Uma solução que automatiza procedimentos e reduz de 48 horas para 10 minutos o tempo de espera para a obtenção de alvarás para negócios de baixo risco. O projeto Alvará Fácil, criado em apenas dois dias, foi desenvolvido com a participação de alunas da Escola Politécnica da PUCRS e ainda está em fase de aprimoramento. A Prefeitura de Porto Alegre, no entanto, já demonstrou interesse na plataforma, que poderá ser integrada ao site da administração municipal.
Estudante do 6º semestre de Engenharia de Software, Bianca Camargo, 23 anos, integrante do grupo responsável por desenvolver a plataforma, destaca que o processo de criação teve como foco agilizar o processo para empresas, analistas da Prefeitura e empresários. “Focando na usabilidade e mantendo as informações essenciais, criamos um fluxo de interação que permite ao usuário ter o seu alvará expedido em cerca de 10 minutos, quando o negócio é de baixo risco. Permitindo que os analistas direcionem seus esforços para os negócios de médio e alto risco, que precisam de mais atenção”, ressalta.
Em declaração ao site da Prefeitura, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, apontou que são recebidos 480 pedidos de alvará por dia na Sala do Empreendedor, ligada à SMDE. Cidade também destacou que a solução trará benefícios para vários setores. “Ela vai beneficiar não só a prefeitura, mas sobretudo aqueles empreendedores que efetivamente fazem a economia girar”, afirma o secretário.
A plataforma foi criada por profissionais de marketing, design e desenvolvedores durante o hackathon de Licenciamento Digital, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre e pelo Agibank entre os dias 13 e 15 de dezembro. A equipe que criou o projeto foi composta por Bianca Camargo, Jéssica Manoel, Jeferson Romano, Rodrigo Viegas (alumni PUCRS) e Jonas Machado.
Aluna do 4º semestre de Engenharia de Software, Jéssica, 30 anos, destaca que a integração com profissionais de diferentes áreas foi outro ponto positivo para o desenvolvimento da plataforma. “A experiência para mim não poderia ter sido melhor. Nossa equipe, desde o início, teve uma boa conexão e isso fez a diferença. É gratificante ver que todo o empenho que tivemos valeu a pena”.
O time foi vencedor do prêmio de R$ 6 mil oferecido pelo Agibank e entregue pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior durante o evento que aconteceu no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).
Até o dia 13 de janeiro, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) é o local dos totens com o manifesto e as propostas do Pacto Alegre, movimento de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade de Porto Alegre. O material está disponível na entrada do prédio 99 (Av. Ipiranga, 6681).
Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, e membro do comitê estratégico do Pacto Alegre, é motivo de orgulho para a Universidade e para o Tecnopuc ser o primeiro ecossistema a receber as estruturas. “É um privilégio contar com todos os materiais que foram elaborados para mesa de reunião do Pacto Alegre na entrada do nosso Parque. Até o dia 13 de janeiro, poderemos ver todas as propostas, além do próprio manifesto e a equipe que está trabalhando na execução e desenvolvimento desse belo projeto”, afirmou o Superintendente.
As peças estarão na entrada do Parque por 30 dias e se dividem em tópicos com os primeiros projetos do Pacto: Blitz da Inovação; Cidadão Único; Cidade Transparente; Conecta POA – Trinova; Crowdfunding POA; Cultura Cidadã – I LOVE POA; Diretrizes Urbanas Inovadoras – Interação com o Plano Diretor; Educação Transformadora; ENGAJA POA – Open City; Formação de Agentes de Inovação – MBA em Ecossistemas de Inovação; Hands On 4D; Instituto Caldeira; Intervenções Culturais – Pintando POA; Licenciamento Expresso POA; Marca de POA (Place Branding); Mexe com POA – do centro à periferia; Olimpíadas da Inovação POA; POA 2020; Professor Inovador; Rotas de POA; Saúde Digital; Smart City – Todas Gerações; Start.Gov; WOnd3r – Água Maravilhosa.
