O workshop aconteceu entre os dias 16 e 18 de janeiro. / Foto: Giordano Toldo

Com o objetivo de entender os usos e as implicações da inteligência artificial (IA) na pesquisa ciêntifica, a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPESQ) ofertou, nos dias 16, 17 e 18 de janeiro, o Workshop de Capacitação em Inteligência Artificial. O evento contou com a participação de mais de 100 pesquisadores de diferentes Escolas e áreas do conhecimento, contemplando a interdisciplinaridade das pesquisas desenvolvidas na PUCRS. Na cerimônia de abertura, o vice-reitor da Universidade, Ir. Manuir Mentges, ressaltou a importância latente das potencialidades de aprimoramento dos resultados encontrados na pesquisa por meio do uso da inteligência artificial.  

“A IA possui a capacidade de processar dados complexos, mas possui também uma perspectiva transformadora para aprimorar as práticas de pesquisa acadêmica. Ao explorar as vastas possibilidades que a inteligência artificial oferece, estamos abrindo as portas para um futuro onde a pesquisa pode ser mais ainda eficiente e impactar milhares de vidas, alinhadas com as demandas contemporâneas”, destaca.  

No primeiro dia, os pesquisadores participaram do módulo conceitual, com palestras sobre história, passado e futuro da IA, com os professores da Escola Politécnica e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, Lucas Silveira Kupssinsku e Rodrigo Barros. Ainda nesse mesmo dia, os membros do Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados, Carlos Falcão de Azevedo Gomes e Mauricio Magnaguagno, ministraram painel sobre boas práticas no uso de dados.  

O Grupo de Pesquisa em Teoria de Aprendizagem de Máquina e Aplicações foi o responsável por conduzir no segundo dia o módulo prático, interagindo com a inteligência artificial. Além disso, no último dia foram discutidos os dilemas éticos e legais. O professor da Escola de Humanidades e dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, Filosofia e Teologia, Nythamar Hilario Fernandes de Oliveira Junior, ressaltou as perspectivas morais e civilizatórias que se conectam com os diferentes conceitos e atravessamentos da realidade contemporânea na inteligência artificial. Já o professor da Escola de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito, Paulo Caliendo, destacou o processo de centralidade no ser humano que deve constituir os intermédios da formação regulatória da IA.  

Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, é importante que a Universidade esteja sempre atenta no apoio aos seus pesquisadores.  

“O conhecimento que a própria universidade possui, especialmente naqueles temas mais transversais e próprios para as pesquisas multidisciplinares, deve ser disseminado entre pesquisadores de diferentes áreas. E a inteligência artificial talvez seja hoje o tema de disseminação mais urgente”.    

Além disso, o Pró-Reitor destaca ainda outras iniciativas da PROPESQ em apoio ao pesquisador: 

“Em 2023, promovemos workshops sobre temáticas mais específicas, como a utilização da ferramenta REDCap e, ainda, sobre estratégias para a elaboração de projetos de pesquisa para a captação de recursos financeiros. Cabe ressaltar que nossa comunidade científica sempre responde de forma muito positiva a essas iniciativas”.

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professora espanha

Gabriela Delord (ao centro) é mestre e doutora pela PUCRS. / Foto: Arquivo pessoal

Gabriela Delord, mestre e doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da PUCRS, foi considerada a terceira melhor professora da Espanha, pela plataforma educacional Educa. Docente na Universidade de Sevilha, Gabriela leciona no Departamento de Didática das Ciências Experimentais e Sociais, e é um exemplo inspirador de sucesso acadêmico e profissional, contribuindo de maneira significativa para o avanço da educação e formação de qualidade. Por meio das oportunidades de internacionalização da PUCRS, Gabriela pôde experimentar o início de sua jornada no exterior.  

“Consegui uma bolsa de doutorado sanduíche e fui morar em Sevilha, na Espanha, por 11 meses. O objetivo era trazer dados para a minha tese, descobrindo como foi formada a teoria de um conhecido projeto inovador dos anos 80 e 90 chamado IRES. Consegui investigar todos os caminhos, os estudos, as influências, e contextos históricos que os autores deste projeto passaram para criar esta teoria”, destaca Gabriela. 

A PUCRS teve um papel fundamental na construção acadêmica da docente, aprofundando seus conhecimentos e suas perspectivas internacionais da ciência. “A PUCRS me deu todo o apoio teórico e a experiência de ter aulas com professores de excelência. Meu orientador tinha bastante contato com pesquisadores de fora, então tive acesso a pesquisas de ponta. Sem contar toda a infraestrutura da Biblioteca da PUCRS, onde escrevi grande parte da minha tese”, elenca. 

A premiação realizada pela plataforma EDUCA valoriza a visão dos alunos e são eles que nomeiam alguns professores que consideram inovadores e que impactam a sociedade por meio de seus estudos. Após essa nomeação, a plataforma realiza diversas etapas de avaliação de currículo, publicações e estudos realizados.  

