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Champagnat deu início à missão marista, inspirando a ser presença significativa na educação básica, no ensino superior, na saúde, na atuação social e missionária.

Marcelino José Bento Champagnat, hoje Santo da Igreja Católica, era um jovem movido por convicções e não foi indiferente à sua realidade. Ele deu início à missão marista e nos inspira a ser presença significativa na educação básica, no ensino superior, na saúde, na atuação social e missionária. A tradicional celebração eucarística pelo seu dia será realizada nesta sexta-feira, dia 5, às 18h30, com transmissão online no canal do YouTube da PUCRS.

Com apenas 27 anos e descontente com o modelo de educação de sua época, especialmente o abandono de crianças e jovens, decidiu fundar uma instituição católica dedicada à educação na zona rural da França, em 1817. Ao longo dos anos, foi se constituindo enquanto pessoa a partir de onde os seus pés pisavam: nasceu em uma família muito simples, em Rosey, em plena Revolução Francesa; morou em Lyon, La Valla, l’Hermitage; andou por Paris e tantas outras cidades do país.

A missão marista iniciou no Brasil em 1897 com a chegada dos primeiros Irmãos Maristas. Presente em mais de 80 países nos cinco continentes, hoje está organizada em três unidades administrativas, que envolve, todos os dias, milhares de vidas.

Rede Global de Escolas Maristas

Em todos os cantos do mundo existem mais de 700 escolas da Rede Marista. São diretores, professores e estudantes que seguem os valores de São Marcelino Champagnat diariamente. A cada oito anos, a sede do Governo Geral Marista convida lideranças para refletir sobre a atualidade, definir diretrizes e pensar grandes estratégias. No último encontro, surgiu o propósito de criar uma Rede Global de Escolas Maristas.

Como membro da Comissão Internacional de Missão Marista, Ir. Manuir Mentges, pró-reitor de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, conectou o Laboratório de Criatividade do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, Tecnopuc Crialab à secretaria de Educação e Evangelização da sede do Governo Geral Marista, líder do projeto. Ir. Manuir Mentges destaca que a equipe do laboratório foi indicada pela capacidade de atuar nas interfaces entre diferentes áreas do conhecimento, através da cocriação, utilizando metodologias que potencializam a manifestação da criatividade e da inovação em projetos.

Após o desenvolvimento de uma consulta global com 16 mil participantes em 58 países, foram definidos tópicos para que a Rede Global de Escolas Maristas começasse a se consolidar: uma plataforma digital conectando toda a comunidade, o desenvolvimento de projetos com significados compartilhados, como os valores Maristas, e estratégias para o envolvimento de Escolas em situações político-econômicas extremas em que o acesso à internet é limitado.  Saiba Mais

Ser presença transformadora   

Em 2020, para marcar e dar mais significado para a data, especialmente em meio a um momento histórico e delicado pelo qual o mundo está passando, pessoas de diferentes frentes de missão foram convidadas para contar como o carisma marista se renova e permanece presente frente aos desafios de nosso tempo.

Confira os episódios:

Episódio 1 – Ir. Inacio Etges, presidente da Rede Marista

Episódio 2 – Marisa Machado, coordenadora pedagógica do Colégio Marista São Marcelino Champagnat

Episódio 3 – Carlos Sardi, diretor do Colégio Marista Santa Maria

Episódio 4 – Denise Marcarini, encarregada administrativa do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer)

Episódio 5 – Celita Fraporti, enfermeira supervisora do Ambulatório do Hospital São Lucas

Episódio 6 –  Temis Corte, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Episódio 7 – Ir. João Gutemberg Sampaio, Irmão Marista e animador da Comunidade Marista de Manaus/ Amazônia

 

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Atração na Rua da Cultura (2018) / Foto: Camila Cunha

“O acesso à cultura potencializa a aprendizagem e é uma ferramenta muito potente. Ela nos transposta desse lugar que estamos acostumados, seja ele qual for”. A frase de Andreia Mendes – professora de Psicologia na Escola de Ciências da Saúde e da Vida e de Pedagogia na Escola de Humanidades e pesquisadora da PUCRS –, evidencia a importância da cultura, além da arte e do entretenimento, mas também para a educação. Ainda, a área é um dos mercados que mais emprega profissionais – superando os setores automobilístico e calçadista, no Rio Grande do Sul, por exemplo – e gera impacto direto na economia.