Manifesto do Pacto Alegre
Somos um movimento que busca transformar Porto Alegre em uma referência como um ecossistema global de inovação de classe mundial, que potencialize nossas competências, alicerçados em valores e propósito, que retenha e atraia talentos. Temos origem na sociedade civil organizada de nossa cidade, envolvendo empresários, acadêmicos, cidadãos e atores públicos inquietos com o futuro. Alicerçamos nossa ação na criatividade, nas novas tecnologias e na inovação, tendo as pessoas como agentes de transformação da sociedade, com alto impacto social e ambiental, e dos negócios, das startups as grandes empresas. Cooperamos e atuamos JUNTOS na construção de um ambiente inspirador que contribua para a criação de um futuro melhor para nossa cidade e para as pessoas que fazem parte dela.
Com o propósito de desconstruir o padrão dominante e mudar a cara do mercado de Tecnologia da Informação (TI), ThoughtWorks e PUCRS se uniram no projeto da Aceleradora Ágil e da Aceleradora Inclusiva. Há 10 anos, a multinacional de Chicago (EUA) iniciou sua operação no Brasil, e comemora a década no território brasileiro com o lançamento da obra: Aceleradora Ágil e Inclusiva, unindo conhecimento, projetos e pessoas para construir um futuro tecnológico justo. O livro foi escrito por Nelice Heck, gerente-geral do escritório da ThoughtWorks Porto Alegre, Rafael Prikladnicki, diretor do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e Patrícia Knebel, jornalista e estrategista digital de diversas empresas e fundadora do Estúdio Editorial – content innovation lab. O livro está disponível neste link.
Para Nelice, a história da ThoughtWorks é fortemente conectada com a do Tecnopuc. “Foi aqui no Parque que nasceu a primeira semente da ThoughtWorks no Brasil, e ver projetos como o da Aceleradora é muito gratificante, pois mostra a união forte entre empresa, universidade e sociedade. E ver todas essas histórias concentradas em um livro que pode inspirar ideias a outras empresas e pessoas nos enche de alegria”, celebra a gerente-geral de Porto Alegre.
Prikladnicki afirma que “a ThoughtWorks é uma empresa bastante admirada por todos. Uma das primeiras organizações que apoiamos a vinda para o Brasil, em um processo de softlanding. Nos orgulhamos muito não apenas por terem optado pelo Tecnopuc como o local para o primeiro escritório do Brasil, mas também pelas ações que desenvolvem conosco desde então, em projetos que envolvem diretamente o Centro de Inovação e a Escola Politécnica da PUCRS”.
Aceleradora Ágil
Programa com duração de 16 semanas no qual um grupo de jovens tem a oportunidade de vivenciar uma imersão temporária em um ambiente controlado e com o auxílio de profissionais experientes, entre eles consultores da ThoughtWorks, alunos de pós-graduação da PUCRS e mentores parceiros, que ajudam a desenvolver competências técnicas, comportamentais, de negócios e de governança necessárias para atuar em equipes de alto desempenho de desenvolvimento de software. Tudo tendo como base as metodologias ágeis. Cada participante recebe uma bolsa de R$ 1 mil por mês para se dedicar à iniciativa.
Aceleradora Inclusiva
A Aceleradora Inclusiva nasceu como um spin-off da Aceleradora Ágil e, além de ensinar os primeiros passos na programação e metodologias ágeis a jovens, busca acelerar o processo de inserção de pessoas, especialmente as mais vulneráveis socialmente, dentro da área da tecnologia. Cada participante recebe uma bolsa de R$ 700,00.
10 anos da ThoughtWorks no Brasil e no Parque
No Brasil desde 2009, a organização reúne no país mais de 600 profissionais, que estão divididos em quatro escritórios. O primeiro a ser inaugurado foi no Tecnopuc, o que marcou a entrada da multinacional na América do Sul.
