Primeira turma do Jornalismo 1954

Primeira turma formada no curso de Jornalismo, em 1954 / Foto: Delfos/PUCRS

Com início em março de 1952, a graduação em Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos carrega uma história pioneira e de excelência na área. Primeiro do Sul do País e terceiro do Brasil, o curso completa 70 anos em 2022, tendo formado mais de 6,5 mil alunos e alunas. Muitos destes construíram trajetórias de nível nacional e internacional, prestando contribuições à área e destacando a importância da profissão à sociedade.

Em comemoração ao momento histórico, uma série de atividades estão previstas ao longo do ano. A programação contempla compartilhamento da trajetória de egressos, palestras, oportunidades de aproximação de estudantes com o mercado de trabalho e produções de materiais especiais.

O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que os 70 anos também são um momento de celebrar todas e todos que fazem parte da história do curso. “Histórias têm muita força, basta que prestemos atenção. Se olharmos para a nossa, podemos dizer que estamos celebrando estudantes, docentes, técnicos e profissionais que, mesmo após anos de formados, nos reconhecem como sua casa. Estamos celebrando a consistência de um curso que já passou por inúmeros momentos históricos e realizou os sonhos de milhares de pessoas que fazem e fizeram parte disso tudo ao longo dos anos”.

Ele também reafirma os compromissos assumidos ao longo de sete décadas: com a formação de excelência; com a educação; com a informação; com a apuração; com a democracia; com a verdade; com a ética; e com as pessoas.

Para a decana da Famecos, professora Rosângela Florczak, a data reflete a missão incorporada por docentes, estudantes e profissionais formados pelo curso.

Famecos

Estudantes do curso de Jornalismo da Famecos em 1981 / Foto: Delfos/PUCRS

“Celebrar sete décadas de um curso que forma profissionais de jornalismo para todo o Brasil é, sim, motivo de festa, mas acima de tudo, é motivo para parar e olhar a responsabilidade que temos como Escola e como Universidade e (re)pensar, profundamente, no papel social da profissão. Vivemos tempos complexos neste trecho da história da humanidade, que está sendo marcado por uma pandemia mundial e por guerras nas trincheiras físicas, no ciberespaço e nas relações cotidianas. Diante do cenário conturbado, o compromisso do jornalismo torna-se explícito e fundamental”, comenta Rosângela.

Coordenador do curso, o professor Fábian Chelkanoff ressalta as transformações vividas pela comunicação nestes 70 anos: “Vimos e mostramos tudo que aconteceu. Convivemos na prática com as revoluções da comunicação. Vimos e vivemos a chegada da internet, a maior de todas as revoluções. Tivemos de refazer nossa forma de entender o jornalismo”. O professor salienta que a data serve para reforçar a responsabilidade com a formação de profissionais comprometidos com a ética e com as pessoas.

Laboratórios proporcionam experiência na prática

Lançado em 2011, o Editorial J, laboratório de Jornalismo da Famecos, já contribuiu com a formação de mais de 350 jornalistas. Reconhecido no Estado e no País, o J já conquistou mais de 27 prêmios de jornalismo regionais e nacionais e une estagiários/as e voluntários/as de diferentes semestres para produzirem conteúdos em diversas linguagens e plataformas.

Desde o início do primeiro semestre letivo de 2022, o Editorial J firmou uma parceria com o Sul21, veículo de jornalismo independente de Porto Alegre, para a produção de reportagens sobre mobilidade urbana. As matérias produzidas pelos estudantes integrantes do J começarão a ser publicadas no jornal a partir desta semana.

O coordenador do curso acredita que a oportunidade de aprender de forma prática é fundamental no aprendizado. “Escrever com professores junto, conviver com jornalistas do mercado, fazer o seu texto circular e depois publicar para que o público inteiro leia, eu acho que isso é uma diferença brutal”, destaca Chelkanoff.

Transmissão ao vivo da 16ª edição do Sem Estúdio

Transmissão ao vivo da 16ª edição do Sem Estúdio

Visando a produção de conteúdo de valor e a experiência proporcionada aos estudantes, a equipe de professores que coordena o Editorial J, Laboratório Convergente do Curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos criou o Sem Estúdio. O quadro semanal de entrevista coletiva, conduzido por alunos do curso, exibiu dezesseis episódios transmitidos todas as sextas-feiras na página oficial do Editorial J no Facebook.

Para o mundo virtual, não há distâncias

O primeiro episódio foi ao ar em 28 de abril, ainda no início do período de isolamento social. Desde lá, contou com participações de jornalistas de veículos como New York Post, Vatican News, Headline News, CNN Brasil e Rede Globo. “Isso mostra um pouco como é possível chegar nas pessoas, convidar e fazer um produto de qualidade. É uma prova clara, para eles mesmos, que tendo um propósito, trabalhando sério e mantendo uma estratégia, dá para fazer sim” comenta o professor Fabio Canatta, coordenador do Laboratório. Ele afirma que a atividade é encarada de maneira séria pelos professores e alunos que passaram por uma experiência única e, para muitos, a primeira do mercado. “O Sem Estúdio mostrou, de forma prática, que sempre existe um jeito de fazer. E se tornou um dos produtos de maior sucesso que o Editorial J já produziu”, completa.

