A mais recente avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que concedeu nota 6 ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica, não serviu apenas como reconhecimento. As oportunidades de aperfeiçoamento do ensino se multiplicaram após a classificação, que colocou o programa entre os dez melhores ranqueados pela Capes na área da computação. Dentre as privadas, apenas a PUCRS e a PUC-Rio aparecem no ranking. Agora, surge uma nova oportunidade de conhecer as potencialidades do Programa: as inscrições para os processos seletivos aos cursos de Mestrado e Doutorado, que se iniciam no segundo semestre de 2018, estão abertas até o dia 22 de junho, e podem ser realizadas através deste link.
O Programa começou em 1994, na época apenas como Mestrado, na então Faculdade de Informática. Para isto, teve que atingir conceito mínimo 4 na Capes. Depois de 11 anos, em 2005, abriu o Doutorado, já com nota 5. Para o coordenador Luiz Gustavo Fernandes, os doze anos de desenvolvimento da maturidade do curso foram essenciais para a melhoria global. O alcance gradual da nota 6 fez com que os cursos aperfeiçoassem ainda mais o que já era prioridade: a internacionalização. “Tínhamos isso em uma pequena escala, mas a melhoria de patamar nos possibilitou atingir um nível maior. Temos alunos fazendo mobilidade, estágios-sanduíche, com possibilidade de dupla diplomação em universidades na Itália, França e Canadá”, exemplifica. Ele também cita a participação de professores e pesquisadores internacionais na execução das aulas, além dos 23 que compõem o corpo docente permanente.
Para Fernandez, a meta, agora que este patamar foi atingido, é manter a qualidade. Para isso, destaca a necessidade da continuação de uma produção científica diferenciada, investimentos na internacionalização e cuidado na formação. “Também queremos investir nessa tendência da Capes de transformar todo o conhecimento gerado na Universidade em algo que possa ser aproveitado pela sociedade”, completa, citando a transferência de conhecimento e geração de riquezas intelectuais como essenciais. Para isto, busca parcerias com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), incentivando o surgimento de novas empresas de alunos – tendência que, para ele, é inevitável.
Agora, o Programa desenvolve um plano de ações para incentivar o empreendedorismo entre os alunos. “Pretendemos, nos próximos anos, aumentar bastante esses resultados. Já tivemos alguns casos de professores e alunos que conseguiram abrir empresas e tiveram sucesso, outros que foram para o exterior”, comemora Fernandes. Isso tudo sem deixar de lado a pesquisa e a geração de conhecimento e de inovação de alto impacto, já que, segundo o professor, o objetivo principal é caminhar para uma possível disrupção, mas sempre tendo o conhecimento sólido como base.
“Temos muitas pesquisas acontecendo, e todas geram resultados bem interessantes do ponto de vista científico. Em alguns temas, também podemos aproveitar parcerias com outros programas da PUCRS”, destaca Fernandez, considerando a abordagem abrangente do Programa como um dos diferenciais. Dentre os temas explorados estão a inteligência artificial, o aprendizado de máquina, segurança, criptomoedas, imagens, realidade virtual, reconhecimento facial, robótica e bioinformática.
“É um programa reconhecido nacionalmente. Oferecemos uma visão mais abrangente do ponto de vista, não focando apenas na academia. Se há interesse, incentivamos a transferência de conhecimento para a sociedade, o empreendedorismo e a inovação”, enfatiza o coordenador.
SAIBA MAIS |
Inscrições até 22 de junho |
Valor da bolsa integral Capes/CNPq |
Mestrado: R$ 1.500
Doutorado: R$ 2.200 |
Número de teses defendidas |
99 |
Número de dissertações defendidas |
542 |
Professores doutores titulados no exterior |
14 |
Professores pós-doutores titulados no exterior |
9 |
Quantidade de bolsas oferecidas |
Praticamente a totalidade dos alunos de Mestrado e Doutorado do PPGCC/PUCRS recebe bolsas de estudo de agências governamentais (CAPES, CNPq, FAPERGS) ou bolsas oriundas de projetos com empresas privadas. |
Quatro professores da PUCRS foram indicados para atuarem como coordenadores de áreas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foram nomeados: coordenador da área de Filosofia, Nythamar de Oliveira, da Escola de Humanidades; coordenador adjunto da área de Ensino, Maurivan Ramos, da Escola de Ciências; coordenador adjunto da área de Direito, Ingo Sarlet, da Escola de Direito, e coordenador adjunto do Mestrado Profissional na área de Ciência da Computação, Avelino Zorzo, da Escola Politécnica.
Segundo o diretor de Pós-Graduação da Universidade, Christian Haag Kristensen, a nomeação indica o alto grau de representatividade destes professores junto à comunidade científica. “É o reconhecimento não apenas de uma trajetória acadêmica alicerçada na expressiva produção científica e na formação de recursos humanos, mas também do empenho destes colegas no avanço e na qualificação de sua área. Em termos institucionais, indica também o reconhecimento da qualidade dos Programas de Pós-Graduação da PUCRS, muitos dos quais elencados entre os melhores do país”, comenta.
Cada uma das 49 áreas possui um coordenador, um coordenador adjunto e um coordenador adjunto de mestrado profissional. Os representantes terão mandato de quatro anos, com encerramento em 2022.
Durante a seleção dos coordenadores, cada programa de pós-graduação indicou cinco nomes usando o sistema da Plataforma Sucupira em dezembro de 2017. Em seguida, a Diretoria de Avaliação da Capes elaborou relatórios contendo as indicações, a manifestação individual de aceite do candidato e a apresentação de um plano de atividades. O Conselho Superior da CAPES recebeu e analisou os dados e submeteu uma lista tríplice à Presidência da fundação, que emitiu o parecer final.
Os coordenadores de área são consultores que supervisionam, planejam e executam as atividades de suas áreas junto à CAPES, inclusas as ações relativas à avaliação dos programas de pós-graduação. Dentre os 24 membros do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), 18 são coordenadores de área. O Conselho delibera em última instância sobre propostas de cursos novos e notas atribuídas na avaliação periódica dos programas de pós-graduação.