Impacto Social

PUCRS Data Social e Comitê Intersetorial pela Primeira Infância debatem estudo sobre pobreza

quarta-feira, 27 de março | 2024

Dados sobre a pobreza infantil no Estado foram analisados em reunião na Secretaria de Desenvolvimento Social

O Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho (PUCRS Data Social) apresentou, nessa terça-feira (25), para o Comitê Intersetorial pela Primeira Infância (CEIPI), o estudo “Pobreza Infantil no Rio Grande do Sul entre 2012 e 2022”, que analisa dados sobre a incidência de pobreza e extrema pobreza entre crianças de zero a cinco anos e as possíveis associações financeiras, familiares e de escolaridade.

“O convite para participarmos desse diálogo com o poder público é uma evidência de que o PUCRS Data Social tem conseguido alcançar seu objetivo de produzir relatórios com impacto no debate público, a respeito de temas sensíveis à sociedade gaúcha e brasileira. O estudo traz informações objetivas relevantes para o desenvolvimento e monitoramento de políticas públicas voltadas para a primeira infância em nosso estado”, pontua André Salata, professor da Escola de Humanidades e coordenador do PUCRS Data Social.

Para o vice-governador, Gabriel Souza, que coordena os projetos pela primeira infância por meio do Gabinete de Projetos Especiais (GPE), os resultados da pesquisa complementam os indicadores já monitorados pelo governo do Estado e que contribuem para ampliar os cuidados com a faixa etária.

“O estudo da PUCRS traz uma radiografia da primeira infância no Rio Grande do Sul, somando-se a outras ferramentas, como o Dashboard da Primeira Infância, para desenvolvermos e qualificarmos as políticas públicas para as crianças, desde a gestação até os seis anos”, explica.

O secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, ressalta que a proteção e o estímulo na primeira infância são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e intelectual das crianças: “Através dos programas Mãe Gaúcha, RS Nutrir Infâncias e Primeira Infância no SUAS/ Criança Feliz oferecemos um olhar especial para a infância”.

Segunda menor taxa de pobreza infantil no Brasil

Entre as análises do Data Social, foi possível identificar que o Rio Grande do Sul possui a segunda menor taxa de pobreza infantil do país. Em 2022, na faixa etária de zero a cinco anos, 30,2% – cerca de 244 mil indivíduos – vivem em situação de pobreza; já a taxa de pobreza extrema foi estimada em 4,7% – representando 37,9 mil crianças nessa condição. Também foi possível constatar que as crianças negras apresentaram uma taxa de pobreza duas vezes maior em relação à das crianças brancas – 50,5% contra 25,6%.

Políticas públicas amenizam a pobreza infantil no RS

Programas de políticas públicas sociais de transferência de renda foram relevantes para amortizar a situação de pobreza infantil no Estado. A pesquisa do Data Social fez uma simulação de como ficariam as taxas de pobreza em 2020, ano auge da pandemia, sem os auxílios. A porcentagem subiria de 31,6% para 38,3%.

Os dados completos do estudo, realizado pelos pesquisadores André Salata, Izete Bagolin, Ely José de Matos e Tomás Fiori, podem ser acessados em www.pucrs.br/datasocial.

Comitê Intersetorial pela Primeira Infância – CEIPI

O objetivo do CEIPI é elaborar o Plano Estadual pela Primeira Infância para os próximos 10 anos. O enfrentamento à desnutrição e à mortalidade infantil, especialmente nas áreas indígenas, também estão nas pautas do grupo. O tema da atenção às crianças de zero a seis anos integra o Gabinete de Projetos Especiais, vinculado ao Gabinete do Vice-Governador (GVG).

Também participaram da reunião representações de Secretarias de Estado, entidades do Poder Judiciário, sociedade civil organizada e universidades.

*Texto publicado originalmente no site da Secretaria de Desenvolvimento Social

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