agenda_hackathon_agibank_tecnopucEntre 13 a 15 de dezembro, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) recebe dois Hackathons abertos para comunidade. As iniciativas são do Innovation Challenge Agibank, núcleo de inovação do Agibank, e do projeto AgroUp RS.

Innovation Challenge Agibank

O núcleo de inovação do Agibank, Innovation Challenge Agibank, tem como principal missão resolver desafios de forma inovadora e colaborativa. Por isso, nos dias 13, 14 e 15, a partir das 19h, acontece o hackathon Agibank, que tem como desafio: Como transformar a jornada do empreendedor, provendo uma experiência digital na qual ele consiga realizar todo o processo de licenciamento de sua empresa de forma ágil, inteligente e sem fricção?

A iniciativa é uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre e com o Pacto Alegre. O objetivo é buscar mais protagonismo, colaboração, engajamento, resultados e impacto social. Para se inscrever, basta acessar o link.

agenda_hackatagro_tecnopucHackatAgro

O HackatAGRO 2019 será o primeiro Hackathon promovido pelo projeto AgroUp no Rio Grande do Sul, em parceria com a Comissão de Inovação da Farsul e o Senar RS, junto com Sebrae. Esta edição conta com uma maratona na qual AgTechs (Startups já existentes, com CNPJ e soluções para o agronegócio) serão desafiadas a desenvolver novas soluções de impacto. O ambiente será propício para a execução e desenvolvimento de soluções, conectando profissionais desta área com equipes focadas em auxiliar na solução dos desafios propostos. O desafio começa a partir das 18h30min. Para se inscrever, é só acessar o site do evento.

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iniciativa Genoma e seus mistérios / Foto: Camila Cunha

Entender a evolução das espécies, respondendo a questões sobre como, onde, e quando surgiram. Esses são alguns dos mistérios desvendados pelos estudos genômicos da biodiversidade. A iniciativa Genoma e seus mistérios, localizada no prédio 12 da Universidade, faz referência aos grupos de estudos responsáveis pelas pesquisas sobre o sequenciamento completo de genomas de animais e plantas. O projeto é uma das nove iniciativas do ecossistema de inovação Campus Living Lab, em que Universidade, sociedade, governo e empresas trabalham juntos para elaborar soluções centradas no uso real da tecnologia no desenvolvimento sustentável.

Além destes estudos genômicos da biodiversidade, a PUCRS congrega vários grupos de pesquisa que atuam em diversas áreas da genética e biologia molecular, realizando estudos com base em dados de DNA para responder a perguntas em ciências forenses, microbiologia, parasitologia, neurociências, biotecnologia, epidemiologia, imunologia e biologia do desenvolvimento, entre outras.

O coordenador do Grupo de Pesquisa Genética, Evolução, Ecologia e Conservação de Carnívoros, Eduardo Eizirik, destaca que os genomas guardam informações de milhões de anos sobre a história das espécies, inclusive a humana. Ele também ressalta que a genômica da biodiversidade permite não só entender as relações evolutivas das espécies, mas também contribui para a preservação. “Por meio dos estudos, podemos responder questões sobre animais ameaçados de extinção, entendendo quanta variabilidade genética eles possuem, como ela está distribuída em diferentes locais e como mudou ao longo do tempo. Esses dados são utilizados para ajudar na preservação dessas espécies, direcionando esforços para populações mais ameaçadas e embasando decisões sobre como manter a sua viabilidade em longo prazo”, explica.

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Onça-Pintada / Foto: Daniel Kantek

campus_living_labLeia mais: Campus Living Lab aproxima inovação, sustentabilidade e empreendedorismo

 

Pioneirismo e descobertas

O grupo coordenado pelo professor Eduardo Eizirik foi o primeiro no Brasil a desenvolver um projeto com foco na caracterização genômica completa de um animal silvestre ameaçado. O Projeto Genoma da Onça-Pintada, liderado pela PUCRS, tem diversas parcerias internacionais. Em 2017, o primeiro estudo, reportando o genoma completo da espécie, foi publicado na revista Science Advances.