“Cultura e educação, não. Cultura é educação” 

Ricardo Barberena, professor da Escola de Humanidades, relembra uma frase marcante de Fernanda Montenegro, a dama do teatro. “Durante a entrega do Mérito Cultural, ela negou esses dois campos como complementares, que estão lado a lado. Na verdade, temos que colocar um acento: ‘cultura é educação’”. Segundo Barberena, essa frase guia todas as ações do Instituto de Cultura da PUCRS, do qual é diretor.

Quanto mais se lê, visita museus, ouve músicas, transita no mundo da cultura, maior a potência e a capacidade de significação dentro desse grande enredo de existência que é a vida, afirma o professor. “Estudantes que estão instrumentalizados para trazer a cultura dentro da sua rotina, com diferentes históricos, formam uma força muito importante dentro dos grandes desafios e metodologias da educação. Isso aumenta a capacidade de criar interpretações e validações, de comparar o mundo. Trabalhar com cultura é trabalhar com a alteridade – a desproporção da vida – e ir em relação ao outro: outros hábitos, outra dança, outra forma de apreciar”, destaca.

“Mais eu me sensibilizo, me humanizo, me coloco diante da dor do outro” 

Segundo Barbarena um dos papéis da cultura é promover a empatia, na prática. “Para entender o mundo que não é o meu, mas aquele de determinadas dores e apreensões que eu não vivi. Quem consegue pensar nas diferentes manifestações do humano, tem a capacidade de aprender muito maior – no que se trata de conteúdo, de sala de aula”, conta. Essa tecnologia de sensibilização, humanização, sobrevivência, é um “artefato da maquinaria ética e estética que é a obra de arte”.

Mas o que é cultura?

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Feira do livro na Rua da Cultura (2018) / Foto: Bruno Todeschini

Segundo algumas definições encontradas em dicionários, de forma muito breve, cultura é o conjunto dos hábitos sociais e religiosos, das manifestações intelectuais e artísticas, que caracteriza uma sociedade. Segundo Andreia, o principal benefício é a chance de ampliação da própria possibilidade. “Da maneira como eu enxergo, da transposição de visão, da diversidade. A cultura traz essa outra visão do que é possível, de outras formas de pensar o enfrentamento, as dificuldades do próximo e do não tão próximo assim, como as pessoas estão se organizando”, destaca.

Educação multidisciplinar

Para Andreia, as escolas, assim como as universidades, têm que trabalhar com a cultura de uma forma transversal, em todos os conteúdos. “A gente precisa pensar que, quando estamos estudando um conteúdo de matemática, por exemplo, existe um histórico por meio da cultura que pode ser contextualizado ali. Articulando diferentes abordagens, é possível potencializar essa aprendizagem”, explica.

Diferentes plataformas, a mesma essência

A cultura, como o diferente, é o meio; a tecnologia, como a pessoa acessa, o consumo do conteúdo – comenta Andreia sobre o fenômeno das lives. As transmissões online ganharam lugar de destaque na agenda do público durante a pandemia, como alternativa aos grandes eventos e para evitar aglomerações. Segundo a professora, o acesso à cultura tem que ser livre, não elitizado: “Tem que estar nos espaços públicos, para todas as famílias”.

O Instituto de Cultura da PUCRS, por exemplo, desde o início da quarentena adaptou projetos e criou novos com foco nas plataformas digitais para levar conteúdo qualificado até as casas das pessoas. No Meu Canto, com lives de artistas gaúchos no Instagram; Live de Cabeceira, com entrevista online de escritores; Ateliê da Cultura, oferecendo oficinas gratuitas; e Ensaios de Morar, com produções de poemas em audiovisual, são algumas das iniciativas.