Em trecho do livro, o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que a estratégia de negócios e a visão de mundo da ThoughtWorks é muito semelhante com a da PUCRS, e isso explica os dez anos de êxito da relação. “Precisamos cada vez mais criar um ciclo virtuoso em que a PUCRS e o Tecnopuc possam oferecer o que tem de melhor, que são os nossos professores, pesquisadores e estudantes, e as empresas que interagem conosco apoiem essa busca constante por projetos inovadores e geração de riqueza”.
Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, a ThoughtWorks representa muito do que a sociedade de hoje espera de uma empresa do século 21, pois ela se posiciona perante o mundo como uma companhia responsável socialmente e com uma forte preocupação com a diversidade. “Isso faz com que seja uma das mais admiradas do Brasil e um foco de desejo dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI). Nesse sentido, é uma empresa muito alinhada com os valores que norteiam o ecossistema de inovação da PUCRS”.
Os integrantes dos quatro projetos melhores colocados no Torneio Empreendedor 2019 visitaram a sede do Google em São Paulo nesta terça-feira, 10 de dezembro. A visita faz parte da premiação do evento, que inclui também mentorias no programa Rocket, participação na seletiva do Startup Garagem e consultoria com o Tecnopuc Fablab. O Torneio Empreendedor é realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear) e chegou à 13ª edição em 2019. Os projetos foram reconhecidos durante o Pitch Day, realizado em novembro.
Para João Severo, aluno do quinto semestre do curso de Administração de Empresas e idealizador do projeto MUDA, participar do Torneio, vencer e conhecer a sede do Google em São Paulo mostrou que existe um mundo de possibilidades. “Conversei com pessoas que estão com projetos incubados lá e isso nos incentiva, mostra que é possível empreender fora daqui”, comentou. Durante a visita, o grupo também recebeu instruções e dicas de como submeter projetos para incubação dentro do próprio Google.
Incentivando o empreendedorismo
Através de iniciativas como o Torneio Empreendedor, o Idear busca sensibilizar a comunidade e os alunos para a temática empreendedora. Para Severo, a participação no evento foi muito uma experiência diferente: “Foi fundamental modelar o meu projeto e entender meu público, sair do papel e ir para a prática, entender todos os pontos que fazem parte da construção de um projeto. O Torneio me auxiliou em todo esse processo”.
Na edição de 2019 foram apresentadas metodologias de projetos que são utilizadas no mercado de trabalho: “Assim como o Torneio busca destacar ideias e soluções inovadoras, nós também buscamos inovar em processos e metodologias, queremos ver isso na prática. O evento muda a cada ano, nós crescemos junto com alunos”, destaca Vicente Zanella, professor do Idear e coordenador do projeto. Para ele, viajar até São Paulo e conhecer a sede do Google é como encerrar um ciclo. Na edição deste ano cinco projetos foram premiados: um como vencedor e outros quatro foram destaque. Confira:
MUDA
João Vitor Severo da Silva
DrAMatch
Bernardo Jornada
Alexandre Perucia
Paulo Ricardo Martins
Lua Naiá Vasconcellos Goulart Dias
Augusto Gabriel de Lara
Jogo da Gestante
Débora Cristiane Andrade Dos Santos
Franciele Smiderle Bremm
Raquel Cristina Costa Custódio
Localpass
Fernanda Wildner de Sá
Alissa Zani Soares
Gabriella Rassier Madruga
Daniela Lima Gomes
Volva
Milena Castro de Oliveira
Luany Lanzarini da Silva
Carolina Cunha Silveira
Durante os dias 13, 14 e 15 de dezembro, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) recebe dois Hackathons abertos para comunidade. As iniciativas são do Innovation Challenge Agibank, núcleo de inovação do Agibank, e do projeto AgroUp RS.
