Pesquisa

Pesquisa mapeia necessidades de qualificação na economia criativa 

quinta-feira, 18 de abril | 2024

Iniciativa é uma parceria entre a PUCRS, Feevale e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET)

O Comitê de Economia Criativa (CMEC) inicia, nesta sexta-feira (19), uma pesquisa para captar informações sobre os profissionais das áreas criativas de Porto Alegre. Em parceria com a PUCRS e com a Feevale, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) busca mapear as necessidades e as carências de qualificação e de capacitação de profissionais do setor.  

Os dados da pesquisa também têm a intenção de orientar a proposição de políticas públicas e soluções para os setores envolvidos. O segmento criativo engloba artes, entretenimento, design, moda, tecnologia, mídia, produção audiovisual, arquitetura e gastronomia. Segundo a integrante do Comitê e coordenadora do hub da Indústria Criativa da PUCRS, Denise Pagnussatt, será possível construir ofertas colaborativamente e com base no que foi apontado para qualificar o ecossistema. 

“A pesquisa é um suporte para potencializar o setor e a atuação profissional. Porto Alegre é destaque na indústria criativa nacional, sendo a sexta capital do país com o maior número de empresas e postos de trabalho”, conta a titular da SMDET, Júlia Evangelista Tavares. 

Esse trabalho tem o objetivo de incentivar a geração de conhecimento e o mercado de produtos ou serviços, ampliando a participação das indústrias criativas no PIB local.  

“Ouvir a comunidade criativa é de suma importância para que se possa fazer um desenvolvimento econômico mais sofisticado na cadeia, com divisão de trabalho, com potencial de assimilar novos postos também”, explica o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Indústria Criativa da Feevale, Cristiano Max Pinheiro. 

O mercado da economia criativa

A capital gaúcha emprega 125,6 mil pessoas na economia criativa. Cerca de 88% dos empreendimentos de Porto Alegre são microempresas, empresas de pequeno porte ou MEIs e, em média, cada empreendimento deste gera 7,5 postos de trabalho.  

O setor criativo está entre os dez maiores do país e supera indústrias tradicionais como têxtil, farmacêutica e de eletroeletrônicos. No Brasil, são 800 mil pessoas empregadas, representando 2,64% do PIB total. Enquanto a média salarial de outros setores é de R$ 2.451 mil, na indústria criativa o valor pode chegar a R$ 6.270 mil. Um mapeamento realizado em 2022 demonstrou que o setor gera 13,9% dos empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul.  

Sobre o Comitê  

Criado em 2021, o Comitê Municipal de Economia Criativa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Porto Alegre e do Governo do Estado. O grupo faz parte do Programa de Desenvolvimento e Fomento da Economia Criativa (Poa Criativa), criado com o objetivo de promover um ambiente favorável para o desenvolvimento da economia em Porto Alegre, estimulando a geração de conhecimento e o mercado de produtos ou serviços concebidos com este perfil. A ampliação da participação das indústrias criativas no PIB local também é uma meta do Comitê. 

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