A Universidade lançou nesta quinta-feira, 10 de outubro, o BioHub PUCRS, que tem o objetivo de criar negócios inovadores que gerem impacto na área da saúde. O evento ocorreu dentro da programação do Tecnopuc Experience, e contou com a presença do Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, do Vice-Reitor, Jaderson Costa da Costa, prefeito Nelson Marchezan Jr e do secretário Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luis Lamb. O hub consolida, de forma inédita no Brasil, um ecossistema que reúne toda a expertise da PUCRS nas áreas de saúde, tecnologia e inovação, envolvendo as Escolas da Universidade, Hospital São Lucas, Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
Durante o evento de lançamento, o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, afirmou que a PUCRS está dando um passo decisivo e transformador ao priorizar a inovação em saúde. “Nosso propósito é ir além do BioHub. Estamos gestando um polo de inteligência artificial em saúde no Rio Grande do Sul, também unindo PUCRS e suas Escolas de Medicina e Ciências da Saúde e da Vida, Tecnopuc, Hospital São Lucas e Instituto do Cérebro”, ressaltou. Para ele, trata-se de um conjunto de iniciativas disruptivas que colocam a inteligência artificial a serviço da promoção, proteção e recuperação da saúde: “Nesse contexto, o BioHub exercerá papel fundamental ao buscar soluções robustas, sistêmicas e estruturantes por meio da tecnologia de ponta e da excelência humana”.
Luís Lamb, secretário Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia afirmou que os inovadores precisam ter muita audácia persistência: “Temos sempre que achar uma solução inovadora. Precisamos acordar para a nova economia antes que seja tarde. Ou fazemos isso ou não teremos outras oportunidades”, alertou.
Sobre o BioHub
A iniciativa busca impulsionar soluções e startups originados, estimular a cultura do empreendedorismo entre profissionais da saúde e promover conexões entre diversos atores. O BioHub se configura num ecossistema único no país, formado por mais de 80 laboratórios, 100 grupos de pesquisa, as Escolas da PUCRS, o Hospital São Lucas da PUCRS, um dos principais hospitais do Estado, o Tecnopuc, um dos melhores Parque Científicos e Tecnológicos da América Latina, com mais de 170 empresas, entre elas mais de 20 são da área da saúde, e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), espaço que associa tecnologia de ponta e pesquisa aplicada em neurologia, com um time de neurocientistas renomados mundialmente.
Primeira ação: Health Plus Innovation Center
A primeira ação do BioHub é o Health Plus Innovation Center, um espaço de coworking que irá conectar startups de HealthTech com hospitais, profissionais, empresas e operadoras de saúde. A iniciativa é uma parceria da Grow+ e da PUCRS. Serão 120 posições de trabalho no espaço de coworking, com 600m² de área útil, que contará com um programa de aceleração e a locação de espaços. “Aqui teremos startups criando soluções para a saúde e inovação nessa área. Saúde é algo que impacta em cada um de nós e é nesse mercado que queremos cada vez mais atuar e fazer a diferença”, relatou Cristiano Engler, Head do Health Plus.
Com um conceito mais aberto e com espaços para apresentações e discussões, o Laboratório de Inovação em Software (LIS), em atividade desde 2011, teve sua modernização inaugurada nesta terça-feira, 8 de outubro. O espaço é voltado para ampliação da capacitação e qualificação de alunos de graduação na área de Informática e a preparação para o mercado de trabalho. O LIS, resultado de uma parceria entre a PUCRS e a HP Inc., está localizado no térreo do prédio 32 da Universidade e gerou a contratação de muitos estudantes, como estagiários ou funcionários pela empresa.
O evento de inauguração do novo espaço do LIS contou com a presença da decana da Escola Politécnica, professora Sandra Einloft, de representantes da HP, entre eles o CTO (Chief Technology Officer) da HP e chefe global do HP Labs, Shane Wall, e o gerente dos Programas Educacionais do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da HP Brasil, Alexis Cabeda. Os projetos criados no local foram apresentados aos representantes da HP pelos próprios alunos.