“Ser considerada a terceira melhor professora universitária de toda a Espanha foi muito gratificante, é um sinal de que meus estudos, pesquisas e minha prática docente têm a aprovação positiva. Além disso, como estrangeira, é muito difícil ganhar um prêmio deste nível. Fico muito feliz e ainda mais motivada para seguir inovando como docente e seguir investigando a inovação como pesquisadora”, destaca com Gabriela com entusiasmo. 

Vida na Espanha 

Ao terminar seu doutorado, Gabriela candidatou-se ao concurso na universidade e foi aprovada em quarto lugar e em alguns meses foi convocada. “Decidi lecionar na Espanha por uma questão de oportunidade de trabalho, mas continuo contribuindo com o Brasil. Em 2022 ministrei um curso na PUCRS e nos anos de 2020 e 2021 também lecionei na PUC-Goiás”, menciona a professora. 

Gabriela destaca que a experiência tem sido desafiadora desde o início, mas gratificante na mesma medida.  

“A experiência de começar uma vida do zero, sem amigos, sem família e sem referências é bastante desafiadora, mas tem sido ótima. Não foi difícil me adaptar em Sevilha. A cidade é linda, tranquila, possui qualidade de vida e um clima excelente. Como eu já tinha tido a experiência de viver na cidade por 11 meses durante o doutorado sanduíche ofertado pela PUCRS, posso dizer que já estava acostumada.”

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programa hangar, biosima

Eduardo Rolim – BioSima / Foto: Matheus Gomes

A BioSima Medicina Regenerativa (startup do professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Programa de Pós-graduação em Odontologia Eduardo Rolim Teixeira que aposta em um tratamento inovador para a reparação de orgãos e tecidos) conquistou o primeiro lugar na categoria healthtech do edital InovaDoc 2023 da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O edital busca fomentar soluções inovadoras para a transferência de tecnologias desenvolvidas em universidades e centros de pesquisas para empresas. E a publicação contemplou quatro diferentes linhas de pesquisa diferentes para  investimento: agritech, nanotech, biotech e healthtech.  

“Concorremos com mais de 300 projetos de universidades e institutos de pesquisa nacionais, sendo que somente 20 projetos foram agraciados. Agora, esses recursos entram para estruturação do parque de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da startup. Além disso, a estruturação da startup também contempla a expansão de sua parte corporativa, visando agregar capital intelectual para o desenvolvimento de outros produtos tecnológicos”, elenca  

Eduardo Teixeira comemora essa conquista e destaca a importância deste investimento para o crescimento e maior impacto da startup na sociedade. Além disso, o pesquisador já prevê outros investimentos.  

“Estamos vislumbrando também uma captação de investimento privado, apoiados agora no capital e na chancela FINEP que atesta que o nosso projeto é inovador e aplicável ao mercado. Estamos prevendo uma rodada de investimentos privados com potencial 3 a 5 vezes maiores do que o captado no edital”. 

A startup, que ficou em segundo lugar no Programa Hangar em 2022, vem se destacando no cenário da saúde pelo desenvolvimento de produtos baseados em terapias que utilizam pequenas estruturas feitas pelas próprias células do nosso corpo, chamadas exossomos. Essas células carregam material genético e proteínas específicas e ajudam a reparar doenças ao estimular outras células locais do paciente a renovar tecidos e órgãos. 

Em vez de oferecer tratamentos padronizados que funcionam pela média geral da resposta de drogas farmacológicas comuns administradas para um grande número de pessoas, este ramo da medicina regenerativa foca em criar terapias personalizadas, adaptadas às necessidades específicas de cada indivíduo, especialmente em áreas onde os tecidos ou órgãos foram afetados por doenças.  

Ciência e mercado lado a lado  

Durante sua participação na primeira edição do Programa Hangar, iniciativa que visa conectar pesquisas acadêmicas ao ecossistema de inovação da PUCRS, a startup não apenas nasceu e consolidou sua visão de negócio, mas pode aprimorar sua compreensão da interseccionalidade entre pesquisa acadêmica e mercado. Após a participação, a empresa deu passos significativos em direção à realização de suas metas, como a captação de investimentos governamentais e privados.  

A equipe da startup é composta originalmente por Eduardo Rolim e Patricia Sesterheim, bióloga, sendo estes sócios-fundadores e parceiros desde o início do projeto, contando com outros pesquisadores-colaboradores da PUCRS e também externos que tiveram papel importante no desenvolvimento das pesquisas. 

Desde sua jornada no Programa Hangar até os avanços pós-incubação, a BioSima estabelece seu espaço na vanguarda da medicina personalizada. Seu compromisso com a inovação, combinado com a aplicação prática da pesquisa acadêmica, cria uma força impulsionadora na busca por terapias mais precisas e eficazes para enfermidades humanas. Para o professor Eduardo Rolim Teixeira, a empresa se diferencia visto seu estado de maturidade.  