Além dos estudos sobre a onça, o professor relata que o grupo esteve envolvido em análises genômicas do puma e guepardo, e lidera projetos de sequenciamento genômico completo de pequenos felinos, lontras e raposas. “Sequenciamos o genoma de diferentes espécies de raposas da América do Sul e descobrimos uma hibridação recente entre duas delas no Brasil. Essa descoberta foi importante porque ela indica que a hibridação ocorreu por efeito do desmatamento provocado pela ação humana. Com a diminuição da floresta, as espécies (que ocorrem em ambientes abertos) se encontraram em São Paulo e começaram a hibridizar. É um problema potencialmente importante para a conservação destas espécies, mas oferece uma oportunidade científica de acompanhar de forma ímpar o processo de mistura entre elas em tempo real”, comenta Eizirik.

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Lobo-Marinho do Peru / Foto: Juan Jeri

O coordenador do Grupo de Pesquisa Genômica evolutiva e da conservação, Sandro Bonatto, aponta que descobertas também estão surgindo de pesquisas com lobos e leões-marinhos. “Esse é um dos grupos de mamíferos marinhos em que há mais dúvidas científicas sobre como e onde surgiram. Mesmo com muitos trabalhos ninguém havia conseguido resolver. Mas, recentemente, nós sequenciamos o genoma completo de praticamente todas as espécies dessa família e conseguimos analisar as relações evolutivas. Respondemos dúvidas de quase um século”, conta Bonatto.

O professor ainda destaca que a mesma pesquisa possibilitou descobertas interessantes como a de uma nova espécie de lobos-marinhos no Peru. “Após o sequenciamento das espécies, encontramos o que pode ser o primeiro caso de hibridação de mamíferos marinhos, originado a partir do cruzamento entre lobos-marinhos de Galápagos e do Chile”, explica.

O estudo ainda está contribuindo para entender se a migração dos indivíduos da espécie de Galápagos. Bonatto ressalta que colônias de lobos vindos do conjunto de ilhas do Equador estão se formando no continente sul-americano. “As evidências apontam que esse fenômeno está ocorrendo nas últimas décadas e pode ter a ver com as mudanças climáticas. O aquecimento diminui a oferta de alimento para a espécie das ilhas, ampliando a mortalidade e favorecendo essa migração”.

Sobre o Campus Living Lab

As instalações, produtos, pesquisas e serviços atendem não só as demandas da Universidade, mas passam a compor um roteiro de inovação e empreendedorismo que beneficia toda a sociedade. As iniciativas já desenvolvidas são:

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Foto: Joel Vargas/PMPA

Foto: Joel Vargas/PMPA

Porto Alegre está se transformando em um polo de inovação, com 24 projetos do Pacto Alegre sendo trabalhados simultaneamente pelos mais diversos setores da sociedade. Destes, 15 já tem entregas para a população. O resultado positivo foi apresentado durante esta terça-feira, dia 3 de dezembro, em evento na Nau Live Spaces, no 4º Distrito.

Entre os projetos estão o Porto Cervejeiro, que implementou um roteiro entre as microcervejarias; criação da marca de Porto Alegre, com o projeto Imagem da Cidade; capacitação de servidores públicos nas temáticas da cultura startup, novas tecnologias e ecossistemas de inovação; apresentação de filmes sobre empreendedorismo e inovação para alunos da rede municipal e convênio entre Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e grupos de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para realização dos estudos que vão melhorar o gosto da água que sai das torneiras, entre outros.

O prefeito Nelson Marchezan Júnior destaca que em pouco tempo a união de esforços para o Pacto Alegre já está mostrando resultados. “São entregas práticas e factíveis. Estamos aprendendo com o processo e construindo juntos uma visão coletiva de cidade. O maior objetivo é transformar o futuro com o fomento à inovação e a geração de benefícios coletivos em prol dos porto-alegrenses”, ressalta. Marchezan anunciou a criação de um Fundo de Inovação para incentivar a implantação de projetos disruptivos e a aceleração de startups que qualifiquem os serviços públicos na cidade. O fundo será lançado oficialmente nesta quarta-feira, às 11h30, no Salão Nobre do Paço Municipal.

