35 estudantes da PUCRS vão estudar fora do Brasil no próximo semestre devido à Mobilidade Acadêmica. / Foto: Gabriel Pedroso

No início do mês de dezembro, o Escritório de Cooperação Internacional realizou a reunião de pré-embarque com estudantes que participarão do Programa de Mobilidade Acadêmica em 2024. No próximo semestre, 35 estudantes de todas as Escolas embarcarão para 22 universidades para permanecerem durante 6 meses.  

No encontro, os/as alunos/as participaram de palestra que buscou explicar sobre choques culturais, dicas de viagens, vivências no exterior e também informações acadêmicas. Os selecionados participarão de disciplinas aprovadas no plano de estudos pelo coordenador e receberão o aproveitamento dos créditos cursados no retorno à PUCRS. Conheça alguns dos estudantes do próximo semestre:  

Expectativas para o Canadá  

Aluna do curso de Administração com linha de formação em Marketing, da Escola de Negócios, Victoria Albuquerque, irá para a Concordia University, no Canadá. A escolha da Universidade pela estudante se deu pela sua importância no mundo dos negócios, tendo um dos melhores cursos da área no mundo.  

Leia mais: Mobilidade acadêmica: entenda o que é e como ingressar 

“Vai ser muito interessante para ter novas perspectivas sobre estudos, principalmente em um período mais final de curso. Além disso, acho que o país de destino conta muito na decisão. Desde adolescente sou apaixonada pelo Canadá e pela cultura deles, então acredito que vai ser uma experiência bem interessante”, destaca.  

A futura administradora acredita que essa experiência irá expandir seus conhecimentos e facilitar a compreensão da realidade global da administração. A aluna também buscará entender como profissionais do Canadá percebem algumas questões de estratégia e marketing: 

“O contato com uma universidade internacional vai ser muito enriquecedor, tanto no sentido profissional quanto em soft skills”, elenca .  

Inspirações na Alemanha  

Aluno do curso de Escrita Criativa, da Escola de Humanidades, Matheus Müller vai para a University of Tübingen, na Alemanha. O destino germânico foi um grande fator decisivo para a escolha. O estudante explica que a literatura o inspirou a buscar por conhecimento em outro país: 

“A Alemanha foi um destino excepcional, pois eras de história poderão ser encontradas em cada bloco de concreto, cada árvore e cada pessoa do Leste e Oeste do Reno. Os grandes autores que viviam na terra dos poetas, filósofos e cientistas — como Heisenberg, Kant ou Goethe — rabiscaram ideias difundidas ao vapor da industrialização; da formação de uma nação com oportunidades e avanço técnico-científico-cultural”, destaca. 

Leia também: Mobilidade acadêmica e missões no exterior: por que estudar Relações Internacionais na PUCRS 

Conheça as universidades de destino  

Estude no exterior no próximo ano  

Quem tem interesse em cursar um semestre da graduação no exterior, pode ficar atento aos novos editais, com início dos estudos previstos para 2024/2, e que serão lançados em janeiro neste link. Para tirar dúvidas ou saber mais informações sobre o Programa de Mobilidade Acadêmica os canais são o e-mail [email protected], o telefone (51) 3320-3660 ou o atendimento presencial no Escritório de Cooperação Internacional (Prédio 1, sala 110) de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h 

Leia também: Mobilidade acadêmica e missões no exterior: por que estudar Relações Internacionais na PUCRS 

Ana Karina Fuentes Tabuada, da Colômbia, e Kyuzo Kato, do Japão. / Foto: Gabriel Pedroso

Na última semana, o Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS promoveu um evento de despedida para os 32 estudantes internacionais que estiveram em período de mobilidade acadêmica presencial na Universidade, neste semestre. O grupo foi formado por alunos de dez países: Alemanha, Áustria, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Itália, Japão, México e Suécia. 

O evento reuniu os estudantes internacionais, a equipe da Mobilidade Acadêmica e os Amigos Universitários no Centro de Convivência para um coquetel e entrega de lembranças — um vídeo com fotos relembrando os momentos ao longo do semestre abriu o encontro. A coordenadora do Escritório, Carla Bonan, celebrou o desenvolvimento dos estudantes e reiterou que as vivências e aprendizados os acompanharão durante sua formação acadêmica. Para o estudante da Sophia University, no Japão, Kyuzo Kato, a experiência internacional foi transformadora.

