Mutirão da Destruição, Receita Federal

Tendas foram montadas na Rua da Cultura / Foto: Bruno Todeschini

A PUCRS foi palco do 22º Mutirão Nacional de Destruição de Mercadorias Apreendidas, nesta quarta-feira, 5 de dezembro. Uma feira na Rua da Cultura mostrou a destinação de materiais apreendidos pela Receita Federal. Entidades sem fins lucrativos descaracterizam os produtos, retirando, por exemplo, etiquetas e estampas, e criam novas roupas ou as transformam em bolsas, bonecas e pesos de porta. CDs viram guirlandas. Retalhos de jeans revestem pufes. No caso da Associação do Voluntariado e Solidariedade (Avesol), 2 mil pessoas são beneficiadas no Estado, especialmente na Região Metropolitana.

Mutirão da Destruição, Receita Federal

Economia solidária é beneficiada com ação da Receita Federal / Foto: Bruno Todeschini

“Essa ação é importante para o meio ambiente, pois o que seria somente destruído, resultando em resíduos, hoje gera renda e trabalho para diversos empreendimentos e suas famílias”, destaca a psicóloga Daniela Pimentel, supervisora administrativa da Avesol. Ela conta que, desde 2011, a entidade aproxima 80 empreendimentos de artesanato/confecção da Receita Federal. Os grupos comercializam os itens nas Feiras da Cidadania, realizadas nos Colégios Maristas.

Presente ao evento, o subsecretário de Gestão Corporativa da Receita Federal, Marcelo de Melo Souza, diz que há quatro destinações às mercadorias apreendidas: incorporação aos órgãos públicos, destinação a entidades beneficentes, destruição (como no caso de cigarros) e leilões de mercadorias, em que parte dos recursos retorna à sociedade, na área de seguridade social. “Aqui tivemos um bom exemplo do que é feito dos produtos retirados de circulação, que são nocivos ao meio ambiente ou entraram irregularmente no País.”

Mutirão da Destruição, Receita Federal

Marcelo de Melo Souza, representante da Receita Federal / Foto: Bruno Todeschini

Além da Avesol, participaram da feira o Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (CPCA), a Aldeia da Fraternidade e o Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). No caso da Aldeia, os produtos são comercializados no bazar, que funciona de segunda a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados, das 9h30 às 13h, na Av. Wenceslau Escobar, 2683, no Bairro Tristeza. Além de roupas, há acessórios e calçados. Para apagar as marcas dos tênis, o grupo utiliza um soldador e queima os emblemas. As roupas infantis remodeladas são destinadas às crianças atendidas pela Aldeia.

O Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria expôs a minidestilaria que transforma as bebidas em álcool gel. Também foi demonstrada a destruição ecologicamente correta de cigarro.

Mutirão da Destruição, Receita Federal

Foto: Bruno Todeschini

A Receita Federal também levou para o evento o cão farejador de entorpecentes Akim. A condutora Márcia Danieli, analista tributário, diz que desde 2014 ele auxilia no trabalho dos funcionários no aeroporto, em estradas e no depósito de mercadorias. O odor da droga é associado com o seu brinquedo favorito, uma bola. Aos 7 anos, Akim vai se aposentar no ano que vem. Márcia tem a prioridade para ficar com ele.

O evento, dentro da Semana de Combate à Pirataria e à Biopirataria, ocorreu em 52 unidades para dar transparência e publicidade à destinação das mercadorias apreendidas. A Orquestra São Francisco e a Fábrica de Gaiteiros se apresentaram.

Números da Receita Federal

Em 2018, houve R$ 2,53 bilhões em mercadorias apreendidas. Os depósitos da Receita têm um estoque de R$ 3,70 bilhões. Até outubro, foram destinados R$ 2,1 bilhões para destruição ou reaproveitamento, totalizando 10 mil toneladas. Nesta semana, serão mais 3 mil toneladas, o equivalente a R$ 440 milhões em autuações fiscais. “Existem produtos que não foram aprovados pela Vigilância Sanitária, causam riscos à saúde e ao meio ambiente e não se consegue fazer o reaproveitamento”, adverte o subsecretário.

