Nesta quarta-feira, dia 8 de julho, em celebração ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realizou o webinar Ciência e a Transformação da Sociedade. O evento teve como objetivo debater sobre a relevância da ciência e do papel do pesquisador na sociedade.

A abertura do encontro contou com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira, da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan e da diretora de pesquisa Fernanda Morrone. Na ocasião, Carla destacou a importância da data, reforçando a relevância da ciência para os avanços da humanidade. “Fazer ciência é um desafio. Não depende somente do esforço individual, mas de investimentos no desenvolvimento de um ecossistema que incentive e promova a busca pelo conhecimento científico, do ensino fundamental até o ensino superior”, adicionou.

O reitor Ir. Evilázio Teixeira parabenizou os cientistas da Universidade pela data e agradeceu pelo engajamento dedicado e pelo protagonismo de cada um em levar adiante aulas e atividades de pesquisa dentro do atual cenário. “Encontros como esse reafirmam o nosso compromisso enquanto comunidade científica com a integridade, a ética, a ousadia e a dignidade. Hoje mais do que em outros tempos, a pesquisa se constitui como caminho para inovação e empreendedorismo, como vetor para solucionar problemas demandados da sociedade”, completou.

O reitor também celebrou o trabalho de excelência desenvolvido na PUCRS, colocando a Universidade entre as 20 melhores instituições da América Latina, destacando-se especialmente na área de pesquisa, citações, ensino e perspectivas internacionais.

Excelência na pesquisa

A diretora Fernanda Morrone deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre a nova publicação de divulgação científica da Universidade: PUCRS Excelência em Pesquisa. A revista apresenta dezenas de estudos conduzidos por mais de 50 pesquisadores da Universidade, dividida em cinco grandes temas estratégicos:

A revista também traz um panorama sobre as recentes pesquisas conduzidas na Universidade relacionadas à Covid-19, em resposta a essa importante demanda da sociedade. “Todos esses estudos acontecem em mais de 500 estruturas da nossa Universidade, ou seja, laboratórios, centros e institutos, além de também acontecer em nossos 23 Programas de Pós-Graduação“, completou. Acesse a publicação completa neste link.

Desafios de ser pesquisador

Em seguida, um debate mediado pelo professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Régis Mestriner contou com a presença de quatro pesquisadores que, apesar de jovens, estão se destacando em suas áreas de atuação: Aline Machado Lucas (Escola Politécnica), Ana Paula Duarte de Souza (Escola de Ciências da Saúde e da Vida), André Salata (Escola de Humanidades) e Thiago Wendt Viola (Escola de Medicina).

A primeira questão trazida pelo próprio público que acompanhou o evento foi sobre quais são os principais desafios de fazer ciência e seguir a carreira de pesquisador hoje. Salata destacou o fato de os pesquisadores serem também gestores de recurso – tanto de tempo, quanto de verba. “É um desafio saber gerir esses recursos, tanto em saber conciliar o tempo da pesquisa com outras atividades, quanto em trabalhar sistematicamente em seu projeto com a verba disponível”, afirmou.

Viola afirmou que o desafio também envolve o desenvolvimento de pesquisas no momento atual que vivemos. “É desafiador manter-se firme no propósito enquanto vemos a opinião pública tão dividida, onde parte acredita na ciência e a outra parcela reluta sobre sua relevância”, adiciona.

Incentivo à pesquisa desde cedo

Outra questão levantada pelo público envolveu o investimento na iniciação científica desde a escola primária como forma de fortalecer a sociedade para a prática científica. Aline afirmou que introduzir a vivência na pesquisa desde cedo, mostrando que por detrás de qualquer resultado há um processo é fundamental para que a sociedade compreenda de forma prática o trabalho do pesquisador.

“Também acredito que a comunicação científica é fundamental para que a sociedade consiga absorver o conhecimento produzido e confiar na relevância deste trabalho. A ciência leva tempo, mas é essencial para avançarmos”, afirmou Ana Paula.

André Salata afirmou que a crise e o questionamento do discurso científico têm incentivado que os pesquisadores pensem novas formas de catalisar o conhecimento para o grande público, de forma cuidadosa e democrática.

