Celeiro já conta com mais de 40 startups / Foto: Bruno Todeschini

Com o propósito de impulsionar a inovação no agronegócio, no dia 31 de maio foi lançado o Celeiro Agro Hub, liderado pelo Parque Científico e Tecncológico da PUCRS (Tecnopuc) e pela Anlab. A iniciativa, que conta com parceiros como DB ServerWisidea Ventures, GF Design de Conexões e Marcha, tem o objetivo de conectar produtores, fornecedores, cooperativas, startups, pesquisadores e investidores no setor do agronegócio, gerando oportunidades e conexões para diferentes atores da área e apoiando o crescimento do agronegócio no Brasil. 

Mais de 40 startups já fazem parte do Celeiro e integram duas modalidades: Connected (com interesse em conectar suas soluções às oportunidades do setor para se desenvolverem e crescerem) e Accelerated (startups que já estão com maturidade para participar de um processo de aceleração de seu negócio, também conectadas ao hub). 

O coordenador do Hub, professor Luis Humberto Villwockexplica que o Celeiro não nasce em um andar dentro do Tecnopuc, mas sim globalmente:  

“Queremos ter empresas globais, não só do Brasil. E certamente vamos ver isso. Estamos perfeitamente conectados com o que há de mais moderno em inovação. Trabalhamos com a ligação entre academia, negócio e governo, mas agregamos a esse processo a sociedade e o meio ambiente. Portanto, nasce no DNA do Celeiro a quíntupla hélice de inovação, com grandes parceiros e talentos”.

Região Sul é a segunda em startups no setor do agronegócio no Brasil 

Segundo o Radar Agtech Brasil 2020/2021Porto Alegre é a sexta cidade brasileira com mais agtechs (startups no setor do agronegócio) e o Rio Grande do Sul está entre os cinco estados do Brasil com os maiores números na área. E o investimento na área também tem crescido: o AgFunder AgriFoodTech Investment Report mostra que, em 2020, o valor investido em agtechs e e foodtechs aumentou 15,5% em relação à 2019, chegando a 143,8 bilhões em todo o mundo. 

Para Bruno Dornelles, Sócio Diretor da AnLab, o Hub é uma aposta benéfica para o setor do agronegócio e ao ecossistema de inovação ligado à área. “As expectativas são as maiores possíveis para o início das operações. Esperamos ter diversos mantenedores nesse projeto. Para o futuro, queremos estar presentes em vários locais, em pontos no interior do Estado e também fora”, comenta. 

Planejamento que começa a dar resultado 

Para Guilherme Kudiess, diretor de Operações da VENTIUR Aceleradora, o evento de abertura marca o início de um planejamento que já vem sendo feito desde 2020. “Existe uma expectativa bem grande de iniciar, efetivamente, esses movimentos de conexões e viabilizar para o produtor rural uma forma para que ele queira aderir às novas tecnologias no campo.”, conclui o diretor. 

A inauguração aconteceu em um evento online, transmitido pelo canal da PUCRS no YouTube, e contou com a presença do secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Luis Lamb, além da equipe que integra o Hub. Durante a transmissão, duas startups apresentaram seus negócios, a Ovinopro e a AcertoFácil.

Hub Agritech busca startups para aceleração e conexão

Foto: Pexels

Estão abertas as inscrições para o Hub Agritech, projeto que visa desenvolver e viabilizar negócios inovadores no setor do agronegócio. A iniciativa é liderada pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), junto com a VENTIUR Aceleradora e a Anlab, e conta com parceiros como DB Server, Wisidea Ventures, GF Design de Conexões e Marcha. Para participar, inscreva-se neste link e escolha entre as modalidades Connected e Accelerated:  

A conexão entre parceiros para a criação de um Hub no setor agro mostra a importância e o potencial do ecossistema de inovação. “Enquanto Tecnopuc, estamos muito orgulhosos dessa iniciativa, e temos certeza de que empreendedores e startups envolvidos no setor tem muito a contribuir e a crescer dentro do Hub Agritech”, destaca Flavia Fiorin, gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc. 

A alta no setor traz oportunidades de crescimento 

De acordo com uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2019, a soma de bens e serviços gerados no agronegócio alcançou R$ 1,55 trilhão, que representa 21,4% do PIB brasileiro. A maior parcela é do ramo agrícola, que corresponde a 68% desse valor (R$ 1,06 trilhão) e a pecuária a 32% (R$ 494,8 bilhões). 