“Um laboratório fundamental para exercitar a arte da entrevista” – Mônica Teixeira, repórter da Rede Globo.

Mônica participou do décimo sexto episódio do programa e ressalta que o uso da plataforma digital para aproximação do público, alunos e jornalistas nesse período de isolamento, foi uma excelente ideia. “Uma troca saudável para ambos os lados. De um lado, os alunos compreendem melhor a nossa rotina e os dilemas da profissão e do outro, nós paramos pra refletir sobre ela a partir das perguntas e provocações dos estudantes. Um laboratório fundamental para exercitar a arte da entrevista” acrescenta.

Vivência partilhada

Com o objetivo de integração com outros centros de ensino, o programa recebeu estudantes da Universidade Federal do Cariri (UFCA – Ceará), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro – Paraná), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF – Minas Gerais) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Todos que, de forma integrada com os alunos da Famecos , tiveram a oportunidade de passar pela experiência.

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Eduardo Pinzon, ao centro, Grande Prêmio Acadêmico
Foto: Luiz Ávila

A produção jornalística para veículos de comunicação nas esferas profissional e acadêmica teve seu mais destacado reconhecimento no Rio Grande do Sul entregue nesta terça-feira, 19 de dezembro. O Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, contemplou trabalhos veiculados ao longo de 2017 em 13 categorias. Pela PUCRS, foram agraciados estudantes e profissionais da Graduação e da Pós-Graduação da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, que se destacaram entre os mais de 400 trabalhos inscritos na 59ª edição do Prêmio. O evento de entrega de troféus e diplomas ocorreu no auditório do Ministério Público Estadual.

UNIVERSITÁRIOS EM DESTAQUE

Estudantes de Curso de Jornalismo conquistaram resultados importantes nas categorias Grande Prêmio Acadêmico e Radiojornalismo Universitário. O aluno Eduardo Pinzon, do 6º semestre, foi ganhador do Grande Prêmio Acadêmico devido ao trabalho Marcadas pela dor: relatos sobre violência obstétrica. Ele destaca que “a parceria dos colegas Juliano Castello e Paula Schmitt, além das orientações dos professores Filipe Gamba e Tércio Saccol, foram fundamentais para o resultado”. De acordo com Pinzon, que concorreu pela primeira vez ao Prêmio ARI/Banrisul, é motivo de satisfação obter “o prêmio máximo da imprensa gaúcha, que é muito criterioso e rigoroso, pois é avaliado por jornalistas”, comemora.

Documentário Marcadas pela dor

 Retratar o sofrimento de mulheres brasileiras no momento do parto foi o tema que rendeu o principal prêmio a Eduardo Pinzon e seus colegas entre os universitários. O documentário, produzido para a disciplina de Radiojornalismo Informativo, durante o primeiro semestre de 2017, apresenta entrevistas sobre a violência física e psicológica à qual 25% das mães estão expostas no País, de acordo com a Fundação Perseu Abramo. “Este foi um trabalho delicado, pois tratamos com mulheres fragilizadas, vítimas de violência em salas de parto. Tivemos de trabalhar bem a questão sobre como abordá-las. É uma descoberta que fazemos desde o início do curso: o exercício de nos colocarmos no lugar do outro para encontrar a melhor maneira de fazer a entrevista”, explica Pinzon. O trabalho completo pode ser ouvido neste link.

PROFISSIONAIS FATURAM CHARGE E REPORTAGEM ECONÔMICA

O professor Celso Schröder conquistou o 2º lugar na categoria Charge com o trabalho Ministérios, publicado no jornal Correio do Povo. A estudante do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Mauren Xavier recebeu Menção Honrosa na categoria Reportagem Econômica, publicada também no Correio do Povo, com o título Refugiados: adiado o sonho brasileiro.

CONFIRA OS VENCEDORES E OS TÍTULOS DOS TRABALHOS:

Grande Prêmio Acadêmico
Eduardo Augusto Loro Pinzon – Marcadas pela dor: relatos sobre violência obstétrica

Categoria Radiojornalismo Universitário
1º lugar – Eduardo Augusto Loro Pinzon – Marcadas pela dor: relatos sobre violência obstétrica
Menção Honrosa – Eduardo Augusto Loro Pinzon – Ilha da Pintada: onde nem tudo é básico
5ª Finalista – Brenda Rodrigues Fernández – A diversificação da produção de fumo em Santa Cruz do Sul.

Categoria Charge
2º Lugar – Celso Schröder – Ministérios

Categoria Reportagem Econômica
Menção Honrosa – Mauren Xavier – Refugiados: adiado o sonho brasileiro