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Foto: Divulgação ARI

O projeto Seja a Mudança, desenvolvido por estudantes de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, foi o vencedor na categoria universitária do sexto Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental. O reconhecimento, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, seção Rio Grande do Sul (Abes), tem parceria com a empresa Braskem, que dá nome ao prêmio no segmento acadêmico. O evento aconteceu na terça-feira, 22 de outubro.

O trabalho foi construído pelos estudantes no Editorial J, Laboratório de Jornalismo Convergente do Curso de Jornalismo da Famecos. “O projeto surgiu da ideia de mostrarmos iniciativas que trabalham com o meio ambiente para mudar a vida das pessoas. Então, fizemos quatro reportagens e cada uma abordou uma iniciativa diferente. O maior aprendizado nessa construção foi a esperança de ver que há pessoas ensinando a preservação ambiental”, conta Luana Martins, 32 anos, estudante do 5º semestre de Jornalismo.

A estudante Camila Pires, 20 anos, graduanda do 6º semestre de Jornalismo, ressalta que o projeto Seja a Mudança possui um viés inovador ao pensar a produção das reportagens diretamente para o Instagram. “A plataforma é muito utilizada pelo público do Editorial J, mas o conteúdo jornalístico não é tão abrangente dentro dela. Utilizamos a linguagem da rede social a nosso favor para mostrar os projetos sociais, e isso foi um diferencial”.

Para o professor Fábio Canatta, coordenador do Editorial J, a conquista é um importante passo na trajetória dos estudantes, que constroem um portfólio de qualidade. O docente ainda destaca que as produções voltadas para o meio ambiente auxiliam na formação cidadã. “O Prêmio Lutzenberger tem uma importância ainda mais especial neste momento no qual a pauta ambiental é tão central no debate político. Envolver os alunos em reportagens voltadas para esse tema é uma questão também de cidadania”, afirma.

Com esse reconhecimento, o Editorial J soma 21 prêmios em 8 anos de história. Participaram, também, da iniciativa Seja a Mudança os alunos Hebert Kiniphoff Garcia, Lucas Picarelli Canever, Lourenço Moreira Marchezan, Maria Eduarda Nascimento da Rocha e Manuela Neves Ribeiro.

Mariana Fontoura/Divulgação

Foto: Mariana Fontoura/Divulgação

No dia 10 de abril, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) promove o painel #Deixaelatrabalhar. Usando como inspiração a campanha de mesmo nome, o evento vai debater casos recentes de assédio e desrespeito sofridos por jornalistas da área esportiva dentro dos estádios de futebol. O debate será mediado pela professora da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e vice-presidente da ARI, Cristiane Finger, e contará com a presença de Alice Bastos Neves (RBS TV), Ana Carolina Aguiar (Rádio Grenal), Kelly Costa (RBS TV), Laura Gross (Rádio Guaíba), Renata de Medeiros (Rádio Gaúcha), Carlos Correa (Correio do Povo),  Gabriel Cardoso (Assessor de Imprensa do Internacional), João Paulo Fontoura (Assessor de Imprensa do Grêmio) e Nando Gross (Rádio Guaíba).

A atividade ocorre às 18h, no Salão Nobre da ARI (Av. Borges de Medeiros, 915 – 8º Andar). A entrada é fraca. Reservas devem ser feitas pelo telefone (51) 3211.1555. Será fornecido certificado para acadêmicos.

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Eduardo Pinzon, ao centro, Grande Prêmio Acadêmico
Foto: Luiz Ávila

A produção jornalística para veículos de comunicação nas esferas profissional e acadêmica teve seu mais destacado reconhecimento no Rio Grande do Sul entregue nesta terça-feira, 19 de dezembro. O Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa, contemplou trabalhos veiculados ao longo de 2017 em 13 categorias. Pela PUCRS, foram agraciados estudantes e profissionais da Graduação e da Pós-Graduação da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, que se destacaram entre os mais de 400 trabalhos inscritos na 59ª edição do Prêmio. O evento de entrega de troféus e diplomas ocorreu no auditório do Ministério Público Estadual.

