A Copa do Mundo 2022 marca a união de pessoas de diferentes nacionalidades por um esporte em comum: o futebol. Este é o momento que muita gente aprende curiosidades sobre outros países, experimentando um intercâmbio cultural das mais diversas formas, mesclando informação e culinária, por exemplo. Também é a oportunidade que muitos encontram para descontrair em meio a rotina, conversando sobre o placar dos jogos, as próximas chaves e possíveis encontros para assistir aos jogos – esta, aliás, é uma tradição aguardada por muitos.

Para quem gosta de ser o anfitrião e/ou cozinhar para receber as visitas durante a Copa, a coordenadora do curso de Gastronomia Rochele de Quadros Rodrigues ensina quatro receitas de petiscos simples para fazer em casa.

Bolinha de mandioquinha com parmesão

Ingredientes

Modo de preparo

  1. Lave as mandioquinhas, raspe e leve para cozinhar em água quente.
  2. Assim que ficarem macias, escorra, coloque em uma vasilha e amasse até formar um purê.
  3. Na mesma panela, coloque a manteiga, adicione a farinha e misture até formar uma massa.
  4. Acrescente a mandioquinha, o queijo, o sal, a pimenta, o orégano e misture bem.
  5. Junte a água aos poucos até formar uma massa consistente.
  6. Transfira para uma tigela e deixe esfriar.
  7. Sove com as mãos para formar uma massa bem macia e sólida.
  8. Faça bolinhas do tamanho que preferir, empane e leve para assar em forno preaquecido a 250°C por meia hora ou até dourar.

Empadinha de camarão

Ingredientes para a massa

Ingredientes para o recheio

Modo de preparo da massa

  1. Em uma tigela grande, misture a farinha com o sal. Corte a manteiga em cubos e transfira para a tigela.
  2. Com as pontas dos dedos, misture a manteiga com a farinha, beliscando até formar uma farofa, sem dissolver completamente a manteiga.
  3. Em uma tigela pequena, quebre um ovo de cada vez e junte à farinha. Amasse bem com as mãos até formar uma massa uniforme.
  4. Com uma espátula de padeiro (ou faca) divida a massa: ⅔ para fazer as bases das empadas e ⅓ para a cobertura.

Modo de preparo do recheio

  1. Picar a cebola, o alho e o tomate em cubos pequenos.
  2. Adicione alho e cebola em caçarola pequena, duas colheres de azeite e leve ao fogo médio. Refogue até suar.
  3. Adicione o caldo de camarão e folhas de louro e deixe reduzir até 1/5 da quantidade inicial.
  4. Em uma tigela, dilua bem a farinha na água, misture, adicione ao recheio e deixe ferver para engrossar. Deve formar um creme de camarão.
  5. Ajuste o tempero com sal e pimenta do reino a gosto e reserve.
  6. Em uma caçarola pequena, adicione parte restante do azeite e salteie os camarões para que fiquem dourados de todos os lados e junte ao creme de camarão.
  7. Coloque um pequeno pedaço de massa no fundo da forminha de empada e aperte bem, a fim de forrar fundo e laterais da forma. Coloque o recheio até a altura da forminha.
  8. Abra pequenos pedaços de massa e coloque por cima do recheio, cortando as bordas que sobrarem para fora.

Croquete de linguiça toscana

Receitas da Copa

Croquete de linguiça toscana preparado pela coordenadora de Gastronomia Rochele de Quadros Rodrigues / Foto: Giordano Toldo

Ingredientes

Modo de preparo

  1. Retire a película das linguiças e coloque-as em uma tigela.
  2. Adicione meia xícara de farinha de rosca, 1 ovo e 2 colheres de salsa picada. Misture.
  3. Unte as mãos com azeite e modele os croquetes, recheando-os com queijo muçarela ralado.
  4. Em um prato, coloque meia xícara de farinha de trigo; em uma tigela, coloque 1 ovo batido e, em outro prato, coloque meia xícara de farinha panko.
  5. Tempere o ovo com sal a gosto e as farinhas de trigo e panko com pimenta-do-reino a gosto.
  6. Passe os croquetes na farinha de trigo, no ovo e na farinha panko.
  7. Frite em óleo quente até que os croquetes fiquem dourados.

Minisanduíche de salame

Modo de preparo

  1. Corte as fatias de pão de forma em 4 quadradinhos.
  2. Para montar o minisanduíche, passe o molho de maionese em uma fatia e, por cima, uma fatia de salame tipo italiano Sadia dobrado em 4.
  3. Coloque uma fatia de queijo minas, uma rodela de pepino e outra fatia de pão. Feche o minisanduíche com outra fatia de pão.

Sobre o curso de Gastronomia

A graduação é pensada para quem gosta de cozinhar, usar a criatividade na criação de pratos, empreender e gerenciar o próprio restaurante, descobrir como a tecnologia pode ser uma aliada na área, entre outras possibilidades. Durante cinco semestres de duração, os estudantes vão desenvolver habilidades e técnicas culinárias com um olhar voltado à compreensão dos aspectos culturais, históricos e antropológicos, além de entender sobre segurança alimentar.

Os laboratórios equipados com os melhores utensílios e equipamentos para uma vivência prática do dia a dia das cozinhas, depois de formado poderá atuar em restaurantes, bares, bistrôs, indústrias e hospitais e com ensino, consultoria, pesquisa e segurança alimentar. Um dos grandes diferenciais da Gastronomia da PUCRS é o foco em disciplinas que estimulam o empreendedorismo e a inovação para que você saia daqui pronto/a para tirar as suas ideias do papel.

Inscreva-se no Vestibular Complementar e comece a estudar em 2023

Ter contato com novas culturas, praticar um segundo idioma e aprender a partir de novas perspectivas são algumas das vantagens de integrar o Programa Amigo Universitário. A iniciativa conduzida pelo Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS permite que estudantes da graduação e pós-graduação participem do acolhimento dos novos estudantes internacionais que escolhem a Universidade como destino para seu período de mobilidade acadêmica.  

