Participe da pesquisa que compara hábitos de japoneses e brasileiros na pandemia

Foto: Zydeaosika/Unsplash

Após meses lidando com uma inimiga silenciosa e invisível, as populações de diferentes partes do mundo aprenderam, mesmo que com adaptações, a conviver com a pandemia da Covid-19 no dia a dia. Para entender e comparar os hábitos entre pessoas japonesas, descendentes e não descendentes de japoneses neste período, a PUCRS está realizando uma pesquisa. Se você tem idade superior a 21 anos e reside no Brasil ou no Japão, pode participar da pesquisa em português ou japonês. 

O projeto realizado pelo Grupo de Pesquisa em Epidemiologia, Neurologia e Imunologia (Genim), é coordenado por Douglas Kazutoshi Sato, diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), e tem como instituições parceiras: 

A pesquisa será útil não apenas neste momento, mas também para futuras emergências de saúde pública que possam acontecer. “Acreditamos que os resultados serão informativos e contribuirão para a revisão de medidas preventivas diante da pandemia, bem como para a saúde da população e hábitos comportamentais preventivos”, destaca o grupo que elaborou o estudo. 

Um Japão no Brasil 

A história da imigração japonesa no Brasil começou há 112 anos, em 18 de junho de 1908. Estima-se que pelo menos 1,5 milhão de nikkeis – como são conhecidas as pessoas com origem japonesa vivam no País, de acordo com o Consulado Geral do Japão em São Paulo. 

Dessas pessoas, 400 mil vivem em São Paulo. Já no Rio Grande do Sul, a cidade de Ivoti é marcada pelas tradições nipônicas, onde fica o Memorial da Colônia Japonesa. 

Pandemia em números 

Até 7 de outubro deste ano o Japão registrou cerca de 1.500 mortes e pouco mais de 82 mil casos, segundo dados oficiais. A taxa de mortalidade foi de um a cada 100 mil habitantes, enquanto nos EUA chegou a 64 e, no Brasil, passou de 70. 

Participe da pesquisa

Inteligência Artificial ajuda a estimar quantos leitos são necessários na pandemia - Pesquisadores da PUCRS desenvolvem tecnologia que pode ajudar na avaliação e nas ações dos órgãos de saúde

Foto: Unsplash

Em meio à corrida para encontrar a possível cura ou vacina da Covid-19, dois pesquisadores uniram recursos e esforços na busca de um tratamento alternativo. Marcus Jones, professor da Escola de Medicina da PUCRS, e o ex-aluno da universidade gaúcha Marcelo Cypel, que hoje atua na Universidade de Toronto, estão desenvolvendo um estudo com a utilização do gás de óxido nítrico para combater infecções. 

Geralmente usado em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), a substância auxilia na melhora da oxigenação de pacientes com falência respiratória. Em novembro, o primeiro paciente recebeu esse tratamento em Porto Alegre. Estudos in vitro realizados em laboratório mostraram que o gás tem propriedades antimicrobianas e antivirais contra o coronavírus quando utilizado em doses até cinco vezes maiores que o uso clínico usual. 

“Na Universidade de Toronto, nós realizamos estudos pré-clínicos nos últimos meses mostrando a segurança de se utilizar o Óxido trico em maior dose, explica Cypel, chefe do Serviço de Transplantes da instituição e pesquisador sobre doenças pulmonares agudas. 

Excedendo fronteiras pela saúde coletiva 

A colaboração entre as universidades se deu pelo fato de que ambas estavam trabalhando em ideias semelhantes e decidiram alinhar projetos e recursos, já que os pesquisadores têm relação com a PUCRS. 

O pneumologista pediátrico Marcus Jones lidera o estudo em Porto Alegre, que inclui pacientes a partir de 12 anos de idade hospitalizados/as por complicações respiratórias da infecção por Covid-19. “Estamos muito entusiasmados com essa colaboração e com a possibilidade de ajudar pacientes que estão numa situação clínica instável devido ao coronavírus. O objetivo é que esta intervenção com óxido nítrico, feita quando os sintomas pulmonares já são importantes, modifique a evolução da doença, evitando a fase de hiperinflamação, com agravamento clínico e necessidade de cuidados intensivos.” 

A pesquisa é realizada com recursos financeiros disponibilizados tanto pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) quanto pela Universidade de Toronto.   