 

 

 

Mercadorias apreendidas

Foto: Fotos Públicas

A Alfândega de Porto Alegre realiza nesta quarta-feira (dia 5 de dezembro), na Rua da Cultura, o 22º Mutirão Nacional de Destruição de Mercadorias Apreendidas, das 9h às 14h. Haverá exposição de materiais apreendidos por entidades em fins lucrativos que fazem a reciclagem. Será demonstrado o processo desde a descaracterização dos itens até a transformação em produto final. Participam da mostra a Associação do Voluntariado e Solidariedade (Avesol), o Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (CPCA), a Aldeia da Fraternidade e o Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). O Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria vai expor a minidestilaria que transforma as bebidas em álcool gel. Também será demonstrada a destruição ecologicamente correta de cigarro.

O evento, dentro da Semana de Combate à Pirataria e à Biopirataria, ocorrerá em 52 unidades da Receita Federal para dar transparência e publicidade à destinação das mercadorias apreendidas.

Programação

Cão Receita Federal, Jorge Rachid

Secretário da Receita, Jorge Rachid, na demonstração do cão de faro/Foto: Fotos Públicas

Às 10h30, o subsecretário de Gestão Corporativa da Receita Federal, Marcelo de Melo Souza, acompanhado da coordenadora-geral substituta de Programação e Logística, Sara Pires Rio, e do chefe da Divisão de Mercadorias Apreendidas da Coordenação-Geral de Programação e Logística, Roberto Born, e do superintendente da Receita Federal na 10ª Região Fiscal (RS), Luiz Fernando Lorenzi, apresentarão números de apreensão, destruição e destinação de mercadorias, no foyer do Salão de Atos da PUCRS.

Às 11h, está prevista a demonstração de um cão de faro da Receita. Às 11h30, ocorrerá apresentação das Orquestras São Francisco e Fábrica de Gaiteiros.

Destruição de 3 mil toneladas

As 52 unidades da Receita Federal irão destruir, durante o Mutirão Nacional, até sexta-feira (dia 7 de dezembro), 3 mil toneladas de mercadorias, o equivalente a mais de R$ 440 milhões em autuações fiscais. Trata-se de produtos falsificados ou que não atendem às normas de vigilância sanitária e de defesa agropecuária. A maior parte dos resíduos serão reciclados. São CDs piratas, cigarros, bebidas, cosméticos, medicamentos e alimentos impróprios para consumo ou utilização, produtos falsificados (brinquedos, pilhas, isqueiros, relógios e agrotóxicos) e químicos, entre outros.

Bebidas alcoólicas são destinadas a universidades para utilização em pesquisas e transformação em álcool gel e combustível; isqueiros contrafeitos têm seus materiais – plástico e metal – separados para reaproveitamento; resíduos de cigarros são misturados a materiais compatíveis para servir como fonte de energia calorífica.

De janeiro a outubro deste ano, os valores de apreensão atingiram R$ 2,53 bilhões. A intensificação do combate ao contrabando e ao descaminho e o contínuo desenvolvimento do comércio exterior levaram a um incremento significativo das apreensões de mercadorias nos últimos anos, informa a Receita Federal.

 

 

 

 

 

Receita Federal, mercadorias apreendidas

Itens passam por transformação/Foto: Fotos Públicas

A Alfândega de Porto Alegre realiza, na Rua da Cultura, o 22º Mutirão Nacional de Destruição de Mercadorias Apreendidas, dia 5 de dezembro, das 9h às 15h. O evento, dentro da Semana de Combate à Pirataria e à Biopirataria, ocorrerá em 52 unidades da Receita Federal para dar transparência e publicidade à destinação das mercadorias apreendidas. Em Porto Alegre, contará com a participação do secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid.
Na Rua da Cultura, haverá exposição de materiais apreendidos por entidades em fins lucrativos que fazem a reciclagem. Será demonstrado o processo desde a descaracterização dos itens até a transformação em produto final. Participam da mostra a Associação do Voluntariado e Solidariedade (Avesol), o Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (CPCA), a Aldeia da Fraternidade e o Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). O Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria vai expor o projeto de destruição de bebidas apreendidas, através da minidestilaria que transforma as bebidas em álcool gel. Também será demonstrada a destruição ecologicamente correta de cigarro.

Cão Receita Federal, Jorge Rachid

Secretário da Receita Federal com cão farejador/Foto: Fotos Públicas

Às 10h30, está prevista a demonstração de um cão de faro da Receita. Ao longo do dia, ocorrerá ainda apresentação das Orquestras São Francisco e Fábrica de Gaiteiros.