Em 2023, uma nova turma de estudantes de diferentes partes do mundo inicia o semestre na PUCRS e para apoiá-los em questões como informações sobre a cidade, sobre a dinâmica da Universidade e aspectos culturais do país, um novo time de Amigos Universitários será selecionado. Até o dia 11 de dezembro, interessados em participar como voluntários do programa poderão se inscrever enviando o formulário (disponível neste link) para o e-mail [email protected] 

Amizade multicultural 

A acadêmica de Ciências Biológicas da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Marcella Fogaça sempre teve vontade de conhecer pessoas e culturas diferentes e através do programa teve a oportunidade de se aproximar de novos amigos.

“Fiquei com um pouco de receio na primeira vez que conversei com a estudante estrangeira com quem fui designada, mas assim que conheci ela a conversa fluiu naturalmente. Apesar de não conseguir sair sempre por conta das aulas, sempre nos encontramos no campus para almoçar ou só conversar. Através dessa experiência aprendi muito coisa, tanto da cultura dela quanto do próprio Brasil. Definitivamente faria novamente, é um aprendizado que levamos pra vida”, adiciona.   

Dúvidas e mais informações sobre o Programa Amigo Universitário podem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou presencialmente no Escritório de Cooperação Internacional no prédio 1, sala 110. 

Orlando City promove inserção das crianças no futebol/ Foto: Giordano Toldo

Em meio à Copa do Mundo de 2022 e à euforia pela busca do hexacampeonato pela Seleção Brasileira, o futebol, um esporte já tão amado no País e consagrado como um símbolo nacional atrai ainda mais olhares. O esporte é presente na PUCRS de diferentes maneiras, entre elas por meio das práticas realizadas nas seis escolas do Parque Esportivo. A Orlando City Soccer School é uma delas e tem como foco desenvolver a habilidade de crianças de jovens no futebol, independentemente de sua qualificação no esporte, além de proporcionar um ambiente favorável para o desenvolvimento dos componentes relevantes ao futebol. 

Para promover a prática da modalidade o Parque Esportivo conta com a infraestrutura de seis quadras de futebol society em grama sintética, um campo com grama sintética, um campo com dimensões oficiais em grama natural e seis quadras poliesportivas cobertas para as aulas de futebol. Além de toda a estrutura de ponta e equipe qualificada, a Orlando City oferece uma metodologia diferenciada, desenvolvida cientificamente nos Estados Unidos e aplicada pelas categorias de base e pelo elenco profissional norte-americano. Os benefícios do método para os alunos incluem aulas com comandos em inglês, aprendizado técnico, melhora na qualidade física e a interação com novos amigos.  

Metodologia bilíngue e inclusão de meninas e mulheres são diferenciais 

Na Orlando City, a iniciação no futebol começa desde cedo: a categoria mais jovem é o Babyfut, para crianças de três a cinco anos. Em seguida, vêm as categorias Sub 7, Sub 9, Sub 11, Sub 13 e Sub 15, além das modalidades Goleiro (8 a 18 anos), Goleiro Adulto e Feminino (até 21 anos). De acordo com Andersen Schimunek, coordenador geral da escola, o ensino bilíngue começa mesmo para os alunos mais novos.  

O nosso diferencial é trabalhar o inglês como parte educacional e formal, a iniciação esportiva desde as primeiras idades, desde os três a cinco anos, quando ingressam na escola na modalidade Babyfut. Ali a gente já começa a trabalhar as partes psicológicas, as partes do esporte, as partes de socialização e também o inglês”, destaca.  

Além disso, a escola tem planos de fomentar uma conexão com o Orlando dos Estados Unidos: levar os alunos brasileiros para jogar no clube americano. “Antes da pandemia, já estava acertado que eles passariam alguns dias lá, jogando no próprio clube por duas ou três semanas. O projeto de ingressar nas faculdades está começando a ser escrito agora, é um projeto que nós ainda estamos querendo concretizar”, conta.  

Andersen Schimunek, coordenador geral da Orlando City/ Foto: Giordano Toldo

O coordenador ainda ressalta que o lado competitivo das crianças é incentivado a partir dos sete anos de idade, mas projetando a educação para aqueles que buscam apenas a recreação também. Conforme os alunos vão crescendo, são direcionados para a profissionalização no esporte. “Para as categorias mais velhas, há um direcional para a parte profissionalizante. A gente vai encaminhando o aluno desde pequeno, até chegar ali aos 15, 16, 17 anos”, diz Andersen. 

Outro aspecto presente na Orlando City que ele considera fundamental é o incentivo à participação das meninas e mulheres no futebol. Ele afirma que há um esforço contínuo para que haja cada vez mais turmas exclusivamente formadas por meninas na escola e para dar a elas a mesma experiência que os meninos têm. 

Em qualquer esporte, mas principalmente no futebol, por muito tempo foi algo denominado para homens. Nós temos a Marta, que foi um grande exemplo, também pertencente ao Orlando City, então as meninas se espelham muito”, afirma. 

A importância do Parque Esportivo como estrutura e espaço de desenvolvimento 

Andersen destaca a excelência da infraestrutura do Parque Esportivo, que ele vê como uma das melhores do Brasil. Graças à variedade de estruturas da PUCRS, a escola disponibiliza aos alunos quadras cobertas em dias de frio/chuva, futsal, quadras de grama sintética e de grama natural. Dessa forma, a Orlando, em parceria com a Universidade, oferece todos os cenários do futebol às famílias que buscam essa experiência. 

O coordenador ainda comenta a importância da presença de um parque esportivo na própria Universidade, que vai além da formação e desenvolvimento apenas de alunos:  

“Os professores da Educação Física da PUCRS, da Comunicação da PUCRS, fazem parte dos parceiros do Parque Esportivo. É um trabalho em conjunto com a faculdade em prol do desenvolvimento, seja ele qual for. Seja do profissional, do aluno ou também da família cujo filho nunca teve contato com o esporte e hoje está podendo jogar. Então é uma transformação social muito grande quando se faz parte de um projeto esportivo como o Orlando City”, ressalta. 

O que dizem as famílias 

Para as famílias, o esporte tem papel fundamental no desenvolvimento dos filhos/ Foto: Giordano Toldo

Hugo Espíndola é pai de Eduardo, de dez anos, que treina na Orlando há um ano e meio. Para ele, a prática do esporte tem sido essencial no desenvolvimento do filho.  