Pioneirismo em tratamentos alternativos 

Pesquisa da PUCRS com Universidade de Toronto estuda tratamento inédito contra Covid-19

Foto: Marcus Jones (Arquivo pessoal) e Marcelo Cypel (University Helth Network)

“Há mais de dois anos temos explorado o óxido nítrico em altas doses de forma inovadora e como potencial alternativa aos antibióticos e antivirais. Sabe-se que a resistência aos medicamentos é um problema mundial e o nosso objetivo é achar alternativas às terapias tradicionais”, acrescenta Vinicius Michaelsen, pesquisador em terapias experimentais do mesmo grupo que Cypel. 

Segundo o professor, esse estudo provavelmente irá além do tratamento para o coronavírus, podendo ser efetivo também para outras infecções pulmonares e novos vírus. 

Diferentes usos para o Óxido Nítrico 

É um gás que está presente em diversos organismos, desde humanos, plantas, fungos e bactérias. É possível encontrar relatos históricos com mais de mil anos envolvendo a preparações farmacológicas com Óxido Nítrico, apesar de não identificado na época. 

Descoberto mais de 40 anos pela demonstração de que podia atuar como um vasodilatador e um potente sinalizador celular, passou a ser consideravelmente estudado. Tamanha descoberta rendeu o reconhecimento da Molécula do Ano em 1992 pela revista Science e, seis anos depois, a Divisão do Prêmio Nobel aos seus descobridores. 

Fique por dentro de outras iniciativas da PUCRS no combate à pandemia neste link. 

Carreiras dedicadas à saúde 

Marcelo Cypel vive no Canadá desde 2005. Entre seus projetos estão desenvolvimento de uma máquina que trata o pulmão fora do corpo e um irradiador de luz ultravioleta que elimina vírus de pulmões infectados, também permitindo que os órgãos sejam transplantados. 

Saiba mais: Diplomado referência em transplante pulmonar em Toronto visita PUCRS 

Marcus Jones tem como principal linha de pesquisa o impacto de prematuridade, infecções respiratórias e alergia no desenvolvimento pulmonar de lactentes e crianças. É pesquisador do PPG em Pediatria e Saúde da Criança da PUCRS. 

Eder Henriques, decano, Escola de Negócios, artigo, profissões

Foto: Camila Cunha

Crises sempre foram um desafio à gestão e às ciências, pois expõem os limites da previsibilidade dos nossos conhecimentos, modelos e teorias. A crise da Covid-19, por exemplo, tem escancarado disfunções, desequilíbrios e escassezes de recursos nas organizações e em diversos setores da sociedade. E como a articulação entre as ciências e a gestão pode nos ajudar a pensar algumas questões nestes tempos tão sombrios? No contexto da gestão e de outras ciências sociais aplicadas, pesquisas científicas recentes buscam compreender o comportamento resiliente observado nos chamados sistemas sociotécnicos complexos. Tais sistemas referem-se a relações interativas estabelecidas entre humanos e tecnologias em contextos de atividades que ocorrem com algum grau residual de incerteza e risco.

A resiliência desses sistemas pode ser caracterizada pela capacidade de desarme, recuperação ou adaptação frente às crises. O conceito é empregado em várias disciplinas, mas na gestão é tipicamente pesquisado nos estudos de acidentes, desastres, crises financeiras ou globais. Sabe-se que organizações resilientes caracterizam-se não só pela competência de preparação para as crises, mas pela alta capacidade de compreensão do contexto, mobilização de repertórios e recursos para a construção de respostas que via de regra não estão prontas. As organizações que aprendem a fazer isso desenvolvem capacidades dinâmicas para sustentação de níveis mais elevados de resiliência, construindo e inovando seus repertórios e recursos.

Na crise do Covid-19, observa-se também a crise da prática da gestão orientada pela ignorância ou por uma imensidão de informações falsas, mas há também evidências e bons exemplos de como as ciências podem subsidiar a gestão pública ou privada. As ciências e as instituições de pesquisa, em tempos tão obscuros, têm o papel de preservar conquistas essenciais da modernidade fornecendo à sociedade subsídios fundamentados para o debate democrático a fim de superar as precariedades que nos assolam. Devemos aprender com esses tempos a olhar para o outro e seguir em frente, entendendo que fazemos parte de um coletivo.