“As poucas empresas com produtos de sinalização exossômica existentes mundialmente encontram-se igualmente em fase inicial de preparação de produtos, apresentando seus primeiros resultados com grande potencial de impacto inovador”, destaca.   

O empreendimento baseia suas atividades na extensa jornada de 11 anos de pesquisa e desenvolvimento do grupo de pesquisadores e fundadores da empresa. Essa trajetória resultou na criação de uma ampla rede de colaboração, tanto nacional quanto internacional, entre diferentes parceiros, culminando no atual estágio de desenvolvimento de seu principal produto exossômico, o ConExo, um produto exossômico em desenvolvimento para aplicação em cirurgias ósseas Ortopédico-Odontológicas.  

“Essa expertise é complementada por um corpo técnico-científico altamente capacitado e por estruturas físicas contratadas já em uso para a condução das etapas de desenvolvimento do projeto. Além disso, a empresa garantiu financiamentos para ensaios clínicos com entidades nacionais e internacionais, recebeu investimento-anjo do setor privado e está formalizando os procedimentos necessários junto às agências reguladoras de saúde, como a Anvisa”, complementa Eduardo.  

Esses elementos destacam-se como diferenciais significativos da BioSima, impulsionando sua posição como uma empresa pioneira na liderança da inovação em medicina regenerativa. 

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4 tendências de negócios para ficar de olho em 2024 , agricultura, trabalho no campo

Conforme o professor Ely José de Mattos, a agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos. / Foto: Envato Elements

Em um mundo marcado pelas transformações sociais, políticas e ambientais, as perspectivas de mudança são as mais diversas no campo dos negócios para este ano. Nesse contexto, pesquisadores e especialistas da PUCRS apontam quatro temáticas que estarão em alta em 2024. Confira:

1) Medidas de avaliação e mensuração de ESG

A primeira utilização do termo ESG (Governança ambiental, social e corporativa, em português) surgiu há 20 anos, em 2004, quando o ex secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, desafiou os 50 presidentes das maiores instituições financeiras do mundo. Com o passar do tempo, o termo se popularizou e passou a ser um termo recorrente em economia e negócios.  

O professor da Escola de Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento, Ely José de Mattos, aponta que, mesmo que hoje o tema tenha se tornado mais corriqueiro, está em processo de concretização. “Ainda que bastante popular, o ESG está em pleno processo de desenvolvimento – o que traz oportunidades e desafios”, destaca o professor. Com a popularização desse conceito, algumas organizações se apropriaram dele de maneira errônea, não realizando de fato medidas próprias para a mitigação de problemas sociais, enfatiza Mattos.  

“Para que não se incorra no erro de transformar o movimento ESG em mera campanha publicitária de valorização de ações pontuais e rasas, é fundamental que sejamos criteriosos na avaliação dos resultados dos negócios em termos ambientais e sociais” elenca Ely. 

Para o pesquisador, 2024 será um ano marcado pelo avanço nas técnicas de avaliação e também pelo desenvolvimento de mais e melhores indicadores de atingimento de objetivos ESG. 

“A ninguém interessa que um caminho com tanto potencial de engajamento dos negócios acabe convertido em algo sem credibilidade e, por consequência, inócuo” ressalta o professor. 

2) Mudanças climáticas e risco no agronegócio

Com as fortes transformações ocorrendo no clima, as consequências se refletem em diversas áreas da sociedade, mas principalmente no agronegócio. O Brasil tem grande sucesso no setor agro e os efeitos podem ser sentidos de formas diferentes para os produtores.  

“Um dos principais fatores de preocupação que têm potencial impacto negativo no agronegócio brasileiro é a mudança climática. Pela agricultura ser uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, as mudanças afetam a produção de várias maneiras: através do regime de chuvas e de temperatura, de eventos extremos e pela maior ocorrência de pragas e doenças”, destaca o professor da Escola de Negócios e também dos programas de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade e em Economia do Desenvolvimento, Augusto Mussi Alvim. 

Para o pesquisador, todos esses aspectos afetam diretamente o risco da atividade agrícola e, por consequência, tem potencial para reduzir os investimentos e aumentar o custo do crédito e do seguro agrícola no Brasil. “Neste cenário de mudanças climáticas, a inovação e a adoção de novas tecnologias continuam sendo a alternativa mais rápida para adaptar os negócios agrícolas a um ambiente de maior incerteza no regime de chuvas e de temperaturas extremas”. 

3) Aquisição de bens 

4 tendências sobre negócios, cartão de crédito

A tendência é que a taxa de juro fique estável no primeiro semestre deste ano. / Foto: Pexels

Após um período de crescimento nas taxas de juros, a expectativa é de que 2024 seja de queda de juros, segundo o professor da Escola de Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento, Gustavo Inacio de Moraes. Essa queda facilitará, no primeiro momento, o maior consumo de bens materiais e culturais da população.  

