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O início do mês de março foi marcado pelo movimento do governo brasileiro em aumentar em 9,2% das tarifas de exportação do petróleo cru, com o objetivo de aumentar a arrecadação ao longo dos próximos 4 meses, sem interferir nas políticas de preços da Petrobras. O Ministério da Fazenda estimou a redução de 1% no lucro da Petrobras, mas de que forma estas medidas influenciam os consumidores e impactam na Economia brasileira? 

Para entender melhor essa iniciativa, conversamos com o pesquisador e coordenador do Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento da PUCRS Augusto Mussi Alvim.  

Fatores que influenciam o preço da gasolina 

São muitos os fatores que compõe o preço final da gasolina no Brasil, como: preço do petróleo; política de preços da Petrobras; refino, distribuição e revenda; preço do etanol e impostos. Dito isso, fatores internacionais como a guerra entre Rússia e Ucrânia influenciam os valores do barril de petróleo e, consequentemente, o preço da gasolina brasileira. Além disso, especialistas explicam que o país é autossuficiente na extração de petróleo, porém falta capacidade produtiva de refino no volume que a demanda brasileira exige, por conta disso, é necessário importar combustível.  

A carga tributária é outra questão de preocupação para o governo que afeta no preço da gasolina. Os principais impostos que participam da composição do preço da gasolina são o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o tributo federal Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), o Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e o Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Os dois últimos são programas que incidem sobre a gasolina e visam promover os direitos dos trabalhadores e distribuir melhor a renda nacional e, da mesma forma, beneficiar áreas como a previdência social, a saúde e a assistência social. 

Quais foram as mudanças 

Na gasolina comum, as medidas irão modificar a cobrança do PIS/Cofins para R$ 0,47 por litro. Já o etanol será reonerado, ou seja, tributado novamente, em R$ 0,02 por litro e o impacto para a gasolina será de R$ 0,34 por litro, considerando a redução de R$ 0,13 sobre o combustível, divulgada pela Petrobras. Enquanto isso, a Cide segue zerada, e o gás de cozinha, o óleo diesel e o querosene de aviação ficam isentos por pelo menos quatro meses. 

A expectativa do Ministério da Fazenda com estas mudanças é arrecadar R$ 6,6 bilhões. De acordo com Alvim, a iniciativa do governo em aumentar os tributos sobre a exportação deve reduzir o total de exportações e aumentar a oferta de petróleo cru nos meses de vigência desta medida.  

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Porém, o docente explica que, mesmo com estas ações, não deverá ocorrer a atração de novas empresas para o refino de petróleo, conforme pelo Ministério de Minas e Energia. Em sua previsão para os próximos meses, o pesquisador destaca que os efeitos líquidos sobre os Investimentos Diretos Estrangeiros neste segmento de mercado devem ser negativos.   

Vantagens e desvantagens 

Neste cenário, o professor destaca que as vantagens são (1) maior arrecadação do governo federal nos próximos meses, sem interferir na política de preços da Petrobrás e (2) menor preço de petróleo cru no mercado brasileiro devido ao imposto.  

Já as desvantagens são (1) mudança nos preços das ações das empresas do setor devido à queda esperada no lucro das empresas; (2) reduz a confiança de investidores estrangeiros no mercado brasileiro, na medida que o governo altera as regras do jogo de forma inesperada.   

Ainda sobre o tema, Alvim destaca que as medidas impactam a Petrobras nos seguintes pontos: (1) queda temporária no lucro da empresa; (2) redução temporária no preço das ações; (3) aumento dos estoques de petróleo cru. 

Impacto no consumidor 

O pesquisador esclarece que os consumidores de gasolina e diesel não devem ser afetados especificamente por essas medidas. Esse fator ocorre basicamente porque não existem perspectivas de aumento/redução da oferta ou das importações de combustíveis. De qualquer maneira, os consumidores terão maiores preços de combustíveis devido ao retorno da cobrança de PIS e Cofins, os quais não eram aplicados desde o início de 2022.  

“Essa medida de retorno dos impostos federais (PIS e Cofins) segue a mesma linha dos tributos sobre a exportação, e tem por objetivo aumentar a arrecadação federal ainda em 2023”, finaliza Alvim.

Foto: Igor Bandera

O Brasil já foi mais feliz: de acordo com o ranking World Happiness Report (WHR), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) criado em 2011, o país caiu 11 posições no ranking que mede a felicidade da população. A pesquisa é atualizada a partir de triênios, e o Brasil que ocupava a posição 38º no último ranking (2019 a 2021), se encontra agora na 49ª posição com dados referentes ao triênio de 2020 a 2022.  

