O Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS promoveu, no dia 25 de novembro, o Momento de Acolhimento Sensorial, ação de inclusão e acessibilidade destinada a pessoas com deficiência – principalmente aquelas que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA). A necessidade e motivação para essa iniciativa partiu da compreensão de que acessar alguns espaços públicos muito estimulantes pode ser uma experiência estressante e desafiadora para algumas pessoas.
“O Museu se propõe a criar oportunidades que privilegiem o conforto sensorial e diminuam impactos na interação com o ambiente; ampliando, assim, as possibilidades de acesso para um público cada vez mais amplo e diverso”, explica Gabriela Ramos, museóloga das ações educativas do Museu.
A ação foi concebida, planejada e desenvolvida pelas museólogas do MCT, a partir de uma parceria entre o Museu, a Gepes e o Colégio Marista Champagnat. A organização foi iniciada no dia 19 de outubro, pouco mais de um mês antes do evento. Além das museólogas, também participaram do desenvolvimento do projeto uma pesquisadora da área de inclusão museal e doutoranda em Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU), uma psicóloga e analista em diversidade e inclusão da GEPES, uma pesquisadora da área do Transtorno do Espectro Autista e pós-doutoranda em Educação pela PUCRS, uma professora responsável pelo Atendimento Educacional Especializado do Colégio Marista Champagnat e parte da equipe interdisciplinar do MCT. Uma parte importante nesse processo foi a capacitação da equipe do Museu, detalha Gabriela Heck, pesquisadora da área de inclusão museal.
“As capacitações foram momentos de formação com a equipe envolvida no projeto piloto, que ocorreram durante o mês de novembro de 2023. Nesses espaços de formação, desenvolvemos os temas sobre Acessibilidade, Pessoa com Deficiência e especificamente questões relacionadas ao TEA.”
No total, a capacitação foi dividida em três etapas: a primeira foi ministrada por Gabriela Heck, Doutoranda em Educação. Nessa etapa, foram abordados conceitos fundamentais sobre acessibilidade, incluindo a definição de acessibilidade e pessoa com deficiência, conforme a Lei nº 13.146 de 2015, esclarecimentos sobre o uso do cordão/fita de girassóis para identificar deficiências ocultas, segundo a Lei nº 14.624 de 2023. Outras definições importantes incluíram explanações sobre deficiências ocultas, tipos de deficiência, barreiras de acessibilidade, capacitismo e termos capacitistas.
Na segunda etapa, ministrada pela pós-doutoranda em Educação Karla Wunder da Silva, foram apresentados conceitos essenciais e informações relevantes sobre o TEA. Isso inclui a definição do transtorno, aspectos do neurodesenvolvimento e dos transtornos relacionados, a desmistificação de estereótipos associados a pessoas autistas e dados internacionais e nacionais sobre autismo. Além disso, também foram abordadas características típicas, níveis de suporte, comportamentos observáveis com a metáfora do iceberg, STIMS (movimentos estimulatórios/reguladores), desenvolvimento da linguagem e abordagem de situações de agressividade.
Por fim, a terceira etapa teve como objetivo o alinhamento da equipe envolvida, retomando as principais orientações de abordagem e comunicação frente ao público, adequações e recursos desenvolvidos para a iniciativa e um espaço de diálogo para manifestação de dúvidas do time envolvido na ação. Gabriela Heck destaca a importância dessa etapa para o desenvolvimento da iniciativa:
“As capacitações revelaram um potencial colaborativo significativo entre o Museu e outros departamentos da PUCRS, que são responsáveis pela formação de profissionais e pesquisadores em diversas áreas, dispostos a apoiar iniciativas como essa. Essas capacitações proporcionaram oportunidades enriquecedoras para o desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos, criando espaços significativos para crescimento, trocas e aprendizado”, comenta ela.
Para a iniciativa, foi criada uma sala de acolhimento sensorial, que difere dos demais espaços do MCT: sendo um local longe dos principais estímulos do museu, como barulhos, luzes e aglomeração de pessoas, o espaço tem como objetivo fornecer conforto e segurança para os visitantes. “Nesse espaço, a iluminação, a temperatura, as cores do ambiente, os estímulos e os recursos sensoriais disponíveis são pensados como opção para a autorregulação de pessoas neurodivergentes”, explica Gabriela Heck.