“Por mais que exista uma desvalorização da cultura, em diferentes instâncias, ela sempre volta a ser essa possibilidade de sobrevivência. No Instituto de Cultura, fazemos isso”, diz o diretor.

Cultura em números

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Di Ferrero na Rua da Cultura (2018) / Foto: Camila Cunha

A indústria criativa emprega mais de 130 mil pessoas no Rio Grande do Sul, segundo o levantamento do Departamento de Economia e Estatística do governo estadual, em 2019. Considerando as contratações formais (de carteira assinada), o setor supera os 111 mil contratados no setor calçadista e os 105 mil nas montadoras automobilísticas.

A arte existe porque a realidade não basta  

A frase de Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira – escritor, poeta e crítico de arte –, ilustra um resultado divulgado no relatório de Cultura nas Capitais, da JLeiva Cultura & Esporte: quanto maior o nível de escolaridade, mais as pessoas acessam a cultura. Ao serem questionados sobre suas atividades culturais, o número de entrevistados com ensino superior que demonstraram consumir serviços, ou frequentar espaços culturais, era pelo menos o dobro dos que tinham estudado apenas até o Ensino Fundamental.

Ao olhar para os caminhos das grandes universidades ao redor do mundo, sempre se pensa no ser humano pleno, que trabalha o corpo e a mente, explica Barberena. “Quanto maior a capacidade de trânsito cultural, maior a capacidade de galgar novas instancias dentro do ambiente universitário e educativo. De pensar no conhecimento e combater um dos grandes males do mundo contemporâneo: o analfabetismo afetivo, a falta de empatia, não se sentir abalado diante da dor do outro”, complementa.

Leia também: A Educação do futuro é agora, multidisciplinar e experimental

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Foto: Divulgação

Com o intuito de colaborar para a superação da crise provocada pela Covid-19, a Rede Urbanismo Contra o Corona está atuando em ações de médio e longo prazo para ampliar a capacidade de resposta da sociedade contra o coronavírus. Entre as ações, está o financiamento coletivo para doações de cestas básicas para comunidades, com a meta de arrecadar, a cada 15 dias, 100 cestas com itens de alimentação e higiene, totalizando um valor aproximado de R$ 11.135,00. As comunidades Vida Nova e São Judas Tadeu, localizadas ao lado do campus da PUCRS, estão entre os locais beneficiados pelas doaçõesPara contribuir e fazer parte dessa rede de solidariedade, basta clicar aqui.

A entrega das cestas é feita por conta dos fornecedores, sem envolver alunos em qualquer situação de risco. A iniciativa também disponibiliza um portal online para prestação de contas, em que é possível consultar as notas fiscais e os locais para onde as doações estão sendo direcionadas. Até o momento já foram entregues mais de 300 cestas básicas, por meio de doações diretas.

Sobre a iniciativa 

Rede Urbanismo Contra o Corona – núcleo RS é uma rede autônoma, expansiva e aberta, com atuação nacional, multidisciplinar de profissionais e estudantes que trabalham com cidades e habitação social, na perspectiva da saúde coletiva. Tendo como objetivo pensar e produzir soluções emergenciais para as cidades, com foco nas populações vulneráveis.

Na PUCRS, a rede está vinculada ao Programa de Extensão e Gestão das Atividades de Formação Continuada da Escola PolitécnicaO grupo de extensão está comprometido com o mapeamento da Avenida Ipiranga e com ações imediatas nas comunidades Vida Nova e São Judas Tadeu, a fim de garantir que as necessidades básicas sejam atendidas. Desta maneira, não lidando somente com os dados, mas também atuando no dia a dia das famílias. 

Inicia na primeira semana de junho a segunda etapa das obras de melhorias viárias no fluxo da Avenida Ipiranga, imediações do Campus da PUCRS, acordadas com a Prefeitura de Porto Alegre. A ação que começou com a construção de uma ponte sobre o Arroio Dilúvio, entregue à comunidade em agosto passado, visa melhorar o trânsito na região, além de facilitar o acesso à emergência do Hospital São Lucas (HSL) e demais serviços que integram o Campus da Saúde da PUCRS.