Innovation Challenge Agibank
O núcleo de inovação do Agibank, Innovation Challenge Agibank, tem como principal missão resolver desafios de forma inovadora e colaborativa. Por isso, nos dias 13, 14 e 15, a partir das 19h, acontece o hackathon Agibank, que tem como desafio: Como transformar a jornada do empreendedor, provendo uma experiência digital na qual ele consiga realizar todo o processo de licenciamento de sua empresa de forma ágil, inteligente e sem fricção?
A iniciativa é uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre e com o Pacto Alegre. O objetivo é buscar mais protagonismo, colaboração, engajamento, resultados e impacto social. Para se inscrever, basta acessar o link.
HackatAGRO 2019 será o primeiro Hackathon promovido pelo projeto AgroUp no Rio Grande do Sul, em parceria com a Comissão de Inovação da Farsul e o Senar RS, junto com Sebrae. Esta edição conta com uma maratona na qual AgTechs (Startups já existentes, com CNPJ e soluções para o agronegócio) serão desafiadas a desenvolver novas soluções de impacto. O ambiente será propício para a execução e desenvolvimento de soluções, conectando profissionais desta área com equipes focadas em auxiliar na solução dos desafios propostos. O desafio começa a partir das 18h30min. Para se inscrever, é só acessar o site do evento.
Entre 13 a 15 de dezembro, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) recebe dois Hackathons abertos para comunidade. As iniciativas são do Innovation Challenge Agibank, núcleo de inovação do Agibank, e do projeto AgroUp RS.
Innovation Challenge Agibank
O núcleo de inovação do Agibank, Innovation Challenge Agibank, tem como principal missão resolver desafios de forma inovadora e colaborativa. Por isso, nos dias 13, 14 e 15, a partir das 19h, acontece o hackathon Agibank, que tem como desafio: Como transformar a jornada do empreendedor, provendo uma experiência digital na qual ele consiga realizar todo o processo de licenciamento de sua empresa de forma ágil, inteligente e sem fricção?
A iniciativa é uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre e com o Pacto Alegre. O objetivo é buscar mais protagonismo, colaboração, engajamento, resultados e impacto social. Para se inscrever, basta acessar o link.
O HackatAGRO 2019 será o primeiro Hackathon promovido pelo projeto AgroUp no Rio Grande do Sul, em parceria com a Comissão de Inovação da Farsul e o Senar RS, junto com Sebrae. Esta edição conta com uma maratona na qual AgTechs (Startups já existentes, com CNPJ e soluções para o agronegócio) serão desafiadas a desenvolver novas soluções de impacto. O ambiente será propício para a execução e desenvolvimento de soluções, conectando profissionais desta área com equipes focadas em auxiliar na solução dos desafios propostos. O desafio começa a partir das 18h30min. Para se inscrever, é só acessar o site do evento.
Entender a evolução das espécies, respondendo a questões sobre como, onde, e quando surgiram. Esses são alguns dos mistérios desvendados pelos estudos genômicos da biodiversidade. A iniciativa Genoma e seus mistérios, localizada no prédio 12 da Universidade, faz referência aos grupos de estudos responsáveis pelas pesquisas sobre o sequenciamento completo de genomas de animais e plantas. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia no desenvolvimento sustentável.
Além destes estudos genômicos da biodiversidade, a PUCRS congrega vários grupos de pesquisa que atuam em diversas áreas da genética e biologia molecular, realizando estudos com base em dados de DNA para responder a perguntas em ciências forenses, microbiologia, parasitologia, neurociências, biotecnologia, epidemiologia, imunologia e biologia do desenvolvimento, entre outras.
O coordenador do Grupo de Pesquisa Genética, Evolução, Ecologia e Conservação de Carnívoros, Eduardo Eizirik, destaca que os genomas guardam informações de milhões de anos sobre a história das espécies, inclusive a humana. Ele também ressalta que a genômica da biodiversidade permite não só entender as relações evolutivas das espécies, mas também contribui para a preservação. “Por meio dos estudos, podemos responder questões sobre animais ameaçados de extinção, entendendo quanta variabilidade genética eles possuem, como ela está distribuída em diferentes locais e como mudou ao longo do tempo. Esses dados são utilizados para ajudar na preservação dessas espécies, direcionando esforços para populações mais ameaçadas e embasando decisões sobre como manter a sua viabilidade em longo prazo”, explica.