Para essa primeira edição da iniciativa, a equipe do MCT organizou o espaço na sala de ações educativas. Localizada provisoriamente no terceiro pavimento do Museu, em um ambiente reservado. A sala, um ambiente silencioso, é equipada com pufes, tapete sensorial, materiais para desenho, objetos recreativos e brinquedos antiestresse. João Pedro Talamini, de 21 anos, é autista e participou da edição piloto, e afirma ter sido uma ótima experiência.
“Sempre gostei muito de ciências naturais, e desde criança gosto de visitar o Museus da PUCRS. Poder visitar esse lugar com tranquilidade e silêncio, assim podendo desfrutar de todas as exposições de forma mais agradável, foi realmente muito bom”, diz.
João não foi o único a aprovar a iniciativa: a pesquisa de satisfação respondida pelos participantes apontou 100% de aceitação quanto ao nome da iniciativa, 100% de satisfação quanto à pertinência da redução de público (menos circulação e ruídos), um maior engajamento dos visitantes com relação aos conteúdos da exposição e uma maior interação com os experimentos.
A avaliação da iniciativa foi realizada antes, durante e depois da execução do projeto. Além disso, as próprias capacitações trouxeram feedbacks muito positivos, gerando nos atendentes o interesse em participar de mais momentos de formação voltados aos públicos com deficiência e de aprenderem a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Além disso, a inclusão e diversidade dentro da própria equipe do museu contribuiu para a construção do projeto: o desenvolvimento do Mapa Sensorial foi acompanhado por um atendente do museu diagnosticado com TEA e contribuiu com sua experiência e conhecimento sobre as exposições para mapear os espaços e experimentos com maiores estímulos sensoriais. Posteriormente, ele relatou que se sentiu acolhido ao ser consultado, ouvido e reconhecido.
Gabriela Ramos destaca a acolhida da equipe e interação com os atendentes, bem como os recursos criados para a inciativa, como mapas, mochilas e a sala.
“As mochilas, que estavam sendo carregadas pelos atendentes, despertaram o interesse dos visitantes, o que demonstrou a importância de se criar uma identidade visual do projeto para ser adicionada junto a elas e aos demais recursos, visando facilitar a sua identificação por parte do público. Com relação ao espaço de acolhimento sensorial, dos visitantes que a utilizaram, os comentários foram positivos, com sugestões de ter uma sala em cada andar, e a indicação de outros recursos que poderiam ser incluídos, como redes, balanços e uma melhor sinalização”, explica.
A edição piloto do projeto foi um sucesso: e não irá parar por aí! A partir de agora, o Museu vai promover, no terceiro domingo de cada mês, o Momento de Acolhimento Sensorial – e o valor do ingresso é meia entrada para pessoas com deficiência e acompanhantes. A próxima edição já tem data para acontecer: dia 17 de dezembro, das 10h às 11h.
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Nesta terça-feira (17), a PUCRS recebeu uma homenagem muito especial pelos seus 75 anos de história: os alunos do Colégio Marista Champagnat produziram 75 obras de arte, entre elas desenhos, pinturas e esculturas, para presentear e Universidade. As obras foram entregues pelos estudantes e direção do Colégio ao reitor Ir. Evilázio Teixeira, no saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão, onde estão em exibição ao público. Posteriormente serão espalhadas por todo o Campus.
“Muito nos alegra este presente e o que ele representa neste ano tão especial. Seguimos juntos, Universidade e Colégio, na missão marista de fortalecer a Educação. Ser uma nova universidade para um novo futuro exige que olhemos com olhos de contemplação para as mais diferentes formas de expressão dos nossos jovens. Foi uma bela surpresa, um belo presente. Muito obrigado”, destacou o reitor.
Para Shirley Cardoso, diretora-geral do Colégio, a arte é uma forma de expressão genuína e capaz de articular as mais diversas visões de mundo e maneiras de pensar, assim como a PUCRS fomenta e incentiva o pensamento científico e reflexivo, contribuindo com o progresso da sociedade.
Ela ainda destaca a profunda e bela ligação da Universidade com o Marista Champagnat: a inspiração teórica e de inovação que o Colégio tem na PUCRS na busca de novos conhecimentos, o norteamento de ações com base nas Escolas da Universidade e as orientações para diversos projetos e ações do Colégio extraídas com insights do corpo docente universitário.