“As taxas de juros cairão durante todo o primeiro semestre e tenderão a se estabilizar ou ter quedas menores no segundo semestre. Assim, financiamentos de bens duráveis ou de imóveis tenderão a estar mais baratos no segundo semestre, pedindo que o consumidor tenha paciência nas suas aquisições”, destaca.  

4) Investimentos em alta

As perspectivas para os investimentos indicam que é um bom momento para diversificar seu patrimônio por conta da queda dos juros, segundo Gustavo.   

“Produtos de renda variável tem um potencial de valorização maior, especialmente fundos imobiliários e ações da bolsa de valores. Com a desaceleração da economia mundial, as empresas voltadas para o mercado interno, como as do setor de infraestrutura e consumo popular, terão uma perspectiva ainda melhor”, elenca o pesquisador. 

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tendências de tecnologia

Para 2024, a expectativa é que a interação com a inteligência artificial não seja somente por texto, como já vemos com o ChatGPT. / Foto: Envato

As interações sociais são cada vez mais mediadas, incentivadas e criadas por meio de artifícios tecnológicos. Seja para a utilização de aplicativos bancários ou até mesmo na maneira como produzimos energia, a tecnologia se tornou um atributo primordial para o nosso dia a dia. Nesse contexto, pesquisadores e especialistas da PUCRS apontam quatro temáticas relacionadas à tecnologia que estarão em alta em 2024. Confira: 

Aprimoramento da Inteligência Artificial 

Em 2023, a inteligência artificial foi um grande eixo de debates sociais, sendo inclusive tópico de discussão na palestra de abertura do 24º Salão de Iniciação Científica da PUCRS. Todavia, no próximo ano as expectativas de avanço são ainda maiores. “2023 sem dúvida foi um ano extraordinário para a IA. Diversas ferramentas começaram a se difundir para o público, proporcionando significativos ganhos de produtividade”, afirma Lucas Silveira Kupssinskü, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. 

Para este ano, há a expectativa de que se desenvolvam e se popularizem ferramentas em que a interação com a inteligência artificial não seja somente por texto, como já vemos com o ChatGPT.  

“Devemos ter acesso mais difundido a modelos que permitam receber não apenas texto, mas uma combinação de entradas nas mais diversas modalidades, como texto, áudio, imagens e vídeo. Com maior acesso a informações para fornecer contexto, os modelos de IA devem se tornar ainda mais precisos e efetivos em suas respostas, possibilitando a resolução de uma variedade ainda maior de tarefas”, destaca Kupssinskü. 

Aplicações mais frequentes de impressão 3D 

A utilização de impressão 3D vem se tornando cada vez mais rotineira na sociedade contemporânea e as suas aplicações estão em diferentes espaços. Desde o desenvolvimento de produtos para uso recreativo, como brinquedos e decorações, até mesmo na prática hospitalar como conector, possibilitando que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, as utilizações para o próximo ano serão mais ainda difundidas.

“Atualmente, com o desenvolvimento de polímeros biocompatíveis, bioabsorvíveis, e até mesmo impregnados com fármacos para a liberação controlada no corpo humano, um novo horizonte de possibilidades se apresentou para a impressão 3D”, elenca Carlos Alexandre dos Santos, professor do Programa do Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais. 

tendências de tecnologia

Impressora 3D situada na Agência Experimental de Projetos de Engenharia da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

Em 2024, as práticas com impressão 3D estarão ainda mais presentes em diferentes contextos, atuando de maneira interseccional e agrupando diversas práticas de ensino, pesquisa e impacto nas necessidades mais urgentes da sociedade.  

“Diante deste cenário, vislumbra-se uma nova revolução na área de impressão 3D, com aplicações cada vez mais frequentes em hospitais e centro cirúrgicos, aproximando tecnologia e medicina, ou melhor, aproximando engenheiros, químicos, físicos, médicos, dentistas, entre outros profissionais”, adiciona Santos.  

Maior segurança financeira e transparência 

A utilização do Blockchain nos processos financeiros já é algo habitual, como explica Fabiano Hessel, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. 

“Blockchain é um livro-razão distribuído, no qual todos os participantes estão no mesmo nível hierárquico e possuem uma cópia de todas as informações armazenadas no blockchain. As informações são armazenadas em blocos que contém um registro de tempo e data, onde cada bloco se conecta ao bloco anterior formando uma cadeia de blocos. Nela, as informações validadas na rede não podem ser alteradas, garantindo a imutabilidade dos dados, a transparência e a possibilidade de auditar o sistema a qualquer momento, sem a necessidade de uma entidade centralizadora ou coordenadora do processo, colocando as pessoas novamente no centro do processo”. 

Essa ferramenta é a tecnologia base para o desenvolvimento da Web3, uma nova fase da internet, mais descentralizada, livre e transparente com os usuários. “A Web3 representa um novo paradigma, que está transformando a internet em um ambiente cada vez mais focado no usuário, devolvendo às pessoas o poder sobre seus próprios dados, indo na contramão do cenário atual em que dados e plataformas ficam concentrados em grandes empresas”, aponta Hessel. 

