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Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas diz que precisamos “tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos”. O objetivo global acordado por 193 países reforça a urgência do debate e a importância da difusão de conhecimento sobre o assunto. Consciente sobre a importância do tema, a Universidad Católica de Trujillo, no Peru, lançou o curso online gratuito Cambio climático y sus consecuencias a la luz de Laudato Sí. 

O programa teórico e prático tem como objetivo a prevenção, adaptação e mitigação das mudanças climáticas em resposta à necessidade de cuidar do planeta com responsabilidade social. Transmite conhecimentos básicos e fundamentais sobre aquecimento global, práticas sustentáveis e consequências das mudanças climáticas à luz do Laudato Sí, carta circular do Papa Francisco no qual faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas, gerando consciência e mudando atitudes. 

Diretor do IMA faz parte do programa 

Representantes de oito países integram o programa. Entre eles está o diretor do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS (IMA) e professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Nelson Ferreira Fontoura, que irá ministrar a aula sobre aquecimento global. A participação no programa acontece por meio da relação entre o Escritório de Cooperação Internacional da Universidade e a instituição peruana. 

A atividade é gratuita, tem duração de 16 semanas e é assíncrona. O programa completo pode ser acessado no site do curso e para participar é preciso se inscrever. 

Movimento Católico Global pelo Clima 

O curso Cambio climático y sus consecuencias a la luz de Laudato Sí faz parte do Movimento Católico Mundial pelo Clima, criado em 2015, que se baseia na carta encíclica Laudato Sí: Sobre o Cuidado da Casa Comum, escrita pelo Papa Francisco sobre a urgência em medidas para cuidados com a Terra.

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Segundo dados científicos publicados no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o aquecimento global pode atingir 1,5°C entre 2030 e 2052 caso continue a aumentar no ritmo atual. Para o biólogo Júlio César Bicca-Marques, caso parássemos hoje de produzir gases, demoraria milhares de anos para a atmosfera retornar às condições que tínhamos no período pré-industrial.

Já para Nelson Fontoura, diretor do Instituto do Meio Ambiente (IMA) da PUCRS, as consequências mais visíveis das mudanças climáticas estão na distribuição irregular de chuvas, além do aumento na frequência de grandes tempestades, furacões e queimadas. Essas mudanças no ecossistema, segundo ele, trazem graves consequências à humanidade como, por exemplo, a escassez de água.

A iniciativa Climate Labs: Strengthening applied research and innovation capacities in Latin-America through co-creation labs for mitigation and adaptation to Climate Change, que reúne instituições da América Latina e Europa, incluindo a PUCRS, que é uma das três universidades brasileiras participantes, entretanto, é um dos projetos que visam inovar para transformar essa realidade. Lucas Roldan, professor da Escola de Negócios da PUCRS e coordenador do Climate Labs na PUCRS, comenta que uma das possíveis iniciativas do projeto é atuar na promoção de renda para os habitantes das ilhas de Porto Alegre e em soluções para os impactos das cheias que causam alagamentos na capital.

Para compreender melhor os impactos das mudanças climáticas e conhecer os projetos do Climate Labs, leia a matéria completa na Revista PUCRS (páginas 56 e 57).