Para chegar nesses resultados, o Relatório Mundial da Felicidade é medido a partir de sete indicadores principais, tendo a pergunta “qual nota, entre 0 e 10, você daria a sua vida?” como indicador principal. O estudo também leva em consideração as realidades de cada país, como PIB per capita, apoio social, expectativa de vida saudável, liberdade, generosidade e percepção de corrupção. 

A partir da apresentação do Relatório Mundial da Felicidade ao primeiro-ministro do Butão Jigmi Y. Thinley e ao economista norte-americano Jeffrey D. Sachs, a ONU decidiu proclamar o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade. Como uma forma de promover a felicidade e a alegria entre os povos, a criação da data está alinhada a uma agenda global que busca proporcionar felicidade a todos os povos do planeta. 

O pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Wagner De Lara Machado destaca que a felicidade é um fenômeno complexo que envolve nosso cérebro e a experiência subjetiva.  

“A felicidade está associada à modulação emocional e ao melhor funcionamento das células de defesa do corpo humano, por exemplo. Da mesma forma, a felicidade quando relacionada à autorrealização, se mostra associada a uma melhor regulação neuroendócrina, isto é, menos indicadores inflamatórios e aumentos dos neurotransmissores que geram bem-estar, como a serotonina, endorfina, dopamina e outros”, explica.     

Quais estímulos provocam a felicidade? 

Foto: Igor Bandera

A felicidade com frequência é descrita por especialistas como um estado de alegria, contentamento, satisfação, euforia entre outros afetos. Wagner explica que essa parte mais emocional da felicidade possui disparadores conhecidos como atividades prazerosas, eventos de vida positivos, e estados internos que possuem grande influência da personalidade.  

Nos casos em que a felicidade é concebida através da autorrealização, isto é, a expressão máxima do potencial pessoal, ela depende mais do engajamento em atividades que geram sentido e desenvolvimento contínuo alinhadas aos propósitos de vida de cada um.  

O docente da PUCRS conta que existem vários circuitos cerebrais envolvidos na experiência da felicidade. Por exemplo, as atividades que geram envolvimento profundo e sensação de significado, tendem a se associar com uma atividade do córtex pré-frontal e frontal. Já a felicidade advinda de estados emocionais mais intensos está associada a uma atividade do córtex orbitofrontal e do sistema límbico.   

Durante a pandemia de Covid-19, pesquisas evidenciaram o papel da felicidade na resiliência individual frente ao enfrentamento ao momento. De acordo com Wagner, nesses casos, a felicidade é tanto antecedente como consequência do processo de resiliência, dependendo do aspecto observado e da dinâmica do indivíduo.  

“Por exemplo, pessoas com uma percepção mais nítida do seu sentido e propósito de vida conseguiam lidar melhor com adversidades, mantendo seus níveis de motivação. Já os afetos positivos eram tanto resultado deste processo quanto antecedentes, uma vez que pessoas que experimentam mais afetos positivos podem ter uma melhor autorregulação emocional, mesmo frente a novos estressores”, finaliza o professor.

Projeto Mulheres na Ciência

Mais quatro universidades entraram no projeto, sendo duas britânicas e duas brasileiras: University College London (UCL), Glasgow Caledonian University (GCU), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e Universidade Feevale. Foto: Freepik

Depois da parceria entre PUCRS, UFRGS e King’s College London (KCL) no ano passado, o projeto Mulheres na Ciência foi contemplado novamente no edital Women in Science: Gender Equality Partnerships Call 2022, do British Council. Agora, o projeto conta com mais quatro universidades, sendo duas britânicas e duas brasileiras: University College London (UCL), Glasgow Caledonian University (GCU), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e Universidade Feevale 

Nesta nova etapa, as universidades brasileiras participantes irão trabalhar em um mapeamento de dados dentro das instituições, buscando entender onde as mulheres estão ou não representadas, avaliando cargos de liderança, áreas de maior concentração, entre outros. As universidades do Brasil contam com a mentoria das três instituições britânicas, contempladas pelo Athena Swan Charter. A iniciativa é do Reino Unido e busca de incentivar e reconhecer o compromisso de empresas com o avanço das carreiras das mulheres no emprego de ciência, tecnologia, engenharia, matemática e medicina.  

Além do levantamento de dados, o projeto também prevê um evento no segundo semestre de 2023, com conferências, rodas de conversa e workshops. As pesquisadoras britânicas que participam do projeto virão a Porto Alegre para integrar as atividades.  