As 52 unidades da Receita Federal irão destruir, no dia 5, 3 mil toneladas de mercadorias, o equivalente a mais de R$ 440 milhões em autuações fiscais.

campanha refugiados,rede marista,venezuelanos,venezuelaO Brasil tem sido o destino de milhares de pessoas que saem da Venezuela em busca de melhores condições de vida em razão da crise política e econômica pela qual passa o país. Com o objetivo de auxiliar as famílias e amenizar as consequências dessa crise humanitária, a Rede Marista, da qual a PUCRS, o Hospital São Lucas (HSL) e Instituto do Cérebro do RS (Inscer) fazem parte, promove duas iniciativas. Na primeira, irmãos maristas, leigos e leigas, estudantes e funcionários são convidados a doar alimentos, materiais de higiene pessoal e roupas. Paralelamente, a Instituição auxilia e incentiva o envio de voluntários para atuarem em Roraima, porta de entrada dos venezuelanos, e na Região Metropolitana de Porto Alegre. Na Universidade, as doações podem ser entregues no Centro de Pastoral e Solidariedade, sala 109 – andar térreo do prédio 1 do Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre), de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. No HSL, as coletas ocorrem na recepção do 2º andar (Av. Ipiranga, 6690).

Mobilização em conjunto

Além de ampliar o alcance da campanha Solidariedade Sem Fronteiras, realizada pelo Colégio Marista Rosário e pelo Serviço de Assessoria em Direitos Humanos para Imigrantes e Refugiados (Sadhir), da PUCRS, as ações fazem parte de uma mobilização que envolve múltiplas entidades. A Rede Marista se une à atuação da Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol), Cruz Vermelha, Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), e diversas prefeituras, paróquias, coletivos e órgãos públicos do Rio Grande do Sul e de Roraima.

COMO PARTICIPAR

Arrecadação de doações

É dada prioridade para os seguintes itens:

O recolhimento também está sendo realizado na Sede Administrativa da Rede Marista (Rua Irmão José Otão, nº 11, Bairro Bom Fim, Porto Alegre) e nos demais empreendimentos da instituição (colégios, unidades sociais, HSL e Inscer). Os materiais são encaminhados à Avesol, que organizará o envio aos refugiados. Para mais informações, é possível fazer contato pelo e-mail [email protected] ou telefones (51) 3221-2318 e (51) 99990-2818.

Voluntariado

Em Roraima, os voluntários permanecerão pelo período mínimo de um mês, auxiliando as entidades locais com atendimento assistencial emergente. Além dessa disponibilidade de tempo, a pessoa precisa ser dinâmica, saber trabalhar em equipe, ter boa comunicação e, preferencialmente, compreensão da língua espanhola. É necessário ser maior de 18 anos.
Nas Região Metropolitana de Porto Alegre, alguns refugiados precisam de ajuda nas seguintes questões: aulas de português; apoio jurídico; apoio psicológico; auxílio na organização, separação e entrega de doações; auxílio em mobilidade urbana para necessidades diversas. Além da Capital, a atuação ocorrerá prioritariamente nas cidades de Canoas e Esteio, a partir das necessidades dos refugiados e disponibilidade dos voluntários.

Inscrição

Para as duas modalidades de voluntariado, os interessados devem manifestar interesse pelo e-mail [email protected] ou contatar a entidade pelos telefones (51) 3221-2318 ou (51) 99990-2818.

 

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Foto: Maria Eduarda Petek

Alunos do segundo semestre do curso de Design apresentaram, neste mês de dezembro, os produtos desenvolvidos a partir de materiais recicláveis em parceria com a Associação de Voluntariado e da Solidariedade (Avesol). O trabalho consistia em projetar e prototipar uma linha de três objetos que pudessem ser fabricados por três núcleos de complementação de renda atendidos pela Avesol. Utilizando apenas itens doados à ONG para reutilização, como tecidos, lona, madeira e papel, os estudantes conseguiram produzir mochilas, estojos, luminárias, identificadores de bagagem e até um mini kit com projetor de cinema para crianças, entre outros.

 

Inovação e meio ambiente

Henrique Nunes Lopes e Julia Canton Foto: Maria Eduarda Petek

Henrique Nunes Lopes e Julia Canton Foto: Maria Eduarda Petek

Um dos projetos apresentados foi o Aflor, dos alunos Henrique Nunes Lopes, 19, e Julia Canton, 18, que elaboraram seus produtos feitos de lona com o conceito de transformação da natureza, tendo como referência a flor de lótus e as borboletas. Além da satisfação de estarem ajudando os integrantes do núcleo de costura Arte Vida, atendido pela Avesol, a complementarem sua renda, Henrique e Julia destacaram a importância de utilizarem materiais reaproveitados e produzirem menos descartes, explorando o caráter inovador do Design.