Além do avanço da Web3, em 2024 as aplicações relacionadas a finanças descentralizadas continuarão a crescer, habilitando cada vez mais serviços financeiros sem a necessidade de intermediários.  

“Um número ainda maior de países irão explorar e desenvolver suas moedas digitais, a exemplo do DREX aqui no Brasil, fornecendo uma alternativa segura e eficiente ao dinheiro tradicional. A expansão do uso de NFTs e da tokenização de ativos do mundo real para além dos setores das artes e dos jogos, como os setores imobiliário e de propriedade intelectual, é outra tendência para 2024”, destaca o professor. 

Novas perspectivas para as energias renováveis 

tendências de tecnologia

Em 2024, as aplicações relacionadas a finanças descentralizadas continuarão a crescer. / Foto: Envato

As energias renováveis estão passando por um momento crucial e estimulante, marcado por novas direções que apresentam desafios e possibilidades para a criatividade e avanço, agindo como respostas aos desafios climáticos. Odilon Pavón, coordenador do Curso de Engenharia de Energias Renováveis., aponta: 

“Os módulos fotovoltaicos bifaciais, que captam a radiação solar em ambos os lados, e os parques eólicos em alto-mar de grande escala são apenas a ponta do iceberg. Isso permitirá uma captura mais eficiente dos recursos renováveis, tornando as energias solar e eólica ainda mais viáveis e competitivas com as fontes de energia tradicionais”

Além disso, o cenário para a aplicabilidade também produção e armazenamento de hidrogênio verde alcançarão outro patamar. Adriano Moehlecke, professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais, relata que haverá avanços tecnológicos que irão melhorar significativamente a eficiência e reduzir o custo da produção de hidrogênio verde. Ele explica que estes desenvolvimentos são fundamentais, pois irão expandir a viabilidade deste energético em vários setores da sociedade, incluindo processos industriais e transportes.  

“Esta evolução marca um passo importante na diversificação das aplicações de energias renováveis e destaca o potencial do hidrogênio verde na transição mais ampla para sistemas energéticos sustentáveis”

Dentro das cidades, as mudanças também serão perceptíveis de maneira facilidade, com a ascensão dos carros elétricos. No Brasil, os últimos anos apresentaram um aumento expressivo da frota de carros elétricos, bem como a entrada de novas empresas internacionais no país. Todavia, outros empreendimentos também crescem em conjunto.  

“Além dos carros, diversos projetos vêm sendo desenvolvidos para veículos de maior porte, como ônibus e caminhões, tal qual na área de micromobilidade, que envolve bicicletas, motos e vans de entrega. Relacionado a este desenvolvimento, também surge a necessidade de infraestrutura de recarga, assim como novos modelos de negócio associados as estações de carregamento”, ressalta o professor da Escola Politécnica, Aquiles Rossoni. 

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É importante entender que o uso descontrolado de medicamentos pode ser prejudicial à saúde. / Foto: Pexels

O corpo humano é um ambiente repleto de bactérias, muitas delas responsáveis por diversos processos essenciais para a vida, como a digestão. Os antibióticos, medicamentos que atuam exclusivamente no combate às bactérias, revolucionaram a história da medicina. Todavia, seu uso exacerbado vem levando à resistência contra o antídoto desses organismos, conforme relatório da Organização Mundial de Saúde. 

A professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e dos Programas de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular e Odontologia, Sílvia Dias de Oliveira, é especialista em estudos de bactérias.  

“A resistência bacteriana a antibióticos é uma estratégia de sobrevivência desses microrganismos. Muitos antibióticos são produzidos por alguns microrganismos, que são naturalmente resistentes a eles, e esse mecanismo de resistência pode ser compartilhado com bactérias suscetíveis a estes fármacos, tornando-as resistentes”, destaca.  

Uma bactéria também pode se tornar resistente a antibióticos por sofrer mutações onde o fármaco atuaria, impedindo a sua ação, bem como expulsar o fármaco, evitando que ele alcance as concentrações necessárias para fazer o efeito desejado. Nos ambientes hospitalares, há maior desenvolvimento de resistência bacteriana, mas não são os únicos espaços.  

“Hospitais constituem um importante ambiente em que as bactérias resistentes podem ser encontradas, exatamente por ser um local onde se tem intenso uso de antibióticos. Os ambientes de criação animal onde se usam antibióticos como promotores de crescimento ou como profiláticos também constituem pontos de atenção para a seleção de bactérias resistentes”, aponta a pesquisadora.  

Em seus últimos estudos, Silvia encontrou resultados alarmantes. “Detectamos bactérias Staphylococcus aureus e também Staphylococcus epidermidis resistentes à meticilina na cavidade oral de pacientes jovens e saudáveis, antes de cirurgia para extração de siso. Neste estudo, a maior prevalência de resistência que encontramos foi ao antibiótico azitromicina”, conclui. 