Fazer ciência durante a pandemia

Manter a produtividade, permanecer concentrado e seguir dedicado com sua pesquisa tornou-se um desafio para muitas pessoas durante a pandemia da Covid-19. Questionados sobre dicas para manter a dedicação acadêmica e de pesquisa, Salata reforçou a importância de manter uma rotina. “Pesquisa é sistemática, analisar dados, ler artigos. Reserve um tempo do seu dia para pesquisar, pois é o que permitirá que você alcance o sucesso lá na frente”, aconselhou.

Viola afirmou que o momento atual pode ser utilizado para fundamentação teórica, essencial para uma pesquisa bem construída. “Também pode ser um momento para aprender mais sobre análise de dados, buscando ferramentas online para a capacitação”, finalizou.

Hoje, 08 de julho, são comemorados o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador. Datas que foram criadas para destacar a relevância da ciência no nosso País. Ser pesquisador e fazer ciência no Brasil e no mundo é um belo desafio. É necessário ter comprometimento, ousadia, dedicação, paixão, resiliência e habilidades para superar os mais diferentes obstáculos. Entretanto, quais são as motivações para seguir a carreira? Cada um tem causas, aspirações, mas é evidente que todos têm a compreensão sobre o potencial transformador do conhecimento, dimensão que permeia a atuação de um cientista.

A investigação dos grandes problemas contemporâneos e de soluções que melhorem a sociedade e a vida no planeta mobilizam pessoas a transpor as fronteiras do conhecimento. Muito mais do que em outros tempos da história, estamos vivendo um período em que os olhares se voltam com atenção ao trabalho dos cientistas. Pesquisadores do mundo inteiro direcionam seus esforços e recursos à busca de uma vacina, de um medicamento, de avanços que beneficiem a humanidade neste cenário tão crítico. Ao mesmo tempo, também estudam impactos na saúde mental, na educação, na economia e em como haverá de ser a vida pós-pandemia. Muitos têm nos alertado para os riscos que corremos se não mudarmos a interação com o meio ambiente.

Entretanto, o trabalho dos cientistas não depende somente do esforço individual, mas de investimentos no desenvolvimento de um ecossistema que incentive e promova a busca pelo conhecimento científico do ensino fundamental até o ensino superior. Na PUCRS, a qualidade da pesquisa protagonizada por 326 grupos, com mais de dois mil projetos em andamento, é reflexo de um conjunto de estratégias e ações estruturantes que dizem respeito à qualificação do corpo docente, à infraestrutura, bem como ao incentivo à interdisciplinaridade e internacionalização.

Comemoramos a data com o lançamento da publicação Excelência em Pesquisa – que apresenta e valoriza o trabalho de mais de 50 cientistas -, para lembrar e ressaltar que nossa universidade só produz investigação de alto nível, em padrão internacional, em diferentes áreas do conhecimento, por causa do trabalho dedicado e incansável das pessoas que a compõem.

Hoje é um dia para celebrar o importante trabalho de todos os pesquisadores que, mesmo nas situações mais adversas, acreditam que é possível transformar o País e o mundo em um lugar melhor. É um dia para reconhecer que o futuro, em todas as suas dimensões, somente é possível com ciência e educação.

 

 

Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, PROPESQ, CAPES

Professora Sônia Nair Báo, diretora de Avaliação da Capes / Foto: Bruno Todeschini

A PUCRS sediou, nos dias 7 e 8 de maio, o Encontro do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Sul (Foprop Sul). A reunião possibilitou a discussão do planejamento estratégico da pós-graduação e a proposta do novo processo de avaliação dos programas de pós-graduação que estão sendo discutidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Entre os convidados desta edição, estavam a diretora de Avaliação da Capes, Sônia Nair Báo e a professora da Universidade de Brasília (UnB) Connie McManus Pimentel, que atuou na implementação do Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt). Para a pró-reitora da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), Carla Bonan, a reunião trouxe elementos importantes que serão discutidos com os programas da Universidade, especialmente no âmbito de avaliação e estratégias para o desenvolvimento da internacionalização da pós-graduação.

Novo processo de avaliação

A Diretoria de Avaliação da CAPES iniciou em 2018 ações para o aprimoramento dos instrumentos da avaliação, entre elas a alteração na ficha de avaliação de programas de pós-graduação stricto sensu. No encontro na PUCRS, Sônia falou sobre as alterações no número de quesitos e itens da ficha de avaliação, destacando aqueles que verdadeiramente discriminam a qualidade dos programas. Com isso, se dará mais ênfase à formação e avaliação de resultados do que nos processos. Além disso, a autoavaliação e o planejamento estratégico da pós-graduação realizado pela instituição passarão a ser considerados no processo de julgamento.

