Pesquisa

InsCer contribui no debate sobre o tratamento da esclerose múltipla

quinta-feira, 30 de agosto | 2018

INSCER - Instituo do CérebroA data de 30 de agosto marca o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, uma das doenças neurológicas mais comuns em adultos jovens, de 20 a 50 anos de idade. Dados do Atlas da Federação Internacional da Esclerose Múltipla (MSIF) mostram que ela atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são 30 mil casos diagnosticados. Para contribuir com soluções no tratamento, o Instituto do Cérebro do RS (InsCer) integrou a audiência pública com o tema Debater a importância da inovação nos tratamentos da Esclerose Múltipla, promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, no início de agosto. A discussão significa um primeiro passo na busca por uma solução que traga benefícios macros à população.

Durante a audiência, o superintendente de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do do InsCer e professor da Escola de Medicina, Douglas Sato, apresentou a palestra Inovação nos tratamentos da Esclerose Múltipla para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. De acordo com o neurologista “a esclerose múltipla precisa ser diagnosticada o quanto antes, pois temos tratamentos para controlar a doença. Para isso, um dos grandes desafios é o acesso à informação de qualidade. Precisamos aumentar a disseminação de conhecimento para a população em geral”, salienta.

Soluções atuais

Cérebro com fios

Foto: Arquivo – Ascom/PUCRS

Atualmente, dos oito medicamentos liberados pela Anvisa, seis estão disponíveis. Porém, o protocolo exige que o paciente seja tratado primeiro com os medicamentos de primeira linha, mesmo que não sejam os mais adequados para o seu caso. “Engessar o acesso a tratamentos que ele deveria ou poderia receber no momento certo leva a um risco muito grande de incapacidade permanente ou de sequelas importantes. E tudo isso num jovem, que é geralmente o portador da esclerose múltipla”, disse Sato, em entrevista para a Agência Câmara Notícias.

Sobre a doença

A esclerose múltipla é uma doença autoimune e ataca a mielina (proteína que reveste os neurônios e facilita a condução dos impulsos nervosos), provoca inflamações no cérebro e na medula. Os sintomas podem variar dependendo da região afetada, e incluem dificuldade para andar, fadiga crônica, falta de coordenação motora, perda do equilíbrio, comprometimento da memória, da visão, da fala e do funcionamento do corpo, e problemas no sistema urinário, entre outros. Essas manifestações neurológicas agudas e bem definidas são intercaladas com períodos de estabilidade. É uma doença crônica e sem cura.