Para atenuar o desenvolvimento de bactérias novas e mais resistentes, uma das soluções é a utilização de antibióticos somente quando necessário até o final do tratamento prescrito. Além disso, saneamento básico adequado, higienização das mãos, desinfecção e/ou cocção de alimentos, bem como evitar manipulação cruzada de alimentos ingeridos in natura com alimentos crus de origem animal e a limitação do uso de antibióticos em agropecuária são outras opções possíveis.  

Conscientização no uso de medicamentos 

Para uma solução eficaz desse problema, a conscientização da população sobre o uso adequado dessas medicações é a medida mais eficiente.  

“O principal hábito a ser desenvolvido para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes é a conscientização da população em geral sobre o uso racional dos medicamentos, bem como da importância da prevenção das infecções por meio das vacinas disponíveis”, ressalta Sílvia.

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João Vitor da Silveira Alves foi orientado pela professora Silvia Dias de Oliveira. / Foto: Gabriel Pedroso

Na última quinta-feira, dia 14 de dezembro, a Coordenadoria de Iniciação Científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação promoveu o evento de encerramento do Programa de Iniciação Científica Júnior (Programa IC Jr.). A iniciativa teve o objetivo de oportunizar a atuação de alunos do Ensino Médio de Porto Alegre e região em projetos de pesquisadores na Universidade, possibilitando a iniciação na pesquisa em diferentes áreas do conhecimento. 

No Living 360°, no Campus da PUCRS, orientadores e bolsistas compartilharam suas experiências ao longo dos quatro meses de atuação no programa. Para o estudante João Vitor da Silveira Alves, do Colégio Marista Assunção, a participação no programa permitiu conhecer a rotina do laboratório e aprender mais sobre biomedicina. Orientado pela professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Silvia Dias de Oliveira, o estudante integrou atividades no Laboratório de Imunologia e Microbiologia. 

“Eu estava muito em dúvida em qual curso de graduação escolher e essa experiência me auxiliou a escolher o curso de Biomedicina. Estou animado em continuar vivenciando a iniciação científica, no próximo ano na graduação”, comenta. Para a professora Silvia, a presença de João Vitor contribuiu para os debates do grupo. 

Larissa Finger Philomena foi orientada pelo professor Deivison de Campos. / Foto: Gabriel Pedroso

Já a estudante Larissa Finger Philomena, participou do grupo de pesquisa em Comunicação, políticas dos corpos e decolonialidades coordenado pelo professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Deivison de Campos.

“Pude conhecer melhor o que eu realmente quero estudar e interagir com outros colegas, uma experiência muito rica de trocas e aprendizados”, comenta.  

Em 2023, 30 estudantes de 15 escolas de Porto Alegre e região participaram do programa. As novas inscrições estão previstas para abril de 2024. Para a coordenadora de Iniciação Científica na PUCRS, professora Laura Utz, o programa é uma oportunidade de integrar estudantes de Ensino Médio e alunos de graduação e pós-graduação da Universidade.  

“Além disso, os alunos participantes do programa têm a oportunidade de conviver com pesquisadores da PUCRS e estar inseridos em projetos de pesquisa. É uma ótima experiência adquirida antes mesmo de começar a graduação”, completa. 

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Professor Edison Hüttner trabalha na peça desde maio deste ano

Professor Edison Hüttner trabalha na peça desde maio deste ano. / Foto: Jefferson Botega / Agência RBS

O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS será palco da exposição interativa O Sino do Monge – 1719. Sons de sinos missioneiros que ultrapassaram séculos. Inaugurada no dia 19 de dezembro, às 17h, a atração irá exibir um dos sinos mais antigos do Rio Grande do Sul, restaurado pelo professor Edison Hüttner, do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades, auxiliado pela artista plástica Carla Rigotti e pela pesquisadora italiana Maria Letizia Amadori, da Universidade de Urbino. O trabalho começou a ser feito em maio deste ano. 

“Este é um autêntico sino missioneiro da época das reduções jesuíticas. Tem o mesmo padrão de desenhos do período de outros sinos missioneiros que identificamos em São Martinho da Serra e Caçapava do Sul, que vieram do outro lado do Rio Uruguai”, afirma Edison. 

Conhecido como Sino do Monge, a peça de bronze foi fundida na redução jesuítica de La Cruz, na Argentina, em 1719, possui 58,5 cm de altura por 29 cm de largura (na parte da boca). Além disso, pesa 47,600 kg (pesando 48,904 kg com o badalo) e sua tonalidade musical é Si bemol. O criador da peça foi o padre Antônio Clemente Sepp, que viveu na localidade entre 1714 e 1730. O modelo era o padrão de sinos feitos nas reduções da Argentina e do Paraguai.  

Para efeito de contextualização em relação à sua antiguidade, o imperador francês Napoleão Bonaparte nasceu apenas 50 anos depois da fundição da peça. E Porto Alegre seria fundada somente 53 anos mais tarde. 