“O esporte, para a educação, é fundamental. A forma de eles interagirem socialmente, se expandirem, se desafiarem. E isso aumenta também a capacidade cognitiva deles. O Eduardo é muito tímido, e ele vem se soltando, se expandindo. O esporte propicia isso, que as crianças interajam mais, participem. Ele tem tido um crescimento bem importante desde que entrou. O Parque Esportivo foi um grande acréscimo para a PUCRS, isso ajuda um monte a instituição, os alunos que participam porque é um ambiente de convívio, de esporte, de lazer, de interação. Acho que isso é extremamente importante”, diz Hugo. 

Para Marivana Ferigolo, mãe de Bernardo, de onze anos, a metodologia e o incentivo ao trabalho em equipe estão entre os principais diferenciais. 

“No início, logo que ele começou, me interessou muito a questão da metodologia. Por que como ele começou já há dois anos, essa questão lúdica do futebol, de não ter uma cobrança, de ter uma ênfase na parte de formação da criança e isso nos interessou bastante. Tinha a questão do inglês junto, e a questão de respeito com o colega. De saber que você vai errar, o colega vai errar, que tem que respeitar, que tem que dar força pro colega. A PUCRS tem esse espírito de equipe, que eu acho que é um diferencial da escola. Os professores passam isso, do trabalho em equipe, de como comemorar, de dar força para o colega quando ele erra, isso é bem característico da PUCRS”, destaca Marivana. 

Agende sua aula experimental

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Reitor da PUCRS, Irm. Evilázio Teixeira, entregou a honraria a Alceu Valença no Salão de Atos da Universidade. / Foto: Giordano Toldo

Com um carisma sem igual, o pernambucano Alceu Valença subiu ao palco do Salão de Atos Ir. Norberto Rauch nesta quinta-feira, dia 18 de novembro, para apresentar o show Anunciação – Tu vens, eu já escuto os teus sinais e receber o Mérito Cultural PUCRS em 2022, honraria que simboliza o reconhecimento da instituição a uma personalidade do meio artístico.  

O prêmio foi entregue pelo reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, que não poupou palavras para descrever a importância da obra de Alceu para a cultura brasileira e para o contexto da música mundial. Neste mesmo dia, o artista também foi homenageado com o Grammy de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, com o disco Senhora Estrada, lançado em 2021, durante a pandemia de Covid-19.  

A apresentação histórica contou com muito xote, baião e histórias sobre a vida do cantor e a origem de cada canção. Do sertão ao litoral, da folia ao pop, Alceu apresentou grandes sucessos, como Belle de Jour, Girassol, Cavalo de Pau, Como Dois Animais, o hino Anunciação e Morena Tropicana, que encerrou a apresentação com o público efervescido.  

Alceu Valença é um artista com 50 anos de carreira e que consegue transformar o cotidiano em poesia. Somente um apaixonado transforma o ordinário em poesia extraordinária, somente um artista pleno de inspiração enxerga os sinais através das brumas que fazem emergir sensações de felicidade, anunciando que a vida precisa de beleza”, disse Ir. Evilázio durante a entrega da honraria.   

O evento, que faz parte das celebrações de Aniversário da PUCRS, trouxe para Porto Alegre um panorama das diversas vertentes de sua obra. O artista aliou temas de sua autoria a clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, cantando ao lado de Leo Lira (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo) e Cassio Cunha (bateria).  

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Com 50 anos de carreira, Alceu Valença reuniu um público diverso para o show Anunciação. / Foto: Giordano Toldo

De acordo com o diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena, a homenagem a Alceu Valença compõe uma galeria de notáveis da Cultura Brasileira, considerados verdadeiros mestres pela nossa Universidade.  

“Ontem a gente teve uma verdadeira aula sobre a música e a cultura nordestina, de um grande artista brasileiro. Foi um momento de celebração de uma Universidade que fez questão de colocar a cultura em seu cerne. Um polo cultural não é apenas feito de grandes eventos, mas tem o objetivo também de ser formador de melhores cidadãos, de promover educação e arte como meios de aprendizagem sobre a vida, a história, sensibilização, de garantir uma formação para a empatia”, destaca Barberena.   

Uma história de admiração de mais de 18 anos 

Júlia Medeiros cresceu ouvindo o avô cantar os sucessos de Alceu Valença. O gosto pela obra do artista se intensificou quando, aos oito anos, ela precisou se despedir do avô. A partir deste dia, a música do pernambucano passou a ser um elo de conexão entre a jovem de 26 anos e a memória do avô. 

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Fã de Alceu, Júlia Medeiros conquistou um autógrafo do artista durante o show. / Foto: Giordano Toldo

“O Alceu é meu ídolo e desde pequena eu coleciono show e vinis. Meu avô cantava Anunciação pra mim e me ensinou a admirar o Alceu como artista. Agora, ele é como um ponto de contato meu com meu avô. Hoje, inclusive, seria aniversário dele e esse show é o melhor presente que eu poderia ter”, conta emocionada.  

Apenas nesse ano, Júlia já assistiu a três shows do músico, tem todos os discos lançados e coleciona shows desde os 12 anos. “Ele é uma pessoa que eu admiro muito na educação, na saúde, nas opiniões e na música. É definitivamente muito importante pra mim”.  

50 anos de carreira e mais de 30 discos 

Alceu Valença nasceu em São Bento do Una, interior de Pernambuco, em 1946. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, surgiu como expoente da geração da música nordestina nos anos 70 e foi um dos primeiros a promover a união do som do agreste nordestino com a guitarra elétrica. Com Geraldo Azevedo, em 1972, lançou o disco Quadrafônico.  

Iniciou sua carreira solo em 1974 com o disco Molhado no Suor e já lançou mais de 30 álbuns. Em 2014, dirigiu o filme musical Luneta do Tempo, que ganhou prêmios de trilha sonora e direção de arte no 42º Festival de Cinema de Gramado. Em 2021, lançou seu último álbum, intitulado Saudade. 

Sobre o Mérito Cultural  

A honraria Mérito Cultural PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação 

Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural.  Nos últimos quatro anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch.  

Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira. Em 2021, Alcione recebeu o reconhecimento em cerimônia transmitida ao vivo pelo YouTube em que relembrou momentos marcantes de sua carreira artística.