 Sobre o Fórum

Criado há 33 anos, o Foprop é composto por representantes de 248 instituições de ensino e de pesquisa associadas. O Fórum tem, entre outras ações, a missão de propor às agências de fomento nacionais, regionais e estaduais a adoção de políticas de pesquisa, inovação e pós-graduação no País, além de colaborar com as associações de dirigentes universitários e outras entidades com foco no desenvolvimento do setor.

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal

Raquel de Melo Boff, doutora em psicologia pela PUCRS, recebeu no dia 13 de dezembro, em Brasília, o Prêmio Capes de Tese. Sua pesquisa, realizada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia, figurou na lista dos 49 trabalhos selecionados em todo o País, dentre os mais de 900 inscritos. A tese intitulada Efeito de uma intervenção interdisciplinar baseada no modelo transteórico de mudança de comportamento em adolescentes com sobrepeso ou obesidade foi orientada pela professora Margareth da Silva Oliveira, que a acompanhou durante a cerimônia de entrega do reconhecimento.

O resultado da 11ª edição do Prêmio se refere às melhores teses de doutorado defendidas em 2017. Além do trabalho de Raquel, a diplomada Inez Rocha Zacarias recebeu Menção Honrosa com a tese A mediação da teoria e do método em Marx na formação profissional em Serviço Social, sob a orientação da professora Jane Cruz Prates, no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Este foi um dos dois trabalhos escolhidos no campo do Serviço Social. No total, 81 teses ganharam Menção Honrosa. A divulgação dos vencedores ocorreu em outubro, e as conquistas foram valorizadas pela pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan, e pelo diretor de Pós-Graduação, Christian Kristensen.

Critérios de premiação

Criado em 2005, o Prêmio Capes de Tese é oferecido anualmente às melhores teses de doutorado de cada uma das 49 áreas do conhecimento. Os critérios de premiação devem considerar a originalidade do trabalho, sua relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação, além da valorização dada pelo sistema educacional ao candidato. Duas teses, em cada uma das áreas, também poderão ser agraciadas com a Menção Honrosa. São concedidos, ainda, prêmios especiais para áreas pré-determinadas, em parceria com a Fundação Carlos Chagas e a Comissão Fulbright. Por fim, há a entrega do Grande Prêmio Capes de Tese, concedido em parceria com a Fundação Conrado Wessel, à tese de maior destaque de cada área da ciência (científica, saúde e humanas).

Grande Prêmio em 2017

Em 2017, Amanda Costa Travincas, representando o Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS, conquistou o Grande Prêmio Capes de Tese com trabalho sobre a escola sem partido. A tese A tutela jurídica da liberdade acadêmica no Brasil: a liberdade de ensinar e seus limites foi orientada pelo professor Ingo W. Sarlet. Confira notícia no link.

 

 

Prêmio Capes de TeseFoi divulgada a lista com os vencedores do Prêmio Capes de Tese 2018. O resultado se refere às melhores teses de doutorado defendidas em 2017. Esta edição teve recorde de inscritos: 939 trabalhos. Pesquisa realizada por Raquel de Melo Boff no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS, orientada pela professora Margareth da Silva Oliveira, está entre os 49 trabalhos selecionados. A tese intitulada Efeito de uma intervenção interdisciplinar baseada no modelo transteórico de mudança de comportamento em adolescentes com sobrepeso ou obesidade se destacou na área de Psicologia.

Inez Rocha Zacarias receberá Menção Honrosa com a tese A mediação da teoria e do método em Marx na formação profissional em Serviço Social, orientada pela professora Jane Cruz Prates, no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Foi um dos dois trabalhos escolhidos no campo do Serviço Social. No total, 81 teses ganharão Menção Honrosa.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan, parabeniza as jovens doutoras e suas orientadoras. “Expresso nosso reconhecimento pela excelência das atividades de ensino, pesquisa e formação desenvolvidas no conjunto dos Programas de Pós-Graduação da PUCRS.”