“Com a restauração, obtivemos a melhor qualidade do som, dos escritos e signos, e principalmente, a preservação do sino”, explica Hüttner, dizendo que a peça exibia sinais de ferrugem e de deterioração. 

Em ordem, Professor Edison Hüttner, artista plástica Carla Rigotti e pesquisadora italiana Maria Letizia Amadori. / Foto: Arquivo Pessoal

O sino missioneiro teria vindo para o Estado, saqueado por milicianos comandados por Francisco das Chagas Santos, durante a Primeira Campanha da Cisplatina, entre 1812 e 1817. Foi instalado na ermida (pequena capela em lugar ermo) do Cerro Botucaraí, em Candelária, no Vale do Rio Pardo, pelo monge João Maria D’Agostini entre 1844 e 1848. Foi doado ao Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues pela Comunidade Católica do Quilombo, de Candelária, entre os anos de 2003 e 2004. Desde então, pertence ao acervo. Trata-se de um objeto da arte sacra jesuítico-guarani do século XVIII.

“Estudando o sino, descobrimos também uma parte da história deste importante e misterioso monge, que fazia curas e deixava objetos por onde passava”, assegura o pesquisador. 

Pode-se ler no sino o ano de fundição (1719), o nome S. Clemente (abreviatura de São Clemente) e a frase em latim Ora pro nobis, que significa “rogai por nós”. Também há alguns símbolos e desenhos não identificados.  

A exposição 

Quem for na exposição, poderá badalar o sino para ouvir o som. Cartazes de outros sinos já estudados também estarão expostos na ocasião, como os de Santa Maria (1684), Caçapava do Sul (1714-1732), São Martinho da Serra (1717-1743), São Miguel (1726), Santiago (1756) e do Santuário Nacional de São José de Anchieta (1857). Haverá QR Codes para os visitantes poderem ouvir cada um deles. O material foi confeccionado por estudantes do Programa de Pós-Graduação em História e Teologia.  

A exposição é uma realização do PPG de História e Teologia, do MCT e do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues (Candelária). Os curadores são Edison Hüttner, Carlos Nunes Rodrigues e Eder Abreu Hüttner. O apoio é do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS). 

Serviço 

*Com informações de GZH

O livro foi lançado em Brasília e já está disponível para download. / Foto: Helio Montferre/Ipea

Foi realizado ontem (6) em Brasília (DF) o lançamento do livro “Dinâmica Econômica, Mudanças Sociais e Novas Pautas de Políticas Públicas”, organizado e publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e que conta com participação do professor da Escola de Humanidades e coordenador do PUCRS Data Social, Andre Salata. A temática central da obra foi propor tipologias de estruturas de classe no Brasil que possam ser úteis para a elaboração de políticas públicas em um contexto de mudança da estrutura produtiva da economia brasileira. 

A hipótese que dirige a proposta de pesquisa é que essa nova reconfiguração produtiva tem implicações para a estratificação social brasileira, com o surgimento de novas demandas de políticas sociais, em razão do surgimento de novos grupos ocupacionais ou a ampliação/ redução de grupos sociais que já existem. Escrito por técnicos/as do Ipea e por especialistas brasileiros em estratificação social, o livro traz resultados de pesquisas empíricas que dialogam com aquela temática.   

Convidado para fazer parte desta obra, o professor Andre Salata publicou um capítulo onde constam resultados de uma pesquisa desenvolvida no âmbito de um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. A pesquisa trata da associação entre origem de classe e nível educacional alcançado pelos indivíduos, e discorre sobre em que medida a expansão educacional tem sido capaz de arrefecer aquela associação. 

“Participar de uma publicação do IPEA é uma honra enorme. O instituto é reconhecido pela sua qualidade técnica, e estar aqui e poder dialogar com os membros do instituto é uma grande oportunidade para qualquer pesquisador,” celebra Salata.  

Além do evento de publicação, a passagem do pesquisador pelo IPEA incluiu reuniões de planejamento, onde foram discutidas oportunidades de aprofundamento das parcerias em novas pesquisas e/ou publicações conjuntas.  

Confira o livro na íntegra

Saiba mais sobre o PUCRS Data social 

O Laboratório de Desigualdades, Pobreza, e Mercado de Trabalho – PUCRS Data Social é um laboratório de pesquisa, composto por pesquisadores das áreas de Economia e Sociologia da PUCRS que elabora estudos e relatórios sobre esses temas baseados em dados públicos oficiais. O diferencial do PUCRS Data Social é produzir análises acessíveis que contribuam para o debate público sobre essas temáticas.  

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O professor Carlos Eduardo Lobo e Silva com representantes da UFRGS, UFCSPA e UFSM com a presidente da Capes, Mercedes Bustamante. / Foto: Arquivo pessoal

A PUCRS recebeu na terça-feira (5), em cerimônia em Brasília, o prêmio Capes Elsevier 2023, que enaltece a produção científica nacional e reconhece instituições brasileiras pela contribuição de maior impacto aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A Universidade, representada pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Carlos Eduardo Lobo e Silva, foi destaque no ODS de número 11: Cidades e comunidades sustentáveis.  