O projeto é liderado por pesquisadoras da UFRGS (Aline Pan), KCL (Andrea Streit) e PUCRS (Maria Martha Campos), agora também recebendo as professoras Márcia Mesko (UFPEL), Juliane Fleck (Feevale), Patricia Munoz de Escalona (GCU) e Patricia Salinas (UCL). Junto a elas, outras pesquisadoras também apoiam as iniciativas do projeto, com o objetivo de promover igualdade de gênero e maior participação feminina nas áreas científicas.

O site do projeto, que hoje se propõe a divulgar as iniciativas e boas práticas dos trabalhos já realizados e mostrar as biografias de pesquisadoras das diferentes universidades, vai passar a contar também com a trajetória das novas pesquisadoras, assim como seus respectivos projetos. Conheça:  

PROJETO MULHERES NA CIÊNCIA

Além do conflito armado, a guerra também contribuiu para a geração desenfreada de fake news sobre os motivos e as consequências do combate / Foto: Pexels

No dia 24 de fevereiro de 2021, o presidente russo Vladimir Putin autorizou a invasão de tropas russas no território da Ucrânia. Desde então, milhares de russos e ucranianos foram impactados pelo conflito.  O número de mortes dessa guerra ainda é incerto, e pode variar de acordo com a fonte. Conforme a Organização da Nações Unidas (ONU), este dado está na faixa dos 7 mil. Porém, segundo jornais europeus, o número de vidas perdidas pode chegar a 300 mil. Além do conflito armado, a guerra também contribuiu para a geração desenfreada de fake news sobre os motivos e as consequências do combate. 

Uma guerra entre duas grandes potências, como Rússia e Ucrânia, possui diversos antecedentes. Alguns deles, oriundos da construção dos dois países. Para entender melhor esse cenário, conversamos com especialistas da PUCRS sobre esse primeiro ano. 

Os antecedentes da guerra 

Olhar para o passado é fundamental para compreender o conflito de hoje.  O professor do curso de História e Relações Internacionais da Escola de Humanidades Marçal de Menezes Paredes explica que um conflito desse porte tem diversas camadas de explicação. ”Do ponto de vista mais histórico, remete à herança do império russo a própria compreensão dos ucranianos e mesmo ao processo forte de russificação cultural e linguística operada desde o contexto estalinista na antiga União das Repúblicas Socialistas Sov­­­­­­­­­­­­­­­iéticas (URSS)”. 

O professor do curso de Relações Internacionais da PUCRS João Jung explica que Rússia e Ucrânia compartilham origens semelhantes que remetem ao século X, na “Rússia de Kiev”. Ele pontua que, na época, os eslavos se dispersaram pela Europa atraídos pela influência do Império Bizantino e, hoje, se encontram espalhados entre países como Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, entre outros.  

Além da relação histórica do conflito, há também questões geopolíticas contemporâneas que acabaram influenciando a guerra. Marçal Paredes explica que o problema já começa na dissolução do comunismo, pois tanto a Europa como os Estados Unidos não souberam administrar a herança da antiga União Soviética.  

“Houve hipocrisias e erros de cálculo em várias dimensões, das quais destaco apenas algumas: a tentativa de incorporar a oligarquia russa no cenário econômico ocidental, tentando, com isso, gerir politicamente (e à distância) a autocracia de Putin (seja através da lavagem de dinheiro, seja nos projetos de infraestrutura). Houve também traição (por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e dos Estados Unidos da América (EUA) da promessa de não-expansão em direção aos países surgidos do final da União Soviética – tendo havido, também, por parte da Rússia, a traição na promessa de desenvolver no regime pós-soviético de Moscow (e que está ligada ao fato da Ucrânia ter abdicado do seu arsenal atômico no final dos anos 1990)”.  

Marçal ainda ressalta que, ao olharmos a história recente, principalmente da Rússia, fica ainda mais claro quais motivações levaram ao conflito. Enquanto Putin declarava expansão da OTAN em 2008, em Bucaraste, na Romênia, e a tomada da Criméia (território Ucraniano), em 2014, o Ocidente seguiu de olhos fechados para a ambição de Putin. 

“Não houve resposta militar consistente, mantiveram-se acordos de gasodutos e até a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Todas essas estratégias falharam. Todas essas camadas de significado histórico-político desmoronaram e quem está pagando o preço (com vidas humanas) é a população ucraniana”, enfatiza o professor de História e Relações Internacionais.      

Leia também: Rússia e Ucrânia: pesquisadores da PUCRS analisam o conflito

Os impactos na Rússia e na Ucrânia 

Esse ano de conflito gerou perdas inimagináveis para as famílias russas, ucranianas e para pessoas de outros países que também se envolveram na guerra. Mesmo que ainda em curso, é possível estabelecer que, tanto Rússia como Ucrânia, foram drasticamente afetadas durante esse período. Para o professor de Relações Internacionais João Jung as duas potências saem enfraquecidas de alguma forma, ainda que em graus diferentes. 