“Permaneci dois semestres na PUCRS e pude aprender coisas que não teria a oportunidade no Japão. Foi maravilhoso estar aqui”, celebrou o estudante do Departamento de Estudos Luso-Brasileiros da instituição japonesa. 

Já para a estudante de comunicação Ana Karina Fuentes Tabuada, da Uniminuto, na Colômbia, a oportunidade de desenvolvimento pessoal e acadêmico foi transformadora.

“Minha experiência acadêmica neste semestre foi incrível, onde pude aprender, fazer amigos e conhecer culturas diferentes. Momentos que sempre levarei comigo”, adicionou. 

Além dos estudantes internacionais que estiveram presencialmente na PUCRS, outros 83 alunos integraram atividades de forma remota em 2023/2. Disciplinas como Português para Estrangeiros, Educação Especial e Processo Inclusivo e Influenciadores e Estratégias de Marketing receberam estudantes de seis países. 

Leia também:

 

mudanças climáticas, museu

Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS agora receberá recursos da Lei Rouanet/ Foto: Jonathan Heckler

O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) teve o primeiro projeto aprovado para receber recursos por meio da Lei Rouanet, a Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto é o Plano Anual 2024, que conta com iniciativas de renovação de exposições e acolhimento dos visitantes. 

“Pela primeira vez na história, nosso Museu tem um plano aprovado para captar pela Lei Rouanet. É uma oportunidade ímpar para colaborar com a transformação de um museu icônico do nosso estado. Basta ter imposto de renda a pagar: empresas e pessoas poderão apoiar o ensino das ciências para milhares de crianças, jovens e adultos”, destaca o diretor do MCT, Marcus Vinicius Klein. 

Além disso, também são destaques no plano a nova exposição “Extinção”, que abordará temas relevantes como sustentabilidade, preservação de espécies e meio ambiente, e a exposição “Mulheres na Ciência”, uma iniciativa que destaca a contribuição feminina à ciência ao longo dos tempos até a atualidade. 

Qualquer pessoa física ou jurídica pode destinar parte de seu imposto devido para financiar o Plano Anual do Museu, ao invés de destinar este valor diretamente ao governo federal. O presidente da Associação de Amigos do Museu, Túlio Milman, destaca que este projeto beneficia todos as partes envolvidas. 

“Apoiar o Plano Anual do Museu é um ganha-ganha! As pessoas físicas e empresas ganham ao fazer a doação para o projeto, pois estão aliando seus nomes a uma instituição séria, realizando uma ação de cidadania e compromisso social, e ganha a ciência e a educação que são fortalecidas, e consequentemente, ganha a sociedade toda que será beneficiada por este projeto”, comenta. 

Pessoas físicas e jurídicas já podem investir na ciência ao destinar seu imposto de renda (IRF) para o Plano Anual do Museu, com 100% de isenção no momento da Declaração do IR. Para saber como, clique aqui. 

Sobre o Museu 

Formalmente criado em 4 de julho de 1967 durante a gestão do reitor Ir. José Otão, o Museu de Ciências e Tecnologia na época se chamava apenas Museu de Ciências. Fundamentado nos princípios institucionais da PUCRS, o MCT tem como missão gerar, preservar e difundir o conhecimento por meio de seus acervos e exposições, contribuindo para o desenvolvimento da ciência, da educação e da cultura. Ao todo, o Museu já recebeu mais de 230 mil visitantes em 2023, contando as exposições da sede no Campus e o Programa Museu Itinerante (PROMUSIT). 

Leia mais:

 

martinho da vila

Martinho da Vila é premiado com Mérito Cultural e recebe homenagem do reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira. / Foto: Giordano Toldo

Dois dias após a data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, Martinho da Vila lotou o Salão de Atos da PUCRS com o concerto do seu novo álbum Negra Ópera. A voz intensa do artista carioca deu vida ao drama, à luta e à resistência incessante do povo negro contra o racismo e as injustiças sociais, abordando questões como a negritude, os conflitos da vida na favela, as rodas de capoeira e os pontos de umbanda e candomblé. 