Pesquisas auxiliam empresas e mercado de trabalho a se adequarem à realidade flexível

Foto: August de Richelieu/Pexels

A virada de ano costuma ser um momento de planejar novas resoluções, tanto para a vida pessoal quanto profissional. Porém, o mundo foi pego de surpresa pela pandemia da Covid-19 logo nos primeiros meses de 2020, transformando totalmente o cenário global. Muitas pessoas que sonhavam em desenvolver suas carreiras se depararam com desemprego, escassez de oportunidades, problemas financeiros e dúvidas sobre regulamentação do trabalho. 

E você sabe como mudar esse cenário? Ajudando a entende os impactos do coronavírus e da tecnologia para empresas, mercado de trabalho, profissionais e sociedade. 

Esse é um dos papéis de pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam a estudar sobre teletrabalho, direitos trabalhistas, inovação no trabalho, previdência em situação de calamidade, entre outros temas. A partir do viés do Direito, entenda a importância da área para a superação de momentos de crise no Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS (PPGD), que está com inscrições abertas até 30 de outubro, neste link. 

Transformando a casa e a rua em escritório 

O teletrabalho é tendência no Brasil e no mundo. Da mesma forma, o trabalho em plataformas digitais e sem vínculo empregatício. E quem regulamenta tudo isso? Depende. “As empresas devem preparar suas vagas e organogramas pensando no trabalho remoto como algo efetivo e permanente. Além disso, o teletrabalho deve aparecer nas estratégias e documentos empresariais: estratégias no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), por exemplo”, explica Denise Fincato, professora da Escola de Direito e coordenadora do grupo de pesquisas em Novas Tecnologias, Processo e Relações de Trabalho da PUCRS. 

Porém, se alguém que trabalha entregando refeições por meio de plataformas de delivery passa mal ou sofre um acidente durante o percurso, quem prestará assistência? A popularmente chamada “uberização do trabalho”, apesar de facilitar em alguns pontos para quem precisa trabalhar, por outro lado pode desamparar. 

Alguns aplicativos oferecem seguros para entregadores/as, mas a informalidade continua sendo uma realidade. Segundo informações do governo de São Paulo, o número de motoboys que morrem durante o trabalho dobrou de 2019 para 2020. E dados da consultoria Análise Econômica mostram que o número de pessoas trabalhando informalmente entregando de refeições cresceu 158% no mesmo período. 

O papel da pesquisa e da Universidade  

Pesquisas auxiliam empresas e mercado de trabalho a se adequarem à realidade flexível

Infográfico: Você S/A

Em termos de impacto tecnológico, a pandemia acelerou a transformação digital, aproximando muitas empresas de recursos pouco explorados anteriormente, como os sistemas em nuvem e de comunicação. Mesmo quem tinha preconceito com as inovações se viu sem alternativas. “Já há indicadores que apontam para reduções nas estruturas de grandes escritórios no pós-pandemia, destaca Denise 

Da mesma forma, é necessária atenção por parte do Estado, da sociedade e até mesmo da Universidade, segundo Denise. “É importante o apoio social e a oportunização de atividades acessíveis à população em geral, a fim de promover a empregabilidade. O trabalho provê muito mais que subsistência, é fator de identidade, agregação social, realização pessoal e isso não pode fugir do norte de gestores, formadores de opinião e pesquisadores. 

Pesquisar é lutar por direitos coletivos 

O Direito do Trabalho essencialmente regulamenta as relações entre empregador/a e empregado/a: de um lado, a atividade econômica, e de outro, a prestação do trabalho em condições dignas. 

Em períodos de crise essa relação costuma se desequilibrar. É nesse contexto que a pesquisa se mostra importante, com grande variedade de métodos de comparação, investigação histórica e interpretação para propor aos poderes constituídos caminhos a seguir. 

Boa parte das Medidas Provisórias editadas pelo Poder Executivo durante a pandemia e das normas editadas pelo Poder Legislativo foram influenciadas por esses estudos, por exemplo, além de embasar decisões do Poder Judiciário sobre os conflitos. 

Como é ser pesquisadora? 

“A ‘fagulha’ da pesquisa foi acesa em mim, não por coincidência, em uma disciplina da faculdade de Direito, na PUCRS”, conta Amália de Campos, mestranda do PPGD. Inspirada pela professora Denise, ela ingressou na área da pesquisa. “Eu me senti desafiada a produzir o meu primeiro artigo científico e foi uma experiência tão instigante e gratificante que eu saí da aula com um artigo selecionado, uma orientadora e a certeza de que a pesquisa seria uma constante na minha vida acadêmica. 