“É no intercâmbio de atividades, projetos, discussões que nos enriquecemos e alavancamos a vida científica do Marista Champagnat. Manifestamos nestas 75 obras de arte de autoria dos nossos estudantes nosso afeto e reconhecimento pelo trabalho primoroso realizado em nossa Universidade. Parabéns pelo trabalho de excelência e pelos valores maristas vividos com intensidade em toda a comunidade acadêmica”, finaliza.
Mães, pais e responsáveis já podem realizar a matrícula de crianças e adolescentes no Colégio Marista Champagnat para o ano letivo de 2022. Focado em contribuir para o desenvolvimento integral dos estudantes, em sincronia com as famílias, a instituição trabalha constantemente pela garantia de ambientes acadêmicos cada vez mais ricos.
Fundado em 1920 e situado no prédio 17 do Campus da PUCRS, próximo ao Tecnopuc, o Colégio Marista Champagnat é um espaço de aprendizado, descoberta e construção de novos conhecimentos. O Colégio conta com uma área privilegiada, com mais de 4 mil metros quadrados e possui uma infraestrutura completa e adequada para cada nível de ensino.
Mais de 170 educadores se envolvem, todos os dias, para oferecer uma educação de qualidade, que marca a vida dos que passam pela escola. E cerca de 1,2 mil estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio aprendem, diariamente, que o conhecimento vai muito além da sala de aula.
Como família marista, a PUCRS e o Colégio Marista Champagnat dividem não somente a localização, mas também uma parceria consolidada, que facilita a aproximação de crianças, jovens e educadores aos espaços do Campus.
Para Carla Denise Bonan, mãe do estudante Daniel e assessora da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESQ), a experiência tem sido positiva, pois o ambiente escolar permite uma série de vivências, além do desenvolvimento de valores importantes para a família.
“Como mãe de um estudante do Marista Champagnat, posso afirmar que encontramos um projeto pedagógico em que acreditamos, que estimula o estudante a pensar e exercitar diferentes linguagens e habilidades. A equipe de professores da escola possui uma sólida formação pedagógica e, ao mesmo tempo, um olhar muito atento e acolhedor com os estudantes”, destaca.
Além do contato acessível, são oferecidas diversas vantagens para o ingresso na Universidade. Da mesma forma, o Colégio oferece uma série de benefícios exclusivos para filhos de funcionários da PUCRS, como:
Quer saber mais sobre o Colégio? Acesse o site oficial ou entre em contato por meio do telefone (51) 3220-6200.
A Rede Marista é constituída pela PUCRS, Colégio Marista Champagnat, Hospital São Lucas (HSL), Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), por 19 colégios pagos, sete Escolas Sociais gratuitas, nove Centros Sociais, bem como pela atuação missionária e pastoral em diversos municípios.
O segundo semestre do ano letivo em 2019 começou com uma novidade muito bem recebida pela comunidade do Colégio Marista Champagnat. Desde esta segunda-feira, 5 de agosto, na volta às aulas após período de recesso, os estudantes do Ensino Médio, do 1º ao 3º ano, professores e funcionários da instituição podem retirar livros e usufruir dos serviços e facilidades oferecidos pela Biblioteca Central Ir. José Otão, da PUCRS. A ação resulta da parceria com a Universidade, envolvendo duas pró-reitorias: de Graduação e Educação Continuada (Prograd); e de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex).
Nayane Gräff, 17 anos, no 3º ano do Ensino Médio, revela que havia interagido pouco com o prédio 16 do Campus até receber sua carteirinha, e que era atraída especialmente pela música. “Toda vez que escuto alguém tocando piano eu entro, sento e fico escutando”. A aluna, que é violonista, se refere ao piano de cauda que fica à disposição dos presentes no saguão do térreo. Para ela, poder retirar livros é o principal benefício da parceria entre o Colégio e a Universidade. “Acho muito interessante, pois gosto de ler meus livros em casa, no meu próprio tempo, e era algo que me limitava antes. Agora, com certeza vou aproveitar mais”. Para 2020, projeta cursar Filosofia. Temas como existencialismo e jusnaturalismo, no momento, estão entre suas preferências de leitura. “Atualmente estou lendo Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, que encaixam com o conteúdo que estamos estudando. Gosto muito de filosofia porque me faz questionar sobre a realidade social à qual eu pertenço e como as coisas no mundo funcionam”. Nayane conta que desde criança brinca de dar aulas, mas está receosa ainda em definir-se pela carreira docente.