A apresentação fez parte da cerimônia de entrega do Mérito Cultural, honraria que simboliza o reconhecimento da Instituição a uma personalidade do meio artístico. Com discurso emocionante, o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, descreveu a importância da obra de Martinho para a cultura brasileira e para o contexto da música mundial, citando inclusive a sua recente conquista do Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode.  

“Martinho, siga nos brindando com a sua criatividade e energia, cantando forte e cantando alto que a vida vai melhorar. Anunciando que a cultura brasileira é rica, diversa e que desperta elementos próprios de uma cidadania que não pode prescindir de estética – de emoções e sensações que descortinam a beleza da vida”, pontuou o reitor.

O evento, que fez parte das celebrações de Aniversário dos 75 anos da PUCRS, trouxe para Porto Alegre um espetáculo que se assemelha a uma ópera: apresenta abertura instrumental e divisão em três atos. O tom combativo das composições e a performance dramática da dançarina Allenkr garantiram um show emocionante e inesquecível ao público. Ao receber o prêmio, Martinho agradeceu à Universidade e encerrou o concerto com a música Kizomba, Festa da Raça. 

martinho da vila

Fernanda Souza é fã do artista desde criança e levou seus discos para autografar. / Foto: Giordano Toldo

“Receber uma homenagem como esta, desta Universidade conceituada, me sensibiliza de uma maneira especial. Eu dedico este prêmio a todas as pessoas que me ajudaram a chegar até aqui”, agradeceu Martinho, que também inaugurou a Galeria Mérito Cultural, espaço reservado para destacar todos os artistas reconhecidos com a honraria.

Paixão passada de geração em geração 

Fernanda Souza chamava atenção na plateia carregando consigo uma pilha com 11 discos de Martinho da Vila. Legado do seu pai Francisco, que faleceu no ano passado, os discos representam uma conexão entre a filha, o pai e o artista. Fã do Martinho, o pai passou para Fernanda a paixão pelo artista que, segundo ela, é muito mais do que um cantor e compositor: é um marco da cultura e importante representante das causas sociais.  

“Quando eu estava na barriga da minha mãe, ele cantava para mim uma música muito antiga do Martinho, chamada Tom Maior, dedicada a todas as mães que sonham com um Brasil melhor”, conta.

Antes de falecer, Francisco e a filha Fernanda conseguiram assistir a um show de Martinho em Porto Alegre. Agora, concertos como este serão momentos de conexão e memória para ela.  

Uma trajetória feita no compasso do samba  

Martinho da Vila nasceu em Duas Barras, no Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. A partir de 1965, passou a se dedicar inteiramente à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel: compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando apresentou o partido alto Menina Moça. No ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançou seu primeiro sucesso, o clássico Casa de Bamba, seguido de O Pequeno Burguês.  

martinho da vila

Aos 85 anos, Martinho da Vila lançou o novo álbum Ópera Negra. / Foto: Giordano Toldo

Nacionalmente conhecido como sambista, o artista é um legítimo representante da Música Popular Brasileira (MPB), com várias composições gravadas por cantores e cantoras de diversas vertentes musicais. Ao longo de sua trajetória, lançou mais de 20 livros, ultrapassou o marco de 50 álbuns e acumulou inúmeros prêmios e títulos, entre os quais figura agora o Mérito Cultural PUCRS 2023.   

Sobre o Mérito Cultural 

Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. 

Nos últimos quatro anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos. Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira.  

Em 2021, Alcione recebeu o reconhecimento em cerimônia transmitida ao vivo pelo YouTube em que relembrou momentos marcantes de sua carreira artística. E em 2022, o pernambucano Alceu Valença subiu ao palco do Salão de Atos para apresentar o show Anunciação – Tu vens, eu já escuto os teus sinais.

dominique wolton

Foto: Divulgação

O sociólogo francês e autor de diversos livros sobre a área da Comunicação, Dominique Wolton realiza, no dia 13 de novembro, às 14h, a palestra “Comunicar é Negociar”, que leva o mesmo título da obra mais recente publicada por ele. O evento marca a abertura das comemorações dos 30 anos do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS, que serão completados em 2024.  