O coordenador do projeto e professor da Ufrgs, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, avalia como um momento positivo do Pacto. “Mostramos para a sociedade o que está sendo feito para tornar Porto Alegre uma cidade melhor para se viver”. A abertura do evento contou com a presença do secretário de Inovação do Estado do RS, Luis Lamb, do diretor de Inovação da Prefeitura Paulo Renato Ardenghi, do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, e do professor Josep Piqué, que liderou a transformação da cidade de Barcelona e atua como consultor internacional do Pacto Alegre.

Foto: Joel Vargas/PMPA

Foto: Joel Vargas/PMPA

Conforme Audy, o Pacto Alegre está começando a projetar a Capital tendo a inovação, a criatividade e as pessoas como fatores centrais. “Onde a juventude queira e possa construir seu futuro pessoal e profissional. Para isso, estamos trabalhando com universidades, empresas e sociedade civil organizada”, comenta.

Para o pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos, Alsones Balestrin, o que está acontecendo em Porto Alegre é algo muito relevante, principalmente porque em menos de 12 meses, a cidade está recebendo os primeiros resultados do Pacto. “O objetivo é colocar a Capital no mapa dos ecossistemas de inovação, do empreendedorismo, gerar oportunidades para os nossos jovens e assim reter talentos. A Unisinos fica muito orgulhosa e honrada de fazer parte desse projeto”, afirma.

Mais resultados

Uma plataforma digital reunindo informações de pessoas que procuram hospitais, públicos e privados, ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Alegre para atendimento. Essa foi uma das propostas que apresentadas pelos integrantes do grupo de Saúde Digital do Pacto Alegre durante evento.  A proposta é que profissionais e instituições de saúde da capital centralizem em apenas um prontuário os dados sobre o paciente, buscando com isso um aprimoramento no atendimento à saúde da população.

O projeto conta com a adesão de oito hospitais com atendimento SUS, e toda rede própria de unidades de saúde e serviços especializados. Em fevereiro de 2020, será anunciado um hackathon para que representantes do mercado de Tecnologia da Informação (TI) pensem e executem um sistema para reunir esses dados. Desse hackathon também deverão participar professores, alunos, pesquisadores e profissionais da área de saúde para validar a qualidade dos dados coletados. Os trabalhos ocorrerão entre março e maio de 2020.

Já o incentivo financeiro para startups instaladas no Rio Grande do Sul pode vir pelas plataformas de equity-crowdfunding. Esta foi a proposta apresentada pelos integrantes do grupo de Crowdfunding do Pacto Alegre. No modelo a ser testado em Porto Alegre, o Badesul pretende garantir entre 30% e 50% da oferta de captação das startups gaúchas via plataformas de equity-crowdfunding incentivando assim tanto as startups gaúchas como a criação de novos investidores anjo. As propostas serão analisadas pelo Badesul antes de serem submetidas as plataformas o que poderá diminuir a assimetria de informação entre startups e investidores, alavancando assim os recursos investidos pelo Estado.

Sobre o Pacto Alegre

Lançado oficialmente em novembro de 2018, o Pacto Alegre é uma proposta que reúne 85 entidades dos segmentos acadêmico, empresarial, de governo e da sociedade em busca de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo dos organizadores é criar condições para que a capital gaúcha se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo, com o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada.

A iniciativa surgiu a partir da articulação da Aliança para Inovação, formada por UFRGS, PUCRS e Unisinos, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e entidades representativas da capital.

