Barros explicou que dessa forma buscam desde o início promover interação, para que os estudantes saibam discutir, defender suas ideias e até abrir mão de algumas, assim como saber dividir tarefas, para gerenciar o tempo. “Com certeza eles terão que trabalhar com chefes, colegas e estagiários, e assim devem saber responder e defender suas ideias para mais pessoas”, aconselha o professor.

design, desenho

Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

O segundo e último dia de Open Campus foi mais um momento para que os jovens de escolas do Ensino Médio tivessem a oportunidade de acompanhar como é um ambiente acadêmico. Durante a manhã e tarde desta sexta-feira (22), os alunos puderam conversar com acadêmicos e professores, além de participar de oficinas de diversas áreas, para definir as suas escolhas profissionais.

Dentre as várias opções, a oficina do curso de Design colocou os jovens para usar a criatividade por meio de desenhos. Para o professor da graduação, Marcelo Martel, essa experiência permitiu demonstrar as aptidões básicas do curso. “Na nossa área, tem que gostar de desenho ou pelo menos querer aprender. Depois, se tem acesso a tecnologias mais sofisticadas”, explica. Para Rafael Médici, 17, do Monteiro Lobato, os ensinamentos foi uma amostra do que vai ser uma faculdade. “Para quem está meio indeciso, realmente é a forma para ver se gosta dessa área”, enfatiza.

Degustar e aprender a preparar pratos saborosos foi a proposta do curso de Gastronomia. A professora da graduação, Luísa Rihl, reforçou a empolgação dos participantes. “É importante abrir as portas da Universidade e mostrar um pouquinho dos cursos para que possam tirar as suas dúvidas e saibam o que seguir na vida”, destaca. E justamente estes esclarecimentos que Yasmin Richter, 20, do Universitário conseguiu captar. “Tinham alguns alunos de Nutrição que eu queria muito conversar. Também saber como é a parte teórica, o que mais me preocupa na Gastronomia. Mas pelo o que eles falaram, parece ser muito legal”, comenta.

motor, mecaninca

Foto: Camila Cunha/PUCRS

Já na Engenharia Mecânica, Rafael Telli, 16, do Monteiro Lobato, pode saber como funcionam motores e máquinas em geral. “Vi todos os laboratórios, isso realmente ajuda a ter uma noção do que é o curso”, explica. A acadêmica do oitavo semestre da graduação e capitã da equipe Feng Eco Racing, Litiele dos Santos, 24, reforçou o entusiasmo dos jovens. “A retribuição deles foi muito boa, porque vieram com várias ideias e mostraram muito interesse”, diz.