PUCRS oferece disciplinas voltadas para formação cidadã e inclusiva

Foto: Envato Elements

Para criar uma sociedade que abraça a sua diversidade, respeita as diferenças e sabe conviver e aprender com outras culturas e gerações é preciso ter um olhar que enxerga as pessoas pelo que elas são: humanas. O conhecimento é uma das melhores maneiras de se aprofundar em temas relacionados à complexidade da vida, às relações sociais e à filosofia, entre outros. Por isso, confira disciplinas que abordam questões sobre ética, direitos humanos e sustentabilidade e que você pode escolher cursar no próximo semestre:  

Fundamentada nos direitos humanos, a PUCRS tem por missão produzir e difundir conhecimento e promover a formação humana e profissional, visando ao desenvolvimento de uma sociedade justa e fraterna. Por isso, possui diversas ações e projetos relacionados aos Direitos Humanos e à diversidade, incluindo milhares de produções científicas publicadas sobre os temas. 

Leia também: Como contribuir para a proteção e promoção dos Direitos Humanos 

Aprender para a carreira e para a vida  

Além de expandir o seu repertório com diferentes pontos de vista e se tornar uma pessoa criativa e inovadora, ter atenção às pautas atuais e de cunho humanitário significa estar em sintonia com as novas expectativas do mercado de trabalho. Empresas de diferentes portes têm se preocupado cada vez mais com questões que não se limitam aos lucros, apesar de que se engajar em assuntos de impacto social também pode ser bom para o bolso.  

Um estudo realizado pela Accenture Strategy aponta que 83% da população brasileira prefere comprar de marcas que se conectam aos seus valores de vida e 79% têm expectativas de que as empresas se posicionem sobre assuntos relevantes para a sociedade como meio ambiente, política e cultura. Empresas com equipes mais diversas têm resultados até 21% melhores, segundo pesquisa da McKinsey, uma das consultorias mais relevantes globalmente.  

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Faça sua rematrícula! 

Por mais que as escalas de matrícula já tenham acabado, ainda é possível fazer a sua rematrícula e iniciar mais um semestre junto à PUCRS, contando com todos os benefícios que a Universidade oferece aos seus estudantes. Para isso, basta acessar o sistema de matrículas e escolher as disciplinas que deseja cursar.

 

Entrevista com o padre Júlio Lancellotti foi realizada no programa Sem Estúdio

Entrevista abordou questões como desigualdade social, pandemia e solidariedade / Foto: Divulgação

O entrevistado no primeiro episódio da nova temporada do Sem Estúdio, programa semanal de entrevistas do Editorial J, laboratório convergente do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS, foi o padre Júlio Lancellotti. A entrevista aconteceu na terça-feira, dia 14 de abril, e abordou questões como desigualdade social, pandemia e solidariedade. A entrevista completa pode ser conferida na página de Facebook do Editorial J.

Para o padre, a solidariedade não pode ser pandêmica, ela deve ser endêmica, estando presente sempre. Ela não deve ser apenas pessoal, embora as ações individuais sejam importantes, mas precisaria entrar na estrutura política e econômica. Entretanto, segundo o ativista, nossa estrutura não é solidária. Ao contrário disso, revela o conflito e o descarte de grande parte da população. “Muitas vezes, o que resta para a população de rua é a sobra” afirma Júlio.

Ciência, religiosidade e ajuda ao próximo

Ao ser questionado sobre a relação entre ciência e religião, padre Lancellotti afirmou que ambos são campos do saber distintos que devem ser respeitados e atuar de maneira autônoma. Ele também se posicionou contra o negacionismo e favorável às medidas de proibição de aglomerações em cultos e cerimônias religiosas. Para ele, o essencial no momento é resolver a crise de saúde pública.

Ainda sobre a pandemia, Lancellotti avaliou as condutas do Papa Francisco como essenciais nesse período, tais como se vacinar, colaborar com a ciência, não se opor à Organização Mundial da Saúde, seguir os protocolos de segurança e recentemente ter garantido a vacinação aos moradores de rua da cidade de Roma. “É uma prática religiosa que conversa com o mundo e com a ciência, que se informa. É uma atuação humanizadora e que só agregou nesse momento”, afirma.