Para Amália, quem trabalha com pesquisa é inconformado/a com dogmas, realidades e a forma com a qual determinadas coisas são conduzidas. Vejo isso como uma absoluta qualidade, porque é o que permite que se formulem perguntas. A pesquisa, independente da área, vai produzir conhecimento e permitir que a sociedade evolua. 

Unimed doa novas impressoras 3D para PUCRS produzir mais protetores faciais

Quatro novas impressoras 3D foram doadas à PUCRS pela Unimed, totalizando seis equipamentos viabilizados por meio da parceria entre as instituições. A iniciativa integra o movimento de abertura dos laboratórios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) para apoiar no combate ao avanço da Covid-19. 

A empresa também já havia disponibilizado insumos para a produção de protetores faciais, que resultaram em benefícios para a comunidade. Na última semana, os materiais foram entregues para a Sociedade Porto-alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaam), o Conselho Comunitário Itu Sabará e a Escola Estadual Especial Recanto da Alegria. 

 Desde março, Tecnopuc Fablab, Tecnopuc Crialab e Tecnopuc Usalab estão abertos para soluções inovadoras em meio à pandemia. Para participar, é necessário preencher o formulário disponível aqui. Além da Unimed, o projeto conta com parcerias como Projeto GRU, Taurus, Still, Grendene, Senge, Braskem, Laerdal Medical, BIA, IBASE e Randon. 

União no combate à pandemia 

Para Nilson Luiz May, presidente do Instituto Unimed RS, o melhor caminho para superar o momento são as parcerias. “De nossa parte, a cada entrega de materiais é recompensador vermos quantas pessoas já foram beneficiadas, e quantas mais ainda serão. Contem conosco e vamos adiante”, comenta. 

Alcides Mandelli Stumpf, diretor administrativo do Instituto, destaca que o propósito da ação é cuidar das pessoas. “Com as entregas de materiais para profissionais que se dedicam diariamente na luta pela vida estamos transmitindo uma importante mensagem: a de que juntos podemos transformar crises em oportunidades, impactando positivamente a sociedade”. 

O papel da Universidade 

“São muito importantes parcerias que viabilizamões relevantes e solidárias da Universidade junto à comunidade, apoiando hospitais, clínicas geriatrias e projetos sociais neste momento de crise sanitária que vivemos”, conta Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS 

Luis Humberto Villwock, assessor de inovação do Tecnopuc, fala sobre o orgulho em participar de iniciativas como esta. “Nessa ação solidária, as duas instituições projetam o futuro, pois essas impressoras 3D poderão servir para o desenvolvimento de novos projetos dos nossos alunos e alunas. É uma visão clara de que uma adversidade, ao ser encarada de forma integrada, pode reverter numa melhoria das condições de futuro” 

Força-tarefa para a produção de protetores faciais  

Os protetores faciais são produzidos no Tecnopuc Fablab, laboratório gerido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). Segundo Flávia Fiorin, executiva do Tecnopuc e responsável pela gestão das demandas dos laboratórios, até o momento foram mais de 180 demandas da sociedade inscritas, cerca de 130 instituições atendidas. “Já distribuímos mais de 15 mil máscaras faciais, além do apoio ao desenvolvimento de vários produtos relacionados ao combate à pandemia. 

Unimed doa novas impressoras 3D para PUCRS produzir mais protetores faciais

Geraldo Sander, presidente da Spaan, e Solimar Amaro, Relações Institucionais da PUCRS; e Joaquim Ramos, conselheiro chefe do Conselho Comunitário Itu Sabará, e Eduardo Grigolo, da equipe técnica do Ideia / Foto: Arquivo pessoal

Eduardo Giugliani, diretor do Ideia, destaca a importância de promover o bem comum, o cooperativismo e as causas sociais. “O apoio atual para o Tecnopuc Fablab deve nos permitir a expansão futura do laboratório para outra estrutura dentro da Universidade, assim mantendo a atuação social”, explica Giugliani. 

Eduardo Grigolo, da equipe técnica do Ideia, entregou os materiais no Conselho Comunitário Itu Sabará e na Escola Estadual Especial Recanto da Alegria. “Desde março, estou engajado no processo de produção destes escudos faciais. No Fablab, trabalhamos de forma silenciosa, respeitando as exigências do isolamento social, mas sempre atentos ao bom andamento de nossa missão”, relembra ao falar sobre como tudo mudou com a chegada do coronavírus. 