Protesto a favor da Ucrânia

Tanto Rússia como Ucrânia saem enfraquecidos economicamente do conflito / Foto: Ehimetalor Akhere Unuabona/Unsplash

“A Ucrânia sai enfraquecida no ponto de vista econômico, pois sofreu muitas perdas estruturais e financeiras. Em contrapartida, ganha um relevante capital político, pois recebe uma atenção do Ocidente que não seria dada de outra forma. A escolha do presidente ucraniano Zelensky para Pessoa do Ano na revista TIMES em 2022 e a visita do presidente dos Estados Unidos Joe Biden ao território ucraniano, reforça a preferência do Ocidente pelo país”, destaca.  

 Já em relação ao país russo, João acredita que ele sai duplamente enfraquecido. “Politicamente, vemos a Rússia rachada com o Ocidente, o que é problemático tendo em vista que o país compartilha espaço em uma série de fóruns multilaterais, sendo o Conselho de Segurança da ONU o caso mais emblemático. Economicamente, a Rússia passa por uma crise principalmente em relação ao estrangulamento das relações com a União Europeia, vital à economia russa. O boicote econômico Ocidental cortou importantes divisas do país, fenômeno que não se agravou apenas graças à China, que aproveitou esta lacuna e passou a se aproximar economicamente da Rússia, embora, politicamente, o país asiático se mantenha neutro em relação ao conflito”.

A guerra também gerou uma crise imigratória. Ucranianos e russos, em menor quantidade, precisaram deixar suas casas devido ao conflito armado iniciado no ano passado. Para Marçal Paredes, ser refugiado de guerra é deixar praticamente tudo para trás. 

“O refugiado é vítima de uma violência indescritível do ponto de vista humano e existencial. Afetos, memórias, relações sociais, tudo é abandonado. Não se refaz a vida noutra cultura, nem de maneira fácil, nem de forma rápida. É uma adaptação que pode durar gerações.” 

O fim da guerra e o futuro das relações internacionais 

O conflito ainda persiste apesar das tentativas de paz. Recentemente, o Brasil deixou claro seu posicionamento em relação aos conflitos na Assembleia da ONU. Para o professor da Escola de Humanidades Augusto Neftali a posição brasileira condiz com a política externa já adotada pelo país e com a preservação dos interesses do Brasil no mundo atual. 

“O Brasil é um país relativamente distante do conflito, sobre o qual tem pouca capacidade de ingerência. O movimento recentemente realizado em âmbito presidencial, no sentido de incentivar negociações para a paz, não encontrou um momento adequado para prosperar. Cabe ao Brasil observar os desdobramentos da guerra e seus reflexos diplomáticos e comerciais, preservando sua autonomia estratégica e, guiado pelos princípios constitucionais das relações internacionais, defendendo os interesses nacionais brasileiros.” 

Cartaz com "Stop War" (Pare a guerra)

O número de mortes causadas pela guerra ainda é incerto, mas de acordo com a ONU, aproximadamente 7 mil pessoas já perderam a vida no conflito / Foto: Tong Su/Unsplash

No entanto, é inegável que a resolução dessa guerra irá trazer uma mudança quando se fala de geopolítica e relações internacionais. Para Marçal Paredes, nesse primeiro ano de conflito, quem realmente ganhou foi a indústria bélica. No entanto, o professor pondera que a Guerra na Ucrânia mudou totalmente a União Europeia. 

“O encerramento da guerra irá pautar o novo sistema internacional que irá vigorar nas próximas décadas do século XXI. Por isso esta guerra é tão importante. Além de tratar do futuro da Ucrânia e mesmo do regime de Putin, na Rússia, um suposto final da guerra terá repercussões quanto às ambições da China sobre Taiwan e mesmo no próprio sistema de alianças internacional do Pacífico Sul (que engloba os interesses dos EUA, mas também se articula ao papel da Austrália, do Japão, da questão das Coreias, etc.).” 

O professor de Relações Internacionais, João Jung, avalia que mesmo que haja uma dissolução do conflito, isso não significa que as coisas irão voltar ao normal. “Aquela sempre será uma zona delicada. Digo aos meus alunos que existem regiões no mundo que são como um “caldeirão”, nas quais, historicamente, há uma série de variáveis permanentes que incitam a eclosão de um conflito de tempos em tempos; o Leste europeu, e em especial a Ucrânia, se encaixa aqui. Outros casos, para exemplificar, seriam o que concerne às relações China-Taiwan, às duas Coreias e à Transcaucásia. Agora, esses conflitos iminentes podem ser atenuados ou amplificados. No que tange às relações Rússia-Ucrânia, tudo vai depender daquilo que for acordado no fim do atual conflito, o que alguma hora irá chegar”, classifica João. 