O entrevistado ainda deu algumas dicas para quem quer ajudar o próximo através de ações individuais:

Solidariedade e a pandemia

Lancellotti também interagiu com o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, que contribuiu com o programa questionando o que pode ser feito para que mais pessoas possam ter seus direitos humanos acolhidos. A resposta foi que não há receitas prontas para solucionar os problemas. Segundo ele, é necessário buscarmos ver a nossa realidade, fazendo uma análise de conjuntura para depois discernirmos qual resposta é possível dar àquela questão levantada inicialmente. Aos participantes, ele sugeriu pesquisar sobre o método ver-julgar-agir, utilizado, até mesmo, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Por fim, em relação às redes sociais, Lancellotti considera ser necessário utilizá-las de maneira a mostrar a realidade, mas dentro de uma lógica de superação. Ele acredita que, muitas vezes, essas plataformas mostram apenas um mundo ideal e é necessário chamar atenção ao real. O entrevistado revelou que está tentando realizar um diário de pandemia, mostrando suas ações durante esse período, em seu perfil do Instagram, principalmente, para deixar claro que o ativismo não fica apenas no discurso, mas vai para a prática.

Você pode acompanhar as próximas entrevistas do programa Sem Estúdio, assim como outros eventos, na agenda da PUCRS e conhecer as ações solidárias realizadas pela Universidade, no site da Pastoral.

Sobre o convidado

Pedagogo e Presbítero católico brasileiro, Júlio Lancellotti exerce a função de Pároco da Paróquia de São Miguel Arcanjo no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo. Ativista social e defensor dos direitos humanos, participou da Pastoral da Criança e colaborou na formação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Como Vigário Episcopal da Arquidiocese de São Paulo, está à frente de diversos projetos municipais de atendimento à população carente, como o programa A Gente na Rua.

Além disso, a ação do padre em relação aos blocos de concreto em São Paulo inspirou um projeto de lei que vai contra a “arquitetura hostil”. Aprovada pelo Plenário do Senado, a lei denominada “Lei Padre Júlio Lancellotti” exibe um posicionamento contrário às intervenções públicas urbanas que permitem apropriação de espaços da cidade.

Sobre o programa

O programa Sem Estúdio já teve duas temporadas: na primeira, a pauta foi o Jornalismo em tempos de pandemia e entre os entrevistados estão Isabel Vincent (New York Post), José Roberto de Toledo (Revista Piauí) e Andrei Netto (Headline News). Já a temporada mais recente tratou da temática Direitos Humanos e recebeu, nomes como, Preto Zezé (presidente da CUFA), Ailton Krenak (líder indígena) e Míriam Leitão (jornalista da Globonews). Todas as entrevistas estão disponíveis para serem assistidas no Facebook do J e no canal do YouTube.

A terceira temporada, que iniciou com a entrevista do padre Júlio Lancelotti, tem como tema Cidadania e, em razão dos dez anos do Editorial, que serão completados neste ano, contará com a participação de ex-alunos que participaram do laboratório. As entrevistas ocorrem semanalmente, nas terças-feiras e são transmitidas, ao vivo, pelo Facebook.

Há nove anos, o Editorial J recebe estagiários e alunos voluntários dos mais variados semestres, que produzem, diariamente, conteúdos em diversas linguagens e plataformas. Neste período, o grupo já conquistou 27 prêmios de jornalismo regionais e nacionais. A produção pode ser encontrada no site e nas redes do @editorialj.

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haitianos, aula de português

Foto: Camila Cunha

                                                                                                                            família italiana, Ana Rech, 1904

Família italiana em Ana Rech, em 1904/Foto: Acervo Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami

Migrações: perspectivas histórico-conceituais e análise de fenômenos contemporâneos, dentro do tema Mundo em movimento: indivíduos e sociedade, é uma das pesquisas que integra o Projeto Institucional de Internacionalização – PUCRS PrInt, proposta da PUCRS selecionada em edital do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt), da Capes. A Universidade foi uma das 36 instituições contempladas. Reúne pesquisadores de História, Filosofia, Educação, Teologia e Psicologia, em parceria com universidades do exterior, para, além de um passeio pelas questões históricas do fenômeno da mobilidade humana, apontar aspectos transculturais, de identidade e saúde mental resultantes da situação de migrante ou refugiado que se assemelham em diferentes períodos. Com a duração de quatro anos, a iniciativa pretende fomentar uma rede de acadêmicos europeus e americanos dedicados a esses estudos.