O diretor de Pós-Graduação, Christian Kristensen, afirma que os destaques atestam a qualidade dos trabalhos acadêmicos realizados na Universidade. “As teses indicadas pelos Programas são criteriosamente avaliadas por comissões na Capes e concorrem com trabalhos de todos os outros Programas daquela área de avaliação. Dessa forma, o prêmio outorgado para a egressa do nosso PPG em Psicologia e a Menção Honrosa para a egressa do Serviço Social indicam a excelência da produção acadêmica e da pesquisa realizada durante a trajetória do curso de doutorado. Esses, entre outros indicadores e destaques nacionais e internacionais, denotam a relevância da pesquisa e a formação de excelência que futuros candidatos poderão encontrar em nossos Programas de Pós-Graduação”, destaca o diretor.

Critérios de premiação

Criado em 2005, o Prêmio Capes de Tese é oferecido anualmente às melhores teses de doutorado de cada uma das 49 áreas do conhecimento. Os critérios de premiação devem considerar a originalidade do trabalho, sua relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação, além da valorização dada pelo sistema educacional ao candidato. Duas teses, em cada uma das áreas, também poderão ser agraciadas com a Menção Honrosa. São concedidos, ainda, prêmios especiais para áreas pré-determinadas, em parceria com a Fundação Carlos Chagas e a Comissão Fulbright. Por fim, há a entrega do Grande Prêmio Capes de Tese, concedido em parceria com a Fundação Conrado Wessel, à tese de maior destaque de cada área da ciência (científica, saúde e humanas).

Além dos 42 trabalhos selecionados para receber o prêmio, o edital Nº16/2018 também oferece a outras 81 teses uma menção honrosa. A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá no dia 13 de dezembro, em Brasília.

Grande Prêmio em 2017

Grande Prêmio Capes de Tese 2017

Foto: Capes

Em 2017, Amanda Costa Travincas, representando o Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS, conquistou o Grande Prêmio Capes de Tese com trabalho sobre a escola sem partido. A tese A tutela jurídica da liberdade acadêmica no Brasil: a liberdade de ensinar e seus limites foi orientada pelo professor Ingo W. Sarlet. Confira notícia no link.

Além de Amanda, Mariléia Goin, do Programa de Pós-Graduação Serviço Social, orientada pela professora Jane Prates, foi agraciada no ano passado. Mateus Panizzon, do Programa de Pós-Graduação Administração PUCRS/UCS, recebeu Menção HonrosaO estudo foi orientado por Gabriel Sperandio Milan e coorientado por Eric Charles Henri Dorion. Saiba mais.

 

 

capes printA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta segunda-feira, 20 de agosto, o resultado preliminar do Programa Institucional de Internacionalização (Capes/PrInt). A PUCRS foi uma das 25 instituições de ensino superior (IES) contempladas com os recursos, dentre as quais 20 são públicas e apenas cinco privadas. Os recursos de 2018 serão destinados a projetos com início no mês de novembro, com um prazo de duração de 4 anos. A partir de 2019, a Capes prevê investir R$300 milhões anuais no Programa.

O edital, aberto em novembro de 2017, mobilizou os esforços das equipes da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e da Assessoria de Cooperação Internacional. De acordo com a pró-reitora Carla Bonan, “a aprovação desta proposta certamente representa um marco para a internacionalização da PUCRS, com o desenvolvimento de temas prioritários nas áreas de pesquisa e pós-graduação e consolidação de parcerias estratégicas internacionais”, avalia.

Sobre o Capes/PrInt

Concebido para desenvolver e implementar a internacionalização das áreas de conhecimento escolhidas pelas instituições selecionadas, o Capes/PrInt almeja ainda estimular a formação de redes de pesquisas internacionais. Com essa iniciativa, a Capes pretende ampliar as ações de apoio à internacionalização na pós-graduação e o consequente aprimoramento da qualidade da produção acadêmica oriunda deste segmento da educação. A mobilidade de professores e alunos, também está prevista no escopo de Programa, incentivando a transformação das instituições participantes em um ambiente internacional.

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Professora Betina Blochtein – Foto: Camila Cunha

O mais recente encontro do Ciclo Preparatório PUCRS 2017-2018 para a Terceira Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres) – Unesco Iesalc de 2018 teve como tema A Educação Superior no desenvolvimento sustentável. Ocorrido no dia 12 de abril, no 6º andar da Biblioteca Central, o evento teve como painelistas os professores Betina Blochtein, diretora do Instituto do Meio Ambiente (IMA), e Júlio César Bicca-Marques, da Escola de Ciências, com mediação da Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Carla Bonan.