Referência nacional e internacional na área das Ciências Sociais Aplicadas, Dominique Wolton vem a Universidade para discutir a importância da comunicação e qual o seu espaço em um mundo altamente tecnológico. A decana da Famecos, professora Rosângela Florczak, acredita que a vinda do sociólogo à Escola vai ao encontro com o método de aprendizado que já vendo sendo desenvolvido no PPGCOM e também na graduação. A docente explica que a Famecos preza pela interlocução com a pesquisa de forma que a mesma contribua para o espaço das práticas profissionais do mercado.  

“Os estudos feitos pelo Wolton nos últimos anos olham para comunicação a partir de uma discussão contemporânea da área. Hoje, trabalhamos com uma comunicação que não é mais transmissão ou de informação, mas sim de construção de sentido. É essa linha que seguimos nos diversos cursos da Famecos: de entender a comunicação como um elemento estruturador da sociedade, algo imprescindível para as relações sociais. À medida que a comunicação melhora, as pessoas passarão a se entender mais e melhor”. 

A comunicação tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, em especial devido aos avanços tecnológicos. Dominique Wolton é conhecido por sua abordagem multidisciplinar (que combina elementos da sociologia, da antropologia, da filosofia e da comunicação para analisar as complexas interações humanas). Desde seus primeiros trabalhos, o sociólogo busca olhar a comunicação pela ótica tecnologia. Rosângela explica que a discussão trazida por Wolton já é feita em sala de aula por estudantes e que o francês é referência tanto na Graduação quanto na Pós-Graduação.  

“Em disciplinas como Assessoria de Comunicação e Comunicação Estratégica nas Organizações, Wolton é um dos autores referência. Frequentemente a gente faz seminários e outras atividades a partir dos livros dele, então além do que já é produzido na Escola, a vinda dele também será muito importante para nossos estudantes. Alunos e alunas da graduação e do PPGCOM poderão participar desse momento especial e estarão juntos nessa entrevista”. 

Em seu novo livro, Dominique Wolton afirma que “Comunicar é negociar. E quando a negociação é bem-sucedida comunicar é conviver”. Dessa forma, Rosângela explica que o sociólogo propõe no livro não é apenas a negociação de forma usual ou corriqueira e sim algo mais complexo. O autor, na verdade, nos prova a negociação de sentidos: a comunicação é um mecanismo que a gente utiliza para construir o sentido na cabeça do outro. Ou seja, a despeito de todas as diferenças culturais, de posicionamento político, de perspectivas e de interesses, Dominique entende que comunicação é uma mediação, não é um mecanismo de mediação, um mecanismo de negociação entre lógicas e interesses distintos. 

“Na Famecos, ensinamos nossos estudantes a fazer e a levar para o mercado essa comunicação mais sofisticada e complexa. A formação está voltada para uma comunicação não apenas baseada em informação, mas sim trabalhada de forma sofisticada para construir sentido na cabeça do outro. Quando eu quero construir esse sentido, qual é o aparato de comunicação que eu uso?  Isso perpassa hoje todas as nossas disciplinas. Eu tenho certeza a passagem do Wolton pela nossa Escola e nossa Universidade vai ser de grande proveito não só para nossos estudantes, mas também para a comunidade em geral”. 

O evento está sendo organizado pelos professores Juremir Machado da Silva e Cleusa Maria Andrade Scroferneker. A palestra é destinada à pesquisadores/as, professores/as, estudantes de Pós-Graduação, de Graduação, imprensa e públicos interessados no tema. A palestra é gratuita e acontece no auditório da Famecos (prédio 7). Para participar, basta se inscrever no link. 

Serviço  

artistas negros, martinho da vila

Martinho da Vila recebe o Mérito Cultural em cerimônia no dia 22 de novembro. / Foto: Leo Aversa

Em novembro é comemorado o mês da Consciência Negra no Brasil. O mês vai ao encontro da data, 20/11, escolhida para marcar a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que se tornou símbolo popular da resistência negra. Além de ser um mês para refletir sobre a condição do negro e do racismo no Brasil, novembro também é um mês de celebrar a cultura afro-brasileira. Pensando nisso, separamos oito nomes de artistas negros para você conhecer, acompanhar e se inspirar.  

