Nessa quinta-feira, 10 de agosto, os móveis desenvolvidos pelos alunos do 1º semestre do curso de Design para instituições sociais como a Escola Marista de Educação Infantil Tia Jussara e o Centro Social Marista Aparecida das Águas, da Ilha Grande dos Marinheiros, foram expostos no saguão do prédio 9. Incluído em um projeto da disciplina Laboratório Interdisciplinar de Design I, a atividade propunha desenvolver um móvel infantil em MDF ou papelão corrugado de montagem simples, a partir de encaixes, engates e dobras, para ambientes internos de recreação.
Segundo o professor do curso Mauro Martin, a ideia é que, a partir de atividades como essas, o aluno compreenda o processo projetual, passando pelas várias etapas da criação até a produção. De acordo com ele, os resultados foram muito satisfatórios. “Praticamente metade dos alunos conseguiu superar bem as metas que a gente impôs para eles”, garante.
Durante o evento, na manhã desta quinta, a aluna Mariana Pan Becker disse que ao projetar a sua HipoDesk, um conjunto de cadeira e mesa com formato de hipopótamo, pensou em agregar novas utilidades ao mobiliário. “Tentei trazer essa ideia de não ser uma coisa tão simples e ser divertida para eles também, além de um custo baixo”, explica. A cadeira serve como um baú, em que poderão ser guardados brinquedos, materiais escolares, ou outros objetos. “Acredito no design aplicado a questões sociais. Desde o início gostei da ideia de projetar algo útil”, afirma.
Os trabalhos também foram aprovados pela coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Marista Aparecida das Águas, Flavia Bartz. “Não é algo meramente decorativo, ela tem utilidade e é prática. Então para nós, que temos um espaço pequeno e algumas dificuldades, como as enchentes lá na Ilha, será útil. É só desmontar e guardar. Fiquei contente com o resultado, eles entenderam a proposta e as nossas necessidades”.
Apesar dos laboratórios da Universidade terem condições de produzir os modelos, Martin explica que gostariam de formar parcerias com empresas, como a Fundação Pão dos Pobres, que têm estrutura e profissionais para ensinar os seus alunos a desenvolver esses projetos, aprimorando as suas habilidades manuais. Segundo ele, essas parcerias funcionam como um ciclo e possuem um impacto positivo na sociedade, que muitas vezes pensa só em si e não consegue olhar para o que acontece ao redor.