Conceito de desenvolvimento sustentável

Primeira a se apresentar, a professora Betina expôs uma breve linha do tempo do conceito de desenvolvimento sustentável e as iniciativas promovidas com a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 1972, em Estocolmo (Suécia), a Assembleia Geral criou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No ano de 1987, o relatório Nosso futuro comum, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, trouxe a definição “o desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. No ano de 1992, a conferência Eco 92, ocorrida no Brasil, com 179 países representados, consolidou o compromisso público internacional com diversas formas de respeito ao meio ambiente e aos recursos naturais.

Engajamento da PUCRS

No ano de 2005, teve início a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, criando datas como o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho. A PUCRS, além de ter esse tema presente em sua Visão de Futuro, mantém o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Comitê de Gestão Ambiental (CGA). Ambos desenvolvem atividades de formação, assessoria e conscientização, voltadas a estudantes, professores, técnicos administrativos e lideranças. Eventos, exposições e capacitações têm ocorrido frequentemente, a fim de manter a questão ambiental em evidência e partilhar conhecimento. Betina também apresentou um vídeo sobre o Centro de Preservação e Conservação da Natureza – Pró-Mata, área de 3,1 mil hectares no município de São Francisco de Paula (RS). O projeto, com o apoio da Universidade de Tübingen (Alemanha) e da empresa Stihl, foi inaugurado em 1996. A enumerar as ações da PUCRS, a professora destacou que “as universidades devem funcionar como catalizadoras do desenvolvimento sustentável”.

Desenvolvimento sustentável x sustentabilidade ambiental

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Professor Júlio César Bicca-Marques – Foto: Camila Cunha

A exposição do professor Bicca-Marques foi aberta com a afirmação de que “todas as profissões têm um papel importantíssimo em trabalhar em prol do desenvolvimento sustentável e da preservação da natureza como um todo”, alertou. Com isso, procurou comprometer a todos sobre o assunto, especialmente em sala de aula e nos hábitos cotidianos. Na sequência, esclareceu à plateia algumas diferenças filosóficas. “Embora a expressão desenvolvimento sustentável seja predominante, ela remete à uma visão antropocêntrica e utilitária”, ressaltou, valorizando sobretudo o ser humano. Em contrapartida, o conceito de sustentabilidade ambiental, “está relacionado ao valor intrínseco da biodiversidade, é uma visão biocêntrica”, ou seja, na qual todas as formas de vida são respeitadas.

Carta Encíclica Laudato Si’

Grande parte das citações da palestra tiveram como base a Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, da qual Bicca-Marques extraiu diversas citações alinhadas à sustentabilidade. A explanação apresentou uma série de slides com as manifestações do Sumo Pontífice, como o item 159, no qual Francisco afirma que “a noção de bem comum engloba também as gerações futuras. Já não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem uma solidariedade intergeracional. Se a terra nos é dada, não podemos pensar apenas a partir dum critério utilitarista de eficiência e produtividade para lucro individual. É um empréstimo que cada geração recebe e deve transmitir à geração seguinte”.

O professor também apresentou as raízes psico-comportamentais da crise da biodiversidade na qual vivemos, as quais ilustrou com uma pandorga (pipa), que permanece subindo. São elas: o individualismo – com pessoas pensando sobretudo em si; o sentimento de insignificância – perante os 7,3 bilhões de habitantes do Planeta; a desconexão com a natureza – olhando-a de forma utilitária; e a adaptabilidade – tolerância crescente e inerte às situações negativas. Como antídoto, ele propôs “a sensibilização e o amor pelo exemplo, pois não adianta sabermos, temos que sensibilizar as pessoas à nossa volta, para que protejam o que conhecem e amam”, defendeu. Por fim, destacou seu lema em sala de aula “pense localmente, mas aja”, para que o saber se transforme em atitudes.