Torneio Empreendedor

Grupo vencedor do 16º Torneio Empreendedor com mentores e professores do IDEAR / Foto: Mariana Dias

Buscando oportunizar a construção de projetos de impacto social, o 16º Torneio Empreendedor, organizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (IDEAR), tratou sobre um tema que está em alta na última década: Inovação Criativa e Posicionamento Pessoal. Realizado nos dias 8 e 29 de outubro, o evento contou com a participação de mais de 40 pessoas.

Nessa edição, o desafio foi desenvolver um projeto que se encaixasse entre as áreas Social, Meio-Ambiente ou Governança. O grupo vencedor, composto pelos estudantes Amanda Walker, Leonardo Simon, Morgana Piazenski e Marina Neves, propôs a criação do aplicativo Free Form Club, que busca conectar pessoas que possuem alergias e restrições alimentares ou seguem alguma dieta alimentar. Para Marina, participar do Torneio foi uma experiência incrível.

“Contamos com mentorias de profissionais superqualificados, que nos auxiliaram a alcançar o melhor resultado, chegar no protótipo ideal de startup e conquistar o prêmio de destaque”, pontua.

Torneio Empreendedor

Professora Cristina Nunes com a ganhadora do 2º lugar, Hellen Almeida / Foto: Mariana Dias

Outro destaque foi o projeto A Arte Como Forma de Empoderamento, que conquistou o 2º lugar no Torneio. Criado por Hellen Almeida, estudante do primeiro semestre de Administração da Escola de Negócios, o projeto se constitui em uma marca de roupas pintadas à mão. O diferencial está na forma como o lucro é investido: parte do lucro vai para o treinamento e capacitação de jovens para que possam trabalhar na marca – gerando empregos por meio da arte.

“Era a ajuda que eu precisava para tirar meu projeto do papel e finalmente ter a coragem necessária para colocá-lo em ação e perder a vergonha de apresentar para outras pessoas”, comenta Hellen.

A Professora da Escola Politécnica da PUCRS e membro do IDEAR, Cristina Nunes, explica que o Torneio Empreendedor é uma oportunidade de os participantes colocarem em prática o pensamento inovador e empreendedor, elaborando projetos colaborativos de impacto social incluindo várias áreas do conhecimento. Pensando nisso, os/as participantes foram guiados a partir do método específico, chamado Dragon Dreaming.

“A utilização do método Dragon Dreaming foi fator de sucesso porque a partir das etapas do Sonhar, Planejar, Fazer e Celebrar conseguimos trabalhar o empreendedorismo e a inovação como fontes de realização de sonhos e os participantes conseguiram desenvolver excelentes projetos de impacto”, cita Lícia de Cerqueira, Analista de Inovação no IDEAR.

Conheça os projetos destaques do 16º Torneio Empreendedor:

1º Lugar: Free Form Club, por Amanda Walker, Marina Neves, Leonardo Simon e Morgana Piazenski.

2º Lugar: A Arte Como Forma de Empoderamento, por Hellen Almeida.

Flávio Canto

Flávio Canto esteve no Parque Esportivo da PUCRS para a inauguração do Cicclo / Foto: Giordano Toldo

Neste sábado, 5 de novembro, ocorreu o lançamento do Cicclo, escola de judô que terá sede no Parque Esportivo da PUCRS, tornando-se a sexta escola esportiva do Parque. O evento de inauguração contou com um bate-papo com Flávio Canto, medalhista olímpico e palestrante, idealizador do Cicclo. A inauguração também teve a presença do judoca Alex Pombo, bicampeão do Campeonato Pan-Americano de Judô.  

Como o judô pode ajudar no desenvolvimento pessoal 

Criado no Japão em 1882, o judô se tornou um esporte olímpico de combate em 1964 e visa melhorar a coordenação motora, a concentração e a autoconfiança, além de fortalecer o físico, o espírito e a mente. No Brasil, o esporte se instaurou com a chegada dos imigrantes japoneses ao País no início do século XX, com as primeiras academias de judô sendo fundadas na cidade de São Paulo a partir de 1920. 

O esporte também possui um papel fundamental na educação e formação de crianças e jovens, segundo Flávio Canto. Além de trabalhar competências socioemocionais, o judô ensina valores fundamentais para a vida além do esporte, como resiliência, aprender a perder, saber levantar depois de cair.  

“No caso do Cicclo, a gente fala de coragem, humildade, responsabilidade, respeito, superação, solidariedade, sempre nessa perspectiva de construir, conquistar e compartilhar cada um deles. A ideia é ressignificar o paradigma do sucesso, que não termina no alto do pódio com a conquista, que depois tem uma fase do compartilhamento. E toda conquista precisa de uma fase saudável da construção, que é feita de ‘cai e levanta’, de resiliência. Ninguém conquista nada sem construir por um bom tempo”, ressalta ele. 

Flávio acredita que o judô pode ser uma excelente forma de socialização: para crianças mais tímidas, o esporte oportuniza contato físico e faz com que ela se solte mais e se torne mais extrovertida. O judô, segundo ele, pode servir como um canalizador positivo para certas emoções. “Se você tem uma agressividade mal organizada no seu dia a dia, você aprende dentro do judô a controlá-la melhor. Acho que o judô é uma arte marcial que tem uma relação muito forte com o equilíbrio, com a disciplina e com a resiliência”, destaca o ex-judoca. 

Para iniciar no esporte, ele afirma que, quanto mais cedo uma criança começa a prática de atividade física, melhor será para o seu desenvolvimento motor. Ele ainda ressalta que é importante que ela tenha acesso a várias modalidades esportivas, para que aos poucos vá escolhendo qual faz mais sentido para ela – e que essa variedade pode vir a calhar caso ela decida se tornar atleta no futuro.

“A criança vai ter um repertório motor muito mais sofisticado e isso vai ajudar bastante. Em teoria não é o ideal que ela só faça uma modalidade, quanto mais modalidades ela puder fazer quando é mais nova, mais repertório motor ela desenvolve”, diz Flávio. 

