Na tarde do último domingo, 22 de março, a comunidade universitária se despediu de um dos grandes pesquisadores da PUCRS. Natural da cidade de La Coruña, na Espanha, Juan José Mouriño Mosquera escolheu a cidade de Porto Alegre para trabalhar e viver. Graduado em Pedagogia pela UFRGS, mestre em Educação pela mesma universidade e doutor também em Educação pela PUCRS, com pós-doutorado em Psicologia pela Universidad Autónoma de Madrid e livre-docência pela PUCRS, Mosquera deixa um legado de diversas publicações voltadas à área da Educação e saudade para quem teve o prazer de conviver e aprender com ele.
Na PUCRS, Mosquera também foi professor, pesquisador, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação e assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa em Pós-Graduação (PROPESQ). “Com uma extensa produção científica em temas como Educação de Professores, contribuiu para a formação de mais de 60 mestres e doutores na área. Sua atuação como Assessor na PROPESQ foi pautada pela sabedoria, gentileza e generosidade, compartilhando com todos seu vasto conhecimento e sabedoria”, diz a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, professora Carla Denise Bonan.
Mosquera dedicou mais de 50 anos dos 83 que viveu à pesquisa e à docência. Considerado um dos mais importantes pesquisadores do Brasil no campo da Educação, desenvolveu estudos relacionados a temas como formação do professor, educação inclusiva, educação para a saúde e metodologia científica. Entre seus livros publicados, estão Psicodinâmica do aprender (Sulina, 1977), Educação: Novas perspectivas (Sulina, 1973) e Psicologia Social do Ensino (Sulina, 1973).
Para a professora da Escola de Humanidades e coordenadora do curso de Especialização em Psicopedagogia, Bettina Steren, Mosquera era um homem à frente do seu tempo, tendo iniciado o estudo de vários pensadores e temas fundamentais para avançar na área. “A Educação está de luto. Perdemos um amigo, colega e profissional exemplar, que trouxe à Porto Alegre autores internacionais e que compartilhou os seus conhecimentos com quem por ele cruzava. Nos deixa um legado inestimável e só nos resta agradecer por ter tido a possibilidade de conviver com ele”, conclui.