A segunda etapa, agora no estacionamento que dá acesso ao HSL, busca contemplar o aumento de circulação previsto com a ampliação dos serviços do Campus da Saúde, que abriga o hospital, o Instituto do Cérebro (InsCer), o Parque Esportivo, o Centro Clínico, entre outros serviços.

A conclusão da obra, que tem cronograma previsto para durar cerca de 120 dias, implica na inversão do fluxo viário no local. Com isso, a entrada passa a ser diretamente pela ponte e a saída deve ficar onde hoje está localizada a entrada, próximo ao Parque Esportivo.

Com essa etapa, outros dois problemas crônicos do trânsito no local devem ser resolvidos: a ampliação do número de vagas no hospital e o engarrafamento que costuma ocorrer na Ipiranga, na entrada do Campus, ocasionado pelo curto espaço entre as cancelas e a rua. No novo modelo, as cancelas vão ficar cerca de 100 metros na área interna e haverá espaço suficiente para aliviar o trânsito em momentos de pico.

EAD, empatia, ensino à distância, relações acadêmicas

Foto: Alexandra Koch / Pixabay

*texto originalmente publicado no jornal Zero Hora em 27 de maio de 2020

Se no primeiro dia de aula nos contassem que em uma semana estaríamos isolados em casa, não acreditaríamos. Por mais que as previsões fossem certeiras, não imaginávamos a rotina alterada tão drasticamente. Esse turbilhão afetou todos: amigos, parentes, professores e alunos. A modalidade EAD passou a ser uma imposição, nos fazendo rever hábitos, prazos e, principalmente, relações.

O novo cenário nos obriga a perceber o outro com mais empatia, capacidade a partir de então indispensável. Precisamos uns dos outros! Nas salas de aula virtuais, separados por telas, nos vemos, quem diria, com mais profundidade. O professor, figura de mestre, intocável, quase inabalável, ganhou uma faceta mais humana. Os filhos também lhes cobram atenção, a louça na pia, o almoço por fazer, os cachorros latindo ao fundo. Percebemos que o professor é também um aprendiz. Se antes a metodologia era expositiva, hoje é o diálogo que prevalece. As aulas tornam-se quase sessões de terapia em grupo, já que, além de aprender, precisamos todos sobreviver.

As relações acadêmicas estão mais amorosas. Talvez era disso que precisávamos. A compreensão e a amizade cresceram, vimos, enfim, que estamos todos no mesmo barco, tentando entender nosso papel na sociedade e nos adaptar à nova realidade. Os professores esforçam-se para ensinar; os alunos, para aprender. Revela-se, com mais ênfase, a honrada missão educativa: formar o aluno cidadão, com senso crítico, empatia e humanidade.

Já que o mundo não para, e o aprendizado deve ser constante, nos adaptamos. É um alívio saber como aluna que, do outro lado da tela, o professor, disposto a dar o seu melhor, também precisa de ajuda – não carrega a verdade absoluta. Estamos todos aprendendo. Como seremos depois dessa? Difícil prever, mas aprendemos que o processo de ensino-aprendizagem passa pelo amor, pela empatia e pelo carinho, sendo assim, estaremos juntos e com nossos laços fortalecidos.

cartilhaNa última terça-feira, dia 18 de maio, completaram-se 20 anos de mobilização contra a violência sexual infantojuvenil. Marcada pela Lei Federal nº 9.970/2000 como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a data também relembra os 30 anos de criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e 20 anos do Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Além deste dia, a campanha nacional Faça Bonito – Proteja nossas Crianças e Adolescentes é permanente, e realizada durante todo o ano por meio da conscientização no enfrentamento.

Dados do Disque 100 mostram que, só em 2018, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. Segundo a matéria publicada pela Agência Brasil, a maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). Os números apontam que, mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas.

Compromisso com a proteção da vida

Atentos ao compromisso de proteção, a Rede Marista lançou neste mês a campanha Diálogo para o enfrentamento à violência sexual infantojuvenil, defendendo a promoção e o direto à vida em todas as fases. Buscando participar da construção de uma sociedade mais justa e fraterna, a Rede investiu na consolidação de políticas institucionais de promoção, proteção integral e defesa das crianças. Inspirada nos princípios de Marcelino Champagnat.