Flávio Canto e o esporte  

Foto: Giordano Toldo

Apesar te ter feito carreira no judô, Flávio conta que sua porta de entrada no mundo do esporte quando criança foi a natação. Além disso, a olimpíada de Los Angeles foi um marco para ele, que ao ver as conquistas de atletas como Ricardo Prado e Joaquim Cruz, decidiu se dedicar com mais afinco ao esporte. Mais tarde, começou a se interessar pelo judô, inspirado pelo atleta Aurélio Miguel nas olimpíadas de Seul. O ex-judoca conta também que o esporte o ajudou a superar problemas pessoais.  

“Eu estava passando por um ano difícil na escola. Vivendo um ano de bullying, apanhava, e achei que o judô poderia ser a minha salvação, eu ia aprender judô e ia bater em todo mundo. E acabei, através do judô, como acontece normalmente, ganhando autoestima, autoconfiança, fiquei amigo de todo mundo, nunca mais briguei”, relata. 

A carreira de atleta olímpico também é repleta de desafios, sendo a dor a maior deles – de acordo com Flávio – dor é algo presente no dia a dia de todo atleta. Ele relembra um episódio que representou um grande desafio físico e emocional em sua carreira. “No período em que eu estava em primeiro no ranking mundial, tinha uma medalha olímpica, fui lutar no Rio de Janeiro, Jogos Panamericanos. Era favorito, ganhei a luta do meu principal adversário, que era um cubano, e na final lutei contra um americano, que era um garoto ainda, na época desconhecido, e quebrei o braço. Tive um deslocamento de cotovelo, luxação com lesão de bíceps. Talvez tenha sido a mais difícil de enfrentar, pelo momento que eu vivi e onde foi, em casa. Mas aprendi também bastante”, relata.

Entenda a metodologia do Cicclo 

O Cicclo é uma plataforma de esporte e educação que visa formar crianças e jovens no esporte e para a vida, baseada em três pilares: formação esportiva e corporal, responsabilidade social e valores do esporte. A escola traz na sua metodologia a transformação no esporte, através dos princípios da construção, conquista e compartilhamento, valores inspirados do Bushido (Código do Samurai) e no judô, como coragem, humildade, disciplina, excelência, honra e solidariedade. Os valores são distribuídos entre as fases da aprendizagem da seguinte forma: 

Construção – coragem, humildade e disciplina: A construção se baseia na coragem para enfrentar os medos e desafios, a humildade para compreender que não se tem total conhecimento da arte marcial e assim poder progredir no aprendizado e a disciplina, que é o caminho para a realização dos sonhos e objetivos. 

Foto: Giordano Toldo

Conquista – honra e excelência (Ippon): por meio do desenvolvimento e das técnicas vem a conquista da honra e da excelência. A honra é sobre reconhecer que suas escolhas têm papel fundamental na construção do seu ser e de quem você realmente é – não se pode fugir de si mesmo. A excelência é conquistada com a repetição, o que a torna não um feito, mas um hábito. 

Compartilhamento – solidariedade (Jita Kyoei): o compartilhamento consiste na solidariedade de dividir o conhecimento adquirido, passando adiante os valores aprendidos e buscando a paz universal.  

Além disso, um dos principais diferenciais da metodologia aplicada no Cicclo está relacionado ao emprego de recursos audiovisuais. “A gente traz histórias do esporte, ídolos, personagens que possam servir de exemplo para os valores que eles vão trabalhar e que a garotada vai conhecer”, diz Flávio. Há ainda a ideia do “One for One”, que possui um viés social e visa levar o esporte tanto para crianças de escolas particulares quanto aquelas atendidas por projetos sociais – e promover ações que integrem ambos os grupos.  

O ex-judoca ainda destaca a excelência da infraestrutura do Parque Esportivo da PUCRS. “É espetacular, com outras disciplinas esportivas, outras modalidades super bem geridas. Então fazer parte desse portfólio de excelência é, para a gente, uma responsabilidade também”.

Ele também exalta a parceria com o judoca Alex Pombo, grande amigo de Flávio e que viajou com ele durante muitos anos pela Seleção brasileira. “Na minha última competição, que eu tenho muito carinho, a gente estava junto na equipe do mundial em 2010 na Turquia”, relembra. “Então estar junto com ele agora de novo nesse sonho é muito especial pra mim, e tenho certeza de que para os alunos e alunas de Porto Alegre também, porque além de um cara tecnicamente espetacular, é uma pessoa maravilhosa”. 

O Cicclo segue o método aplicado no Instituto Reação, criado por Flávio Canto, tendo formado atletas que conquistaram mais de 2 mil medalhas. 

 

Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, discursou no lançamento da 19ª edição do Porto Alegre em Cena/ Foto: Giordano Toldo

Prestes a completar 30 anos de existência, o Porto Alegre em Cena assume a vocação da cidade que o sedia. Em sua 29ª edição, que terá parte da programação em dezembro de 2022 e parte em março de 2023, o festival se assume porto de troca. Será palco do que vai e do que vem, de novidades e de memórias compartilhadas. Em cena, corpos, conflitos, estéticas, paixões, espaços, gentes. Observatório e espelho. Empatia humana, alumbramento estético e sentido político, tudo no mesmo porto. Porto Alegre e o Mundo em Cena. 

Passadas as águas turbulentas da pandemia, o festival respira renovado. Nesse novo horizonte, desponta fortalecendo as artes cênicas, propondo inclusão, diversidade, espetáculos descentralizados e arte nas ruas. Numa realização da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em parceria com a PUCRS e o Pacto Alegre, esta edição, produzida em tempo recorde, ganhou direção artística compartilhada para pensar o Em Cena daqui para a frente. Integram a equipe artistas, jornalistas, professores, gestores, que estão responsáveis pela curadoria e montagem da programação: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, e Thiago Pirajira. 

“Tomamos a ideia de porto como um entre-lugar, onde novas histórias começam e terminam, contraem e se dilatam, nascem e morrem, pulsam. Nesse sentido, o Porto Alegre em Cena, nesta edição que inaugura uma formação coletiva em sua direção artística, amplia os traços que compõem sua narrativa, fortalecendo a potência plural e diversa que todo e qualquer festival pode e deve oferecer”, afirma Thiago Pirajira, em nome da equipe curadora. O futuro aponta para diversos olhares, enfoques, pautas, discussões, reflexão e transformação. 