 

 

O projeto conta com a participação do professor Angelo Brandelli Costa, da professora Lisiane Bizarro (UFRGS), do professor Paulo Boggio (UPM), e também estudantes dos grupos de pesquisa da PUCRS e da UFRGS

A PUCRS recebeu recentemente professores atuantes no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neurociência Social e Afetiva (INCT-NESA). O encontro reuniu os pesquisadores Paulo Boggio, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e coordenador do INCT-NESA, Lisiane Bizarro, professora de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Angelo Brandelli, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS Angelo Brandelli.

O instituto quer atuar em projetos que buscam compreender como diferentes características individuais e de grupo podem explicar os complexos fenômenos sociais associados aos desafios atuais e aos problemas apontados na Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável: “Investigamos os efeitos de características individuais, sociais e fatores contextuais na percepção e no comportamento das pessoas, em diferentes cenários”, enfatiza Angelo. 

De acordo com o professor Paulo Boggio, o projeto pretende conduzir experimentos multicêntricos em diversos tópicos da neurociência afetiva e social, como tomada de decisão social em tarefas de cooperação e competição, julgamento moral, influência de vieses cognitivos e sociais na percepção e no comportamento, crenças conspiratórias e fake news, entre outros. “Os desafios complexos a serem investigados em nosso INCT-NESA exigem uma abordagem interdisciplinar e sinérgica”, afirma.   

O grupo contempla pesquisadores, professores, alunos de graduação, mestrado e pós-doutorado, além de uma forte rede internacional de colaboração nas áreas de Psicologia, Neurociências, Linguística, Filosofia e Antropologia. Ao todo, o INCT-NESA conta com pesquisadores credenciados de oito instituições brasileiras além de outras 15 instituições internacionais como Massachusetts Institute of Technology, University of Cambridge e Princeton University. 

Para Angelo, cada profissional acaba trazendo o conhecimento de suas estruturas de pesquisa, fazendo com que haja uma troca constante entre o grupo, além de um olhar multidisciplinar para as questões complexas da neurociência social e afetiva.

“Estamos particularmente interessados nos fenômenos humanos relacionados a problemas como mudanças climáticas, desigualdade social, conflitos intergrupais e radicalização política. Buscamos conhecimentos que proporcionem à sociedade estratégias para dirimir conflitos, promover cooperação e solucionar desafios complexos, sempre com respeito à coletividade e à diversidade humanas”, adiciona. 

Foto: Rodnae Productions/Pexels

Com o título Herdeiras – Narrativas Biográficas de Três Gerações de Mulheres Negras em Três Regiões de Economia Escravista, o projeto do professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS Hermílio Santos foi selecionado para participar do Programa Cátedra Tübingen da Universidade de Tübingen na Alemanha. A pesquisa busca entender três períodos escravistas da história do Brasil: o ciclo do açúcar em Pernambuco, o do ouro e do diamante em Minas Gerais, e do Charque no Rio Grande do Sul.  

Para realizar a pesquisa, Hermílio utiliza como único método a análise reconstrutiva de narrativas biográficas de três gerações de mulheres negras de uma mesma família que residem em regiões marcadas pela exploração da mão-de-obra escravizada. Como sociólogo, tem interesse em compreender a sociedade brasileira contemporânea, mas para isso o professor acredita que é preciso olhar para a história para compreender o presente e poder enfrentar o futuro. 

“A gente não pode, tendo essa experiência de mais de 300 anos de escravidão, eu diria até que a gente não vai a lugar nenhum se a gente não compreender como esse fenômeno da experiência escravocrata de toda a sociedade brasileira, de norte a sul, chega aos nossos dias. Sobretudo para a população negra, em especial para as mulheres negras que são o tema da minha pesquisa.” 

A pesquisa ainda está no início, porém o professor já conseguiu observar que a escravidão brasileira é muito mais complexa do que aparenta, e por isso vai exigir um minucioso estudo sociológico sobre o assunto.  

“As entrevistas com essas famílias vão revelar como a herança escravista está presente e como está ausente. O que eu tenho visto até agora é que o tema da escravidão em algumas famílias não é sequer mencionado de uma geração para outra. Algumas mencionam os seus preconceitos, mas até agora na pesquisa raramente vejo essa menção”. 