“As migrações são um local de observação privilegiado para perceber as mudanças da sociedade contemporânea, do funcionamento das redes sociais às atribuições do direito de cidadania, da integração dos jovens ao nascimento de um novo empreendedorismo”, avalia o professor da Escola de Humanidades Antonio de Ruggiero, coordenador do projeto. Saiba mais na reportagem completa da Revista PUCRS.

Novas chamadas

O PUCRS-PrInt está com novas chamadas abertas para diferentes modalidades de bolsas, do Brasil para o exterior e do exterior para o Brasil. São destinadas a professores e alunos vinculados aos Programas de Pós-Graduação da PUCRS ou professores e pesquisadores vinculados a instituições estrangeiras. Confira aqui.

Internationalization at Home

O PUCRS PrInt promove, no dia 7 de maio, o workshop Internationalization at Home – I@H: Perspectives for Undergraduate Studies, com a professora visitante Sue Robson, da Newcastle University. A docente estará na PUCRS por meio do Projeto Institucional de Internacionalização PUCRS-PrInt e discutirá a internacionalização em casa, teorias e práticas.

rodon, cidadaniaOs Alunos de Graduação da PUCRS podem realizar as inscrições para o Projeto Rondon Operação Pantanal  2018/2. Este programa do Governo Federal tem como objetivo oportunizar aos estudantes universitários a realização de atividades sociais de caráter voluntário e de diálogo entre os saberes acadêmicos e populares. Pela Universidade, as ações são coordenadas pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da PUCRS (Proex). As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 20 de março e podem ser feitas neste link. A reunião de apresentação do projeto ocorrerá no dia 20 de março, às 19h no auditório do prédio 11 da Universidade (avenida Ipiranga, 6681).

Na edição de julho de 2018, o Ministério da Defesa coordenará operações em municípios de Mato Grosso do Sul e Alagoas. O Projeto Rondon prioriza desenvolver ações que tragam benefícios permanentes para as comunidades, principalmente as relacionadas com a melhoria do bem-estar social e a capacitação da gestão pública. Além disso, busca consolidar no acadêmico brasileiro o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais, contribuindo na sua formação acadêmica e proporcionando-lhe o conhecimento da realidade brasileira.

Mais informações pelo telefone (51) 3353-4065 ou pelo e-mail [email protected].

Mobis, Educação, cidadania, startup

Foto: Rhaynne Lopes

A educação para a cidadania não faz parte do currículo de Ensino Básico brasileiro – nem como disciplina, nem como conteúdo obrigatório. É com o objetivo de transformar essa realidade que a Mobis, startup sediada no Tecnopuc, acaba de lançar uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar recursos e construir uma plataforma web inédita no Brasil. A plataforma agregará materiais didáticos e ferramentas de ensino de educação para a cidadania que poderão ser utilizadas por professores, escolas e organizações que tenham a educação como foco.

Segundo Diana Engel Gerbase, diretora executiva da Mobis, em 2015, a organização fez sua primeira atuação em campo, produzindo 50 horas de material didático em educação para cidadania, em parceria com a Escola Estadual Florinda Tubino Sampaio, em Porto Alegre. “A ideia agora é continuar fazendo parcerias para o desenvolvimento de novos conteúdos e disponibilizá-los gratuitamente para qualquer professor do País. Além disso, queremos abrir a plataforma para que os profissionais da área possam compartilhar seus materiais didáticos e tornar essa troca ainda mais rica”, explica a idealizadora da Mobis.

Ela acrescenta que a educação para a cidadania é um termo amplo que inclui conhecimentos sobre política, direito constitucional, economia, administração pública, além de habilidades para a vida em sociedade. Ainda conforme Diana, todos os anos o Brasil forma 2,1 milhões de estudantes no Ensino Médio que chegam à vida adulta sem conhecimentos e habilidades básicas para participar de um sistema político que depende fortemente deles para que funcione de modo mais satisfatório. “Nos EUA, por exemplo, existem iniciativas como o iCivics, que todo ano auxilia mais de 150 mil professores no ensino do funcionamento da democracia. Precisamos preencher essa lacuna por aqui também”, completa.

Quem quiser contribuir com a causa, pode acessar a página da campanha no site de financiamento coletivo www.benfeitoria.com/mobis.