Cabeda destacou que o LIS é uma importante aproximação entre a empresa e os futuros colaboradores. “Um dos pilares dessa parceria entre a PUCRS e a HP é a formação de talentos. Quase 50% dos novos funcionários da empresa no Tecnopuc vêm do laboratório. Quando há uma oportunidade, eles já estão muito mais integrados com a cultura da organização do que um candidato externo”, destacou.
O estudante do 5º semestre de Engenharia em Software, Vinícius Parmeggiani, 21 anos, integra o LIS há quase um ano e aponta que a experiência no laboratório auxilia no conhecimento prático de ferramentas. “Estou participando de um projeto que utiliza inteligência artificial para descrever imagens para pessoas com deficiência visual. A inteligência artificial é uma área que está crescendo cada vez mais, então esse conhecimento é fundamental para minha carreira”, ressaltou Parmeggiani.
Para o decano associado da Escola Politécnica da PUCRS e coordenador do LIS, Prof. Marcelo Yamaguti, o projeto contribui não só para o mercado de trabalho, mas também para a formação pessoal dos alunos. “O LIS não se resume apenas à tecnologia, mas também ao uso de métodos e ferramentas em projetos de desenvolvimento de software, que permitem o crescimento de habilidades não-técnicas, como trabalho em equipe, comunicação e pró-atividade, que são importantes na carreira profissional destes alunos”, aponta Yamaguti.
O conceito
O Laboratório de Inovação em Software envolve o estudo e aplicação de métodos, ferramentas e tecnologias inovadoras de tecnologia da informação, complementando os conteúdos abordados nos cursos de graduação. O projeto foi inaugurado em 2011, dentro de um convênio entre a PUCRS e a HP Inc. Desde então, já passaram pelo LIS mais de 110 alunos e a maioria foi contratada como estagiário ou funcionários da HP.
Uma cobertura que retém a água da chuva, reduz a temperatura dos ambientes, promove o crescimento da flora e favorece a presença da fauna. Esses são os benefícios da implementação do Telhado Verde na PUCRS. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntas para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.
Criado em 2010, a partir de pesquisas do grupo Sustentabilidade e Eficiência Energética na Arquitetura, da Escola Politécnica, o Telhado Verde está localizado no prédio da Reitoria e no prédio 5 da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre/RS).
Abrangência multidisciplinar
O desenvolvimento do projeto contou com a participação de alunos, professores e pesquisadores de diversos cursos da Universidade, tais como Arquitetura e Urbanismo, Engenharias e Biologia. “Nesse processo de co-criação o procedimento metodológico que nós adotamos foi por um lado desenvolver a tecnologia em relação aos condicionantes ambientais, como, por exemplo, o retardo da água da chuva para a infraestrutura urbana. Por outro lado, trabalhar a influência do Telhado Verde em relação as questões bioclimáticas dos centros urbanos, exemplificando, é o fenômeno ‘ilha de calor’, o aquecimento da cidade”, comenta o coordenador do grupo responsável pela iniciativa, Márcio D`Avila. O professor ainda aponta que houve uma redução de 6° Celsius na sala abaixo da cobertura instalada no prédio 5.
Criação centrada no uso real
Um dos pontos essenciais nas iniciativas do Campus Living Lab, destacados por D`Avila, é a apropriação da sociedade na utilização das tecnologias. “Esse envolvimento é muito importante porque todo processo de uma nova tecnologia demanda de sensibilização. As pessoas têm que se apropriar, elas precisam acreditar na tecnologia, sem isso não há o potencial de disseminação e de interesse”, aponta. O professor também destaca o impacto da cobertura na composição estética dos prédios. “As pessoas que trabalham aqui têm na janela uma vista muito mais agradável. O Telhado Verde cria um conforto, uma vitalidade”, relata.
Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:
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Criar negócios inovadores que gerem impacto na área da saúde é o propósito do BioHub PUCRS, iniciativa que a Universidade lança oficialmente na próxima quinta-feira, 10 de outubro. O hub consolida, de forma inédita no Brasil, um ecossistema que reúne toda a expertise da PUCRS nas áreas de saúde, tecnologia e inovação, envolvendo as Escolas da Universidade, Hospital São Lucas, Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
Porto Alegre é o segundo maior polo de saúde do Brasil, com mais de 7 mil leitos e 26 hospitais. Dentro deste contexto, a iniciativa busca impulsionar soluções e startups originadas, estimular a cultura do empreendedorismo entre profissionais da saúde e promover conexões entre diversos atores.
Segundo o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, o BioHub é a forma como a Universidade está se organizando para gerar as oportunidades da área de inovação na saúde e nas ciências da vida. “Isso se relaciona com a aplicação de novas tecnologias nos processos e nas inovações da área da saúde em diversos projetos, visando a melhoria de processos e avanços na gestão da saúde, medicina, odontologia, fisioterapia, nutrição, enfermagem, entre outros”, diz.
Para o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa, devido a sua forte vocação para a pesquisa, desenvolvimento e inovação, o Instituto do Cérebro pode conectar diferentes pesquisadores e players na busca de soluções para o diagnóstico, prevenção, tratamento e monitoramento de doenças neurológicas e de funções mentais. “O InsCer também será um laboratório para simulação do dia a dia e aplicação de novas tecnologias. Nossa expectativa é que as ações desenvolvidas determinem um profundo impacto no ecossistema de saúde, com melhora na precisão diagnóstica, na prescrição de tratamento mais efetivo e na promoção da saúde”, destaca.
Ir. Lauri Heck, superintendente executivo do Hospital São Lucas da PUCRS, lembra que, como instituição de assistência, ensino e pesquisa em saúde, faz parte do DNA do HSL a presença na vanguarda de soluções tecnológicas na área, sem perder a essência humana e os valores pautados nas relações com as pessoas. “O fato de o Hospital São Lucas estar inserido em uma Universidade com especialidades médicas de referência, nos leva a trabalhar diariamente para inovar, mesmo nas áreas já consolidadas. Essa busca por inovação em saúde é constante dos nossos profissionais em todas as áreas”, destaca o Ir. Heck.
Estrutura voltada à saúde
O BioHub já nasce com uma completa estrutura voltada à área da saúde e da vida, tecnologia e inovação:
PUCRS
+80 laboratórios
Inscer
Referência Nacional em produção e Pesquisa em Radiofármacos de meia-vida curta, na investigação clínica por imagem molecular (PET / CT) e ressonância magnética de alto campo e no Estudo da demência, como Alzheimer, epilepsia, doença de Parkinson, doenças vasculares, neuropsiquiátricas e neuro-oncológicas.
HSL
+650 leitos, sendo 90 UTI
Tecnopuc
+170 empresas, de todos os portes
Primeira iniciativa: Health Plus Innovation Center
A primeira ação do BioHub é o Health Plus Innovation Center, um espaço de coworking que irá conectar startups de HealthTech com hospitais, profissionais, empresas e operadoras de saúde. A iniciativa é uma parceria da Grow+ e da PUCRS. Serão 120 posições de trabalho no espaço de coworking, com 600m² de área útil, que contará com um programa de aceleração e a locação de espaços.
Entre as fontes de energia renovável, a solar é a menos poluente. Pensando em aproximar essa tecnologia da sociedade, a PUCRS implementou um sistema fotovoltaico que transforma a energia solar em eletricidade. Concebida a partir de pesquisas do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar, a iniciativa O sol que ilumina a noite utiliza a energia solar para iluminar o chafariz do pórtico principal da Universidade. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntas para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia e no desenvolvimento sustentável.