Em evento de lançamento realizado na manhã do dia 8/11, o professor Ricardo Barberena ressaltou a aproximação entre cultura e educação. “Existe uma frase guia para o Instituto de Cultura da PUCRS, que foi proferida pela Fernanda Montenegro quando entregamos o Mérito Cultural. Ela disse que cultura é educação. Nos últimos cinco anos, realizamos mais de 100 eventos culturais, e agora recebemos, dentro dessa parceria, o grande Porto Alegre em Cena. Queremos celebrar a educação e a cultura, e essa união que é fundamental como instrumento de empatia e sensibilização”. 

Na grade de programação desta primeira etapa, em dezembro, estão os espetáculos Palácio do fim, da Cia. Incomode-te; Sambaracotu, do Canoas Coletivo de dança; Maria, seus filhos e suas filhas, espetáculo de rua do grupo Levanta Favela; Terra Adorada, criado a partir da pesquisa de Ana Luiza da Silva; Sísifo, de Gregório Duvivier e Vinícius Calderoni; Ilha, do Coletivo GrupelhoAtravessamentos, do Circo Híbrido; Restinga Crew, com apresentação de rua na orla do Guaíba; Novos velhos corpos 50 + de um grupo de bailarinos de Porto Alegre; Embarque imediato, comemorando os 80 anos de Antônio Pitanga, numa montagem de Márcio Meirelles; Medeia, um solo de Tânia Farias, do Ói Nós Aqui Traveiz; Ítaca – Nossa Odisseia I, um espetáculo híbrido de Christiane Jatahy, em vídeo, na Cinemateca Capitólio; a apresentação da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre e, por fim, o Recital de violoncelo e piano com Romain Garioud e Liliana Michelsenque une Brasil e França numa noite de música erudita, na Igreja Universitária Cristo Mestre, no Campus PUCRS.  

As produções englobam as áreas propostas pela equipe curadora e incluem teatro de sala, teatro de rua, dança, circo, performance de rua, música, em linguagens híbridas e temas que conversam com os anseios da sociedade. Como já é tradição, o Em Cena promoverá atividades formativas oferecendo oficinas e workshops com artistas, coletivos e arte-educadores, bem como atividades de rua e descentralizadas. Essas atividades serão divididas entre a primeira etapa, em dezembro de 2022 e a segunda etapa, em março de 2023, durante as comemorações da Semana de Porto Alegre. Também está previsto um grande encontro de realizadores e incentivadores de festivais cênicos nacionais e internacionais, intitulado Beijo de Língua, numa referência ao recorte geográfico dos países de língua portuguesa. E ainda, para celebrar este novo momento, o Em Cena terá o tradicional Ponto de Encontro, sediado no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, onde artistas e público se reunirão para ampliar as histórias, as emoções e a vivência potente de um festival de teatro em nossa cidade. 

Memórias de uma história com muitos/as protagonistas 

O Porto Alegre em Cena tem o afeto dos gaúchos e visitantes desde os anos 90, quando se iniciou. Muitos carregam em suas memórias as aberturas das bilheterias do festival e suas filas culturais e festivas, a cidade repleta de luzes e cores, as salas lotadas, a rua pulsando. Em quase três décadas, o festival que começou tímido, tateando os espaços, mas já com uma programação apontando para o futuro, consolidou-se e abriu caminhos inimagináveis. Trouxe a Porto Alegre espetáculos de Peter Brook, Ariane Mnouchkine, Pina Bausch, Berliner Ensemble, Eimuntas Nekrosius, Patrice Chereau, Sankai Juku, Marianne Faithfull, Philip Glass, Goran Bregovic, Bob Wilson, entre tantas outras produções internacionais de peso.  

Apresentou ao longo de sua existência as grandes companhias brasileiras, como o Teatro Oficina, a Armazém Companhia de Teatro, Grupo Galpão, Cia de Dança de São Paulo, importantes companhias vizinhas dos países do Prata, novidades cênicas dos quatro cantos do Brasil. O festival foi impulsionador da efervescência nas artes cênicas locais, movimentando a produção das artes na cidade e no Brasil, promovendo debates, conversas, trocas de saberes. Fomentou a produção local em premiações, oficinas, intercâmbios. Hoje, o Porto Alegre em Cena segue seu caminho, fortalecido e plural, desdobrando-se excepcionalmente em dois momentos distintos, encerrando 2022 e abrindo 2023 em grande estilo. 

A Voz Cultural é a produtora responsável pela 29ª edição. A empresa foi selecionada em edital promovido pela Prefeitura em julho deste ano e foi homologada em agosto. Os responsáveis técnicos da empresa, os gestores culturais Vítor Ortiz e Denise Viana Pereira assinam a coordenação geral do festival. 

PROGRAMAÇÃO 

19h – Palácio do fim – Sala Álvaro Moreyra 

21h – Sambaracotu – Teatro Renascença 

18h – Maria, seus filhos, suas filhas – Espetáculo de Rua – Esquina Democrática 

19h – Terra Adorada – Sala Álvaro Moreyra 

21h – Sísifo – Salão de Atos da PUCRS 

18h – Ilha – Pedro Alvim – IAPI 

19h – Sobrevivo – Sala Álvaro Moreyra 

21h – Atravessamentos – Teatro Renascença 

19h – Restinga Crew – Apresentação de dança – Orla do Guaíba, na pista de skate 

19h – Novos velhos corpos – Sala Álvaro Moreyra 

19h – Embarque imediato – Salão de Atos da PUCRS 

20h – Medeia / solo de Tânia Farias – Terreira da Tribo 

16h e 20h – Ítaca – Nossa Odisseia I – Cinemateca Capitólio 

20h – Cia Municipal de Dança – Teatro Renascença 

20h – Recital de violoncelo e piano com Romain Garioud e Liliana Michelsen – Igreja Universitária Cristo Mestre – Campus PUCRS 

PORTO ALEGRE EM CENA – 29ª edição 

De 1 a 7 de dezembro de 2022 (primeira etapa) 

Teatro, dança, circo, música, performances e espetáculos de rua 

Direção artística: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena e Thiago Pirajira 

