Massa, alimento, comida: verde, vermelha, amarela

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A adição de conservantes nos alimentos será tema de palestra gratuita na próxima segunda-feira, 19 de junho. Em pauta estará a sua influência dos conservantes nas características sensoriais e na qualidade microbiológica, além da formação de compostos cancerígenos nos alimentos. A palestrante será a doutora em Ciência e Tecnologia dos Alimentos Marina Bergoli Scheeren .

A atividade ocorre das 18h às 19h na sala 103, bloco C, no prédio 12 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Não é necessário fazer inscrição. A promoção é da Faculdade de Química. Informações pelo telefone (51) 3320-3549.

alimentos, bebidas

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Como pensam e agem os consumidores, com tantos produtos à disposição? Alunos dos cursos de Nutrição, Gastronomia e Ciência e Inovação em Alimentos e outros interessados podem participar, no dia 22 de maio, das 14h às 17h, de uma palestra sobre Consumer Science – As relações e tendências dos consumidores no mercado de alimentos e bebidas. O evento é uma parceria desses cursos e da Agência de Gestão Tecnológica da PUCRS com o Centro Italiano de Análise Sensorial. Aberto ao público, o evento ocorre no auditório do prédio 9.

A palestrante será a professora Lucia Bailetti, diretora do centro italiano, que falará sobre os estudos na área e os cases mais modernos utilizados na Europa. A consumer science e o neuromarketing buscam fornecer alternativas para comunicar melhor os produtos para diferentes mercados e encontrar soluções visando identificar as emoções e as expectativas dos diferentes consumidores. A palestra será em espanhol.

A apresentação da palestra será feita pelo sensory manager do Centro Italiano de Análise Sensorial, Marcelo Vargas, também diretor da Associação Brasileira de Sommeliers/Rio Grande do Sul e consultor no mercado de alimentos e bebidas.

 

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Lucia Bailetti também é professora das Universidades de Verona, San Raffaele (Roma) e Macerata e tem experiência de 20 anos com estudos nas áreas de análise sensorial e ciência do consumo, além de atuação em multinacionais nas áreas de alimentos e bebidas.

 

Desde 2009, o Brasil é o campeão mundial no consumo de agrotóxicos. Esse dado é de um relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) no ano de 2015. No último Guia Alimentar para a população brasileira, o Ministério da Saúde sugeriu que as pessoas comprassem alimentos orgânicos diretamente dos produtores. Uma das opções para essa mudança de hábito é a Feira Agroecológica da PUCRS, que ocorre todas as terças-feiras no Campus, ao lado da Biblioteca Central. Para a professora do curso de Nutrição da PUCRS Maria Rita Macedo Cuervo, comprar direto de quem produz é uma forma de ter a melhor certificação. “O próprio grupo de agricultores faz o controle, e esta é a melhor garantia, pois ela é legítima”, afirma.

A professora esclarece que a alimentação orgânica favorece questões sociais, ambientais e de saúde. O fortalecimento da agricultura familiar ajuda também no desenvolvimento social e enriquece a cultura de alimentos orgânicos. Ainda, a valorização desse trabalho faz com que os filhos dos agricultores vislumbrem um futuro na terra. “Quanto mais consumirmos, mais teremos produtores seguindo o caminho da agroecologia”, explica.

Feira Agroecológica Foto: Bruno Todeschini - Ascom/PUCRS

Feira Agroecológica
Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

O meio ambiente também é beneficiado. Segundo Maria Rita, todo o agrotóxico utilizado no alimento não fica somente na planta, mas também contamina o solo e a água, e a população acaba ingerindo veneno novamente, afetando ainda mais a saúde. Portanto, inserir alimentos orgânicos na rotina é uma maneira de preservar o meio ambiente e cuidar da saúde. “Temos o hábito de não planejar a alimentação, mas devemos nos perguntar: será que a nossa saúde e o meio ambiente não merecem esse cuidado?”

O agricultor Volmir Forlin, da banca Orgânicos Pérola da Terra, conta que, além de levar um produto extremamente saudável, o consumidor colabora diretamente com a família de quem produz. “É o campo e a cidade juntos”, afirma, sorrindo. Para a professora, a relação entre produtor e consumidor é o diferencial das Feiras Agroecológicas. Ela acredita que o supermercado pode ser um lugar muito solitário. Na Feira, são criados vínculos de confiança. “O que é muito importante nos dias de hoje, pois desconfiamos de tudo o tempo todo”, completa.

Luis Ernesto Dable, que possui uma banca de ovos, explica que os produtos têm cuidados especiais e respeitam a natureza, por isso não podem ser comparados a alimentos não orgânicos. Quanto ao preço, brinca: “No final, o que vai custar caro é o remédio”.