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Pioneirismo e descobertas
O grupo coordenado pelo professor Eduardo Eizirik foi o primeiro no Brasil a desenvolver um projeto com foco na caracterização genômica completa de um animal silvestre ameaçado. O Projeto Genoma da Onça-Pintada, liderado pela PUCRS, tem diversas parcerias internacionais. Em 2017, o primeiro estudo, reportando o genoma completo da espécie, foi publicado na revista Science Advances.
Além dos estudos sobre a onça, o professor relata que o grupo esteve envolvido em análises genômicas do puma e guepardo, e lidera projetos de sequenciamento genômico completo de pequenos felinos, lontras e raposas. “Sequenciamos o genoma de diferentes espécies de raposas da América do Sul e descobrimos uma hibridação recente entre duas delas no Brasil. Essa descoberta foi importante porque ela indica que a hibridação ocorreu por efeito do desmatamento provocado pela ação humana. Com a diminuição da floresta, as espécies (que ocorrem em ambientes abertos) se encontraram em São Paulo e começaram a hibridizar. É um problema potencialmente importante para a conservação destas espécies, mas oferece uma oportunidade científica de acompanhar de forma ímpar o processo de mistura entre elas em tempo real”, comenta Eizirik.
O coordenador do Grupo de Pesquisa Genômica evolutiva e da conservação, Sandro Bonatto, aponta que descobertas também estão surgindo de pesquisas com lobos e leões-marinhos. “Esse é um dos grupos de mamíferos marinhos em que há mais dúvidas científicas sobre como e onde surgiram. Mesmo com muitos trabalhos ninguém havia conseguido resolver. Mas, recentemente, nós sequenciamos o genoma completo de praticamente todas as espécies dessa família e conseguimos analisar as relações evolutivas. Respondemos dúvidas de quase um século”, conta Bonatto.
O professor ainda destaca que a mesma pesquisa possibilitou descobertas interessantes como a de uma nova espécie de lobos-marinhos no Peru. “Após o sequenciamento das espécies, encontramos o que pode ser o primeiro caso de hibridação de mamíferos marinhos, originado a partir do cruzamento entre lobos-marinhos de Galápagos e do Chile”, explica.
O estudo ainda está contribuindo para entender se a migração dos indivíduos da espécie de Galápagos. Bonatto ressalta que colônias de lobos vindos do conjunto de ilhas do Equador estão se formando no continente sul-americano. “As evidências apontam que esse fenômeno está ocorrendo nas últimas décadas e pode ter a ver com as mudanças climáticas. O aquecimento diminui a oferta de alimento para a espécie das ilhas, ampliando a mortalidade e favorecendo essa migração”.
Sobre o Campus Living Lab
As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:
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Porto Alegre está se transformando em um polo de inovação, com 24 projetos do Pacto Alegre sendo trabalhados simultaneamente pelos mais diversos setores da sociedade. Destes, 15 já tem entregas para a população. O resultado positivo foi apresentado durante esta terça-feira, dia 3 de dezembro, em evento na Nau Live Spaces, no 4º Distrito.
Entre os projetos estão o Porto Cervejeiro, que implementou um roteiro entre as microcervejarias; criação da marca de Porto Alegre, com o projeto Imagem da Cidade; capacitação de servidores públicos nas temáticas da cultura startup, novas tecnologias e ecossistemas de inovação; apresentação de filmes sobre empreendedorismo e inovação para alunos da rede municipal e convênio entre Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e grupos de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para realização dos estudos que vão melhorar o gosto da água que sai das torneiras, entre outros.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior destaca que em pouco tempo a união de esforços para o Pacto Alegre já está mostrando resultados. “São entregas práticas e factíveis. Estamos aprendendo com o processo e construindo juntos uma visão coletiva de cidade. O maior objetivo é transformar o futuro com o fomento à inovação e a geração de benefícios coletivos em prol dos porto-alegrenses”, ressalta. Marchezan anunciou a criação de um Fundo de Inovação para incentivar a implantação de projetos disruptivos e a aceleração de startups que qualifiquem os serviços públicos na cidade. O fundo será lançado oficialmente nesta quarta-feira, às 11h30, no Salão Nobre do Paço Municipal.
