Curso de Psicologia foca em desenvolvimento de competências e empreendedorismo social

O curso alinha pesquisa e mercado de trabalho /Foto: Diego Furtado

Desenvolver o senso crítico, ampliar os horizontes e aprofundar conhecimentos são premissas básicas da trajetória na graduação. No curso de Psicologia, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, é possível vivenciar uma experiência integral, relacionando teoria e prática desde o primeiro semestre. De acordo com a professora Tatiana Cardoso Baierle, coordenadora do curso, o/a estudante tem a oportunidade de experenciar a realidade fora da sala de aula de forma gradual, atuando na busca por soluções em empresas e organizações.

“A Psicologia da PUCRS oportuniza interface com a arte, com o campo da saúde, com o campo das organizações, com instituições como escolas e outras instituições educativas, com o esporte, com a justiça. São diferentes frentes de trabalho que possibilitam ao aluno que se insira na comunidade – inicialmente de forma mais teórica e futuramente de forma mais prática”, explica a professora.

Para Tatiana, a importância de um corpo docente qualificado e diverso para que os estudantes se conectem com diferentes áreas. Assim, o/a aluno/a pode montar a sua formação de uma maneira diversificada, construindo trajetórias particulares e singulares a partir desses muitos contatos que o curso e a Universidade como um todo oferecem.

Pioneirismo e um olhar atento às transformações do mercado

Curso de Psicologia foca em desenvolvimento de competências e empreendedorismo social

Professores da graduação sempre estão de olho no mercado, de olho nas inovações na área da Psicologia /Foto: Pexels

A tradição e o pioneirismo são características fortes da graduação em Psicologia da PUCRS. Isso porque é o segundo curso da área criado do Brasil, contribuindo, portanto, para a regulamentação da profissão no País. Apesar de tradicional, o curso se mantém atualizado e sempre alinhado às necessidades do mercado da área no Brasil. Segundo o professor Cristiano Dal Forno, que integra a comissão coordenadora do curso, essas transformações constantemente se refletem no currículo.

Outro ponto de destaque é o fato de o corpo docente estar totalmente inserido no mercado de trabalho. “Assim, a prática profissional se soma ao conhecimento acadêmico e científico, e isso faz muita diferença na sala de aula”, pontua Cristiano. “Temos professores que atuam com psicologia do esporte, neuropsicologia e psicologia jurídica, por exemplo, que são áreas emergentes na psicologia brasileira”.

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Um aspecto que recebe também muita ênfase em sala de aula é a mentalidade de que a formação do psicólogo não acontece apenas dentro da sala de aula.

“Os estudantes precisam viver e circular pelo Campus, fazer contato com outros cursos, aproveitar que estão em um espaço amplo e cheio de oportunidades, conhecer a Pastoral e os diretórios acadêmicos, além de usufruir da chance de fazer trabalho voluntário. A gente incentiva que os/as alunos/as se engajem e tenham esse envolvimento político com a vida estudantil, porque isso também faz parte da formação”, pontua Tatiana.

Coletividade dentro e fora da sala de aula

empreendedorismo social

Na PUCRS, o apreendizado acontece dentro e fora da aula/ Foto: Bruno Todeschini

Faz parte da concepção do curso que os estudantes trabalhem de forma coletiva e em grupo, é o que afirma o professor Cristiano. Segundo ele, o trabalho desenvolvido pelos/as alunos/as – tanto os exercícios em sala de aula como os trabalhos avaliativos – se caracterizem pela troca e pelo diálogo oportunizada pelos trabalhos em grupo.

“Para nós, enquanto corpo docente, a coletividade é um valor e uma competência necessária para o exercício da psicologia. Cada vez mais o profissional é um numa equipe multidisciplinar – mesmo quem trabalha de forma autônoma não trabalha sozinho, pois dialoga com os pares, com as instituições. Então essa é uma tendência importante que a gente busca incentivar desde o princípio da formação”.

estude psicologia na pucrs neste ano

doutorando em psicologia

Felipe é autor da pesquisa ganhadora do primeiro lugar no congresso da SBP./Foto: Mariana Haupenthal

O doutorando Felipe Vilanova e a mestranda Inajá Tavares, alunos do Programa da Pós-graduação em Psicologia da PUCRS, receberam o Prêmio Luiz Marcellino de Oliveira durante a 51º Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), congresso mais importante da área no País.

A pesquisa As bases psico-ideológicas da corrupção: Efeitos preditivos da orientação à dominância social e da crença no mundo competitivo na intenção corrupta ganhou o primeiro lugar na categoria mestrado. Desenvolvida por Felipe, sob orientação do professor Angelo Brandelli Costa, o estudo nasceu da carência de pesquisas psicológicas sobre o tema da corrupção. 

“Sempre nos pareceu muito paradoxal que o Brasil fosse um dos países com maiores níveis de corrupção no mundo e tão poucos pesquisadores tenham se debruçado sobre esse tema. O estudo surgiu da intenção de encontrar formas baseadas em evidências científicas de coibir esse problema”, explica o professor. 

Em 2020, a dupla já havia se dedicado a estudar o tema, publicando o estudo que deu origem à cartilha Diretrizes para combater a corrupção – Pesquisa desconstrói a narrativa da falta de ética no serviço público. Hoje, Felipe comenta que o prêmio reflete o reconhecimento de um intenso trabalho realizado já há algum tempo no grupo de pesquisa em que atua.  

“Para a Universidade, penso que o prêmio representa a manutenção da excelência na produção do conhecimento, que é uma tradição não só do nosso Programa de Pós-Graduação em Psicologia como também de tantos outros programas da PUCRS”, pontua.  

Menção Honrosa 

mestranda em psicologia

O estudo desenvolvido por Inajá recebeu Menção Honrosa na categoria mestrado durante o evento.

Desenvolvida pela aluna do mestrado Inajá Tavares, sob orientação da professora Adriane Xavier Arteche, a pesquisa Reconhecimento emocional facial e intervenções mediadas por tecnologias: uma revisão recebeu Menção Honrosa, também na categoria mestrado.

O estudo consiste no desenvolvimento e avaliação de uma intervenção para adolescentes intitulada “Caçadores de Emoções”. De acordo com a autora, trata-se de um jogo completamente online que visa auxiliar os jovens a aprenderem mais sobre o reconhecimento de emoções a partir de faces. 

“Com os avanços da tecnologia nos últimos anos, entendemos que a ciência pode se beneficiar ao integrar recursos disponíveis (como computadores e smartphones, por exemplo) para democratizar o acesso a intervenções que auxiliem as pessoas”, explica.  

Para Inajá, caso se mostre eficaz, o jogo poderá constituir um exemplo para a comunidade acadêmica sobre as possibilidades de integrar recursos tecnológicos de forma automatizada ao desenvolvimento de intervenções em psicologia. Por isso, a premiação se faz tão relevante.  

“Além de uma maior motivação pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido, a premiação nos auxilia a dar mais visibilidade às pesquisas realizadas na Universidade. Além disso, aproxima pesquisadores e a população, e permite uma maior contribuição entre os dois, fundamental para o desenvolvimento de pesquisas científicas de qualidade”, complementa. 

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