Coordenação geral: Vítor Ortiz, Denise Viana Pereira e Michel Flores 

Produção: Adriane Azevedo e Bruno Mros 

Comunicação: Bebê Baumgarten, Aline Gonçalves, Luiza Rabello, Cláudia Rodrigues 

Equipe de produção da SMC: José Miguel Ramos Sisto Junior, Claudia Pinto Alves, Ilza Maria Praxedes do Canto, Breno Ketzer Saul, Rosangela Broch Veiga e Adriana Mentz Martins 

Hospedagem oficial: Rede Master Hotéis 

Apoio: TVE e FM Cultura 107,7 

Patrocínio: Zaffari e Panvel 

O Porto Alegre em Cena é uma realização da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – SMCEC, PUCRS e PACTO ALEGRE 

Dia nacional poesia

Crédito: Divulgação

Poetas são reconhecidos como artistas escritores, que utilizam sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, aquilo que aborda o cotidiano, a vida urbana, o amor, a solidão, as relações humanas e assuntos do momento. No Brasil, o mês de outubro celebra estes profissionais com o Dia do Poeta (20 de outubro) e com o Dia Nacional da Poesia (31 de outubro). Em Porto Alegre, neste mês também acontece a tradicional Feira do Livro da cidade, já em sua 68ª edição.

Na PUCRS, pesquisadores e professores do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Curso de Escrita Criativa se dedicam ao gênero lírico da literatura, como o pesquisador da Escola de Humanidades Altair Teixeira Martins. O docente é autor dos livros Labirinto com linha de pesca (Diadorim, 2021) e A paisagem presa na coleira (Patuá, será publicado em 2023), além de ter publicado diversos contos, romances e peças de teatro, como o espetáculo Hospital-Bazar, em cartaz nos dias 19, 20 e 21 de novembro no Teatro Bruno Kiefer, com o apoio do Instituto de Cultura da PUCRS.

Martins coordena o Grupo de Pesquisa “Intersemioses criativas”, onde são exploradas as possibilidades de criação entre a Literatura e as outras artes, combinando campos semânticos distintos. Os alunos e pesquisadores desenvolvem projetos que buscam leitura e compreensão dos diversos campos artísticos, a fim de fomentar a criação literária.

Livros nacionais de poesia para você conhecer

De acordo com o professor, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Hilda Hilst, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Manuel Bandeira e Murilo Mendes foram as vozes poéticas do período áureo da lírica brasileira nos anos de 1950. Para Martins, foram eles os que melhor conjugaram a alternância de tom e de silêncio tão caras à poesia. Além disso, foram capazes de converter, no verso, a interpretação de seus tempos – o que, convenhamos, é uma bela forma de contemporaneidade.

1) As impurezas do branco, por Carlos Drummond de Andrade

Publicado pela primeira vez em 1973, As impurezas do branco é um livro singular na vasta e aclamada carreira do autor mineiro. O poeta se mostra atento aos acontecimentos do seu tempo, observando, com ironia e até alguma malandragem carioca, o cotidiano do Brasil e do mundo. Grandes notícias, fait divers, o verão na Cidade Maravilhosa, papel da publicidade em nossas decisões – nada escapa ao olhar crítico do autor.

2) Poemas esparsos, por Vinícius de Moraes

O livro apresenta uma longa e minuciosa pesquisa em livros, jornais, revistas, arquivos e manuscritos que revelam esboços, exercícios, textos inacabados ou recusados pelo autor. No final, o leitor encontrará também, agrupados na seção “Arquivo”, um estudo do percurso poético de Vinicius de Moraes assinado por Ferreira Gullar, crônicas de Fernando Sabino e Carlos Drummond de Andrade que festejam e recordam o amigo, bem como um longo depoimento, inédito em livro, de Caetano Veloso.

3) Viagem, por Cecília Meireles

O livro é composto por 99 poemas, sendo que 13 deles são epigramas (poema curto originário da Antiguidade Clássica, e caracterizado por ser mordaz, picante ou satírico). Os temas tratados nos poemas são o amor, a felicidade, a morte, e o próprio fazer poético.

Além destes autores, o professor também indica os livros “Cantares do sem nome e das partidas”, da Hilda Hilst; “Invenção de Orfeu”, de Jorge de Lima; “Estrela da vida inteira”, do Manuel Bandeira e “Janela do caos”, de Murilo Mendes.

Sobre o espetáculo Hospital-Bazar

O espetáculo Hospital-Bazar esteve em cartaz entre 8 e 12 de outubro, no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. O texto foi assinado pelo pesquisador Martins e contou com direção de Isaque Conceição. As próximas datas em cartaz são nos dias 19, 20 e 21 de novembro. A primeira edição recebeu o reconhecimento de Melhor Texto Original, Ator Coadjuvante (o professor Altair Martins) e Trilha Sonora Original no 16º Festival de Teatro da Região Carbonífera (FestCarbo).

Hospital-Bazar propõe uma visão crítica acerca do desmanche da educação pública e da conversão da saúde em mercadoria. A partir de um projeto distópico, salas de aula deficitárias são realojadas em hospitais lucrativos. Se uma Professora-Mestra, que se mantém lecionando sozinha, torna-se o bastião da resistência, o Interventor e o Desmontador, em nome da Higiene, precisam desmontá-la. Todos os recursos mais sórdidos são disponibilizados para que a professora se renda e a escola, à força, se transforme num hospital: acusações falsas, chantagem emocional, assédio, machismo e manipulação da justiça e do próprio sistema educacional.

Acontece entre os dias 28 de outubro e 15 de novembro a 68ª Feira do Livro de Porto Alegre. O evento ocorre em espaços na Praça da Alfândega, rua dos Andradas, Travessa Sepúlveda e rua Cassiano Nascimento, no centro da capital gaúcha. Com o tema “Uma boa festa tem história”, esta edição celebra os 250 anos da capital dos gaúchos e tem como patrono o poeta Carlos Nejar.

A Praça da Alfândega receberá 71 expositores, mais de 150 autores e uma grande programação que inclui diversas atrações culturais. A Editora Universitária da PUCRS (EdiPUCRS) estará presente nesta edição com cinco sessões de lançamento de obras inéditas realizadas na Praça de Autógrafos.