O coordenador do projeto e professor da Ufrgs, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, avalia como um momento positivo do Pacto. “Mostramos para a sociedade o que está sendo feito para tornar Porto Alegre uma cidade melhor para se viver”. A abertura do evento contou com a presença do secretário de Inovação do Estado do RS, Luis Lamb, do diretor de Inovação da Prefeitura Paulo Renato Ardenghi, do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, e do professor Josep Piqué, que liderou a transformação da cidade de Barcelona e atua como consultor internacional do Pacto Alegre.
Conforme Audy, o Pacto Alegre está começando a projetar a Capital tendo a inovação, a criatividade e as pessoas como fatores centrais. “Onde a juventude queira e possa construir seu futuro pessoal e profissional. Para isso, estamos trabalhando com universidades, empresas e sociedade civil organizada”, comenta.
Para o pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos, Alsones Balestrin, o que está acontecendo em Porto Alegre é algo muito relevante, principalmente porque em menos de 12 meses, a cidade está recebendo os primeiros resultados do Pacto. “O objetivo é colocar a Capital no mapa dos ecossistemas de inovação, do empreendedorismo, gerar oportunidades para os nossos jovens e assim reter talentos. A Unisinos fica muito orgulhosa e honrada de fazer parte desse projeto”, afirma.
Mais resultados
Uma plataforma digital reunindo informações de pessoas que procuram hospitais, públicos e privados, ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Alegre para atendimento. Essa foi uma das propostas que apresentadas pelos integrantes do grupo de Saúde Digital do Pacto Alegre durante evento. A proposta é que profissionais e instituições de saúde da capital centralizem em apenas um prontuário os dados sobre o paciente, buscando com isso um aprimoramento no atendimento à saúde da população.
O projeto conta com a adesão de oito hospitais com atendimento SUS, e toda rede própria de unidades de saúde e serviços especializados. Em fevereiro de 2020, será anunciado um hackathon para que representantes do mercado de Tecnologia da Informação (TI) pensem e executem um sistema para reunir esses dados. Desse hackathon também deverão participar professores, alunos, pesquisadores e profissionais da área de saúde para validar a qualidade dos dados coletados. Os trabalhos ocorrerão entre março e maio de 2020.
Já o incentivo financeiro para startups instaladas no Rio Grande do Sul pode vir pelas plataformas de equity-crowdfunding. Esta foi a proposta apresentada pelos integrantes do grupo de Crowdfunding do Pacto Alegre. No modelo a ser testado em Porto Alegre, o Badesul pretende garantir entre 30% e 50% da oferta de captação das startups gaúchas via plataformas de equity-crowdfunding incentivando assim tanto as startups gaúchas como a criação de novos investidores anjo. As propostas serão analisadas pelo Badesul antes de serem submetidas as plataformas o que poderá diminuir a assimetria de informação entre startups e investidores, alavancando assim os recursos investidos pelo Estado.
Sobre o Pacto Alegre
Lançado oficialmente em novembro de 2018, o Pacto Alegre é uma proposta que reúne 85 entidades dos segmentos acadêmico, empresarial, de governo e da sociedade em busca de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo dos organizadores é criar condições para que a capital gaúcha se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo, com o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada.
A iniciativa surgiu a partir da articulação da Aliança para Inovação, formada por UFRGS, PUCRS e Unisinos, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e entidades representativas da capital.