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Objetivo é incentivar que alunos encontrem soluções para problemas reais / Foto: Diego Furtado

Os alunos da Escola de Direito tiveram a oportunidade de integrar o conhecimento acadêmico com a prática de mercado em um ambiente de empreendedorismo durante a última Maratona de Inovação PUCRS (MIP) do ano. Ocorrido nos dias 29 e 30 de novembro, o evento teve como objetivo incentivar que os alunos encontrem soluções para problemas reais a partir do raciocínio investigativo, da empatia e da interação com outros participantes. A MIP é uma parceria entre o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e Escolas da Universidade.

O tema da MIP Direito foi O consumidor na era digital. Para o professor da Escola de Direito Ricardo Lupion, coordenador da Maratona, a prova do sucesso do evento foi o engajamento dos alunos, que, mesmo no fim do semestre, dedicaram três turnos – sendo dois deles em um “sábado ensolarado” – para a atividade. “Essas novas modalidades de relacionamento da Escola com os alunos é algo que não é para o futuro – é para hoje. Ficamos muito felizes com o engajamento e os resultados”, conta.

Diferente de outras MIPs, essa edição foi realizada apenas com uma escola pela necessidade de debater o assunto do consumo na era digital na área jurídica. Para a executiva no Tecnopuc Flavia Fiorin, essa foi uma oportunidade para os alunos buscarem soluções inovadoras para problemas que, tradicionalmente, são encaminhados dentro de um processo burocrático. “O Tecnopuc tem essa característica de aproximar os estudantes da realidade do mercado e estimular que as tecnologias sejam utilizadas para a resolução de problemas multiáreas – o que é um grande ganho para esse momento de transformação do mercado de trabalho como um todo e de novas relações de consumo”, ressalta.

Desafios incentivam desenvolvimento de habilidades

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Foto: Diego Furtado

Após a abertura oficial do evento, no dia 29, os participantes iniciaram a Maratona com uma atividade de integração conduzida pelo Idear e, após responderem a um mini quiz lúdico e interativo, seguiram para as salas de trabalho. Em equipes de até seis pessoas, eles foram instigados a aprofundar a investigação sobre os desafios propostos com o auxílio de diversas ferramentas e metodologias, exercitando a empatia. A atividade permitiu que os alunos pudessem aprender na prática como gerar ideias e soluções em um processo criativo e colaborativo – sempre amparados por instrutores e mentores.

Conforme a professora da Escola de Negócios Katine Fasolo, coordenadora do evento e integrante da equipe do Idear – laboratório responsável pela metodologia das MIPs -, iniciativas de incentivo à inovação e ao empreendedorismo são muito importantes, tanto para os participantes, quanto para a comunidade em geral. “Além da discussão das ideias sobre as temáticas sugeridas pelos desafios e da geração de propostas de soluções inovadoras e criativas, esses ambientes oferecem a oportunidade de melhorar o seu autoconhecimento e suas habilidades, de trabalhar e interagir em grupo e, muitas vezes, de descobrir novas potencialidades e até mesmo outras possibilidades de atuação em suas carreiras”, aponta.

Para a aluna da Escola de Direito Larissa Bodin, da equipe Partyfavors, que desenvolveu um projeto no desafio de Solução ou Composição Extrajudicial de Litígios entre Fornecedores e Consumidores, a MIP foi uma experiência única: “As palestras foram muito relevantes e estavam de acordo com o tema trabalhado durante o evento. Certamente foi um sucesso”.

Segundo a diretora de graduação Adriana Kampff, as MIPs acontecem dentro de um contexto de integração cada vez maior entre as Escolas. Ao longo de 2019, foram desenvolvidos quatro espaços neste sentido: o Famecos Startups Tecnopuc (Fast); a MIP da Escola de Direito e as outras duas maratonas que agruparam mais de uma escola. “Para o próximo ano, nossa intenção é dar seguimento às maratonas, sempre com uma construção coletiva junto às escolas, observando convergências e possibilidades de reunir áreas distintas para ampliar o potencial das soluções que os estudantes vão criando”, declara.