O estudante Bruno Simionovschi, 18 anos, também terceiranista, está animado com a oportunidade. “A gente tem acesso à nossa biblioteca no Colégio, mas a Biblioteca da PUCRS traz uma quantidade de livros e um espaço muito bom para estudar. Não cheguei a experienciar muito, mas quero conhecer mais o espaço”. Em seus planos para o vestibular está o curso de Ciências Biológicas, mas ele ainda não está totalmente decidido a respeito. Enquanto isso, pretende mesclar os estudos e a literatura técnica com suas preferências para os momentos de lazer, também disponíveis no local. “Gosto bastante de ficção científica e fantasia. São leituras bem atrativas. Não que as leituras obrigatórias sejam ruins, mas é sempre bom ler algo que escolhemos ”, comenta.
O acervo da Biblioteca Central da PUCRS é considerado de bastante qualidade e de grande reconhecimento pela professora Carla Moraes, coordenadora Pedagógica do Colégio Champagnat para anos finais e Ensino Médio. Segundo ela, esse recurso disponível a partir da nova parceria “é fundamental para a complementação de estudos, combinado com os livros disponíveis na biblioteca do Colégio”, afirma. Ela recorda que o hábito de leitura é cultivado desde os primeiros anos e agora ganha um reforço importante. Além desse aspecto, Carla considera que “o Ensino Superior dentro do projeto de vida do estudante do Ensino Médio é algo novo. Esse ambiente, se é trazido para o cotidiano escolar, dá a ele a possibilidade de chegar ao Ensino Superior sabendo os caminhos a percorrer”, analisa. Ela acrescenta que existem projetos de iniciação científica que também serão enriquecidos a partir desse novo recurso disponível.
Sobre o benefício de empréstimos aberto ao corpo docente e técnico, Carla se mostra entusiasmada com o acesso que terá aos temas de seu interesse para as práticas profissionais. “Há muita coisa, especialmente ligada à área de educação, inclusão escolar, currículo escolar. Um grande desafio para nós, da Rede Marista, é a construção de nosso novo currículo escolar. Por isso, é preciso ler muito e compreender a juventude para poder oferecer uma escola cada vez melhor”, projeta.
A diretora do Colégio Champagnat, Simone Hahn, ressalta que a formação continuada é algo incentivado de forma permanente junto aos professores e quadro técnico. “O professor que estiver preparando uma aula e precisar de algo inédito como recurso pedagógico vai ter acesso a tudo a dois passos de nosso Colégio”, afirma. Ela também recorda que a parceria é resultado de uma negociação empreendida há algum tempo e contribui para estreitar a relação dos alunos com o ambiente universitário. “Os terceiros anos já vão saboreando o que é a vida acadêmica, um mundo e possibilidades que se descortina a partir do próximo ano”. Simone acredita que quanto mais se aproximam as realidades dos ensinos Médio e Superior mais os alunos têm a chance de vivenciar os valores partilhados na Universidade.
Durante o evento de entrega das carteirinhas, ocorrido no 6º andar do prédio 16, ao apresentar a estrutura da Biblioteca Central, a diretora Acadêmico-Administrativa da Pró-Grad, professora Ana Benso, mencionou os espaços descontraídos para estudo disponíveis e os locais de concentração, com as salas de estudo. Ela lembrou que este ano o vestibular de verão serão mais cedo, em 27 de outubro, e o Open Campus está agendado para 4 de outubro. É uma oportunidade de conhecer como funciona o universo acadêmico a partir da imersão nas Escolas da PUCRS.
O Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica, ligado à Escola de Medicina, atingiu na última avaliação da Capes (2013-2016) o nível máximo – 7, atestando a sua excelência internacional. Dos 350 programas da área interdisciplinar no País, apenas dois chegaram a esse patamar. A coordenadora, professora Carla Schwanke, destaca a qualidade da produção intelectual e a internacionalização como os pontos altos do Gerontologia Biomédica. Nos últimos quatro anos, dos mais de 300 artigos publicados, 55% foram veiculados em revistas nacionais e internacionais de impacto (com Qualis nos extratos superiores – A1, A2 e B1). Também houve uma grande produção em livros e capítulos. O edital para ingresso de novos doutorandos foi aberto. As inscrições vão até 22 de junho.