Os alunos da Escola de Direito tiveram a oportunidade de integrar o conhecimento acadêmico com a prática de mercado em um ambiente de empreendedorismo durante a última Maratona de Inovação PUCRS (MIP) do ano. Ocorrido nos dias 29 e 30 de novembro, o evento teve como objetivo incentivar que os alunos encontrem soluções para problemas reais a partir do raciocínio investigativo, da empatia e da interação com outros participantes. A MIP é uma parceria entre o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e Escolas da Universidade.
O tema da MIP Direito foi O consumidor na era digital. Para o professor da Escola de Direito Ricardo Lupion, coordenador da Maratona, a prova do sucesso do evento foi o engajamento dos alunos, que, mesmo no fim do semestre, dedicaram três turnos – sendo dois deles em um “sábado ensolarado” – para a atividade. “Essas novas modalidades de relacionamento da Escola com os alunos é algo que não é para o futuro – é para hoje. Ficamos muito felizes com o engajamento e os resultados”, conta.
Diferente de outras MIPs, essa edição foi realizada apenas com uma escola pela necessidade de debater o assunto do consumo na era digital na área jurídica. Para a executiva no Tecnopuc Flavia Fiorin, essa foi uma oportunidade para os alunos buscarem soluções inovadoras para problemas que, tradicionalmente, são encaminhados dentro de um processo burocrático. “O Tecnopuc tem essa característica de aproximar os estudantes da realidade do mercado e estimular que as tecnologias sejam utilizadas para a resolução de problemas multiáreas – o que é um grande ganho para esse momento de transformação do mercado de trabalho como um todo e de novas relações de consumo”, ressalta.
Após a abertura oficial do evento, no dia 29, os participantes iniciaram a Maratona com uma atividade de integração conduzida pelo Idear e, após responderem a um mini quiz lúdico e interativo, seguiram para as salas de trabalho. Em equipes de até seis pessoas, eles foram instigados a aprofundar a investigação sobre os desafios propostos com o auxílio de diversas ferramentas e metodologias, exercitando a empatia. A atividade permitiu que os alunos pudessem aprender na prática como gerar ideias e soluções em um processo criativo e colaborativo – sempre amparados por instrutores e mentores.
Conforme a professora da Escola de Negócios Katine Fasolo, coordenadora do evento e integrante da equipe do Idear – laboratório responsável pela metodologia das MIPs -, iniciativas de incentivo à inovação e ao empreendedorismo são muito importantes, tanto para os participantes, quanto para a comunidade em geral. “Além da discussão das ideias sobre as temáticas sugeridas pelos desafios e da geração de propostas de soluções inovadoras e criativas, esses ambientes oferecem a oportunidade de melhorar o seu autoconhecimento e suas habilidades, de trabalhar e interagir em grupo e, muitas vezes, de descobrir novas potencialidades e até mesmo outras possibilidades de atuação em suas carreiras”, aponta.
Para a aluna da Escola de Direito Larissa Bodin, da equipe Partyfavors, que desenvolveu um projeto no desafio de Solução ou Composição Extrajudicial de Litígios entre Fornecedores e Consumidores, a MIP foi uma experiência única: “As palestras foram muito relevantes e estavam de acordo com o tema trabalhado durante o evento. Certamente foi um sucesso”.
Segundo a diretora de graduação Adriana Kampff, as MIPs acontecem dentro de um contexto de integração cada vez maior entre as Escolas. Ao longo de 2019, foram desenvolvidos quatro espaços neste sentido: o Famecos Startups Tecnopuc (Fast); a MIP da Escola de Direito e as outras duas maratonas que agruparam mais de uma escola. “Para o próximo ano, nossa intenção é dar seguimento às maratonas, sempre com uma construção coletiva junto às escolas, observando convergências e possibilidades de reunir áreas distintas para ampliar o potencial das soluções que os estudantes vão criando”, declara.