Projetos destaque

mip, maratona da inovação, direito, inovação, escola de direito

Foto: Diego Furtado

Ao final do segundo dia de Maratona, os alunos estruturaram a apresentação das suas ideias em um formato de pitch (apresentação direta e curta, com o objetivo de “vender” um projeto) e expuseram para uma banca composta de professores e mentores avaliadores. Três destaques foram contemplados com horas de mentoria no Idear:

Visão Voluntária: auxílio para idosos deficientes visuais por uma plataforma feita por rede de jovens voluntários.

FAN: Facilitação do Adimplemento Negocial

Ajuc: Plataforma que esclarece dúvidas consumeristas, feita por estudantes e totalmente gratuita.

Confira como foram as outras MIPs

MIP das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica

MIP das Escolas de Humanidades e de Ciências da Saúde e da Vida

Visita Holandeses, Tecnopuc, HSL, Inscer

Visitantes participaram de uma mesa-redonda sobre o assunto com professores da PUCRS / Foto: Bruno Todeschini

Na última quinta-feira, dia 28 de novembro, a PUCRS recebeu a visita de uma comitiva de pesquisadores da Holanda com o objetivo principal de discutir a utilização de dados na área da saúde. A delegação está em uma missão a fim de entender como as principais organizações do Brasil estão trabalhando com big data nas ciências da vida e da saúde. Os visitantes participaram de uma mesa-redonda sobre o assunto com professores da Universidade.

A recepção e a conversa aconteceram no HealthPlus Innovation Center, no Tecnopuc. Os convidados receberam as boas-vindas do superintendente do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Ir. Lauri Heck. Em seguida, o professor Rodrigo Grassi, da Escola de Medicina, apresentou aos visitantes o Instituto do Cérebro (InsCer) e seus diferentes grupos de pesquisa. Além disso, antecipou sobre a fase 2 do InsCer, que contará com laboratórios dedicados a pesquisas experimentais em neurociências.

O coordenador de projetos do BioHub, Carlos Klein, falou sobre a rede de hospitais de Porto Alegre e apresentou o Tecnopuc, contando um pouco a história do Parque e destacou a presença de empresas de ciências e da saúde no local. Antes de se iniciar a mesa-redonda, o professor Felipe Meneguzzi, da Escola Politécnica, apresentou alguns projetos que envolvem Inteligência Artifical em saúde e como os dados obtidos podem colaborar para a geração de melhores resultados.

Durante a mesa redonda, Grassi apresentou os tipos de dados que estão sendo gerados a partir dos projetos desenvolvidos no InsCer. A fim de explicar a realidade da saúde na Holanda, o consultor em pesquisa e desenvolvimento no setor de ciências da vida e da saúde na Netherlands Enterprise Agency, Niels van Leeuwen, apresentou informações sobre a infraestrutura da área no país – que possui um dos melhores sistemas de saúde da Europa – e as iniciativas público-privada realizadas. Van Leeuwen ainda ressaltou a importância de se conectar com o resto do mundo a fim de compreender o que está sendo feito em outros lugares e, assim, desenvolver cada vez mais os cuidados em saúde.

Encontro foi oportunidade para compartilhar experiências

Ao longo da conversa, os representantes da Holanda e da PUCRS comentaram sobre semelhanças entre o país e a região sul do Brasil, como o aumento da população idosa e a importância de ter um sistema de saúde preparado para atender esse público. O encontro foi uma oportunidade de conhecer pesquisas e projetos que envolvam a utilização de dados e de entender como pode haver uma colaboração entre os dois países futuramente.

A comitiva da Holanda integrou, além de van Leeuwen, o professor da Leiden University Fons Verbeek, o especialista em Tecnologia e Inovação Robert Thijssen, o professor associado da University Medical Center Groningen e coordenador do laboratório de Machine Learning no Data Science Center in Health (DASH) Peter Van Ooiijen, além de Petra Smits e Rick Breugelmans, do Consulado Geral de São Paulo; e de Richard Posma e Lucila Almeida, do Escritório Holandês de Apoio aos Negócios (NBSO) de Porto Alegre. Da PUCRS, também estava presente o professor da Escola Politécnica Marcio Pinho, além da coordenadora executiva do Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS Carla Cassol e da assistente de Assuntos Internacionais, Thais Gonçalves.