O sistema também se destaca em relação a custo-benefício, tendo seu investimento compensado em aproximadamente cinco anos e durabilidade média de 30 anos. Coordenado pelos professores Izete Zanesco e Adriano Moehlecke, o NT-Solar desenvolve tecnologias de células solares e módulos fotovoltaicos desde 1997. Além de aprimorar processos buscando maior eficiência e custos reduzidos para as tecnologias, o núcleo também propicia o desenvolvimento de recursos humanos qualificados para o crescente mercado de energia solar. A energia solar não produz poluição sonora, visual ou emissão de gases. A implementação do sistema também permite economia doméstica e comercial. “Um estabelecimento que possui energia solar pode baratear os custos de produção e consequentemente se tornar mais competitivo no mercado”, aponta Izete.
Formação de pesquisadores
Aproximadamente 30 alunos de Iniciação Científica e pós-graduação já contribuíram de forma multidisciplinar com as pesquisas. “Dois ex-alunos que participaram de pesquisas conosco hoje são professores na própria PUCRS. Isso reforça a formação de recursos humanos que temos aqui”, conta Izete. Atualmente a equipe é composta por oito alunos e dois funcionários de apoio, além dos professores Izete e Moehlecke.
Referência na América Latina
O Núcleo de Tecnologia em Energia Solar conta com laboratórios e equipamentos de alta qualidade, sendo o único centro da América Latina projetado para desenvolver e caracterizar células solares e módulos fotovoltaicos em escala piloto. “A estrutura que temos aqui pode ser comparada a dos laboratórios internacionais, o que gera uma experiência rica para os alunos e pesquisas de impacto”, ressalta a coordenadora do NT-Solar. Em 2017, o núcleo obteve o recorde brasileiro de eficiência em células solares, com a conversão de 17,3% da irradiação solar em energia elétrica.
Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:
Em outubro, três eventos reúnem tecnologia, pesquisa e cultura promovidas pela comunidade marista no Campus da PUCRS. O Festival Marista de Robótica, a Mostra Marista de Iniciação Científica e a Mostra Marista de Arte ocorrem de forma simultânea, ao longo dos dias 3 e 4, promovendo espaços para integração e troca de conhecimentos entre as cerca de 4 mil pessoas esperadas.
As atividades acontecem nos Prédios 40 e 41 da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681- Porto Alegre/RS) e envolvem estudantes, educandos e educadores de instituições de Educação Básica e Ensino Superior (públicas e privadas) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal e do Chile. No dia 4 a Universidade também realiza o Open Campus, que convida os jovens a conhecerem de perto o ambiente acadêmico.
Festival Marista de Robótica
Um dos principais eventos do segmento no país, o Festival Marista de Robótica receberá cerca de 2 mil participantes, convidados a apresentar projetos e pesquisas que envolvem robótica educacional, codificação e empreendedorismo. Esta edição terá como tema Os desafios e impactos da exploração espacial, em homenagem aos 50 anos da chegada do astronauta Neil Armstrong à Lua. As tarefas envolverão as equipes em missões que simulam ações protagonizadas na época do primeiro passo em solo lunar e atividades de preparação para a viagem a Marte, um dos principais objetivos da atualidade nas agências espaciais. São quatro modalidades: Desafio de Robôs, Desafio de Drones, Cidade Laboratório e Incubando Ideias. Uma das novidades da edição deste ano fica por conta dos materiais utilizados nos troféus e medalhas. A exemplo do que será realizado nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, as premiações entregues aos vencedores serão produzidas de forma sustentável, utilizando placas de circuitos eletrônicos reaproveitadas.