Ao final do segundo dia de Maratona, os alunos estruturaram a apresentação das suas ideias em um formato de pitch (apresentação direta e curta, com o objetivo de “vender” um projeto) e expuseram para uma banca composta de professores e mentores avaliadores. Três destaques foram contemplados com horas de mentoria no Idear:
Visão Voluntária: auxílio para idosos deficientes visuais por uma plataforma feita por rede de jovens voluntários.
FAN: Facilitação do Adimplemento Negocial
Ajuc: Plataforma que esclarece dúvidas consumeristas, feita por estudantes e totalmente gratuita.
MIP das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica
MIP das Escolas de Humanidades e de Ciências da Saúde e da Vida
Na última quinta-feira, dia 28 de novembro, a PUCRS recebeu a visita de uma comitiva de pesquisadores da Holanda com o objetivo principal de discutir a utilização de dados na área da saúde. A delegação está em uma missão a fim de entender como as principais organizações do Brasil estão trabalhando com big data nas ciências da vida e da saúde. Os visitantes participaram de uma mesa-redonda sobre o assunto com professores da Universidade.
A recepção e a conversa aconteceram no HealthPlus Innovation Center, no Tecnopuc. Os convidados receberam as boas-vindas do superintendente do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Ir. Lauri Heck. Em seguida, o professor Rodrigo Grassi, da Escola de Medicina, apresentou aos visitantes o Instituto do Cérebro (InsCer) e seus diferentes grupos de pesquisa. Além disso, antecipou sobre a fase 2 do InsCer, que contará com laboratórios dedicados a pesquisas experimentais em neurociências.
O coordenador de projetos do BioHub, Carlos Klein, falou sobre a rede de hospitais de Porto Alegre e apresentou o Tecnopuc, contando um pouco a história do Parque e destacou a presença de empresas de ciências e da saúde no local. Antes de se iniciar a mesa-redonda, o professor Felipe Meneguzzi, da Escola Politécnica, apresentou alguns projetos que envolvem Inteligência Artifical em saúde e como os dados obtidos podem colaborar para a geração de melhores resultados.
Durante a mesa redonda, Grassi apresentou os tipos de dados que estão sendo gerados a partir dos projetos desenvolvidos no InsCer. A fim de explicar a realidade da saúde na Holanda, o consultor em pesquisa e desenvolvimento no setor de ciências da vida e da saúde na Netherlands Enterprise Agency, Niels van Leeuwen, apresentou informações sobre a infraestrutura da área no país – que possui um dos melhores sistemas de saúde da Europa – e as iniciativas público-privada realizadas. Van Leeuwen ainda ressaltou a importância de se conectar com o resto do mundo a fim de compreender o que está sendo feito em outros lugares e, assim, desenvolver cada vez mais os cuidados em saúde.
Encontro foi oportunidade para compartilhar experiências
Ao longo da conversa, os representantes da Holanda e da PUCRS comentaram sobre semelhanças entre o país e a região sul do Brasil, como o aumento da população idosa e a importância de ter um sistema de saúde preparado para atender esse público. O encontro foi uma oportunidade de conhecer pesquisas e projetos que envolvam a utilização de dados e de entender como pode haver uma colaboração entre os dois países futuramente.
A comitiva da Holanda integrou, além de van Leeuwen, o professor da Leiden University Fons Verbeek, o especialista em Tecnologia e Inovação Robert Thijssen, o professor associado da University Medical Center Groningen e coordenador do laboratório de Machine Learning no Data Science Center in Health (DASH) Peter Van Ooiijen, além de Petra Smits e Rick Breugelmans, do Consulado Geral de São Paulo; e de Richard Posma e Lucila Almeida, do Escritório Holandês de Apoio aos Negócios (NBSO) de Porto Alegre. Da PUCRS, também estava presente o professor da Escola Politécnica Marcio Pinho, além da coordenadora executiva do Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS Carla Cassol e da assistente de Assuntos Internacionais, Thais Gonçalves.
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