 

Felipe Gama e Guilherme Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Felipe Gama e Guilherme Carvalho Foto: Maria Eduarda Petek

Trabalhando também com costura, Felipe Gama e Guilherme Campos desenvolveram um estojo modular, feito com retalhos de jeans e lona, que pode incluir novos compartimentos com encaixes de botões de pressão.  Os alunos contaram que focaram bastante na viabilidade dos artigos, para que fossem compatíveis com as condições de produção, e por isso a visita ao Arte Vida no início do semestre foi bem importante. Eles explicaram que a limitação na escolha dos materiais foi um desafio, e que muitas ideias anteriores ao estojo não se mostraram viáveis devido à falta de matéria prima e a complexidade de trabalhar certas peças.

 

Estabelecendo conexões

Durante a exposição, ocorrida no dia 5 de dezembro, também estava presente o educador popular Francisco Dorneles, 35, em nome da Avesol. Ele explicou que os professores tinham a ideia de transforar a disciplina em uma ação social e prática. Por isso, a Associação foi procurada pelo Centro de Pastoral, que fez a ponte entre os professores e a instituição, para participar do projeto. Coube à Avesol pensar uma maneira de envolver o Curso de Design na geração de renda de grupos informais atendidos pela ONG que trabalham na perspectiva da economia solidária. O resultado dos trabalhos foi aprovado, e, de acordo com Dorneles, as ideias são práticas e podem facilmente ser incluídas na produção dos núcleos. “Poderíamos ter uma produção em série desses produtos em menos de um mês”, afirma.

 

Lidando com a realidade

Foto: Maria Eduarda Petek

Foto: Maria Eduarda Petek

A cada semestre o curso traz um tema ser trabalhado em um projeto principal, que é também abordado e desenvolvido em conjunto com outras cadeiras. O projeto apresentado pelos alunos faz parte da disciplina de segundo semestre Laboratório Interdisciplinar 2, e contou também com a participação das disciplinas de Marketing, para o trabalho da marca, e Representação e Expressão 2, que trabalha as noções de tridimensionalidade e técnicas de desenho. O professor Alexandre de Barros afirmou que “a integração entre as disciplinas, principalmente no desenvolvimento do produto e da marca de maneira diretamente relacionada, é um diferencial da Universidade”. Além disso, ele destacou o contato com clientes e demandas reais, que desafiam o aluno a trabalhar com limitações de materiais, conceitos e públicos, e criar um produto que seja compatível a todos esses itens.

Para promover um melhor preparo dos jovens para o mercado de trabalho, os professores priorizaram também a atuação em duplas. De Barros explicou que dessa forma buscam desde o início promover interação, para que os estudantes saibam discutir, defender suas ideias e até abrir mão de algumas, assim como saber dividir tarefas, para gerenciar o tempo. “Com certeza eles terão que trabalhar com chefes, colegas e estagiários, e assim devem saber responder e defender suas ideias para mais pessoas”, aconselha o professor.

Dia Nacional do VoluntariadoPara celebrar o Dia Nacional do Voluntariado nesta quinta-feira, dia 25 de agosto, o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS (CPS) e o Centro de Referência em Direitos Humanos da Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) promovem uma programação especial. O dia terá momentos para reflexão e diálogo sobre a responsabilidade dos indivíduos com o bem-comum. Entre as atividades estão uma palestra e duas oficinas. A palestra será às 17h45min e terá como tema Voluntariado, Nossa Responsabilidade com o Bem Comum. Os ministrantes serão o professor Denis Marcelo Carvalho Dockhorn, da Faculdade de Odontologia da PUCRS, e Ernesto Ferreira, fundador da ONG Lusco-Fusco e da Escola de Empreendedorismo 11. As oficinas serão sobre Direitos Humanos nas Atividades Voluntárias e Voluntariado, Sustentabilidade e Meio Ambiente. As duas ocorrem das 18h30min às 19h30min.

O participante deverá informar no momento da inscrição on-line qual das oficinas deseja realizar. O evento é aberto ao público e tem entrada franca. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site www.pucrs.br/pastoral. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3576.