Theatro São Pedro, Instituto de Cultura da PUCRS, agenda cultural, cultura, parceria, delfos, multipalco, rua da cultura

A ideia é ter ações tanto no teatro como na universidade.
Foto: Marcelo Nunes

Uma agenda cultural mais diversificada para a capital gaúcha é o que propõe a parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e a Fundação Theatro São Pedro (TSP). A iniciativa vai criar uma programação unificada, com trocas de contatos entre a Universidade e a Fundação, com o intuito de atrair mais arte para Porto Alegre.

Entre as várias possibilidades, a união pretende promover pocket shows, estreias e oficinas na Universidade para que o público possa, posteriormente, ir ao espetáculo no Theatro. Além disso, dependendo da dimensão da atração cultural, a mesma poderá ser realizada na PUCRS ou no TSP.

“Acho que esta iniciativa evidencia a importância de diferentes entidades culturais juntarem forças para ampliarem públicos. Mais que isso, ao invés de o público procurar o lugar onde se encontra algo que lhe interesse, nós preferimos chegar até o público, ofertando-lhe atrações diferentes como esta que abre nosso intercâmbio”, destaca Antônio Hohlfeldt, presidente da Fundação Theatro São Pedro.

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Rua da Cultura vai sediar eventos nesta parceria.
Foto: Camila Cunha

Segundo o diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Ricardo Barberena, são diversas ações conjuntas que poderão ser promovidas. “Na Universidade temos o Espaço de Documentação e Memória Cultural (Delfos) e a Escrita Criativa, que estarão disponíveis para essa ação. A ideia é estimularmos a comunidade acadêmica a estar mais presente no Theatro São Pedro, um importante patrimônio da cultura do nosso Estado e país”, enfatiza.

Para as apresentações, são muitas opções de espaços físicos disponíveis. A Fundação possui o Theatro São Pedro e o Multipalco e a PUCRS oferece a Rua da Cultura, o Centro de Eventos, o Salão de Atos, o Teatro, entre vários auditórios e ambientes.

 

Primeira atração

Theatro São Pedro, Instituto de Cultura da PUCRS, agenda cultural, cultura, parceria, delfos, multipalco, rua da cultura

No dia 17 de agosto acontece a atração fruto desta parceria: a apresentação do documentário Minha avó era palhaço, dirigido por Ana Minehira e Mariana Gabriel, que é a neta da primeira palhaça negra do Brasil. Xamego, o personagem homem criado pela atriz negra Maria Eliza Alves dos Reis, nas décadas de 1940 a 60, faz parte da história do Circo Guarany. O filme aborda o racismo, o machismo e a longa luta de um palhaço pelo papel principal no espetáculo circense. Com entrada gratuita e com vagas limitadas, o documentário será apresentado na Sala da Música – Multipalco.

A partir do dia 3 de agosto, as senhas podem ser retiradas na bilheteria do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n° – Centro Histórico). Confira os horários de atendimento:

Foto: Eduardo Beleske/PMPA

Foto: Eduardo Beleske/PMPA

A Noite do Livro, celebrada em Porto Alegre na sexta-feira, 23, agraciou o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS, o doutorando do Programa de Pós-Graduação em LetrasGustavo Melo Czekster, e o diplomado do curso de Criação Literária, Samir Machado de Machado, com o Prêmio Açorianos de Literatura 2017. O trabalho de registro e conservação de acervos de escritores, cineastas, jornalistas e coleções da cultura do Rio Grande do Sul, bem como promoção de atividades relacionadas à literatura, rendeu o prêmio de Relevância Cultural ao Delfos. Já Czekster e Machado de Machado conquistaram os troféus nas categorias Contos e Narrativa Longa, respectivamente. Em sua 24ª edição, a cerimônia de entrega foi realizada no Teatro Renascença, organizada pela Coordenação do Livro e Literatura da Secretaria Municipal de Cultura.

Prêmio por aclamação

O diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, professor Ricardo Barberena, destaca que “o prêmio foi concedido ao Delfos por aclamação, uma homenagem como instituição, por sua capacidade de traduzir a cultura no Rio Grande do Sul, especialmente no campo da literatura. Ele faz justiça a um longo trabalho promovido há quase dez anos por muitas pessoas, tendo em vista a preservação e a divulgação cultural no Estado”, ressalta. O docente, que também atua como coordenador executivo do Delfos, lembra que o local reúne os três elementos do sistema literário: o autor, a obra e o leitor. “Uma prática permanente é a atração de grandes nomes da literatura contemporânea, brasileiros e internacionais, o que garante o fluxo de um público heterogêneo e plural ao nosso espaço”, afirma.