1) Martinho da Vila 

O artista carioca nasceu no Duas Barras (RJ), em 12 de fevereiro de 1938. Cantor, compositor e escritor brasileiro, Martinho da Vila se dedica desde 1965 ao samba e atua há anos na Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. Lá, compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Com mais de 50 anos dedicado à música e cultura brasileira, ele será homenageado pela PUCRS com Mérito Cultural 2023. 

Principais trabalhos: na música, lançou seu primeiro disco Martinho da Vila em 1969. Ele coleciona outros discos de sucesso como Memórias de um sargento de milícias (1971), Canta, canta minha gente (1974), Rosa do povo (1976), O Pequeno Burguês – ao vivo (2008), Rio: Só vendo a vista (2020) e muito mais. Na literatura, já lançou mais de 20 livros, dos quais se destacam Joana e Joanes, um romance fluminense (1999), Ópera Negra (2001), e A rainha da bateria (2009). 

2) Luedji Luna  

Baiana nascida em Salvador em 1987, Luedji Gomes Santa Rita é cantora e compositora de MPB e Jazz. Filha de músico, a artista começou a escrever suas canções aos 17 anos, e na época já cantava informalmente em bares de Salvador. Suas músicas retratam o preconceito racial, feminismo, empoderamento feminino, especialmente da mulher negra. Em suas músicas, Luedji também canta sobre religiões de matriz africana, ervas e costumes brasileiros oriundo da cultura africana. Em 2023, foi uma das atrações musicais do Prêmio Sim à Igualdade Racial 

Principais trabalhos: Um Corpo no Mundo (2017) e Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água (2020) pelo qual Luedji Luna foi indicada ao Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.  

3) Lucas Litrento  

O escritor alagoense foi vencedor do Prêmio Delfos de Literatura em 2019, com a obra TXOW. Lançado pela Editora da PUCRS, o livro é composto por quinze contos, que possuem inspiração no rap, na literatura brasileira e na fala cotidiana das ruas de Maceió. Ele também venceu o Prêmio Malê de Literatura, da Editora Malê, e foi finalista do Prêmio Oceanos de Literatura em 2021, organizado pelo Itaú Cultural. Além de escritor, Lucas é realizador cinematográfico e produtor cultural, estuda Jornalismo na Universidade Federal do Alagoas e integra os coletivos Mirante Cineclube e Pernoite.  

Leia mais: 5 livros para conhecer escritoras negras brasileiras

4) Alcione 

artistas negros, alcione

A artista será homenageada no samba-enredo da Escola de Samba Mangueira em 2024. / Foto: Camila Cunha

Alcione Dias Nazareth é cantora, compositora e multi-instrumentista. Ao longo de sua trajetória artística, lançou mais de 30 álbuns de estúdio e nove ao vivo. É a artista por trás dos sucessos Não Deixe o Samba Morrer e Você me Vira a Cabeça. Em 2021, ela recebeu o o Mérito Cultural da PUCRS. A cantora possui uma grande relação com o Carnaval, tendo fundado, em 1989, o Clube do Samba ao lado de grandes nomes como Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e Clara Nunes. Além disso, se tornou membro destacado da Estação Primeira de Mangueira, fundou a Escola de samba mirim da Mangueira e é presidente de honra do Grêmio Recreativo Cultural Mangueira do Amanhã.  Em 2024, ela será homenageada no samba enredo da escola.  

Principais trabalhos: os álbuns A Voz do Samba (1975), Pra que chorar (1977), Alerta geral (1978), Da cor do Brasil (1982), Fogo da vida (1985), Fruto e raiz (1986), Nosso nome: Resistência (1987), Nos bares da vida (2000) e seu último lançamento, Tijolo por Tijolo (2020).   

5) Oliveira da Silveira  

Falecido em 2009, Oliveira Ferreira da Silveira nasceu em Rosário do Sul em 1941. Em vida, foi um dos maiores intelectuais do Brasil, sendo um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro. Poeta, escritor, e militante do movimento negro, Oliveira cursou Letras na UFRGS e foi na Universidade que começou a se entender enquanto homem negro. Com inspirações em Angela Davis, Martin Luther King, Louis Armstrong entre outros, suas obras buscavam refletir sobre a identidade afro-gaúcha. 

