A Academia Brasileira de Ciências (ABC) escolheu 46 novos membros titulares, correspondentes e afiliados, que tomarão posse em maio de 2019. A assembleia geral ocorreu no dia 5 de dezembro. Dos cinco afiliados da Região Sul, dois são ligados ao Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer): Bruno Hochhegger, responsável pelo Centro de Imagem e professor da Escola de Medicina, e Eduardo Zimmer, pesquisador associado da Instituição e professor da UFRGS. Permanecem por cinco anos na ABC.
Hochhegger considera “muito honrosa a indicação” e diz que vai trabalhar para a difusão maior dos conhecimentos médicos e do que se produz em ciências no Brasil.
Para Zimmer, será um grande prazer representar a pesquisa no Estado. “Pretendo popularizar o conhecimento sobre as doenças cerebrais no Brasil, uma vez que temos no Rio Grande do Sul um dos melhores centros de pesquisa do país, o Instituto do Cérebro”, destaca.
A PUCRS tem dois representantes como membros titulares da Academia, que são aqueles radicados no Brasil há mais de dez anos, com destacada atuação científica. O professor Ivan Izquierdo, referência mundial em estudos sobre memória, foi reconhecido ainda em 1977. Célia Carlini tomou posse em dezembro de 2008. Jociane Myskiw está na lista dos afiliados da Região Sul na área de Ciências Biológicas, no período 2016-2020. Os três são pesquisadores do InsCer. Izquierdo e Jociane lecionam na Escola de Medicina.
Mônica Vianna foi afiliada da Região Sul na área de Ciências Biomédicas entre 2012 e 2016, e Maria Martha Campos, de 2011 a 2015. Na área de Ciências Biológicas, representaram a PUCRS Eduardo Eizirik e Martin Cammarota, entre 2008 e 2012.
Os afiliados são jovens pesquisadores de excelência, com menos de 40 anos, que fazem parte dos quadros da ABC por um período de 5 anos, não renováveis. Os membros titulares elegem até cinco afiliados para cada uma das regionais da ABC.
A Academia Brasileira de Ciências, fundada em 1916, é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos, que atua como sociedade científica honorífica e contribui para o estudo de temas de primeira importância para a sociedade, visando dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas. Seu foco é o desenvolvimento científico do país, a interação entre os cientistas brasileiros e desses com pesquisadores de outras nações. Com um quadro atual de pouco mais de 700 membros no total, é uma das mais antigas associações de cientistas no País.
Antes do novo ingresso de membros, apenas 14,86% dos membros titulares eram mulheres e 25% de fora da região Sudeste. Neste ano, as pesquisadoras representaram 33,33% do grupo, e os cientistas de fora do Sudeste ocuparam 28% das vagas para a categoria.