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Foto: Arquivo pessoal

Embora sejamos patriotas e sempre queiramos o melhor para o nosso país, temos que analisar com atenção os dados do comércio internacional brasileiro. Somos referência mundial em agrobusiness (soja, arroz, gado e etc), minério de ferro e petróleo. Também temos empresas que são exemplos de gestão no mercado de bebidas, alimentos, aviação, educação, bancos, calçados, dentre outros. A questão é: isto nos transforma numa potência do comércio exterior?

Podemos aproveitar o período eleitoral para ajudar nossa análise. Normalmente, vemos os primeiros colocados baseados na intenção de votos nas pesquisas eleitorais. Os candidatos que possuem mais de 10% das intenções ou os mais famosos são divulgados pela imprensa formal e detêm a maior parte das atenções. Mas o que acontece com os candidatos que possuem 1% ou menos das intenções de votos? Geralmente, salvo as regras eleitorais vigentes, são ignorados pelo grande público e aqui voltaremos a falar sobre o Brasil.

Embora sejamos referência em muitos dos setores já citados, ainda somos pouco representativos no comércio internacional. A realidade é que o Brasil ainda é pequeno perante o seu potencial no mercado global. De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), representamos pouco mais de 1% do comércio internacional. Somos o candidato com muito potencial e pouco voto nas urnas.

É certo que podemos ser melhores, pois temos um mundo de inovações acontecendo neste momento. Avanços relacionados ao 5G, inteligência artificial, internet das coisas, plataformas de trocas de bens e serviços. Novas maneiras de nos relacionarmos com as empresas.

Apesar da pandemia, agora é o momento ideal para o Brasil crescer e mostrar as suas forças. Isto depende da nossa união e da nossa colaboração. Seremos o celeiro do mundo e também podemos ser uma fonte global de inovação. Para tanto, precisamos valorizar a pesquisa, investir na educação (principalmente dos mais jovens), devemos tratar a sustentabilidade como algo vital e preparar a nossa infraestrutura para o crescimento. Eu acredito que seremos gigantes – e você?

Julia Ourique Valim

Foto: arquivo pessoal

A estudante do curso de Comércio Internacional da Escola de Negócios, Julia Ourique Valim está em seu segundo semestre na Universidade de Celaya, no México. A experiência de mobilidade tem sido de conquistas para a jovem, que em fevereiro foi homenageada com uma medalha de mérito acadêmico, devido ao seu excelente desempenho nos estudos.

Julia chegou ao México em junho de 2017, com a intenção de cursar apenas um semestre na instituição. No entanto, a experiência foi tão positiva que ao saber da possibilidade de estender sua permanência por mais seis meses, embarcou em um novo período de estudos. Ela retorna ao Brasil em julho deste ano para concluir seu curso na PUCRS.

A escolha pelo país da América Latina foi incentivada pela proximidade com os alunos estrangeiros em mobilidade na PUCRS. “Esse convívio amplia muito a visão sobre as possibilidades que temos como estudantes e as alternativas que a própria PUCRS nos oferece e que, muitas vezes, não nos damos conta”, comenta Julia. No segundo semestre de 2016, foi colega de alunos internacionais do México, vindos justamente da Universidade de Celaya, resultando em grandes amizades. “A paixão pelo idioma, pela cultura mexicana e as amizades feitas foram, sem dúvida, os motivos que influenciaram minha decisão de vir para este país e para esta universidade”, conta a estudante.

Julia Ourique Valim

Foto: arquivo pessoal

Sobre os estudos, Julia comenta que tem uma rotina bastante exigente. “Os horários, a demanda e o método de ensino aqui são muito diferentes, além da dificuldade extra de estudar em outro idioma”, conta a jovem. Apesar dos desafios, mostrou-se determinada e responsável com seus estudos. A premiação pelo excelente desempenho acadêmico representa o resultado de muito empenho ao longo do seu semestre no México.

Julia destaca o sentimento de gratidão em receber o reconhecimento de seus professores, que eles chamaram de “duplo mérito” por conquistar um resultado de excelência acadêmica ao mesmo tempo em que lidava com diferenças culturais e enfrentava desafios com o idioma. “A dica que posso dar para outros alunos é: façam mobilidade acadêmica! Se tiverem a oportunidade, não deixem passar. Além de refletir em nossa bagagem acadêmica, é uma experiência única de vida”, recomenda.