2018_03_26_premio_acorianos_delfos(907x605)(bruno_todeschini)Delfos recebe grandes expoentes da literatura

Barberena acrescenta que “hoje existem mais de 50 acervos abrigados, com acesso a pesquisadores. Também recebemos mais de 50 escritores em palestras, cursos, conferências e saraus literários. Uma das principais características dos eventos que promovemos é o fato de serem abertos à comunidade, contando sempre com a presença de estudantes de Graduação, Pós-Graduação e visitantes interessados na literatura”, recorda. De acordo com o docente, o Prêmio Açorianos também representa um reposicionamento na área da cultura, no qual a PUCRS pretende atuar como novo polo na Capital.

Promoção e memória da cultura

Inaugurado em 4 de dezembro de 2008, o Delfos tem o objetivo de promover a cultura e preservar a memória ligadas à cultura gaúcha ou a escritores por meio da conservação de documentos doados ao espaço e de realização de atividades culturais. No espaço localizado no 7º andar da Biblioteca Central Ir. José Otão, é possível encontrar documentos e raridades referentes às áreas de Letras, Artes Jornalismo, Cinema, História e Arquitetura, que são preservados, acondicionados e disponibilizados a pesquisadores cadastrados. Seu acervo é composto por documentos ligados à cultura gaúcha ou a escritores, entidades ou autoridades representativas para o Rio Grande do Sul.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Não há amanhã

Gustavo Melo Czekster, 41 anos, é doutorando em Escrita Criativa pela Escola de Humanidades da PUCRS, formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUCRS e mestre em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O escritor foi o vencedor da categoria Contos por Não há amanhã, obra com 30 narrativas que oscilam em torno da busca de um sentido. No livro, o autor trata da dúvida sobre o que anima o ser humano e dá coesão para seguir em frente. Através de narrativas nas quais o fantástico surge por entre as dobras e fissuras do cotidiano, mostra o quão próximo se estaria do delírio, da instabilidade, do medo de descobrir que a existência seria um abismo profundo.

Para Czekster, a conquista é, na verdade, um reconhecimento aos leitores, que interagem de várias formas com a história. “Um livro não existe sem leitores, e acredito que o Não há amanhã está cumprindo bem a missão que lhe era destinada: despertar dúvidas e inquietações, fazendo com que os leitores entrem nas engrenagens das suas histórias e, ao mesmo tempo em que se divirtam, também questionem a realidade que os cerca”, afirma o vencedor da categoria Contos.

Foto: Divulgação/Editora Rocco

Foto: Divulgação/Editora Rocco

Homens Elegantes

Samir Machado de Machado, 37 anos, diplomado nos cursos de Criação Literária e Publicidade e Propaganda pela PUCRS, conquistou a categoria Narrativa Longa pela obra Homens Elegantes. O fundador da Não Editora já havia sido indicado duas vezes, por O Professor de Botânica e Quatro Soldados, e foi vencedor por três vezes em categorias não-literárias, por melhor capa. “A importância para mim é que esse é o primeiro prêmio literário que ganho por meu trabalho como escritor, exatos dez anos após eu iniciar minha carreira ao ter criado a Não Editora entre, 2007 e 2018, e ele ainda vem da minha cidade natal”, afirma Machado.

Na trama, um soldado brasileiro é enviado a Londres com a missão de investigar uma rede de contrabando de livros eróticos para o Brasil, em 1760, e se deslumbra com os luxos e excessos da alta sociedade europeia. O texto foi destacado pelo incrível detalhamento dos costumes da época, e seu equilíbrio com o enredo de espionagem, que faz dele uma narrativa de ritmo vertiginoso.

