Encerrou-se nesta quinta-feira, 13 de julho, mais uma edição do Programa de Pré-Graduação (Pré-Grad), que traz alunos do Ensino Médio para a Universidade durante um semestre. A cerimônia de conclusão foi conduzida pela professora Luciana de Oliveira, coordenadora da atividade. Neste ano, participaram 79 alunos, divididos em duas turmas. A iniciativa abrange jovens dos colégios Maristas Assunção, Champagnat, Graças, Ipanema, Irmão Jaime Biazus, Rosário e São Pedro, além dos colégios Farroupilha, Maria Imaculada, Monteiro Lobato, Nossa Senhora da Glória, Pastor Dohms e Santa Inês.
Durante o encerramento, os padrinhos da turma, professores Afonso Sales e Rafael Chanin, da Faculdade de Informática, entregaram certificados aos grupos de estudantes de cada escola. Em seguida, as alunas Carolina Cunha de Oliveira, do Colégio Marista Champagnat, e Luiza Carinci de Carvalho, do Colégio Monteiro Lobato, falaram sobre a experiência vivida na Universidade ao longo do semestre.
Ao proferir seu discurso, a professora Luciana Oliveira ressaltou os resultados positivos do desafio O que eu posso fazer para fazer a diferença na vida de alguém?, proposto aos alunos na abertura da edição. As atividades realizadas durante o semestre eram baseadas nele. No final, foram desenvolvidos projetos de empreendedorismo que buscassem responder à pergunta. “Ficamos orgulhosos ao ver os resultados. Foi muito bonito ver a solidariedade, a empatia, a sustentabilidade e o amor como conceitos presentes em todos os trabalhos”, afirmou a docente. “Acreditamos que vocês podem fazer a diferença”, concluiu.
Os participantes do Pré-Grad que se interessaram por uma área específica ao longo do programa estão participando do processo de seleção para fazer parte do programa de Iniciação Científica Júnior (IC Júnior), que concede ao aluno uma bolsa de estudos. Ao ser aprovado, ele pode se vincular a um laboratório, fazer pesquisas, trabalhar em um projeto próprio e, no final do semestre (que terá início em agosto), apresentar os dados a uma banca.
A iniciativa existe desde 2011. Na época, era voltada unicamente para o curso de Biociências e atendia apenas seis alunos. Em 2016, passou a contar com a presença de 80 estudantes de diversos colégios de Porto Alegre, além de abranger a maior parte dos cursos de Graduação da Universidade.
O cronograma busca dar uma amostra de cada área aos estudantes. Entre as atividades planejadas, destacam-se oficinas no Centro de Atenção Psicossocial e na Biblioteca Central Irmão José Otão, aulas relacionadas a esporte e saúde na Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto, a criação de um spot de rádio na Faculdade de Comunicação Social, experimentos na Faculdade de Farmácia e atividades com o Escritório de Carreiras, com o objetivo de dar início ao planejamento de suas profissões.
A PUCRS participa até este sábado, dia 17 de junho, do World Congress on Brain, Behavior and Emotions 2017, na FIERGS. O congresso internacional, considerado um dos mais importantes eventos de neurociência do mundo, reúne mais de 130 renomados palestrantes e especialistas de diversos países e mais de 5 mil participantes.
Na 17ª edição do evento, a Universidade possui ampla participação. Pesquisadores e estudantes são parte da programação que, neste ano, explora as mudanças de comportamento, emoção e percepção. É o caso dos pesquisadores Alexandre Rosa, Augusto Buchweitz e Nathalia Bianchini Esper, que ministraram o workshop sobre neuroimagem funcional e da professora Mirna Portuguez, que abordou o perfil clínico e neuropsicológico dos superidosos.
Dentre os estudantes que participaram da exposição de pôsteres e trabalhos científicos, destacou-se Ricardo Trentin, selecionado entre os melhores trabalhos científicos desta edição do congresso. Ele foi agraciado com o Prêmio Lundbeck de incentivo à pesquisa com o título Functional Connectivity of the Hippocampus and Maintenance of Memory in Superagers: preliminary Results.
Rachel Molina, de 28 anos, aproveitou pausas entre apresentações de trabalhos no Congresso para prestigiar a exposição da Instituição, onde é doutoranda em Medicina e Ciências da Saúde. Ela ressalta a importância da participação da PUCRS no evento. “É um congresso internacional, que reúne grandes nomes da pesquisa e estimula os alunos a buscarem mais conhecimento”, afirma.
O Vice-Reitor e diretor do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Jaderson Costa da Costa, é também co-presidente do Congresso. Ele teve a missão de apresentar um dos mais aguardados convidados desta edição, o escritor moçambicano Mia Couto. Além disso, apresentou uma pesquisa que pretende provar se o cérebro se autorregenera a partir de um diálogo com o sistema periférico.
Com duração de mais de uma década, os estudos passam agora por uma segunda fase, desenvolvida pela PUCRS em parceria com a Unicamp e com a Universidade Federal do Paraná. Para o Vice-Reitor, a importância da participação da Universidade em um evento deste porte está, justamente, no caráter internacional e multidisciplinar de ambos. “Todas as áreas do saber estão envolvidas, as humanas, as ciências aplicadas e biológicas. Isto dá uma dimensão a todas elas. O Congresso busca criar um ambiente interativo para ensinar, surpreender e emocionar”, explica.
Integração entre ensino, pesquisa e assistência
A área da saúde da Universidade, reconhecida pela excelência no ensino, pesquisa e assistência, está representada no evento por meio de um estande institucional, que congrega os cursos de graduação da Escola de Medicina, Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, o Instituto do Cérebro e o Hospital São Lucas.
No espaço, os visitantes podem experimentar uma visita virtual aos espaços do InsCer, do HSL e do Centro de Reabilitação da PUCRS, por meio de óculos de realidade virtual. Pesquisadores, estudantes e profissionais circularam pelo estande institucional, entre eles Karl Friston, um dos mais renomados neurocientistas da atualidade.
O pesquisador Vitor Haase também esteve presente no espaço. Ele participa do Congresso falando, entre outros assuntos, sobre o tema O que seu cérebro tem a ver com suas inclinações políticas: as bases neurorevolucionárias, morais e psicológicas da preferência partidária.