Para a ampliação da garantia dos diretos e execução das políticas de proteção da instituição, foi criada a Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente. Com objetivo promover esses direitos, por meio de ações de formação e conscientização, serão realizados debates, palestras e visitas aos órgãos públicos vinculados aos órgãos legais de enfrentamento.

Alguns conteúdos estão sendo abordados no portal institucional da Rede Marista e, em materiais compartilhados, com colaboradores dos Colégios, Unidades Sociais, PUCRS, Hospital São Lucas e InsCer. Um deles é uma cartilha com perguntas e respostas.

Como denunciar?

nascimento_de_champagnat (2)Nesta quarta-feira, 20 de maio, celebramos os 227 anos do nascimento de Marcelino Champagnat. Na Província, a data é comemorada com o Dia Provincial de Oração pelo Bicentenário Marista, em sintonia com a caminhada rumo aos 200 anos da instituição idealizada pelo fundador.

Seu testemunho de amor pelos jovens e crianças

Sendo um homem conhecido pela imensa fé, a vida de Marcelino foi um testemunho de humanidade e amor fraternal. Idealizando um projeto revolucionário de educação que se espalhou pelos continentes e conquistou muitos adeptos, essa foi a maneira que Champagnat demonstrou o amor que tinha pelos jovens e crianças, principalmente os que se encontravam em situações de vulnerabilidade social.

Episódios marcantes de sua biografia demonstram que, desde cedo, Champagnat já havia criado uma relação intensa com a questão educacional. Por ter vivenciado na pele as dificuldades de acesso a um sistema de ensino de qualidade, soube identificar as necessidades da comunidade, tornando-se sacerdote no ano de 1816.

Fundador do Instituto Marista

No dia 2 de janeiro de 1817, um ano depois do grande passo em sua vida religiosa, Champagnat criou o ponto de partida para o projeto do Instituto dos Irmãozinhos de Maria que, posteriormente, veio a se tornar o Instituto Marista. Falecido no dia 6 de junho de 1840, aos 51 anos – data que ficou conhecida como o Dia de São Marcelino Champagnat. Foi canonizado no dia 18 de abril de 1999, pelo então Papa João Paulo II, em reconhecimento às suas virtudes e legado.

Em tempos de coronavírus, as necessidades básicas se tornam ainda mais urgentes.

Em tempos de coronavírus, as necessidades básicas se tornam ainda mais urgentes.

Durante este período de incertezas, abalo na saúde e na economia, muitas famílias encontram-se em situações de vulnerabilidade quando se trata de necessidades básicas. Pensando nisso, o projeto Ação Comunidades, da Rede Marista, uniu-se com a empresa PareBem para ampliar a iniciativa solidária, disponibilizando um ponto de coleta no estacionamento da Escola de Negócios (prédio 50).

O projeto, lançado em abril, possui diversos postos de coleta organizados nos espaços maristas, convidando todos a colaborar com a doação de alimentos não-perecíveis, materiais de higiene, camisetas para a confecção de máscaras – seguindo as recomendações dos órgãos da saúde – e doações em dinheiro. As contribuições serão destinadas às comunidades atendidas atualmente pelas Unidades Sociais Maristas.

Missão Marista

A iniciativa tem como objetivo reforçar que a responsabilidade com esses locais vai além das atividades pedagógicas desenvolvidas nas escolas, colégios e centros sociais. As unidades buscam, também, colaborar com o desenvolvimento das famílias.

Ponto de coleta na PUCRS

Local: Estacionamento da Escola de Negócios (prédio 50)
Endereço: Rua Prof. Cristiano Fischer – Partenon, Porto Alegre – RS, 91370-190

Para doações em dinheiro:

Razão Social: Sociedade Meridional de Educação (Some)
CNPJ: 92.023.159/0001-40
Banco: Banrisul – 041
Agência: 0847
Conta: 06.855608.0 – 2

Mais informações e endereços dos outros pontos de coleta estão disponíveis neste link.