Intercambio acadêmico com a Alemanha 

Hermílio Santos

Foto: Bruno Todeschini

Com parceria da CAPES e da Universidade de Tübingen, o objetivo do Programa Cátedra Tübingen é realizar um intercâmbio acadêmico entre universidades e centros de pesquisa brasileiros e alemães. A Universidade de Tübingen mantém um Centro de Estudos Latino-Americano e Brasileiro, e o professor Hermílio ressalta que a Alemanha possui grande interesse no Brasil, logo levar a pesquisa ao país faz todo o sentido.  

“E a gente não pode esquecer que a Alemanha, por ser um país com atuação Global, com as suas empresas, governo e organizações civis atuando globalmente. E eles também têm uma presença forte na sociedade brasileira, então eles prezam muito conhecer a sociedade nas quais atuam, que é o caso da sociedade brasileira” 

O professor ministrar um seminário e palestras sobre o tema na Alemanha, e com o intercâmbio entre as universidades, Hermílio espera que os estudantes se interessem pela temática e venham ao Brasil e à PUCRS. “Quero que venham e vejam a PUCRS como uma universidade onde eles poderão fazer parte dos seus estudos de mestrado ou doutorado, por exemplo. Então a minha estratégia é despertar o interesse para poderem vir fazer parte dos seus estudos”, finaliza.  

Série de matérias vida pós-pandemia

Foto: Unsplash

Os efeitos da pandemia de Covid-19 na Educação serão o centro do debate entre pesquisadores de todo o Brasil, durante evento que acontece no Campus da PUCRS, nos dias 9 e 10 de março. O encontro é promovido pela Rede Recupera Brasil, consórcio que une dez programas de pós-graduação e oito universidades do País para conduzir pesquisas sobre essa temática.  

A PUCRS participa da iniciativa com o Programa de intervenção multiprofissional de redução de danos da pandemia para estudantes, pais e professores: evidências de mapeamento cognitivo, de saúde física e mental, e laboral, que será implementado pela Rede Recupera Brasil por meio de edital concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O encontro acontece no Auditório 923, do Prédio 11, e conta com programação voltada para alunos do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS e demais alunos da graduação. Conforme o coordenador do projeto, professor Alexandre Anselmo Guilherme, a estimativa é que novos pesquisadores, doutorandos e mestrandos façam parte da Rede Recupera Brasil nos próximos anos, graças à disponibilização de bolsas do projeto.  

“A Capes foi muito feliz e visionária com os editais voltados para os efeitos da pandemia de Covid-19, criando redes de universidades brasileiras para o desenvolvimento de pesquisas voltadas para temáticas específicas”, pontua o professor. 

Sobre o programa 

O Programa de intervenção multiprofissional de redução de danos da pandemia para estudantes, pais e professores: evidências de mapeamento cognitivo, de saúde física e mental, e laboral iniciou em 2022 e tem vigência até 2026. A iniciativa é liderada pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUCRS e conta com a coordenação do professor Alexandre Anselmo Guilherme e com a participação dos docentes Wagner de Lara Machado, Manoela Ziebell de Oliveira, Ana Maria Pandolfo Feoli, Karen Priscila del Rio Szupszynski, assim como o pesquisador de pós-doutorado Nicolas de Oliveira Cardoso, e os doutorandos Juliana Markus e Felipe de Oliveira.   

Além da participação da PUCRS, a Rede Recupera Brasil engloba docentes e discentes das universidades Mackenzie, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Católica de Brasília (UCB), Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Universidade FEEVALE e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).  

Serviço:   

O quê: Evento Rede Recupera Brasil   

Data: 9 e 10 de março 

Horário: das 10h às 12h, das 14h às 16 e das 16h30 às 18h 

Local: Auditório 923º andar, prédio 11.  

Em 2021, 31,5% das mulheres ativas no mercado de trabalho tinham Ensino Superior completo, no Rio Grande do Sul. Enquanto isso, entre os homens, esse percentual era de apenas 21%. Por outro lado, 35,2% dos homens haviam estudado somente até o Ensino Fundamental, já entre as mulheres esse percentual é de 23,3%. A maior escolaridade entre as mulheres, no entanto, não conseguiu garantir uma equiparação da renda do trabalho entre gaúchas e gaúchos.

Nesse mesmo ano, o rendimento do trabalho entre os homens era 37,2% maior do que entre as mulheres: enquanto elas recebiam uma renda média de R$2.380, a deles era de R$3.267. E mesmo entre mulheres e homens com a mesma qualificação, a desigualdade se mantém. Se, para os homens com Ensino Superior completo a renda média é de R$6.589, entre as mulheres a renda cai para R$3.888.

