Lives promovidas pela PUCRS Cultura, ao mesmo tempo em que são desenvolvidos dois murais em grande escala na Universidade, buscam problematizar as diferentes formas de escrever as demandas do novo humanismo em tempos desafiadores.
Trata-se de um ciclo de debates transdisciplinar com especialistas da Filosofia, Antropologia, História, Geografia e Literatura. Com esses convidados e convidadas, queremos refletir sobre a pergunta: Quais foram as grafias do humanismo moderno e quais são os contornos do novo humanismo?
Gersem Baniwa é indígena do povo Baniwa, de São Gabriel da Cachoeira (AM), graduado em Filosofia pela UFAM e mestre em Antropologia Social pela UnB. É coordenador geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, diretor-presidente do Centro Indígena de Estudos e Pesquisa e professor do curso de Licenciatura Específica em Formação de Professores Indígenas da UFAM.
Aline Fay é coordenadora do curso de graduação em Letras Inglês da PUCRS, professora coordenadora do LAPREN Inglês/Português e professora adjunta da Escola de Humanidades. É pesquisadora colaboradora no projeto ACERTA e Neuroeducação no INSCER. Integra o grupo de professores nos cursos de pós-graduação em Gestão da Educação, Docência no Ensino Superior (EAD) e Psicopedagogia.
Norman Roland Madarasz é professor Adjunto do PPG em Filosofia e do PPG em Letras na PUCRS, onde desenvolve pesquisa no campo da Filosofia francesa contemporânea, na literatura francesa e nos estudos de gênero. Entre suas publicações, destaca-se a autoria de cinco livros, a edição e tradução de três livros de Alain Badiou para o inglês.
Antônio de Ruggiero é professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em História da PUCRS e Docente do Curso de Graduação em História. Os seus estudos têm ênfase em história política italiana (sec. XIX e XX) e história socioeconômica. É membro da Associação Internacional AREIA (Audioarchivio delle migrazioni tra Europa e América Latina) e da ABHO (Associação Brasileira de História Oral) e pesquisador na Rede Internacional de estudos de língua, história e cultura italiana.
Charles Monteiro é professor Adjunto em História na PUCRS atuando nos Programas de Pós-Graduação em História e Letras (Escrita Criativa). É pós-doutor em História Social e Cultural da Arte pela Sorbonne e autor de vários livros sobre História Urbana e de artigos sobre História, Fotografia e Cultura Visual.
Marcia Andrea Schmidt da Silva é professora na Escola de Humanidades da PUCRS e doutoranda em Ensino da Geografia na UFRGS. Tem experiência na área de Educação básica, com ênfase em Educação Popular e de Adultos, e em gestão de instituições educacionais, como diretora do Colégio Leonardo da Vinci – Beta e atualmente coordenadora e elaboradora do curso PUCRS ONLINE – A Moderna Educação.
Fernanda Bastos é jornalista, escritora e servidora pública estadual. É mestra em Comunicação e Informação (UFRGS) e possui graduação em Letras pela UFRGS. Autora de Dessa Cor (Figura de Linguagem, 2018) e eu vou piorar (Figura de Linguagem, 2020).
Michel Yakini é escritor, produtor cultural e arte-educador. Autor de Acorde um Verso, Crônicas de um Peladeiro e do romance Amanhã quero ser Vento (indicado pelo Suplemento Pernambuco como um dos melhores lançamentos literários de 2018).
Altair Martins é professor da PUCRS, tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: escrita criativa, criação literária e literatura brasileira. Como escritor, publicou, entre outros, A parede no escuro (2008), Enquanto água (2012) e Os donos do inverno (2019).
Em 2021, daqui a poucos dias, completam-se os trezentos anos do surgimento da primeira fábrica no mundo ocidental. Situada em Derby, na Inglaterra, a Derby Silk Mill demarca o início da construção do mundo moderno. Segundo Paul J Crutzen e Eugene Stoermer, vivemos, desde o final do século XVIII, a era do Antropoceno no qual os crescentes impactos das atividades humanas na terra e na atmosfera se fazem notar em escalas globais.
Os impactos das atividades humanas vão continuar por longos períodos. Segundo um estudo de Berger e Loutre, devido às emissões de CO2 antropogênicas, o clima pode se afastar significativamente de seu comportamento natural ao longo dos próximos 50.000 anos.
Diante à crítica da modernidade, cabe a pergunta: quais são os novos paradigmas para um novo humanismo do século XXI? Como poderemos transformar esse processo de destruição numa paralaxe humanista na qual a diversidade, a alteridade, a leveza, a empatia, a ecologia e a democracia estejam na pauta de um discurso de conciliação do habitar-juntos e do viver-juntos. Refundar o humanismo talvez seja uma forma de reconstruir uma maneira de partilhar a realidade com a natureza, as diferentes agendas identitárias, as epistemologias do afeto.