Webiar Rede Marista InternaionalNa última quinta-feira, 14, ocorreu o 1º Webinar da Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES), por meio da plataforma Zoom. O evento contou com a participação de cerca de 250 conexões de gestores e professores de diferentes Unidades Administrativas e Universidades Maristas ao redor do mundo. O diálogo promovido apresentou  os cenários e oportunidades da crise mundial, com foco no futuro das ações pedagógicas e acadêmicas no ensino superior e as possibilidades de ações colaborativas entre as instituições pertencentes à rede.

Com moderação do presidente do Comitê Executivo da Rede Marista de IES, Ir. Manuir Mentges, o evento iniciou com a abertura promovida pelo vigário-geral do Instituto Marista, Ir. Luis Carlos Gutierrez. Em sua fala de acolhida, ele destacou a nova época que está sendo vivenciada por todas sociedades em todo o mundo. “Estamos entrando em uma nova realidade, uma nova normalidade”, disse.  “Tais mudanças nos levam a refletir sobre novos projetos educativos, de serviços e novos modelos para as práticas de recursos humanos”, reforçou. Além disso, ele fortaleceu a importância da colaboração entre as instituições de ensino superior e recordou o planejamento estratégico da administração geral para a rede, que propõe três iniciativas: ser construtores de pontes, ser agentes de mudanças e promover lideranças servidoras. Na sequência, a programação foi dividida em três painéis de apresentação de cases de três universidades pertencentes à rede: a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(PUCRS), a  Pontifícia Universidade Católica  do Paraná (PUCPR), do Brasil e a Universidad Marcelino Champagnat (UMCh), do Peru.

A primeira temática Organização acadêmica em tempos de pandemia: Construindo possibilidades, foi conduzida pela professora Adriana Justin Cerveira Kampff, diretora de graduação da PUCRS. Ela trouxe o contexto do período que precedeu a suspensão das atividades presenciais no campus da PUCRS, no início de março. Ela lembrou que no momento de crise, muitas inquietações surgiram e que diante delas, foi possível retomar a essência da Universidade. “Somos uma instituição marista, inovadora e com responsabilidade social”, afirmou. Na sequência, o evento contou com a apresentação As IES Maristas no contexto pós-pandemia: Cenários e perspectivas, do professor Ir. Marino Latorre Ariño, diretor da Escola de pós-graduação da Universidad Marcelino Champagnat. Ele retomou as principais características de um mundo pós-pandêmia resumidas nos três I’s: imprevisíveis, incontroláveis e gerenciáveis. Com essa percepção, o professor salientou as teorias relacionadas ao mundo atual que reforçam um cenário de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade.

O último painel teve como tema Percursos para a Graduação online: Compartilhando experiências, conduzido pelo professor Vidal Martins, vice-reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Ele apresentou a trajetória de 15 anos de educação online da Universidade e fortaleceu que, para que as tecnologias educacionais sejam efetivas e prosperem, é necessário que a cultura para ambientes digitais de aprendizagem virtual seja formada.

Para o Ir. Manuir, movimentos como esse contribuem para o cenário desafiador pelo qual o mundo todo está passando. Ele lembrou que o convite para o evento trouxe uma inspiração do XXII Capítulo Geral do Instituto Marista que fortalecia a interdependência como um novo normal. “A primeira webinar da Rede Marista de Instituições de Educação Superior permitiu compartilhar boas práticas e nos fez compreender que, mesmo sendo de diferentes regiões, diferentes tamanhos, diferentes estruturas, somos complementares.

Conheça a Rede Marista Internacional de Educação Superior

A Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES) integra o conjunto das obras da missão compartilhada por Irmãos, Leigas e Leigos das diferentes Unidades Administrativas do Instituto Marista. É acompanhada, da parte da Administração Geral, pelo Secretariado de Educação e Evangelização do Instituto. A Rede foi inaugurada em novembro de 2004, quando representantes de várias instituições se reuniram em Curitiba (PR) para refletir sobre o papel das Instituições Maristas de educação Superior dentro da Missão marista.