Preocupa aos pesquisadores não apenas as publicações científicas. É uma tradição o lançamento de livros, pela Edipucrs, voltados ao grande público, tendo como objetivo a prevenção de doenças e a orientação de cuidadores de idosos. “Nosso principal papel é ajudar as pessoas a envelhecer bem”, sublinha Carla. Os mestrandos e doutorandos também disseminam o conhecimento produzido em palestras quinzenais à comunidade. Alimentação saudável, ergonomia e prática de exercícios físicos são alguns dos temas tratados.
Outro projeto de inserção social são oficinas realizadas para alunos de 6º, 7º e 8º anos do ensino fundamental do Colégio Marista Champagnat. Pais, professores e estudantes escolhem os assuntos. Sexualidade e nutrição foram os últimos tópicos apresentados pelos professores Claus Stobäus e Carla Schwanke, respectivamente.
O lançamento da primeira disciplina de Geriatria da América Latina, na Medicina da PUCRS, em 1971, regida pelo professor Yukio Moriguchi, e a criação do Instituto de Geriatria e Gerontologia, em 1973, com o convênio entre os governos brasileiro e japonês, conferem a tradição ao jovem programa de pós-graduação, criado em 2000. Uma de suas características é a grande diversidade dos corpos docente e discente. O atual grupo de alunos tem 25 diferentes profissões. Isso enriquece os debates em sala de aula e os trabalhos realizados. De 2002 a 2016, as mais frequentes eram fisioterapeutas, médicos e nutricionistas, com ampla maioria de mulheres (80%).
Pelo programa de Doutorado Interinstitucional da Capes (Dinter), foram formados 14 doutores, da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal da Paraíba. Os professores se deslocaram para ministrar as aulas, assim como receberam os alunos na PUCRS por nove meses.
Pela expertise da Gerontologia Biomédica, o grupo é convidado com frequência para bancas, avaliação de projetos e visitas. Integra, com outros 11 brasileiros, a Rede de Programas Interdisciplinares em Envelhecimento (Reprinte), dos quais três têm mestrado e doutorado. O resultado é a troca de informações e projetos em parceria.
SAIBA MAIS |
Inscrições até 22 de junho (doutorado) |
Valor da bolsa integral Capes/CNPq |
Mestrado: R$ 1.500
Doutorado: R$ 2.200 |
Mestres e doutores diplomados pelo Programa desde 2000 |
Mestres: 258
Doutores: 129 |
Professores titulados (doutores e pós-doutores) |
21 professores (18 permanentes e 3 colaboradores), sendo 10 doutores e 11 pós-doc |
Professores bolsistas de produtividade do CNPq |
4 bolsistas docentes |
Alunos de fora do Estado |
1, vindo de Manaus |
Alunos em estágio pós-doutoral |
3, sendo 3 bolsistas do Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) da Capes |
Professores integrantes de comitês e diretorias de associações |
2 |
Bolsas de estudo |
CNPq (mestrado e doutorado)
Metrado: 2 |
Proex/Capes – parcial e integral (mestrado e doutorado)
Mestrado: 20 Doutorado: 40 |
Com o objetivo de levar inovação para a educação básica e fundamental e ampliar as fronteiras entre a sociedade e a tecnologia, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) lançou na manhã de hoje, 20 de outubro, uma parceria inédita com o Colégio Marista Champagnat. Esta é a primeira vez que o Parque se une a uma escola, a fim de desenvolver a cultura empreendedora e de inovação na sala de aula. Com a parceria, funcionários do Tecnopuc e das empresas instaladas no Tecnopuc passam também a contar com descontos nas mensalidades do Colégio.
Conforme o diretor do Tecnopuc, Rafael Prikladnicki, o acordo segue uma tendência internacional de aproximação entre esses ambientes. “Para as gerações que nascem em meio à revolução tecnológica, estar inserido em um contexto como esse faz toda a diferença no processo educacional”, observa. Ele acrescenta que, como ecossistema de inovação, o Tecnopuc tem o compromisso com a formação de uma cultura de empreendedorismo e inovação de uma forma ampla, para além das empresas e das pessoas que nele habitam.