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Foto: Eduardo Beleske / PMPA

Qual o resultado do primeiro ciclo dos projetos que estão em desenvolvimento no Pacto Alegre em benefício da população de Porto Alegre através da manifestação de seus integrantes, e qual o planejamento para 2020? É com esse objetivo que a organização promove o evento de apresentação, debates e compartilhamento dos resultados dos projetos no dia 3 de dezembro, às 8h no Nau Live Spaces (avenida Franklin Roosevelt, 1308, no 4º Distrito – Porto Alegre). Outra atração será a participação do professor Josep Piqué, que liderou a transformação da cidade de Barcelona e atua como consultor internacional do Pacto Alegre.

O evento terá também duas exposições: dos projetos e outra de ações da comunidade consideradas relevantes para a capital do Rio Grande do Sul. As inscrições para participação, gratuitas, podem ser feitas no site da Sympla – Primeiras Entregas do Pacto Alegre. Mais informações pelo e-mail [email protected]

O encontro foi desenvolvido com base em conceitos de inovação, que são o DNA da transformação que é defendida pelo Pacto. Durante todo o dia, cada um dos projetos será apresentado pelos integrantes dos squads que os formam. Numa arena, com tempo de 10 minutos para cada manifestação, os presentes terão uma visão geral do que são os projetos em si, além das entregas já realizadas e uma síntese do planejamento para o próximo ciclo.

Sobre o Pacto Alegre

Lançado oficialmente em novembro de 2018, o Pacto Alegre é uma proposta que reúne 85 entidades dos segmentos acadêmico, empresarial, de governo e da sociedade em busca de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo dos organizadores é criar condições para que a capital gaúcha se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo, com o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada.

A iniciativa surgiu a partir da articulação da Aliança para Inovação, formada por UFRGS, PUCRS e Unisinos, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e entidades representativas da capital.

Foto: Bruno Todeschini / PUCRS

Foto: Bruno Todeschini / PUCRS

Biohub PUCRS, que tem como propósito conectar talentos e conhecimento para gerar negócios inovadores nas ciências da vida, recebeu o prêmio Destaque em Saúde 2019, na categoria Inovação em Saúde. A premiação é promovida pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul), ao lado da Associação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Estado. O Biohub é uma iniciativa da PUCRS, por meio do Tecnopuc, do InsCer, do Hospital São Lucas (HSL)  e das Escolas da Universidade. A sua atuação envolve um conjunto de ações sincronizadas entre as áreas com o objetivo de promover a inovação, conectando talentos e conhecimentos para gerar negócios inovadores em ciências da vida. A primeira ação do Biohub é o Health Plus Innovation Center, uma iniciativa idealizada em parceria com a Grow+.

Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, o reconhecimento da Fehosul é de extrema importância para o Biohub PUCRS: “acreditamos que o futuro é da cooperação e, neste sentido, a iniciativa já envolve em sua fase inicial a participação do HSL, do InsCer e do Hospital Ernesto Dorneles, estando aberto a novos parceiros, visando melhorar a qualidade de vida da nossa comunidade, tendo por base a inovação, a criatividade e as pessoas”.