Nomeado em 2019, o Comitê Executivo é composto pelo Ir. Manuir Mentges, pró-reitor de graduação e educação continuada da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), presidente e membro do Comitê Internacional de Missão do Instituto, representando os falantes da língua portuguesa; Ir. David Hall, decano da Universidade Católica da Austrália, representando o idioma inglês; Ir. Roberto Mendez Lopés, reitor da Universidade Marista de Querétaro, representando a língua espanhola.

jorge audy

Foto: Camila Cunha

Épocas de crise são oportunidades férteis para gerar inovações disruptivas. E as inovações disruptivas tem o poder de transformar nossas vidas. Os computadores, a energia nuclear, a Internet, até mesmo a barrinha de chocolate são inovações que surgiram em períodos de grandes crises mundiais. Assim como a Comunidade Europeia, a ONU e a própria OMS (Organização Mundial da Saúde).

Nestes períodos emergem muitas oportunidades para inovar, transformar nossas vidas e a sociedade que vivemos. Não será diferente nesta crise sanitária global que vivemos, muitas oportunidades estão surgindo e ainda irão surgir. Temos uma bela oportunidade para nos transformarmos em duas áreas, como pessoas e sociedade. Para melhor. Apesar do sofrimento em tantas dimensões, talvez estivéssemos mesmo precisando de um empurrão para repensarmos o nosso papel no mundo.

A primeira área está relacionada ao papel e à importância da Educação e da Ciência. Há décadas nosso maior desafio no Brasil é a Educação. Tanto em termos de qualidade como em termos de inclusão. Por que a educação é tão importante? Porque é a base de um processo de formação para a cidadania, um eixo estratégico para promover o desenvolvimento humano e social, além de ser o maior patrimônio de um povo.

E também porque promove um fluxo contínuo que começa na Educação e evolui para o reconhecimento e o fomento da Ciência, da Tecnologia e da Inovação. É este fluxo que gera a elevação dos indicadores de desenvolvimento de uma nação (social, ambiental e econômico). E esta crise está mostrando de forma inequívoca a importância da Ciência para combater o Covid-19.

Igualmente, a educação formal vem sendo desafiada para repensar seus paradigmas, com a adoção massiva das tecnologias de informação e comunicação, como mediações que anunciam novos modelos de educação. Uma nova educação para uma nova sociedade. As duas partes iniciais deste contínuo, Educação e Ciência, possuem importância estratégica e são estruturantes de uma nação no século XXI; não somente para enfrentar pandemias, mas também para incidir nas desigualdades sociais ainda existentes, permitindo que o conhecimento possa ser acessado por todos e, igualmente, capaz de criar novas formas para superar os históricos problemas da sociedade, de modo a promover um desenvolvimento mais justo, igualitário e sustentável (fome, mudanças climáticas, energia, etc.) Temos que aprender isto de uma vez por todas. Não podemos esperar mais.

A segunda está relacionada com a oportunidade de reflexão sobre o real significado das nossas vidas que o distanciamento físico, e não social, nos possibilita experimentar. A necessária busca de uma nova relação com as pessoas e o coletivo. Com as tecnologias que passam a ser vistas como ferramentas a serviço das pessoas.

Pode emergir um novo humanismo. Humanismo como atitude frente aos desafios. Uma nova forma de estar no mundo. Humanismo como uma nova forma de cuidarmos uns dos outros. Pensar o coletivo antes do individual. A volta das pessoas para casa, também, é um convite para nos reconectarmos com o nosso interior, aos nossos sentimentos e às nossas relações.

Mas, também, estabelece novas formas de estarmos no mundo, de trabalharmos e nos relacionarmos com familiares, amigos e colegas. É inegável o potencial humanizador desta crise que, vista como oportunidade, pode favorecer a revisão de valores, a renovação do cuidado (de si e do outro), o senso de bem comum e a responsabilidade pela coletividade.

Educação, Ciência e a busca de um novo Humanismo. Áreas clamando por Inovação em nosso país. Inovação Disruptiva. Transformadora. Social.