Sete indicações

Na atual edição do Prêmio Açorianos a Universidade teve sete indicações de escritores, sendo que na categoria Narrativa longa, todos os concorrentes eram estudantes ou diplomados PUCRS. Confira a lista dos indicados e os títulos das obras:

Narrativa longa

Alexandra Lopes da Cunha (Doutoranda PPGL), por Demorei a gostar da Elis

Cristiano Baldi (Doutorando PPGL e professor de Letras e Escrita Criativa), por Correr com rinocerontes

Samir Machado de Machado (Alumni de Criação Literária), por Homens elegantes

Contos

Gustavo Melo Czekster (Doutorando PPGL), por Não há amanhã

Crônica

Tiago Germano (Doutorando PPGL), por Demônios domésticos

Infanto-juvenil

Marcelo Spalding (pós-Doutorando PPGL), por Liga de literatura: imaginação sem fim

Ensaio de literatura e humanidades

Renata Lisbôa (Doutora pelo PPGL), por Psicanálise, criatividade e o indizível da experiência de Manuel de Barros

Foto: Eduardo Beleske/PMPA

Foto: Eduardo Beleske/PMPA

O Prêmio Açorianos

Instituído em 1977 pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através de sua Secretaria de Cultura, é uma premiação para os melhores do ano as áreas de músicateatrodançaliteratura e artes plásticas e é considerado o mais importante prêmio cultural do estado do Rio Grande do Sul.

Lançamento do livro da escritora Ana Mafalda Leite

Foto: Bruno Todeschini

O Instituto de Cultura (IC) da PUCRS recebeu, no dia 8 de março, a poeta e professora da Universidade de Lisboa Ana Mafalda Leite. A autora apresentou o livro de poemas “Outras fronteiras: fragmentos de narrativas” no Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural. Além da leitura de poemas, as atividades envolveram uma mesa redonda e apresentações musicais. O evento ocorreu como parte das atividades em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Confira, a seguir, imagens da ocasião.

Lançamento do livro da escritora Ana Mafalda Leite

Foto: Bruno Todeschini

 

O evento teve a organização da doutoranda Luara Pinto Minuzzi e do professor da Escola de Humanidades Paulo Ricardo Kralik Angelini. Eles também foram responsáveis pela vinda de Ana Mafalda Leite a Porto Alegre para ministrar o curso Literaturas Africanas em Língua Portuguesa, que ocorreu na primeira semana de março pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS.

Lançamento do livro da escritora Ana Mafalda Leite

Foto: Bruno Todeschini

Para abrir a mesa, a pianista do Instituto de Cultura Mariane Kerber e a preparadora vocal do Coral da PUCRS e soprano Cintia de Los Santos fizeram uma apresentação musical interpretando “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga, “Esquadros”, de Adriana Calcanhoto, e “Misty”, de Ella Fritzgerald.

Lançamento do livro da escritora Ana Mafalda Leite

Foto: Bruno Todeschini

Ana Mafalda participou de uma mesa-redonda com a professora da Universidade Federal da Paraíba Vanessa Riambau Pinheiro. A atividade foi mediada por Luara.

Lançamento do livro da escritora Ana Mafalda Leite

Foto: Bruno Todeschini

A atividade discutiu as literaturas africanas escritas em língua portuguesa, tópico de estudo das especialistas.

Foto: Ricardo André Frantz/Wikimedia Commons

Foto: Ricardo André Frantz/Wikimedia Commons

O  Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS promove, entre os dias 20 e 30 de novembro, uma exposição do acervo de Theo Wiederspahn, importante arquiteto na história de Porto Alegre. A mostra será realizada no 7º andar da Biblioteca Central do Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), e fica aberta de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h45min e das 13h30min às 19h. A visitação é gratuita e aberta ao público.

Obras marcantes em Porto Alegre

Theo Wiederspahn nasceu na Alemanha e mudou-se para Porto Alegre em 1908, quando já dedicava a sua vida à arquitetura. Dentre seus principais projetos realizados na capital gaúcha estão o Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mário Quintana, o prédio hoje ocupado pelo Museu de Artes do Rio Grande do Sul, o Memorial do Rio Grande do Sul, antigamente sede da Agência Central dos Correios e Telégrafos e a antiga Faculdade de Medicina da UFRGS.

João Silvério Trevisan

Foto: Reprodução

No dia 11 de outubro, das 14h às 17h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural promove o evento Criar, escrever e outras lutas: conversa com João Silvério Trevisan. Escritor, jornalista, dramaturgo e ativista do movimento LGBT, vai falar sobre sua obra no evento coordenado pelo professor da Escola de Humanidades Ricardo Barberena e pelo doutorando em Escrita Criativa do Programa de Pós-Graduação em Letras Reginaldo Pujol Filho. Entrada franca.