UNIVERSITÁRIOS EM DESTAQUE

Estudantes de Curso de Jornalismo conquistaram resultados importantes nas categorias Grande Prêmio Acadêmico e Radiojornalismo Universitário. O aluno Eduardo Pinzon, do 6º semestre, foi ganhador do Grande Prêmio Acadêmico devido ao trabalho Marcadas pela dor: relatos sobre violência obstétrica. Ele destaca que “a parceria dos colegas Juliano Castello e Paula Schmitt, além das orientações dos professores Filipe Gamba e Tércio Saccol, foram fundamentais para o resultado”. De acordo com Pinzon, que concorreu pela primeira vez ao Prêmio ARI/Banrisul, é motivo de satisfação obter “o prêmio máximo da imprensa gaúcha, que é muito criterioso e rigoroso, pois é avaliado por jornalistas”, comemora.

Documentário Marcadas pela dor

 Retratar o sofrimento de mulheres brasileiras no momento do parto foi o tema que rendeu o principal prêmio a Eduardo Pinzon e seus colegas entre os universitários. O documentário, produzido para a disciplina de Radiojornalismo Informativo, durante o primeiro semestre de 2017, apresenta entrevistas sobre a violência física e psicológica à qual 25% das mães estão expostas no País, de acordo com a Fundação Perseu Abramo. “Este foi um trabalho delicado, pois tratamos com mulheres fragilizadas, vítimas de violência em salas de parto. Tivemos de trabalhar bem a questão sobre como abordá-las. É uma descoberta que fazemos desde o início do curso: o exercício de nos colocarmos no lugar do outro para encontrar a melhor maneira de fazer a entrevista”, explica Pinzon. O trabalho completo pode ser ouvido neste link.

PROFISSIONAIS FATURAM CHARGE E REPORTAGEM ECONÔMICA

O professor Celso Schröder conquistou o 2º lugar na categoria Charge com o trabalho Ministérios, publicado no jornal Correio do Povo. A estudante do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Mauren Xavier recebeu Menção Honrosa na categoria Reportagem Econômica, publicada também no Correio do Povo, com o título Refugiados: adiado o sonho brasileiro.

CONFIRA OS VENCEDORES E OS TÍTULOS DOS TRABALHOS:

Grande Prêmio Acadêmico
Eduardo Augusto Loro Pinzon – Marcadas pela dor: relatos sobre violência obstétrica

Categoria Radiojornalismo Universitário
1º lugar – Eduardo Augusto Loro Pinzon – Marcadas pela dor: relatos sobre violência obstétrica
Menção Honrosa – Eduardo Augusto Loro Pinzon – Ilha da Pintada: onde nem tudo é básico
5ª Finalista – Brenda Rodrigues Fernández – A diversificação da produção de fumo em Santa Cruz do Sul.

Categoria Charge
2º Lugar – Celso Schröder – Ministérios

Categoria Reportagem Econômica
Menção Honrosa – Mauren Xavier – Refugiados: adiado o sonho brasileiro

Mariana Fontoura/Divulgação

Mariana Fontoura/Divulgação

A professora Cristiane Finger, da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), é a primeira mulher a assumir um cargo de gestão na Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Jornalista, mestre e doutora pela PUCRS, tomou posse no dia 10 de junho como segunda vice-presidente da Diretoria Executiva da entidade, fundada no ano de 1935. O novo presidente do órgão representativo da imprensa gaúcha é o também professor da Famecos, Luiz Adolfo Lino de Souza. Em entrevista, Cristiane, membro da coordenação do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCom), fala sobre o novo desafio e a importância da representatividade acadêmica e feminina em órgãos tradicionais.

Qual a sua relação com a Associação Riograndense de Imprensa e como surgiu a oportunidade de ingressar na gestão da entidade?

