Quando falamos sobre vestibular, uma das principais dúvidas entre os candidatos e candidatas é “como posso me preparar para o tema da prova de redação?”. O fator surpresa do tema desses exames até pode assustar, mas existe uma solução para esse problema: expandir o seu repertório e a sua bagagem cultural.
Antes de mais nada, é essencial entender qual o propósito dessa prova. Mais do que avaliar a capacidade de escrita e domínio da língua portuguesa, a redação permite que a banca avaliadora analise a capacidade de compreensão, coesão e coerência do/a estudante que está se candidatando a uma vaga em um curso superior.
Exatamente por isso, os temas das redações de vestibulares costumam ser relacionados a questões socioculturais atuais. Desta forma, a banca avaliadora pode avaliar se o/a candidato/a tem capacidade de argumentar de forma organizada, compreensível e com clareza e, assim, se é apto/a para ingressar na graduação. E para construir bons argumentos é necessário ter um bom repertório cultural.
Basicamente, repertório é todo o conhecimento que uma pessoa adquire por meio de seus estudos, experiências, das coisas que lê, assiste e escuta. O repertório é como se fosse todo o conhecimento que alguém tem e que carrega consigo para a hora da prova – por isso também é chamado de bagagem cultural.
Quando estamos fazendo uma prova como o vestibular, a nossa única fonte de informação é o conhecimento que possuímos – e é exatamente por isso que possuir um repertório diverso possibilita uma maior base de referências para as argumentações desenvolvidas na redação.
As provas de redação costumam abordar temas socioculturais atuais. Para se dar bem no exame, você precisa estar por dentro dos assuntos em voga na conversa coletiva, como, por exemplo, questões sociais, novas tecnologias e notícias da atualidade.
Para se manter atualizado/a sobre essas questões, é importante acompanhar jornais, revistas, notícias na internet, televisão, rádio e podcasts, além de ficar atento ao que está sendo falado nas redes sociais.
“Só se constrói repertório para escrever uma boa redação com base em muita leitura”, resume Ana Márcia Martins da Silva, doutora em Letras e professora da graduação da Escola de Humanidades da PUCRS. Além de ler os livros indicados na lista de leituras obrigatórias do Ensino Médio e/ou exigidas para a realização da prova, o ideal é ir além:
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Se você não lê muito ou não tem o costume de consumir notícias, nem tudo está perdido. “Ainda assim é possível ‘salvar a pátria’”, explica a professora.
“Para isso, deve-se organizar um calendário de leituras de obras literárias fundamentais, de jornais e revistas semanais de informação, de trabalhos científicos, filmes, documentários sobre fenômenos sociais, políticos e ambientais que estejam preocupando a humanidade.”