Segundo dados divulgados pela Elsevier, o ranqueamento das instituições foi realizado a partir de análises da produção científica e métricas obtidas por meio da ferramenta SciVal, que permite acesso agilizado aos resultados de pesquisa de mais de 20 mil instituições em 230 nações ao redor do mundo.  Além do indicador, são elegíveis para concorrerem ao prêmio as instituições com mais de 2 mil documentos nos últimos 5 anos (2018-2022). 

Na categoria vencedora, pesquisas em áreas da biodiversidade, meio ambiente e tecnologia receberam destaque pelo número de citações. Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, o reconhecimento reflete o trabalho de excelência desenvolvido na Universidade.

“A PUCRS parabeniza a CAPES e a Editora Elsevier por essa iniciativa que reconhece e valoriza o impacto da pesquisa brasileira na nossa sociedade. Estamos extremamente honrados em receber essa premiação que fortalece ainda mais a nossa convicção de promover pesquisas de relevância social”, comenta Lobo e Silva. 

Excelência em pesquisa faz da PUCRS uma instituição líder no campo da ciência no Brasil, com impacto nacional e internacional de publicações científicas e formação continuada de pesquisadores. Além de indicadores que demonstram um aumento continuado do número de trabalhos científicos publicados em periódicos internacionais, nos últimos anos também observamos uma tendência de crescimento das citações – um indicativo da relevância das pesquisas conduzidas na Universidade -, fazendo com que a porcentagem de citações ultrapasse os níveis observados globalmente.  

Agenda 2030 da ONU: uma prioridade entre a comunidade universitária 

O prêmio foi entregue na última terça-feira, 5 de dezembro, para os representantes das instituições premiadas. / Foto: Divulgação/CAPES

Em 2023 a PUCRS iniciou um novo ciclo de Planejamento Estratégico e, entre seus principais direcionadores para o período, há um específico sobre Responsabilidade Social, Ambiental e de Governança. A Universidade busca, cada vez mais, gerar e transformar conhecimento em desenvolvimento social, ambiental, cultural e econômico, preparando pessoas para mudar o mundo.  

Gerar desenvolvimento e impacto social é uma causa que acompanha a instituição desde a sua fundação, há 75 anos. Segundo o reitor, Ir. Evilázio Teixeira, o compromisso com a Casa Comum e com a Agenda 2030 ONU está cada vez mais presente no dia a dia da instituição e mobiliza centenas de estudantes, educadores, pesquisadores e colaboradores em prol deste plano de ação global traduzido em 17 ODS. 

“A PUCRS procura responder de maneira integrada aos desafios do mundo atual, integrando grandes projetos e ações que se concretizam por meio da pesquisa em áreas prioritárias como sustentabilidade, energias renováveis, saúde e humanidades”, destaca Ir. Evilázio. 

Além de manter há 30 anos a maior reserva ambiental privada do Rio Grande do Sul, o Pró-Mata, a PUCRS tem hoje um comitê dedicado a implementar um Plano de Gestão Ambiental que responda aos desafios do presente e do futuro. Em tempos de emergência climática, além de ações em laboratórios e uma exposição educativa sobre o tema no Museu de Ciências e Tecnologia, o Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) está trabalhando em um programa pioneiro de captura de carbono da atmosfera.

vEJA as instituições vencedoras: 

ODS 1 – Erradicação da pobreza 

Premiado: Universidade Federal de Santa Maria 

ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável 

Premiado: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

ODS 3 – Saúde e bem-estar 

Premiado: Fundação Getúlio Vargas 

ODS 4 – Educação de qualidade 

Premiado: Hospital Israelita Albert Einstein 

ODS 5 – Igualdade de gênero 

Premiado: Universidade Federal de Ouro Preto 

ODS 6 – Água potável e saneamento 

Premiado: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 

ODS 7 – Energia limpa e acessível 

Premiado: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia 

ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico 

Premiado: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

ODS 9 – Indústria, inovação, infraestrutura 

Premiado: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 

ODS 10 – Redução das desigualdades 

Premiado: Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre 

ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis 

Premiado: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 

ODS 12 – Consumo e produção responsáveis 

Premiado: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 

ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima 

Premiado: Universidade Federal de Itajubá 

ODS 14 – Vida na água 

Premiado: Universidade Federal de Goiás 

ODS 15 – Vida terrestre 

Premiado: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 

ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes 

Premiado: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 

*Menção especial por seu destaque nos ODS 1 – Erradicação da pobreza, ODS 3 – Saúde e bem-estar, ODS 5 – Igualdade de gênero, ODS 10 – Redução das desigualdades, ODS 12 – Consumo e produção responsáveis, ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes, no Nordeste. – Universidade Federal de Sergipe 

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