Principais trabalhos: Geminou (1962), Poemas Regionais (1968), Banzo Saudade Negra (1970), Décima do Negro Peão (1974), Praça da Palavra (1970), Pelo Escuro (1977) 

6) Elisa Lucinda  

Ela é uma poetisa, jornalista, escritora, cantora e atriz brasileira, tendo sido vencedora de um Kikito no Festival de Cinema de Gramado pelo filme Por que Você Não Chora?. Em 1998, ela fundou a instituição socioeducativa Casa Poema, que utiliza a poesia falada para capacitar profissionais na sua capacidade de expressão e formação cidadã. Além disso, tem desenvolvido o projeto Palavra de Polícia, Outras Armas, junto à Organização Internacional do Trabalho, pelo qual ensina a arte da poesia falada a policiais, buscando alinhar esses profissionais aos princípios dos direitos humanos e transformar sua forma de operar em relação a questões de gênero e raça. Em 2006, ela recebeu a Ordem de Rio Branco no grau de Oficial suplementar por méritos como poetisa.   

Principais trabalhos: possui os CDs de poesia O Semelhante, Euteamo e suas estreias, Notícias de Mim, Estação Trem – Música e Ô Danada. No cinema, atuou no filme Por que Você Não Chora?. Ela possui uma forte atuação alinhada aos direitos humanos em projetos educativos relacionados à arte da poesia falada.   

7) Seu Jorge 

artistas negros, se jorge

Em 2022, Seu Jorge atuou no filme Medida Provisória ao lado de Taís Araújo e Alfie Enoch. / Foto: Divulgação

Seu Jorge é o nome artístico de Jorge Mário da Silva, que é ator, cantor, compositor e multi-instrumentista. Ele já participou do programa No meu canto, da PUCRS Cultura. Seu trabalho mais recente é no ramo da atuação, interpretando o jornalista André no filme Medida Provisória, dirigido por Lázaro Ramos. Ele foi vencedor dos prêmios Grammy LatinoMTV Video Music BrasilPrêmio Multishow, Troféu Imprensa e Melhores do Ano. No cinema, protagonizou filmes de sucesso, como Cidade de DeusTropa de Elite 2 e The Life Aquatic. Já sua carreira musical destaca-se pelos sucessos Amiga da Minha MulherMina do CondomínioBurguesinha e Carolina.   

8) Arthur Bispo do Rosário  

Artista visual nascido em 1911 no Sergipe, Arthur Bispo do Rosário desenvolveu suas obras enquanto estava internado em uma instituição psiquiátrica. Em 1938, enquanto trabalhava como empregado doméstico, na casa do advogado Humberto Leone, afirmou ter uma revelação divina e, após perambular por dias, chegou ao Mosteiro de São Bento, no centro do Rio de Janeiro, encaminhado a um hospício. Sua arte foi construída de maneira improvisada: para os bordados, utilizava linhas azuis desfiadas dos velhos uniformes dos internos e para as demais realizações, eram usados objetos, como canecas, vassouras e garrafas e materiais como pedaços de madeira, arame, papel e fios de varal.

Leia também: 5 poetas para você conhecer no Dia Mundial da Poesia 

Foto: Jonathan Keckler

O mês de outubro chegou e, com ele, várias novidades no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT), incluindo uma programação especial para o Mês das Crianças e a chegada de uma nova habitante muito especial: uma T-Rex! Para celebrar a nova integrante, o MCT está produzindo uma websérie para contar a história de sua chegada: os dois primeiros episódios, que mostram um misterioso ovo de dinossauro chegando ao Museu e uma paleontóloga tentando desvendá-lo, já estão disponíveis aqui ou pelas redes sociais do MCT. 

No terceiro episódio, que vai ao ar nesta sexta-feira (6) às 19h, os espectadores poderão votar qual o melhor nome para a T-Rex do Museu. Então, com o nome escolhido, ela será apresentada ao público no último episódio da série, que irá ao ar na segunda-feira (9), também às 19h. A partir de então, os visitantes poderão conhecer essa fantástica fera do passado, ao visitar o Museu durante a programação de outubro. 