A diretora de inovação e desenvolvimento da PUCRS, Gabriela Ferreira, diz ainda que já vem sendo feito um trabalho com a área acadêmica para levar inovação aos cursos da Universidade e a colégios da Rede Marista e outros. “Agora chegamos até o Champagnat. É um grande desafio ajudar a desenvolver essa cultura, de alguma forma, desde o início da vida escolar das crianças. Além disso, é importante para os colaboradores das empresas e da universidade terem uma escola de qualidade à disposição dos seus filhos”, pondera.
Para a diretora do Champagnat, Simone Engler Hahn, a parceria, além de fortalecer a marca Marista, é uma oportunidade de aproximar pessoas e serviços que dividem praticamente o mesmo espaço. “O Colégio tem um grande ganho, uma vez que o estímulo à pesquisa e à inovação fortemente exercidos pelo Tecnopuc, passam a contribuir com as nossas práticas, proporcionando experiências concretas para nossos estudantes e educadores. Ao mesmo tempo, o ambiente escolar, rico em aprendizagem, contextos significativos e públicos diferenciados, poderá inspirar as empresas e empreendedores do Parque”, completa.
Lápis, papel e paixão por desenhar. Esses são os elementos que unem os participantes do movimento Croquis Urbanos, que esta semana chega ao Campus da PUCRS. A atividade, gratuita e aberta a interessados de todas as idades, incentiva o desenho de observação de lugares com valor arquitetônico relevante. O 11º encontro do grupo está marcado para o próximo sábado, 23 de setembro, das 10h30min às 13h, em frente ao Colégio Marista Champagnat (Av. Bento Gonçalves, 4314). Para alunos da Universidade, o evento é válido como horas complementares.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS Paulo Bregatto é um dos organizadores da iniciativa em Porto Alegre, que começou em maio de 2016 e visitou diversos pontos icônicos da Capital. “Já estivemos em espaços históricos, como a Casa de Cultura Mário Quintana e o Teatro São Pedro; contemporâneos, como a Fundação Iberê Camargo e o Instituto Ling, além de sítios urbanos, a exemplo da Praça da Matriz e o Parque Farroupilha”, relata o professor. Ele explica que a atividade é inspirada no movimento internacional Urban Sketchers, que se propõe a reunir espontaneamente pessoas dispostas a praticar desenho livre nas cidades.
Bregatto afirma que as atividades realizadas em Porto Alegre não são institucionalizadas, ou seja, a adesão é livre e não envolve certificações. Os encontros recebem dezenas de interessados, como professores, artistas, alunos de cursos de arquitetura e demais simpatizantes da causa. Para participar, os únicos requisitos, além de levar seu próprio material, são o gosto por observar paisagens, noções básicas de desenho e a sensibilidade para extrair formas, geometria e proporção dos locais explorados. “Não é uma aula de desenho, mas um momento de aprender trocando experiências”, esclarece o professor. “Nosso maior desejo é ajudar as pessoas a reconhecerem que o desenho é a nossa forma primordial de comunicação, de expressão”, conclui.
Para acompanhar os trabalhos e fotos do movimento Croquis Urbanos, basta seguir seus perfis no Facebook e no Instagram.
Em 2020, o prédio onde está o Colégio Marista Champagnat completará 100 anos. Com o intuito de conhecer melhor a edificação, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre sugeriu que a PUCRS realizasse uma pesquisa sobre a história, arquitetura e arqueologia do local. A professora do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS e responsável pelo projeto, Gislene Monticelli, afirma que a equipe analisou arquivos com fotografias e documentos para resgatar a história do prédio. Nessa parte da pesquisa, foram estudados materiais desde o momento em que os Irmãos Maristas adquiriram as terras de uma Chácara, que começou como um seminário exclusivo para meninos. “Nessa época, vemos um aspecto rural. Encontramos fotos muito antigas que mostram os seminaristas plantando, mexendo em pomares, hortas. Eles produziam alimentos para as próprias refeições”, comenta. A professora relembra que não existia a avenida Ipiranga, apenas o arroio. Além disso, a etapa da história abordou a ordem de construção dos prédios do Campus. “Podemos, assim, perceber como a PUCRS começou pequena e se transformou no complexo enorme que é hoje”, ressalta ela.
Para conhecer a arquitetura do prédio, foi realizado um levantamento cadastral, ou seja, a verificação de plantas para descobrir as alterações que ocorreram no local ao longo do tempo, como o que foi demolido, reformado e construído, por exemplo. A partir desse momento, o trabalho dos arqueólogos entrou em cena. A professora Gislene explica que foi preciso pedir autorização para o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a atuação na área do Colégio, porque o patrimônio arqueológico é considerado um bem da União.