Nascido em Ribeirão Bonito (SP), Trevisan é também tradutor, cineasta e coordenador de oficinas literárias. Recebeu inúmeros prêmios em teatro, cinema e literatura, dentre os quais o Jabuti (três vezes) e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (duas vezes). Tem obras traduzidas para o inglês, o alemão e o espanhol. Escreve para jornais e revistas de todo o País e do exterior. Alguns de seus livros: Testamento de Jônatas deixado a David (1976); As incríveis aventuras de el cóndor (1980); Em nome do desejo (1983); Vagas notícias de Melinha Marchiotti (1984); Devassos no paraíso (1986); O livro do avesso (1992); Ana em Veneza (1994), agraciado com o Prêmio Jabuti em 1996; Troços & destroços (1997); Seis balas num buraco só: a crise do masculino (1998); Pedaço de mim (2002); Rei do cheiro (2009). Neste ano, lançou a obra Pai, pai, sobre suas memórias a respeito da homossexualidade e a difícil relação com o pai.

 

 

 

Delfos, Daniel pellizzari, literatura

Foto: Renato Parada/Divulgação

Nesta quinta-feira, dia 28 de setembro, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural recebe o escritor Daniel Pellizzari para um bate-papo aberto ao público. A conversa, mediada por Luciele Bernardi, terá como tema a “As coisas ocultas da literatura”, e acontece no 7º andar da Biblioteca Central Irmão José Otão (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) às 19h30. A entrada é gratuita e a participação vale como horas complementares para alunos.

Saiba mais

Daniel Pellizzari é escritor, tradutor e editor. Natural de Manaus, cresceu em Porto Alegre. Sua última obra, Digam a Satã que o recado foi entendido, faz parte do projeto Amores Expressos, realizado pela RT Features e pela Companhia das Letras, e foi eleito o melhor livro de 2013 pelos leitores do jornal gaúcho Zero Hora. Além desse romance, publicou outros livros como Dedo negro com unha, Ovelhas que voam se perdem no céu e Menino de lugar nenhum. Como tradutor, já traduziu obras de autores como William Burroughs, David Mitchell e David Foster Wallace. Foi colunista de games no caderno Tec da Folha de S. Paulo e escreve sobre temas variados no blog do Instituto Moreira Salles.

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Foto: Gabo Morales/Folhapress

Nesta segunda-feira, dia 18, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural promove um encontro com um dos principais escritores brasileiros contemporâneos, Lourenço Mutarelli. O autor de obras de peso como O Grifo de Abdera e O Cheiro do Ralo irá falar sobre seu processo de criação, as principais obras e também sobre suas diferentes funções, uma vez que atua como romancista, dramaturgo, quadrinista e ator, participando de filmes como Que Horas Ela Volta.  O evento, gratuito e aberto ao público, será no auditório da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), no prédio 7 do Campus, das 14h às 17h30min. A participação vale como horas complementares.

SAIBA MAIS

Lourenço Mutarelli é escritor, ator, dramaturgo e autor de histórias em quadrinhos brasileiro, sua principal atividade no início da carreira. Nesse ramo, publicou títulos como Over-12 (1988) e Solúvel (1989), e mais recentemente Manaus (2013) e Sketchbooks (2013). Escreveu livros como O Cheiro do Ralo, adaptado às telas de cinema, assim como o seu romance O Natimorto, adaptado para o teatro e também como obra cinematográfica, na qual fez parte do elenco.

Mutarelli participou também como criador de arte do filme Nina, os desenhos da personagem eram na verdade de sua autoria. De acordo com o professor Ricardo Barberena, coordenador do Delfos, o artista se destaca por não se restringir a apenas uma mídia na hora de criar e por possuir uma grande força estética, com uma linguagem muito própria. O coordenador ainda ressalta que a vinda do artista faz parte de uma iniciativa recorrente do Delfos, que desde maio de 2014 promoveu mais de 40 encontros gratuitos com escritores.

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Foto: Camila Cunha

Expoentes da literatura brasileira contemporânea compartilham suas tardes com estudantes e professores, falando sobre dados biográficos nas obras, feminismo e questões de gênero, produções na periferia, erotismo e bairrismo, entre outros temas inquietantes. De pano de fundo, painéis com grandes nomes da cultura sulina: Caio F. Abreu, Cyro Martins, Moacyr Scliar, Luiz Antonio de Assis Brasil, Lila Ripoll e Dyonélio Machado. E não menos visíveis no ambiente, manuscritos, datiloscritos e cartas dos 30 acervos de escritores e jornalistas que estão sob os cuidados da PUCRS. Esse é o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, que, além de reunir relíquias, arquivos históricos e coleções, se transformou em um polo cultural.