Programação especial de outubro no Museu 

Para comemorar o Mês das Crianças, o MCT contará com diversas atrações para todas as idades, incluindo ingresso a preço promocional para todos os públicos no dia 12 de outubro – o Dia das Crianças. Ao longo do mês, os visitantes poderão resolver uma série de mistérios em Uma Noite no Museu, conferir curiosidades científicas nos Minutos da Ciência, testar os desafios em tardes no Museu e, é claro, encontrar a mais nova habitante do Museu: a T-Rex! 

Confira a programação: 

CONFIRA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A PROGRAMAÇÃO

Foto: Divulgação

A exposição “Landell de Moura: 100 anos da história do rádio” começa nessa terça-feira, dia 12, no Museu de Ciência e Tecnologia (MCT) da PUCRS. A mostra conta a história da trajetória do gaúcho Roberto Landell de Moura, denominado “Padre cientista”, além de comemorar os 130 anos da primeira transmissão de telegrafia e telefonia sem fio, experiência feita pelo padre, em equipamentos alocados a 8km de distância um do outro.  

A exposição foi desenvolvida a partir de uma parceria entre a Escola de Humanidades, Escola de Comunicação, Artes e Design e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. A curadoria é de Edison Hüttner (PUCRS) e Thais Nunes Feijó (IHGRGS). A mostra ficará em exibição pelos próximos seis meses no terceiro andar do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, de terças a sextas-feiras, das 9h às 17h, e sábados e domingos, da 10h às 18h, e também comemora os 130 anos da primeira transmissão de telegrafia e telefonia sem fio, experiência feita pelo padre, em equipamentos alocados a 8km de distância um do outro.

Quem foi Landell de Moura? 

Nascido em 21 de janeiro de 1861, em Porto Alegre, Roberto Landell de Moura é lembrado por sua contribuição no campo das telecomunicações e foi precursor de diversas invenções e descobertas científicas muito avançadas a época, além de ter contribuído com análises sobre psicologia e religião. Sua trajetória educacional o conduziu à Escola Politécnica no Rio de Janeiro e, posteriormente, à Roma, onde recebeu formação em Teologia e foi ordenado sacerdote em 1886. Durante sua estadia em Roma, lançou as bases de suas pesquisas que culminaram na revolucionária invenção de transmitir voz à distância sem fios, posteriormente reconhecida como a essência do rádio. 

Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS 

Fundado há mais de 70 anos, o Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS está alinhado com os princípios da Universidade de preservar e difundir o conhecimento por meio de seus acervos e exposições. Diariamente, o Museu recebe a visita de públicos diversos, além de excursões de estudantes das escolas da Região Metropolitana de Porto Alegre. No ano passado, o Museu recebeu mais de 200 mil visitantes.

Leia também: Museus em Porto Alegre: 5 lugares que você precisa conhecer 

A Batalha do Olimpo agitou o Campus com uma competição de rimas. / Foto: Giordano Toldo

Na última sexta-feira, 1º de setembro, o Rap in Cena invadiu a PUCRS. O evento foi uma parceria entre a Rede Atlântida, a PUCRS Cultura e o Rap in Cena Festival, e contou com a participação de vários artistas da cena Hip Hop gaúcha. Além de shows de artistas consagrados como Dj Saulit e Cristal, o Rap in Cena trouxe para o Campus da PUCRS um evento repleto de música, cultura, dança e poesia. O pocket show era uma das atrações da programação de Volta às Aulas 2023/2 da graduação presencial. 

O Rap in Cena é um festival de shows que celebram o Hip Hop, gênero musical e movimento cultural que nasceu na década de 1970 no subúrbio de Nova York, disseminando-se pelo Brasil ao longo dos anos 90. O festival gaúcho, que terá mais uma edição em Porto Alegre no mês de outubro, traz diferentes maneiras de entrar em contato com a cultura do Hip Hop: com break dance, batalhas de rimas, pistas de skate, quadra de basquete e, principalmente, performances das personalidades que se destacam no cenário do rap brasileiro.  