Sou associada desde a minha formatura, em 1985. Mas a primeira vez que estive na sede da ARI foi com o professor Antoninho Gonzales, então diretor da Famecos, quando eu ainda era aluna. Fiquei encantada! O ambiente remetia a tradição, e os jornalistas que estavam lá eram todos importantes, conhecidos, referência no jornalismo gaúcho. Depois, participei de inúmeros eventos promovidos pela Associação quando era editora regional de Jornalismo do SBT, Canal 5 de Porto Alegre. Também tive a honra de ser agraciada em alguns dos prêmios anuais de jornalismo. O prêmio ARI é o mais importante do Estado para a nossa categoria. Nos últimos tempos, já como professora, tenho sido integrante do júri deste mesmo prêmio na área do telejornalismo, valorizando os novos talentos. Agora, o convite para este desafio foi feito pelo presidente Luiz Adolfo, meu colega na Famecos, com a concordância dos membros do Conselho Deliberativo. Estes profissionais que sempre admirei acharam por bem que eu poderia ajudar. Depois de passado o susto, fiquei emocionada e muito honrada.

As lideranças femininas têm conquistado novas posições a cada dia. Estamos próximos de um equilíbrio de gêneros em funções administrativas?

Prefiro falar sobre o meu campo, o jornalismo. Já há algum tempo o número de jornalistas mulheres ultrapassou o número de homens nas redações. Também nos cursos de Jornalismo as mulheres são maioria. Mas não faz muito que as mulheres começaram a ocupar cargos de chefia nas redações. Agora, as mulheres não apenas ocupam as mais variadas funções em todas as editorias (esporte, policia, economia, política…) como também são empreendedoras em assessorias de imprensa, em empresas de novas tecnologias e assim por diante. Então, não é de se espantar que as mulheres passem também a liderar as entidades como ARI, que só existe há 82 anos porque soube se renovar.  De qualquer forma, é preciso salientar que a conquista não é só minha, mas de todas nós. Na chapa vencedora, dez outras mulheres foram eleitas para os mais diversos cargos, em outras diretorias não menos importantes. Mas penso que não devemos ocupar qualquer espaço apenas por uma questão de gênero. Por outro lado, a questão de gênero não pode impedir ninguém de ocupar qualquer espaço.

Joana Berwanger/Famecos

Joana Berwanger/Famecos

A nova gestão da ARI tem dois professores da Famecos à frente, o que indica uma aproximação da Associação e o meio acadêmico. Quais são os planos?

Sem dúvida, academia e mercado precisam trabalhar em sintonia. O jornalismo fica melhor com a reflexão da universidade. E os cursos de jornalismo também ficam mais qualificados com a experiência, principalmente do seu corpo docente, no fazer cotidiano do jornalismo.  Não é possível esperar o aluno se formar para que ele participe de uma entidade como a ARI.  É na convivência com os profissionais experientes que agregamos mais conhecimento, e é na convivência com os futuros jornalistas que encontramos as melhores práticas para vencer o desafio desta sociedade da hiperinformação, das redes sociais e da cultura da convergência. Vamos fazer uma parceria mais estreita com os jovens.

Você é Almuni PUCRS por quatro vezes. Como isso impactou em sua carreira profissional?

A PUCRS é minha casa, cheguei aqui com 17 anos, para a Graduação. Depois de formada, retornei para um curso de especialização em Estilos Jornalísticos. Logo após, para o Mestrado em Comunicação e, por fim, para o Doutorado. Neste meio tempo, recebi o convite para fazer parte do corpo docente da Famecos, e fui coordenadora do Curso de Jornalismo por seis anos.  Agora estou no PPGCOM, como professora e também como integrante da Comissão Coordenadora do Programa. Muitas vezes, quando chego neste Campus, lembro da menina assustada que há 36 anos veio de Caxias do Sul para realizar o sonho de ser jornalista. Pois bem, aqui na PUCRS eu realizei este e muitos outros sonhos. O segredo é não parar de sonhar!