Estes e outros dados sobre o tema estão reunidos no Levantamento Sobre Desigualdade de Gênero no Rio Grande do Sul, produzido pelo PUCRS Data Social: Laboratório de desigualdades, pobreza e mercado de trabalho. A fonte das informações é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações dizem respeito à população ativa no mercado de trabalho, com idade entre 25 e 64 anos. Todos os valores de rendimento estão deflacionados para preços médios de 2021.

Conjunto de fatores impacta na renda das mulheres

Os dados do levantamento refletem que as mulheres estão sobrerepresentadas na base da pirâmide da renda do trabalho no Rio Grande do Sul, de modo que apenas uma pequena parcela consegue se aproximar do topo daquela distribuição. Apesar de representarem aproximadamente 43,2% da população ocupada do estado, entre os 10% com maiores rendimentos, somente 30% são mulheres. Já no estrato inferior, dos 10% de trabalhadores com menores rendimentos, uma maioria de 57,7% são mulheres.

“Essa predominância de mulheres ocupando cargos de menor remuneração pode estar associada a um conjunto de fatores individuais, familiares e sociais que vão desde a existência de profissões consideradas mais femininas até as barreiras efetivas que as mulheres enfrentam para ascender aos cargos de melhor remuneração”, explica Izete Bagolin, pesquisadora do PUCRS Data Social.

O estudo também mostra, a partir de técnicas de decomposição estatística, que mesmo quando consideramos fatores como a experiência no trabalho, a carga horária, o nível educacional, o setor de atividade, a posição na ocupação, o local de moradia, entre outras características, permanece uma importante desvantagem de 24% no salário das mulheres em relação ao dos homens. Ou seja, mesmo quando comparamos mulheres e homens semelhantes em termos das características acima citadas, mulheres tendem a ter uma renda do trabalho significativamente menor.

Segundo Andre Salata, coordenador do PUCRS Data Social, os resultados vão ao encontro de trabalhos anteriormente realizados, sugerindo que o gênero é um elemento relevante no mercado de trabalho, em prejuízo das mulheres.

“Parte significativa dessa desigualdade poderia ser provavelmente atribuída a fatores não controlados pelos modelos estatísticos, como as diferenças de áreas de formação conforme o sexo, por exemplo”.

Em nove anos, disparidade de renda teve alteração de 0,6%  

Como um de seus resultados mais relevantes, o estudo aponta que essa desigualdade de renda atribuída ao gênero não apresenta nenhum sinal mais evidente de redução ao longo dos últimos anos aqui no RS. Conforme já informado, em 2021 mulheres sofriam uma redução de 24% em seu rendimento quando comparadas a homens com características semelhantes.

Nove anos antes, no início da série histórica da PNADc, esse percentual era muito parecido, de 24,6%. Portanto, no espaço de quase uma década, e apesar de algumas variações, não há indicação de reduções na desvantagem sofrida por mulheres no mercado de trabalho gaúcho.

“Esse diferencial negativo de renda, não explicado por fatores produtivos e potencialmente associado a fatores individuais ou não relacionados diretamente ao trabalho, tem caráter mais estrutural do que conjuntural. Mudar essa realidade implica repensar elementos sociais mais profundos”, ressalta Ely José de Mattos, coordenador do PUCRS Data Social.

Os resultados mostram que a vantagem dos homens tende a aumentar conforme aumentam os anos de escolaridade. Isso acontece, segundo Salata, porque o prêmio pago por cada ano de estudo é menor para mulheres do que para homens, sendo este um dos principais fatores explicando a desigualdade verificada.

“Como consequência, enquanto a renda predita para homens com 4 anos de estudo é 19,5% maior do que aquela para mulheres com a mesma escolaridade, entre indivíduos com 15 anos de escolaridade aquela vantagem sobe para 29,5%”, finaliza.

Foto: Camila Cunha

Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos representam atualmente 14,7% da população brasileira – 31,23 milhões de pessoas, em números absolutos. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em julho de 2022. Diante de um contexto em que as pessoas acima dos 60 anos ocupam uma parcela demográfica cada vez maior, é fundamental que se pense em quais aspectos podem melhorar a qualidade de vida delas, promovendo o envelhecimento saudável. 

Esse é o tema da pesquisa Avaliação do Programa de Incentivo à Atividade Física Para Idosos (PIAFI), coordenada por Rafael Baptista, professor e pesquisador do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG), da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. O objetivo da pesquisa é investigar os fatores que podem contribuir para o envelhecimento saudável, como a cognição e a interação social, tendo como foco a promoção de atividades físicas e cognitivas para idosos. Entrevistas, avaliações físicas e cognitivas, e análises de dados qualitativos e quantitativos estão entre os métodos utilizados na pesquisa.  