Para ele, a equipe busca transformar a reação dos agentes que atuam nas frentes de combate a Covid-19 em um pouco de satisfação e motivação para seguir trabalhando em condições tão adversas. “Ter a oportunidade de realizar pessoalmente a entrega de parte deste trabalho multiplica enormemente a certeza de que estamos fazendo parte de algo realmente grande e impactando de forma muito positiva os esforços no combate a pandemia”, sintetiza. 

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Cerca de 600 voluntários receberam a primeira dose / Foto: Bruno Todeschini

O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL-PUCRS) ampliou o escopo de participação de voluntários no estudo da vacina contra o novo coronavírus. Já a partir desta terça-feira, 22 de setembro, voluntários com mais de 60 anos e pessoas que já tiveram Covid-19 poderão participar da pesquisa. A ampliação do escopo ocorreu em virtude de uma definição do Instituto Butantan e da farmacêutica Sinovac, que conduzem o projeto junto a outros 11 centros de pesquisa no país.

Atualmente, cerca de 600 participantes já receberam pelo menos uma das doses da vacina ou placebo no Hospital. Com o avanço do estudo, a meta inicial de 852 voluntários deverá ser batida, haja vista que os testes serão estendidos até a segunda quinzena de outubro. “Os novos perfis de voluntários que entram nesta etapa do estudo serão importantes para a mensuração dos resultados, que já têm sido muito animadores. Com a ampliação da pesquisa devemos passar com tranquilidade dos mil participantes.”, salienta o Fabiano Ramos, líder do estudo e chefe do Serviço de Infectologia do HSL.

Os interessados em participar dos testes deverão preencher formulário que está disponível neste link. Todos deverão estar dentro dos demais critérios já estabelecidos na fase anterior da pesquisa. Confira:

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Em casos de dúvidas sobre a participação na pesquisa, a equipe do Hospital está disponível pelo WhatsApp (51) 99929-8871.

5 dicas: como aprimorar o trabalho em equipe em tempos de distanciamento

Foto: iStock

Um dos temas mais comentados durante as mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19 é o desafio do modelo de trabalho remoto. Pensando nisso, a professora Gabriele Jeffman preparou sugestões para quem quer aprimorar a colaboração e o trabalho em equipe durante o distanciamento. 

Além de integrar o corpo docente da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, Gabriele também é analista de Projetos de Empreendedorismo e Inovação do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear). Confira as dicas: 

1. Conheça sua equipe: quando estamos atrás das telas, nem sempre temos a oportunidade de perceber as reações de cada colega. Por isso, é importante promover momentos de integração online, incentivando conversas entre a equipe. Esses momentos também oportunizam o compartilhamento de experiências e a expressão de qualidades ou pontos a serem aprimorados. Reserve espaços para a descontração e tenha proximidade com o seu time. Isso facilita o processo! 

2. Defina papeis no time: ao trabalharmos com outras pessoas, é fundamental conhecer os papeis que cada integrante irá assumir. Em uma equipe, sempre teremos pessoas com perfis e conhecimentos diferentes. Identificar essas características e estabelecer funções de acordo com elas aprimora o fluxo de trabalho. Dentro dos papeis de cada membro do time, também é importante destacar as principais atividades a serem realizadas e como elas se relacionam com o restante da equipe.

3. Permita-se aprender: esteja aberto a aprender com sua equipe. Provavelmente você terá contato com áreas em que não possui tanta proximidade, então aproveite para explorar novos conhecimentos. Seja curioso/a, faça perguntas aos seus colegas e otimize suas competências.

4. Explore ferramentas: muita informação a nossa disposição na internet, o desafio é filtrar e utilizar as ferramentas em nosso benefício. E isso não é diferente para aprimorar o trabalho em equipe. Existem muitos aplicativos e ferramentas gratuitas para fazermos brainstoming e apresentações criativas, entre outros recursos que podemos utilizar. 

O Idear disponibiliza um e-book com várias atividades para trabalhar competências empreendedoras, além de indicar ferramentas e trazer diversas dicas valiosas. O download pode ser feito de forma gratuita, aqui. 

5. Viva a experiência: para encerrar essa série de dicas, aqui vai o conselho de ouro: viva a experiência! Ao ajustarmos a nossa rotina em tantas áreas, temos a oportunidade de investir tempo e energia para repensar e melhorar processos. Transforme o distanciamento físico em proximidade através do relacionamento, da interatividade em rede, criatividade e inovação online. É hora de encontrar novas soluções.