Mostra Marista de Iniciação Científica
O prazer da descoberta e da experimentação que a construção do conhecimento científico proporciona desperta cidadãos questionadores e críticos, capazes de relacionar saberes e redescobrir a aplicação das teorias no cotidiano. Essa é uma prática incentivada diariamente nos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, envolvendo crianças e jovens na realização de projetos de pesquisa científica de forma sistemática, tornando-os protagonistas do processo de aprendizagem. A Mostra Marista de Iniciação Científica é a culminância desse processo. Em 2019, o encontro reunirá mais de 90 trabalhos selecionados nos eventos científicos realizados nas unidades maristas, produzidos por crianças e jovens dos Anos Finais ao Ensino Médio. Esta edição, que ocorre no dia 3 de outubro, contará com uma série de iniciativas para evidenciar o compromisso com a sustentabilidade ambiental e reduzir a utilização de plástico. Os participantes receberão lápis ecológicos e canecas feitas de fibra de coco, material ecologicamente correto e reutilizável. Os porta-crachás foram confeccionados com lonas reaproveitadas de edições passadas da Mostra, e os próprios crachás são feitos com papel semente – para que os estudantes plantem mudas de Cravo Francês em suas casas. Os momentos de intervalo também foram planejados com esse viés, e os lanches serão oferecidos em porções individuais, para evitar o desperdício, e feitos com embalagens sustentáveis.
Mostra Marista de Arte
Realizado pela primeira vez em 2018, o evento nasceu com a intencionalidade de valorizar a criação artística desenvolvida pelos nossos estudantes e educandos. Trata-se de uma iniciativa que visa reconhecer as múltiplas manifestações culturais, promovendo um espaço de expressão e celebração da arte, a partir do jeito marista de educar e aprender. Mais de 400 projetos ficarão expostos durante a edição 2019 da Mostra, que ocorre nos dias 3 e 4 de outubro, no Prédio 41 da PUCRS. A programação conta com 30 apresentações presenciais – entre música, teatro, dança e declamação de poesia – envolvendo estudantes, educandos e educadores.
Um ecossistema de inovação e desenvolvimento sustentável, em que universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntas para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia. Esse processo de co-criação define o Living Lab como uma nova configuração para a construção do futuro. Na PUCRS, esse conceito está materializado nove iniciativas de impacto social, que estão distribuídas em diferentes espaços, formando o Campus Living Lab.
O projeto abre espaço para que professores, pesquisadores e empreendedores exponham suas ideias apoiados na excelência das pesquisas científicas produzidas na Universidade. De abrangência multidisciplinar, o Campus Living Lab também permite que os estudantes coloquem em prática seus conhecimentos, auxiliando nas pesquisas e na elaboração das iniciativas.
As instalações, produtos, pesquisas e serviços expostos atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:
A força da energia solar
Promovendo o uso sustentável dos recursos naturais, O sol que ilumina a noite transforma a energia solar em energia elétrica para a iluminação do chafariz no pórtico principal da Universidade. A iniciativa foi elaborada Núcleo de Tecnologia em Energia Solar da PUCRS, único da América Latina projetado para desenvolver células solares e módulos fotovoltaicos em escala. A energia solar se insere ainda mais no cotidiano da comunidade acadêmica por meio do ChimaKent. Criada pelo Centro de Demonstração em Energias Renováveis da PUCRS, a iniciativa capta calor do sol para aquecer a água fornecida diversos pontos dentro do Campus, alinhando um tradicional hábito gaúcho com a inovação tecnológica e sustentável.
Respeito à biodiversidade
Desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Sustentabilidade e Eficiência Energética na Arquitetura da Escola Politécnica da PUCRS, o Telhado Verde resgata a flora, a fauna e reduz a temperatura nas coberturas do Prédio 5 e do prédio da Reitoria. O estudo sobre a biodiversidade é ampliado pela iniciativa Genoma e seus mistérios, que analisa o DNA de animais e plantas buscando entender como as espécies surgem e se modificam ao longo do tempo. Com três mil hectares de floresta, Um campus na mata caracteriza-se como um laboratório a céu aberto para pesquisa científica e sustentabilidade. Localizada em São Francisco de Paula, a iniciativa faz parte do Centro de Pesquisas e Conservação da Natureza (Pró-Mata).