Hub Agritech busca startups para aceleração e conexão

Foto: Pexels

Bruno Dornelles, sócio e diretor da AnLab, destaca que o setor agro ainda pode se destacar muito a nível global. “O segmento representa em torno de 20% do PIB nacional e historicamente é o carro chefe do Brasil. Por outro lado, é o mais atrasado quando se trata de transformação digital e inovação. O Hub Agritech tem um papel fundamental nesse segmento”. 

Percebendo este crescimento, parceiros uniram conhecimentos e esforços para conectar startups e agentes de inovação às oportunidades da cadeia de valor do setor, criando o Hub Agritech. Para acompanhar as novidades do projeto, acesse o site. 

Desenvolvendo a cadeia produtiva 

O principal objetivo do Hub é conectar agentes do agro – startups, entidades, produtores, cooperativas, pesquisadores e empresas do setor –, trazendo mais desenvolvimento dentro da cadeia de valor do setor. “As startups hoje estão inovando e trazendo tecnologia para o mercado, mas nem sempre isso chega na ponta. Iniciativas como esta criam as oportunidades para que conexões aconteçam”, explica Rafael Chanin, coordenador do Hub Agritech, professor da Escola Politécnica da PUCRS e integrante do Tecnopuc. 

Guilherme Kudiess, sócio e diretor de Operações da VENTIUR Aceleradora, afirma queo Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior diversidade de culturas agropecuárias, somado a grandes universidades que formam agrônomos e profissionais de tecnologia, empresas de referência nacional no cenário agrícola, grandes cooperativas, aceleradoras e grupos de investimentos em startups. Tudo isso coopera para a formação de um ambiente fértil de colaboração e experimentação. Isso fará o estado (que já é o 4º em densidade de AgriTechs) referência nacional em criação e desenvolvimento de tecnologias para o Agro. 

Colheita, Soja, Plantação, Colheitadeira, Agronegócio

Foto: charlesricardo / pixabay.com

O novo curso de especialização Agronegócios: Gestão, Inovação e Sustentabilidade, promovido pela Escola de Negócios e pelo Instituto do Meio Ambiente da PUCRS, foi criado para complementar a formação profissional no mercado do agronegócio. O objetivo é que o aluno conheça não só as partes técnicas e econômicas, mas compreenda os impactos da produção no meio ambiente e trabalhe para diminuir os efeitos negativos de modo eficiente e sustentável. As aulas são direcionadas a graduados que tenham interesse na área e queiram entender a relação do tema com a preservação da natureza. As inscrições podem ser realizadas até o dia 21 de abril no site educon.pucrs.br.

A coordenadora, Leticia Hoppe, explica que ele foi criado para suprir a demanda de profissionais que entendam a importância e a responsabilidade do Agronegócio como uma herança para as futuras gerações. “Este legado depende de inovação e de tecnologia, mas também de um cidadão que saiba que a maneira como ele produz, transporta, transforma, embala e descarta seus resíduos impactará no mundo em que vive”, observa. Segundo a professora, o custo da produção sem responsabilidade com o meio ambiente é muito alto para a sociedade, e o objetivo das aulas é conscientizar os profissionais e mostrar que, enquanto a população cresce mundialmente, os recursos estão cada vez mais escassos. “Precisamos estar prontos para enxergar tudo isso e com a mente aberta para tomar decisões conectadas com as necessidades do mundo”, alerta.

Letícia salienta que sustentabilidade é preservar para poder colher, e bons frutos nascem de um plantio responsável. “Todos os elos da cadeira podem e devem contribuir para a sustentabilidade: produtores, indústria e mercado consumidor”, esclarece. As aulas semipresenciais serão práticas e teóricas, e algumas disciplinas serão realizadas em espaços diferenciados de aprendizagem, com a aplicação da metodologia da Sala de Aula Invertida, estimulando o aluno a solucionar problemas de forma colaborativa e inovadora. Os encontros ocorrem quinzenalmente nas sextas-feiras, das 19h às 23h, e nos sábados, das 8h50min às 12h35min e das 13h30min às 17h30min.