Saiba mais sobre os lançamentos da EdiPUCRS

O livro “Prevenção de quedas e primeiros socorros em ILPIS”, dos autores Andréa Ketzer Squeff, Josemara de Paula Rocha, Paulo Fabiano Oliveira Viana e Renata Haertel Dull Verle apresenta, com linguagem acessível, temas que são fundamentais para a prevenção e redução de ocorrência de quedas em idosos e seus danos, com ênfase aos primeiros socorros no ambiente das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).

No lançamento “Quem conta um conto…”, Ana Márcia Martins da Silva, professora do curso de Letras da Escola de Humanidades da PUCRS, apresenta diversos contos produzidos por alunos/as da universidade. O livro de contos apresenta textos de diferentes temáticas realizados durante as três edições (2019/2020/2021) do curso de Língua Portuguesa e Literatura para a Terceira Idade.

O manual do novo RP” foi desenvolvido por Guilherme Alf, que atua há mais de 20 anos no mercado da comunicação e se considera um jovem RP. O livro apresenta reflexões e desafios sobre como construir sua jornada sendo um profissional de Relações Públicas através das experiências e situações vividas pelo autor.

Na obra “Espiritualidade Laical: A Santidade no Cotidiano” foi apresentada a espiritualidade cristã enquanto busca da santidade como processo de abertura progressiva à ação de Deus e reconfiguração da vida humana à sua plenitude: a imago Dei. Com autoria do Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Teologia da PUCRS, o livro trabalha, em perspectiva católica, a vocação espiritual específica dos fiéis leigos.

Já o livro “Comunicação, infância e imaginário” tem por intenção compartilhar as primeiras pesquisas do Laboratório de Pesquisas da Comunicação nas Infâncias (LabGim), criado em maio de 2019 com a missão de aprimorar a comunicação nas infâncias por intermédio de pesquisa-ação. A publicação conta com a organização da professora Juliana Tonin e tem como objetivo contribuir com saberes sobre Comunicação nas Infâncias a partir de um olhar original, explorando aspectos das infâncias ainda pouco conhecidos no campo da Comunicação.

Confira a programação

Foto: Camila Cunha

Com mais de mais de 18 anos de expertise em promover a socialização, desenvolvimento pessoal e cidadania em crianças por meio do esporte, educação e lazer, a Equipe Motiva-Ação é uma das escolas do Parque Esportivo da PUCRS.  

As atividades desenvolvidas pela escola têm como foco o crescimento pessoal das crianças: o trabalho com os/as pequenos/as é feito de forma integral, contemplando aspectos como o social intelectual, artístico e físico. Instalada no Parque desde 2020, a escola promove diversas atividades voltadas para o público infantil, visando promover seu desenvolvimento através do lazer e do esporte. 

A educação, o desenvolvimento social e da cidadania nos pequenos sempre foram os pilares do trabalho da Equipe Motiva-Ação – e, no mês das crianças, não poderia ser diferente. A coordenadora da empresa, Lisandra de Menezes Dinech, antecipa os benefícios e atrações aguardando os pequenos no Parque Esportivo em outubro.  

“Estamos presenteando nossos/as alunos/as com a possibilidade de conhecer sem custo algum os outros serviços da Motiva-Ação. Portanto os/as alunos/as que fazem o Motiva-Gym estão fazendo agora o Turno Motiva e vice-versa. Também estaremos realizando no dia 22 de outubro com todos os parceiros um evento com muitas atividades para a criançada”, destaca.  

Conheça as atividades desenvolvidas  

Entre as atividades promovidas pela Motiva-Ação está o Turno Motiva, que consiste na união de diversas atividades sociais, físicas, artísticas e intelectuais. Nesta modalidade, crianças de 5 a 12 anos podem frequentar o turno de uma a cinco vezes por semana, pela manhã ou à tarde. Mais informações sobre as atividades desenvolvidas e os horários podem ser conferidas aqui. 

A Colônia de Férias da Equipe Motiva-Ação, cuja última edição ocorreu em julho de 2022, garante a diversão e o lazer das crianças durante o período de férias escolares. Algumas das atividades desenvolvidas são: jogos de integração, gincanas, chocolate atômico, corrida musical, campo minado, batalha naval, jogo dos palpites, beisebol, queimada de cones, entre outros. 

Com toda a infraestrutura do Parque Esportivo, como ginásio e equipamentos de ginástica, o Motiva Gym estimula a formação das crianças através de exercícios ginásticos, rítmicos e acrobáticos. Os horários variam de acordo com a modalidade/faixa etária: Baby/Base (3 a 5 anos), Kids/Iniciantes 1 (6 a 8 anos), Teens/Iniciantes 2 (9 a 12 anos) e Master (13 anos em diante). Saiba mais sobre o Motiva Gym clicando aqui. 

O Motiva Celebra oferece a possibilidade de uma festa de aniversário completa, contado com toda a estrutura do Espaço Motiva-Ação, que inclui: banheiros, copa, brinquedoteca, arquibancada e parede interativa e nos Espaços do Parque Esportivo com o ginásio poliesportivo, ginásio de ginástica e trampolim. As festas ocorrem somente sexta-feira e sábado, e o pacote inclui convite digital, decoração padrão, alimentação e 4 horas de festa. Saiba mais sobre o Motiva Celebra clicando aqui. 

“A PUCRS tem muitos diferenciais, mas principalmente a estrutura física, espaços adequados e propício as nossas práticas com as crianças. Além de ter um ambiente gostoso de trabalhar, com uma excelente coordenação e equipe maravilhosa”, destaca Lisandra. 

Esporte e lazer com foco nos pequenos 

Lisandra conta que a relação dela com o esporte já vem de muito antes do Motiva-Ação. Além de ter graduação, licenciatura plena e pós-graduação em educação física escolar, ela sempre foi adepta da prática de esportes durante a infância e adolescência: praticou handebol, basquete, vôlei e atletismo desde bem pequena. Essa história com o esporte, segundo a professora, foi o que a influenciou a criar a Equipe Motiva-Ação. 

“Minha inspiração veio através desta prática saudável e de qualidade que vivenciei. Quando entrei na faculdade, logo percebi que era com isso que queria trabalhar: desenvolver crianças através da educação, esporte e lazer”, relata ela.