Dono de uma canhota invejável e considerado um dos grandes camisas dez do futebol brasileiro, o ex-meia da Seleção Brasileira Alex visitou a estrutura da Orlando City Soccer School (OCSS) no Parque Esportivo da PUCRS nos dias 14 e 15 de junho. Na oportunidade realizou o bate-papo Alex 10 de Pai para Pais. Atualmente, o ex-jogador trabalha como comentarista de futebol no canal ESPN Brasil.
“Adorei, sinceramente gostei muito”. Essa foi a impressão que Alex ficou do Parque Esportivo, onde pôde conhecer o Estádio Universitário e toda a estrutura usufruída pelos alunos e professores da OCSS, como: campos de grama sintética, vestiários, área de treinamento e de reuniões. “Esse ambiente atende às necessidades que a Orlando City tem como base a oferecer para os meninos e as meninas. Por exemplo, em momentos de chuva mais forte, se perdem dias de treino e, a estrutura da PUCRS, pode ser usada a qualquer momento. Isso facilita muito a vida dos alunos”, frisa.
Ainda, segundo Alex, a forma educacional implementada na escola de futebol é fundamental, pois divide os alunos por idades. “Os níveis de disputa precisam ser diferentes de uma criança para um adolescente ou um jovem”, destaca.
Conforme o próprio o ex-meia definiu: “foi um bate-papo para tirar dúvidas do dia a dia dos pais dos alunos, como também para passar as minhas experiências, tanto como jogador como pai”. O encontro ocorreu no auditório do Parque Esportivo, contando também com as participações de professores da Orlando City Soccer School. O ingresso foi 1kg de alimento não perecível, com o apoio do Centro de Pastoral e Solidariedade.
Pai do Felipe, 8 anos, que joga futsal em Curitiba, Alex transmitiu como principal dica entender que existem fases da vida dos filhos. “Dos cinco aos 12 anos, eu chamo de fase da ludicidade, na qual tem que brincar, e o poder de disputa precisa ser o mínimo possível. Já de 13 a 16 anos é a lapidação, quando entram os gestos mais finos e iniciam as competições e a pressão aumenta. A partir dos 16 anos é a lapidação final e, em alguns casos, já têm jovens que possuem contratos com os clubes, e o nível de exigência é bem maior”, explica.
Segundo Alex, o craque do condomínio não vai ser necessariamente destaque dentro de um clube. “O nível de qualidade é maior, é uma espécie de funil, onde estão os melhores. Tanto os pais como os filhos precisam lidar com as frustrações do cotidiano”, complementa.
Aluno da categoria Goleiro no OCSS, Vinícius Canali dos Santos, 16 anos, que já atuou nas categorias de base do Grêmio, achou bastante reflexivo o encontro. “Foi uma troca de ideias com um profissional de um nível elevado, foi uma baita experiência”, elogia. Já para Valdir, pai do atleta, a conversa alertou como é importante não pressionar os jovens no esporte. “Quem tem de orientá-los são os treinadores, que possuem as suas bagagens técnicas. Temos que incentivá-los e deixá-los livres para jogar até quando acharem melhor”, comenta.
Para um dos professores do OCSS, Pablo Sant’Ana a conversa foi ideal, pois demonstra o que acontece no futebol atualmente. “É preciso que os jovens possam se divertir até uns 11 anos de idade, claro. Precisamos ensiná-los os fundamentos, aproveitar a cada momento. O interessante é que o Alex também passou a figura dele como pai e as ideias nas quais ele acredita são as mesmas que pensamos aqui na escola de futebol”, salienta.
Ao todo foram 51 jogos pela Seleção Brasileira, sendo bicampeão da Copa América nos anos de 1999 e 2004. Em clubes, jogou no Coritiba, Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Parma (Itália) e Fenerbahçe (Turquia).
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