De acordo com Gislene, todas as evidências materiais que estão no solo formam sítios arqueológicos, que se tornam os objetos de estudo de arqueólogos. Na área do Colégio Marista Champagnat foram realizadas tradagens, ou seja, perfurações de 30cm de diâmetro e 1m de profundidade a cada 50 metros nos arredores e no pátio interno do prédio. “Com essas tradagens, conseguimos observar o perfil do sedimento que está no solo à procura de carvão, cinza, ossos ou fragmentos, como cerâmica e louça”, salienta a professora. Gislene diz que foi possível encontrar materiais construtivos, como telhas, argamassa e tijolo, além de evidências da existência de aterros. “A maior parte do que descobrimos é do próprio século 20. As obras podem ter tornado mais difícil de encontrarmos evidências como ocupações indígenas. Para encontrar mais evidências, precisaríamos de tradagens em uma malha mais fina”, ressalta a arqueóloga.
Gislene explica que arqueologia, história e arquitetura são áreas que estão interligadas e se complementam. “Para escavar, precisamos conhecer a história e arquitetura do prédio, para saber as modificações do local ao longo do tempo. As três áreas conversam antes, durante e depois do trabalho”, conta a professora. A pesquisa terá como produto final um relatório de mais de cem páginas que será encaminhado para o Iphan, para a Prefeitura de Porto Alegre, para o Colégio Marista Champagnat e para a própria Universidade.
Com o intuito de aproveitar a ação realizada no Colégio, os professores do Marista Champagnat realizaram um projeto interdisciplinar sobre arqueologia com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. O assunto foi tratado não só na disciplina de história, mas também na aula de artes e de biologia, entre outras. Os estudantes tinham como tarefa entrevistar os profissionais que estavam trabalhando no Colégio para preencher fichas sobre o que foi descoberto, o que é arqueologia e como trabalham os arqueólogos.
Alunos do 6º ano de colégios Maristas de Porto Alegre e do colégio Farroupilha terão, até novembro, aulas de ciências semanais com universitários e diplomados da PUCRS. As atividades integram o Clube de Ciências, uma parceria entre as escolas e a Faculdade de Biociências. A edição deste ano teve início na última segunda-feira, 17 de abril. Segundo a professora Melissa Guerra Simões Pires, uma das coordenadoras, o clube estimula o aprendizado em um ambiente não formal de educação, despertando o interesse dos estudantes. Ela aponta que, além da ciência, o projeto trabalha questões comportamentais, tomada de decisões, discussão de notícias e debates éticos. “Não promovemos somente uma educação científica, mas também uma educação cidadã”, reflete.
Os temas estudados no Clube de Ciências são propostos pelos próprios alunos. A abordagem é planejada pelos universitários e diplomados de cursos como Ciências Biológicas, História e Geografia, com supervisão da professora da Faculdade de Biociências (Fabio) Berenice Rosito, também coordenadora do projeto. Como monitores, os universitários trabalham os assuntos de interesse dos jovens e realizam, juntos, experimentos científicos. No Laboratório de Ensino da Fabio, os alunos do 6º ano do Colégio Marista Champagnat foram instigados a observar o ambiente e equipamentos laboratoriais, levantar hipóteses e procurar respostas para seus questionamentos, requisitos que, segundo Berenice, são essenciais na área de ciências.
Na opinião da aluna do 6º ano Bruna Ayumi Ito, os experimentos são a parte mais interessante e divertida das aulas. Além das idas ao laboratório da escola, duas vezes por mês, ela vê no Clube de Ciências uma oportunidade para frequentar um laboratório universitário semanalmente. O estudante de bacharelado do curso de Ciências Biológicas Douglas Mentges destaca que a monitoria das aulas possibilita também o contato com a licenciatura e a troca de experiências com colegas de outros cursos, além de aproximação com a sala de aula. Segundo a diplomada e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências e Matemática da PUCRS Thelma Brandolt Borges, o espaço não formal estimula um ambiente colaborativo de aprendizagem, em que todos os alunos são protagonistas. A partir dos próximos encontros serão desenvolvidos projetos individuais ou em grupo. Os monitores se deslocarão aos laboratórios das outras escolas participantes, onde serão realizadas as atividades.