Dica bônus 

Hoje é último dia para realizar a inscrição na Maratona de Inovação da PUCRS e aprimorar o trabalho em equipe, na prática. Nesta edição, o tema será “como construiremos as cidades que queremos viver?”, com desafios que trarão aprendizados tanto pessoais quanto profissionais. Saiba mais sobre o evento neste link. 

Programa ajuda na reabilitação de pacientes com sequelas da Covid-19

Centro de Reabilitaçaõ da PUCRS / Foto: Bruno Todeschini

Entre as principais sequelas identificadas em pacientes que se recuperaram do novo coronavírus, estão as motoras, pulmonares e nutricionais. Pensando nisso, o Centro de Reabilitação e o Parque Esportivo da PUCRS prepararam o Programa de Reabilitação Pós-Covid-19, que oferece atendimento particular. A equipe multidisciplinar é composta por médicos/as fisiatras, fisioterapeutas, nutricionistas e educares/as físicos. 

Para participar é necessário respeitar o período de segurança de 14 dias após realizar o teste para Covid-19, em caso de resultado negativo, ou 30 dias, quando o resultado é positivo. Quem tiver interesse no serviço pode entrar em contato pelo telefone do Centro de Reabilitação (51) 3320-3596 ou pelo WhatsApp (51) 83480180, de segunda a sexta-feira, das 08h às 18h. 

O principal objetivo do Programa é readquirir a independência funcional e qualidade de vida a quem se recuperou do coronavírus, através de atendimento multidisciplinar, com um olhar individualizado e acompanhamento progressivo”, explica Pedro Henrique Deon, coordenador do Centro de Reabilitação e professor do curso de Fisioterapia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. 

A cura não resolve o problema 

Uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA) mostrou que, mesmo meses após estarem curados/as da Covid-19, 87% disseram ter um ou mais sintomas da doença, como cansaço e problemas respiratórios. Entre as 143 pessoas que participaram do estudo, apenas 12,6% haviam sido internadas em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 

Além de atingir o pulmão, considerado “marco zero” para o vírus, outros órgãos também podem ser afetados, como coração, rins, intestino, sistema vascular e até mesmo o cérebro. 

Representantes de PUCRS, Unimed e Hospital Cristo Redentor na entrega dos protetores faciais / Foto: Divulgação Tecnopuc

A parceria entre o Instituto Unimed RS e a PUCRS gerou mais doações de protetores faciais. Dessa vez, a entrega foi realizada no Hospital Cristo Redentor. A iniciativa está dentro do contexto da abertura dos laboratórios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) para apoiar no combate ao avanço da Covid-19. Desde março, Tecnopuc Fablab, Tecnopuc Crialab e Tecnopuc Usalab estão abertos para soluções inovadoras. Para participar, é necessário preencher o formulário disponível neste link. O movimento conta com parceiros como Unimed, Projeto GRU, Taurus, Still, Grendene, Senge, Braskem, Laerdal Medical, BIA, IBASE, Randon.

Os protetores faciais são produzidos no Tecnopuc Fablab, laboratório gerido pelo Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia). Segundo Flávia Fiorin, executiva do Tecnopuc e responsável pela gestão das demandas dos laboratórios, até o momento foram mais de 180 demandas da sociedade inscritas, cerca de 130 instituições atendidas. “Já foram distribuídas mais de 13,5 mil máscaras faciais, além do apoio ao desenvolvimento de vários produtos relacionados ao combate à pandemia. Estamos atendendo diversas instituições da áreas sociais e da saúde, como Hospital São Lucas da PUCRS, Hospital de Pronto Socorro, residenciais geriátricos, entre outros”, conta Flávia.

Solimar Amaro, Relações Institucionais da PUCRS, realiza as entregas dos protetores nas instituições. “O Tecnopuc e parceiros não descansaram desde o início da pandemia auxiliando os guerreiros que estão na linha de frente nos hospitais, institutos de saúde, casas de repouso. Os protetores faciais fazem a diferença para cada um que recebe. É gratificante participar de uma ação que gera proteção e saúde”, salienta.