Fatores que contribuem para o envelhecimento saudável 

O estudo realizado pelo Laboratório de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física da PUCRS, a partir dos idosos que participam do Programa PIAFI, também da PUCRS, busca investigar as relações entre a saúde e o bem-estar dos idosos. O professor Rafael explica que isso é feito por meio da implementação de atividades físicas, cognitivas e sociais que atendam às necessidades individuais de cada participante. “Isso envolve a avaliação biomecânica da marcha dos idosos, testes funcionais e avaliação da composição corporal. Esses procedimentos fornecem informações importantes sobre o estado de saúde geral do indivíduo e ajudam a orientar a prescrição de exercícios e outras atividades”, destaca ele. 

Rafael conta que os resultados da pesquisa têm se mostrado promissores: segundo ele, as descobertas iniciais apontam que a prática regular de atividades físicas da melhor idade traz grandes benefícios para o envelhecimento saudável, principalmente em termos de mobilidade, autonomia e funcionalidade dos idosos. No entanto, ele destaca que os exercícios físicos não são um fator isolado: 

“A nossa pesquisa adota uma abordagem mais holística e integrada, que considera uma variedade de fatores, incluindo atividades físicas, cognitivas e sociais, avaliação biomecânica da marcha, testes funcionais e composição corporal, a fim de promover o bem-estar e a saúde dos idosos de forma geral.” 

Rafael Baptista, professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, coordena o projeto/ Foto: Jonathan Heckler

O projeto de pesquisa, coordenado por Rafael, também envolve aproximadamente dez pesquisadores e professores, além de alunos de graduação e pós-graduação da Universidade que participam como bolsistas ou voluntários. A pesquisa também conta com uma parceria entre a PUCRS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio da participação de professores e doutorandos da instituição. Outra parceria que, segundo o coordenador, tem se mostrado fundamental para o sucesso da pesquisa, é com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que fornece recursos para a implementação do PIAFI. “Isso também possibilita a identificação de idosos que podem participar da pesquisa e a coleta de dados em um contexto real de atendimento à população idosa”, acrescenta ele. 

Quer se aprofundar no assunto?  

Seguindo essa linha, o PUCRS Online abriu as inscrições para a Pós-Graduação em Envelhecimento saudável: Prevenção, Tratamento e Cuidado. O curso tem o objetivo de formar profissionais capacitados para atuar no campo do envelhecimento humano, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Além disso, aborda temas como biologia do envelhecimento, cuidado em saúde, políticas públicas, entre outros.  

O curso é 100% online, trazendo em seu corpo docente tanto professores da PUCRS quanto professores convidados. “Pessoas interessadas em realizar apenas uma ou outra disciplina do curso podem fazê-lo como disciplinas isoladas e recebem um certificado de curso de extensão”, pontua Rafael. Além disso, a pós-graduação se conecta com a pesquisa em andamento: 

“Há planos de promover a integração entre a pesquisa e o curso, por meio da realização de atividades em conjunto, como a promoção de eventos, seminários e cursos para a comunidade. Mas a principal integração é que o PIAFI pode se apresentar como um excelente laboratório para a realização de TCCs”, revela.

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O IPR fica localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). / Foto: Giordano Toldo

O Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) conquistou a acreditação internacional da ANSI National Accreditation Board (ANAB), o maior órgão de acreditação da América do Norte que presta serviços em mais de 75 países. 

O título foi conquistado para duas normas: a ISO/IEC 17025 que estabelece os requisitos gerais para competência técnica de laboratórios, incluindo a gestão da qualidade, confiabilidade e rastreabilidade dos dados, e a ISO 17034 que está relacionada a produção de Materiais de Referência Certificados (MRC), com os requisitos para que esses materiais sejam produzidos de forma consistente, garantindo exatidão e rastreabilidade metrológica destes padrões.

“Iniciamos nosso processo de acreditação do Instituto em meados de 2021 com a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, focados na qualificação de nossos processos e equipe”, comenta o diretor Felipe Dalla Vecchia. O ANAB avaliou o IPR com base nos requisitos exigidos para as duas normas, processo que foi finalizado sem nenhuma não conformidade registrada.  

“A acreditação internacional do IPR evidencia nossa busca por qualidade, seja em nossos laboratórios e processos, quanto em equipe, serviços e pesquisa. Agora, os resultados emitidos pelo IPR podem ser aceitos em qualquer país do mundo, como sendo dados válidos e confiáveis, adiciona o Gerente da Qualidade do Instituto, o Filipe Albano.  

Instituto de pesquisa que desenvolve soluções de PD&I, serviços e produtos focados em óleo e gás, energia, recursos naturais e meio ambiente, foi criado em 2014 como uma extensão do Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono (Cepac). O IPR fica localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). 

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