Conceito de Cidades Inteligentes
Alinhada com o conceito de Smart Cities, a Iluminação Inteligente proporciona economia e modernização. A tecnologia utilizada no poste, situado no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) permite saber quando uma luminária está queimada ou quando está próximo da hora de trocá-la. A solução foi criada pelo SmartCity Innovation Center, que atua na PUCRS em parceria com a Huawei, empresa líder global em Tecnologia da Informação e Comunicação.
A memória e a microgravidade
Já a Documentação e Memória utiliza as inovações tecnológicas para possibilitar que um rico acervo histórico e cultural seja conservado. Olhando para o futuro, O espaço entre nós se destaca por estudos pioneiros sobre o ambiente aeroespacial e simulações de microgravidade na Terra.
Na última segunda-feira, dia 16 de setembro, a Aliança para Inovação, fruto da articulação entre UFRGS, PUCRS e Unisinos e parte do projeto Formação de Agentes de Inovação do Pacto Alegre, apresentaram o MBA em Ecossistemas de Inovação. O evento aconteceu no Campus Unisinos Porto Alegre.
Durante a abertura do evento, a diretora da Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação da Unisinos, Dorotea Kersch, destacou que esse é o primeiro de uma série de cursos que estão sendo pensados e por isso o momento tem especial importância.
“Esse MBA é o resultado do esforço e colaboração de três universidades aqui do Rio Grande do Sul, UFRGS, PUCRS e Unisinos. O curso foi elaborado por muitas mãos. Todos tiveram oportunidade de colaborar e de aportarem suas ideias”, completa Silvio Bitencourt, coordenador dos institutos tecnológicos da Unisinos e responsável pela articulação institucional do MBA.
O tema abordado por representantes das três universidades foi Oportunidades em Ecossistemas de Inovação. A mediação ficou por conta do coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, que destacou a importância da formação de pessoas que atuem como agentes de transformação. “A educação é o que realmente vai transformar um ecossistema em referência no futuro”, afirma.
Aulas ministradas por professores das três universidades
Essa edição do MBA ocorrerá na Unisinos, mas suas aulas serão ministradas por professores das três universidades. A disciplina Imersão em Ecossistemas de Inovação, também oportunizará experiências com aulas nas três instituições da Aliança, sendo 24h em cada uma. “O ponto principal que vamos abordar nessa disciplina do curso, é o que difere um ecossistema de inovação de um controle de empresas”, explica o professor da Escola de Negócios da PUCRS e um dos coordenadores do Curso, Gustavo Dalmarco.
Carla Schwengberten, vice-diretora da Escola de Engenharia da UFRGS e também coordenadora do MBA, falou sobre o papel das universidades na formação de talentos, geração de conhecimento de tecnologia, transferência dessa tecnologia e geração de inovação com modelos de negócios sustentáveis. Para ela, existe um desafio de conseguir mudar a cultura empreendedora do Estado.
“Temos um processo de transformações. As organizações surgiam dentro dos muros das universidades e se fazia questão de manter esse conhecimento muito restrito e protegido. Hoje, temos um interesse maior na universidade, não só em formar pessoas, mas atuar ativamente nesse sistema que chamamos de uma universidade mais empreendedora”, completa a diretora de Projetos e Serviços do Parque Científico e Tecnológico da UFRGS e uma das coordenadoras do curso, Aurora Zen.
O MBA trabalhará diversos ecossistemas de inovação e os meios para seu acesso e desenvolvimento. Para o pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos e curador do curso, Alsones Balestrin, os temas empreendedorismo e inovação têm feito as pessoas pensarem sobre qual futuro querem deixar para as próximas gerações. “Queremos que as pessoas que vão fazer esse curso vivam uma experiência transformadora e que consigam difundir as práticas de empreendedorismo”, ressalta.