Parceria com a Unimed

Nilson Luiz May, presidente do Instituto Unimed RS, afirma que a aproximação entre o Instituto, braço social do Sistema Cooperativo Empresarial Unimed-RS, e a PUCRS, por meio do Tecnopuc, para produção e distribuição de protetores faciais aos profissionais da saúde e da assistência social que estão na linha de frente do combate à Covid-19 confirma que o melhor caminho para superar esse momento de dificuldades e salvar vidas se dá por meio de parcerias. “De nossa parte, a cada entrega de materiais é recompensador vermos quantas pessoas já foram beneficiadas, e quantas mais ainda serão. Contem conosco, e vamos adiante”, sintetiza.

O Diretor administrativo do Instituto Unimed/RS, Alcides Mandelli Stumpf, destaca que cuidar das pessoas é o propósito da Unimed, que por meio do Instituto Unimed/RS tem atuado de forma cooperativa, inovadora e responsável ao lado de parceiros de peso, como a PUCRS. “Ao entregarmos esses equipamentos de proteção aos profissionais que se dedicam diariamente na luta pela vida estamos, também, transmitindo uma importante mensagem: a de que juntos podemos transformar crises em oportunidades, impactando positivamente a sociedade”, reforça Mandelli.

O Assessor de Inovação do Tecnopuc, Luis Humberto Villwock, ainda diz que a parceria entre o Unimed e a PUCRS revela a importância da cooperação e da solidariedade. “Nos sentimentos orgulhosos com a aproximação e com a sensibilidade de duas grandes instituições que resolvem, nessa ação solidária, pensar não só no presente, mas projetar o futuro, pois essas impressoras 3D poderão servir para o desenvolvimento de novos projetos dos nossos alunos. É uma visão clara de que uma adversidade, ao ser encarada de forma integrada, pode reverter numa melhoria das condições de futuro”, explica Villwock.

 

Um representante enviado pelo Papa Francisco esteve no complexo hospitalar do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) nesta quinta-feira, 27 de agosto, para formalizar a doação de quatro respiradores e um aparelho de ultrassom utilizado para exames de captação de imagens de tecidos ou fluxos sanguíneos.

O emissário Antonio Guizzetti foi recebido em Porto Alegre pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Spengler, pelo reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, e pelo diretor-geral do Hospital, Leandro Firme. Durante a visita, o grupo circulou pelas dependências do HSL, passando pelo Centro Clínico, Centro de Diagnóstico de Imagem e também pelos ambulatórios onde atualmente é conduzido o estudo da testagem da vacina contra o coronavírus.

A Esmolaria Apostólica do Vaticano e a associação Hope Onlus Association estão sendo o elo entre diversos doadores e estruturas sanitárias em situação de emergência e pobreza, fazendo chegar tecnologia médica a quem mais precisa. Os equipamentos doados foram direcionados para a UTI que acolhe exclusivamente os pacientes com Covid-19. Para ajudar no atendimento à doença na Região Metropolitana, o Hospital vem ampliando gradativamente a sua oferta de leitos para pacientes contaminados com o coronavírus. Atualmente, 46 leitos estão disponíveis na UTI Covid-19 e outras 104 unidades para a Enfermaria.

Segundo o reitor da PUCRS, Irmão Evilázio Teixeira, “este ato de solidariedade da Igreja, bem como todo apoio recebido de nosso arcebispo e chanceler de nossa Universidade, Dom Jaime Spengler, é fundamental para que sigamos fortalecidos e atuantes na nossa missão de cuidado e promoção à vida”. Para o diretor-geral do Hospital, Leandro Firme, a doação é uma importante soma aos esforços da instituição. “A contribuição é reflexo dos movimentos que temos feito no combate à pandemia. É uma honra para nós estar entre os hospitais escolhidos pelo Vaticano”, celebra.

Segundo comunicado enviado pelo Vaticano, a motivação do pontífice com o programa de auxílio busca “encontrar os meios necessários para salvar e curar muitas vidas humanas”, sobretudo em países como o Brasil, que majoritariamente sofre por causa da emergência epidemiológica da Covid-19.

Generosidade que atendeu a um apelo

Nestes dias, 18 ventiladores de terapia intensiva Draeger e 6 aparelhos de ultrassom portáteis Fuji serão enviados ao Brasil graças ao compromisso da Hope Onlus Association que, altamente especializada em projetos humanitários em saúde e educação, tem trabalhado para encontrar equipamentos médicos salva vidas de alta tecnologia por meio de diferentes doadores, para o procedimento de transporte e para a instalação em hospitais individuais.