Sampaulo é o primeiro artista gráfico

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Foto: Bruno Todeschini

Charges sobre política e futebol ou esses temas misturados, desenhos feitos na infância e uma autobiografia escrita em dezembro de 1986 são alguns dos materiais do artista gráfico Paulo Gomes de Sampaio, o SamPaulo, à disposição no Delfos para pesquisas. Trata-se do primeiro acervo desse tipo no espaço.

Os documentos e as fotos contam detalhes da sua trajetória. Mostram o aluno que se saía bem só na disciplina de Desenho e exaltam o adulto que fez do talento sua forma de vida. Ou o uruguaianense que participou da 1ª Convenção Internacional de Chargistas, em 1970, em Londres, representando a Companhia Jornalística Caldas Jr., e chegou a Cidadão Emérito de Porto Alegre.

Leia a reportagem completa na Revista PUCRS nº 184.

luis henrique pellanda, cronista, gazeta do povo

Foto: Matheus Dias/CBN

Na próxima quarta-feira, 30 de agosto, das 14h às 17h, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural recebe o cronista do jornal Gazeta do Povo Luís Henrique Pellanda para um bate-papo aberto ao público. O encontro será no 7º andar da Biblioteca Central Irmão José Otão, prédio 16 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) e é gratuito. A conversa é válida como horas complementares para alunos.

 

Saiba mais

Pellanda é um cronista e contista brasileiro. Formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, atuou nos jornais Primeira Hora e Gazeta do Povo, para o qual escreve atualmente. Foi editor e idealizador do site de crônicas Vida Breve e subeditor do jornal literário Rascunho. É autor de três livros, Nós passaremos em branco (finalista do Prêmio Jabuti 2012), Asa de sereia (finalista do Prêmio Portugal Telecom 2014) e Detetive à deriva, sua última publicação.

Luiz Antonio de Assis Brasil

Foto: Bruno Todeschini

No dia 22 de junho, às 17h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, a Escola de Humanidades – Curso de Letras e a Editora Movimento lançam a segunda edição do livro Um Quarto de Légua em Quadro, de Luiz Antonio de Assis Brasil, como parte do projeto cultural Entreatos. Com a obra, Assis Brasil estreou como escritor, em 1976, e recebeu o Prêmio Ilha de Laytano. Formado em Direito em 1970, exerceu a advocacia por dois anos e ingressou como professor da PUCRS em 1975, primeiro no Direito e depois na Letras. Hoje, além de ministrar as aulas e a Oficina de Criação Literária (com mais de 40 antologias publicadas), é coordenador-geral do Delfos.

A solenidade terá uma mesa-redonda coordenada pela professora Maria Eunice Moreira, do curso de Letras, e contará com a participação do editor Carlos Jorge Appel, da Movimento, e dos professores Léa Masina (UFRGS) e Antonio Hohlfeldt (Faculdade de Comunicação Social/PUCRS), este o primeiro crítico literário de Assis Brasil. Na ocasião, o autor autografará a nova edição. O evento, que contará com o violoncelista Celau Moreyra, será no hall da Biblioteca Central.

 

O livro

Um quarto de légua em quadroSituado no período de 1752-1753, primórdios do povoamento açoriano do Rio Grande do Sul, o romance, escrito em forma de diário pelo médico Gaspar de Fróis, discute as raízes e a gênese do povo. Em Um Quarto de Légua em Quadro, o drama pessoal de Gaspar se funde ao drama coletivo; sem o desejar, o médico torna-se cúmplice e partícipe de fatos que nunca desejou que tivessem acontecido. Obra de estreia, esse romance viria estabelecer o caminho estético do autor.

Assis Brasil começou a escrevê-lo em 1974, quando teve uma doença que o deixou hospitalizado e necessitou de cirurgia. “Minha intenção original era escrever uma obra histórica sobre o povoamento açoriano no Rio Grande do Sul. Pois virou romance, e desde aí não parei mais”, contou, em entrevista, a José Pinheiro Torres. Em 2005, foi lançado o filme Diário de um Novo Mundo, baseado em Um Quarto de Légua em Quadro, com direção de Paulo Nascimento. Estrelado por Edson Celulari e Daniela Escobar, foi premiado no Festival de Gramado como melhor roteiro (Pedro Zimmermann) e prêmio da audiência.