No encerramento do evento, o secretário Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia e curador do curso pela UFRGS, Luís Lamb, destacou que vivemos uma transição de fase em termos de conhecimento. “Inovação é o efeito do “nós”, não é feita por agentes governamentais. É feita por aquelas pessoas que entendem. Temos que redefinir a nossa expectativa de como as coisas acontecem no país. Temos que trabalhar um processo a partir da mudança cultural, das pessoas perceberem que estão empoderadas por empreendedorismo e inovação para agirem e não esperarem”, finaliza.
O MBA em Ecossistemas de Inovação está com inscrições abertas e as aulas da primeira edição começam em outubro.
Os cinco projetos considerados destaque ganharão uma série de prêmios, como a participação no programa de mentoria Rocket e no Programa Startup Garagem e 20h de consultoria com o Tecnopuc Fablab. Entre esses projetos será escolhido um único vencedor, que terá direito, além das premiações anteriores, a uma viagem para São Paulo com despesas pagas para até 4 pessoas, com o objetivo de conhecer a sede de uma empresa de tecnologia. O Torneio Empreendedor é realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear).
Vencedor em 2018, projeto LagARTEando incentiva a divulgação de marcas artísticas locais
Da inquietude de um grupo de cinco estudantes universitários, motivados pela necessidade de valorização de artistas locais, nasceu o vencedor do Torneio Empreendedor 2018 na categoria Desafio Ambiental. O projeto LagARTEando tem como proposta conectar artistas portoalegrenses com a população através de produtos ecológicos e exclusivos. O negócio une produção responsável, consumo consciente e criatividade. Parcerias e a confecção de ecobags e cadernos com estampas de ilustradores locais, que recebem parte dos lucros, está entre as ações.
Para Ana Paula Pires, de 19 anos, estudante do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e uma das integrantes do grupo, a proposta incentiva a valorização da produção local. “Acreditamos que pequenas atitudes geram grandes e importantes resultados”, ressalta. Antes da apresentação final do projeto, já haviam ecobags prontas, e o projeto estava ativo nas redes sociais. Para Ana Paula, a iniciativa só obteve a conquista porque a equipe se manteve unida ao trabalho. “Cada colega teve sua participação, e todos foram responsáveis por uma parte. Formamos uma conexão de amigos”, afirma.
A origem do Nome
No perfil do grupo no Instagram, um post justifica o nome. “Mas por que lagarteando? Porque foi entre uma deliciosa lagarteada e outra que percebemos que estávamos estáticos, inativos, acomodados. Estávamos estacionados no conformismo, que nem lagartos se aquecendo no Sol. Foi também, na mesma lagarteada, que descobrimos um problema em comum. Inspirados pelo nosso entusiasmo e nossa energia acumulada, resolvemos ir atrás de soluções e respostas. Volta e meia ainda é possível nos encontrar lagarteando pelos parques de Porto Alegre, mas não estamos mais estáticos, estamos em constante criação”, declara o manifesto.
Uma tecnologia capaz de detectar, por meio de sequência de vídeos, traços da personalidade, emoções e até mesmo a origem cultural de um grupo de pessoas. O que parece roteiro de filme de ficção científica é resultado da ampla investigação interdisciplinar em parceria dos pesquisadores Soraia Raupp Musse, da Escola Politécnica, Angelo Brandelli, da Escola de Ciências da Saúde, e o doutorando em Ciência da Computação, Rodolfo Favaretto, responsável pelo desenvolvimento do software GeoMind.
A tese, realizada nos últimos quatro anos, utilizou dados geométricos, como a posição e o distanciamento entre uma pessoa e outra, para obter respostas a questões que, na psicologia, são alcançadas por meio de resposta a questionários ou observações. O projeto demonstra, entre suas propostas, que a personalidade de uma pessoa não diz respeito apenas a como ela se autoavalia, mas também em como ela se desloca no espaço em relação às outras. E isso tudo levando em conta a cultura de origem do indivíduo, seja ele brasileiro, alemão ou indiano.
Leia a reportagem completa na edição 190 da Revista PUCRS