Próximo encontro

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Pró-Reitora Carla Bonan foi a mediadora – Foto: Camila Cunha

No dia 26 de abril, ocorre próximo encontro na PUCRS, que terá o tema Educação Superior, internacionalização e integração regional. O painel será apresentado pelas professoras Heloisa Delgado, assessora-chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII), e Marília Morosini, coordenadora do Centro de Estudos em Educação Superior (CEES/PUCRS), com mediação da professora Magda Cunha, coordenadora de Pesquisa da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. A programação completa do ciclo pode ser acessada neste link. Já os textos relacionados aos encontros na Universidade podem ser consultados pelo Portal PUCRS.

Sobre o Ciclo Preparatório

O Ciclo Preparatório PUCRS conta com sete encontros, que se configuram em um espaço de reflexão na comunidade acadêmica. Cada evento busca discutir algum dos temas centrais abordados pela CRES. Ao final da programação, será elaborada uma carta manifesto sobre a Educação Superior, com as contribuições e reflexões dos representantes da Universidade. A CRES será realizada em junho, na Cidade de Córdoba (Argentina), promovido pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc-Unesco).

 

Avaliação Quadrienal Capes 2013-2016

A PUCRS alcançou a melhor média nacional entre as instituições de ensino superior (IES) públicas e privadas, com dez ou mais programas de pós-graduação (PPG), de acordo com a Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgada nesta terça-feira, 19 de setembro. É o maior crescimento do País no período de 2013 a 2016. Dos 24 programas existentes na Universidade, sete tiveram crescimento nas notas e, ao todo, 11 têm agora nível de excelência internacional.

A Avaliação da Capes, divulgada em fase preliminar, mostra a PUCRS com conceito médio 5,42 entre as IES com dez ou mais PPGs. O conceito máximo da Capes é 7, mas a partir da nota 6 os programas aferidos são considerados de excelência internacional.

Nas últimas cinco avaliações a PUCRS teve crescimento constante, passando de 4,24 (triênio 2001-2003) para 4,48 (triênio 2004-2006) e, na sequência, conquistando 5,00 (triênio 2007-2009) e 5,21 (triênio 2010-2012), até chegar ao nível atual. Os PPGs que tiveram evolução em suas notas foram: Gerontologia Biomédica (de 6 para 7), Letras (de 6 para 7), Ciência da Computação (de 5 para 6), Comunicação Social (de 4 para 5), Ciências Sociais (de 4 para 5), Educação em Ciências e Matemática (de 4 para 5) e Biotecnologia Farmacêutica – mestrado profissionalizante (de 4 para 5).

De acordo com a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, professora Carla Bonan, o resultado representa “uma conquista histórica para a Universidade, que expressa a qualidade da pesquisa e da Pós-Graduação, mas principalmente é uma conquista de toda a comunidade acadêmica, pela dedicação e trabalho incansável dos corpos docente, discente e dos técnicos administrativos”. A diretora de Pós-Graduação da Pró-Reitoria Acadêmica, professora Eleani Costa, reforça que “com os excelentes resultados obtidos na avaliação quadrienal da Capes alcançamos a melhor média na avaliação da Pós-Graduação brasileira entre as instituições públicas e privadas. É um resultado maravilhoso, construído ao longo do tempo, com a contribuição de muitos e com uma visão de universidade que se pauta na busca da excelência da pesquisa e da pós-graduação”, celebra.

Confira os resultados da PUCRS na Avaliação Quadrienal

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Professora Carla Denise Bonan

Professora Carla Denise Bonan

Nesta quarta-feira, 17 de agosto, o Cafezinho Literário, promovido pela Faculdade de Letras, terá como ministrante a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Carla Denise Bonan. A professora apresenta a obra que marcou sua trajetória acadêmica e pessoal: A Trégua, de Mario Benedetti. O evento é aberto ao público, tem entrada franca e ocorre entre 13h e 13h30min, na sala 305 do prédio 8 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Não é necessário realizar inscrição. Outras informações pelo telefone (51) 3320-3528.

Professora Carla Denise BonanCom o objetivo de apresentar os autores que influenciaram a trajetória acadêmica e pessoal dos professores da Universidade, a Faculdade de Letras da PUCRS promove o Cafezinho Literário. A próxima edição do evento será no dia 17 de agosto, com a participação da Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Carla Denise Bonan. Ela apresentará o livro A trégua, de Mario Benedetti. A atividade ocorre das 13h às 13h30min, na sala 305 do prédio 8 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). O Cafezinho Literário tem entrada franca e é aberto ao público.