Leia mais: Mérito Cultural PUCRS será entregue a Martinho da Vila em 2023

Para começar o evento, o DJ Saulit aqueceu a Rua da Cultura, e dançarinos de Hip Hop deram um show com passos e improvisos admiráveis. Em seguida, foi a vez do artista porto-alegrense LC Advanced subir ao palco com músicas autorais que conquistaram a plateia. Depois, veio a Batalha do Olimpo, um duelo de improvisos em que os participantes criaram rimas a partir de temas escolhidos pela plateia: em um combate poderoso e muito bem-humorado, o duelo teve três fases e levou a plateia até a beira do palco.  

Os vencedores do Expofavela RS vão representação o Estado na etapa nacional da competição. /Foto: Giordano Toldo

Entre as últimas atrações, Cristal, jovem cantora de rap de Porto Alegre, também levou a plateia a dançar e cantar. Logo após, o dançarino Samambaia, acompanhado de dois parceiros, apresentou diversos passos com um remix de hits do funk. Para finalizar a invasão da PUCRS pelo Rap in Cena Festival, Luka Pumes recitou poemas de sua autoria, fazendo denúncias ao preconceito e ao racismo e fechando a noite com uma performance de força e grandeza.   

Palco de inovação e negócios 

Enquanto o Rap in Cena acontecia na Rua da Cultura da PUCRS, o Centro de Eventos foi palco da ExpoFavela: uma feira nacional de negócios, cujos expositores são empreendedores e startups das favelas e periferias do Brasil. O evento aconteceu nos dias 1 e 2 de setembro e reuniu mais de 90 iniciativas empreendedoras gaúchas. Entre os presentes, 10 projetos foram selecionados para a etapa nacional onde irão representar o Rio Grande do Sul na ExpoFavela em São Paulo, que acontece no fim do ano. Essa foi a primeira edição do evento no Estado. 

Leia também: PUCRS amplia ecossistema de inovação e lança proposta imersiva de ensino conectada ao seu Parque Tecnológico

Martinho da Vila atua há mais de 50 anos no fortalecimento da cultura nacional, abraçando causas e temáticas sociais e fazendo música para todo mundo cantar, dançar e sambar. O reconhecimento Mérito Cultural, honraria que simboliza o reconhecimento da instituição à uma personalidade do meio artístico, será entregue em um show especial realizado em meio às comemorações de 75 anos da PUCRS, no dia 22 de novembro (quarta-feira), às 21h, no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch.  

O Concerto Negra Ópera, inspirado no álbum que Martinho da Vila lançou em maio deste ano, promove a união de música popular e erudita, com referências da cultura afro-brasileira e tratamento orquestral ao repertório. É baseado no livro Ópera Negra, escrito pelo artista a partir da obra Pelléas et Mélisande, de Debussy. Em estrutura, o show se assemelha a uma ópera: apresenta abertura instrumental e divisão em três atos. As músicas abordam questões como a negritude, os conflitos da vida na favela, as rodas de capoeira e os pontos de umbanda e candomblé. 

Os ingressos já podem ser adquiridos no site e aplicativo Guichê Web ou no Campus da PUCRS – Saguão do Living 360º, Prédio 15 – Av. Ipiranga, 6681 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 19h, em frente à PUCRS Store).  

A cada ano, o Mérito Cultural PUCRS é atribuído a uma personalidade do meio artístico cuja carreira seja marcada pela defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. O Mérito já homenageou Fernanda Montenegro (2018), Maria Bethânia (2019), Lima Duarte (2020), Alcione (2021) e Alceu Valença (2022).   

Uma trajetória feita no compasso do samba 

Martinho da Vila nasceu em Duas Barras, no Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. A partir de 1965, passou a se dedicar de corpo e alma à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel: compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando apresentou o partido alto Menina Moça. No ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançou seu primeiro sucesso, o clássico Casa de Bamba, seguido de O Pequeno Burguês. 

Nacionalmente conhecido como sambista, o artista é um legítimo representante da Música Popular Brasileira (MPB), com várias composições gravadas por cantores e cantoras de diversas vertentes musicais. Ao longo de sua trajetória, lançou mais de 20 livros, ultrapassou o marco de 50 álbuns e acumulou inúmeros prêmios e títulos, entre os quais figura agora o Mérito Cultural PUCRS 2023.  

Agende-se para o Mérito Cultural