Primeira ação: Health Plus Innovation Center

A primeira ação do Biohub é o Health Plus Innovation Center, um espaço que conecta startups healthtechs a empresas tradicionais da área de saúde, tais como hospitais, farmacêuticas, operadoras de saúde e outras empresas do ramo. A iniciativa é uma parceria da Grow+ e da PUCRS, onde, em uma área de 600 metros quadrados útil e até 120 posições de trabalho dedicados à cocriação, empresas e startups receberão estimulo e suporte rumo à inovação e transformação digital, por meio de programas de aceleração, eventos e muita conexão. “Aqui teremos startups criando soluções para a saúde e inovação nessa área. Saúde é algo que impacta em cada um de nós e é nesse mercado que queremos cada vez mais atuar e fazer a diferença”, relata Cristiano Englert, Head do Health Plus.

maratona de inovação, escola de ciências da saúde e da vida

Grupo PAS. Foto: Jean Lucas Nunes

No último fim de semana,  dias 22 e 23 de novembro, foi a vez dos alunos da Escola de Humanidades e da Escola de Ciências da Saúde e da Vida de serem desafiados a resolver desafios com ideias criativas e inovadoras na 2ª Edição da Maratona de Inovação da PUCRS. O evento é promovido pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear)Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e Escolas da Universidade. A próxima edição, com participação de alunos da Escola de Direito, será nos dias 29 e 30 de novembro.

O Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, ressalta que “a atuação conjunta de estudantes das duas Escolas deu um tom especial ao desafio. As temáticas sociais e da diversidade foram destacadas e refletem as preocupações atuais das ações do nosso ecossistema de inovação com relação aos projetos de impacto social”, acredita.

O agente de inovação da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, professor Lúcio Brandt, destaca que o evento foi uma oportunidade de integrar acadêmicos e professores de diferentes áreas de conhecimento: “A maratona de inovação permite momentos únicos de trocas de conhecimento, aprendizado, criação e integração. Além disso proporciona um espaço para relacionar conhecimentos teóricos com a prática na busca de soluções inovadoras para problemas na sociedade” afirma.

Uma das coordenadoras do Núcleo de Inovação Pedagógica da Escola de Humanidades, a professora Bettina Steren dos Santos reforça a importância desta Maratona. “É uma nova proposta de realizar atividades e os alunos que participaram adoraram. A troca entre colegas de diferentes cursos, a busca de soluções criativas. Também ocorreu de professores terem a possibilidade de trocar ideias”, diz.

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Grupo Rosemary. Foto: Jean Lucas Nunes

Projetos destaque

Dois projetos foram destaque nesta edição. O grupo “Você Conhece uma Rosemary?” trouxe como inspiração incentivar e ajudar no empoderamento feminino de mulheres com vulnerabilidade social através de um aplicativo de comércio. Já o grupo PAS – Pulseira de Acesso ao Serviço –projetou uma nova tecnologia de acessibilidade, que busca incluir pessoas que tem alguma deficiência sensorial como cegueira ou surdez.

Segundo Giorgia Galvan, aluna de Ciências Sociais, o projeto Rosemary nasceu da realidade. “É uma pessoa real, que representa uma situação de milhões de mulheres em uma situação de vulnerabilidade. A gente queria dar esse abraço de tu pode, tu consegues, a gente te dá oportunidade, mas a força e a criatividade são tuas”, comenta.

No grupo PAS, Letícia Espinosa, do curso de Biomedicina, disse que a iniciativa veio da aula. “A ideia veio a partir de uma dificuldade que percebi em uma atividade na disciplina de Língua Brasileira de Sinais que fiz, como cadeira”, revela.

mba, aliança para inovação

Foto: Camila Cunha

Cerca de trinta estudantes do MBA em Ecossistemas de Inovação, promovido por UFRGS, PUCRS e Unisinos, vivenciaram uma imersão na PUCRS e no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc). Durante o percurso, os alunos puderam compreender a forma de atuação e gestão em rede do Parque, os seus mecanismos de articulação internos e externos. A atividade ocorreu entre os dias 21, 22 e 23 de novembro.

A professora da Escola de Negócios da PUCRS e integrante do Tecnopuc Startups, Kellen Fraga, explica que a imersão no ecossistema de inovação serve para que os alunos conheçam o potencial das universidades de promover a inovação local. “A ideia é que eles vejam como funciona a interação entre os atores que vivem nesses ecossistemas todos os dias”, explica.

A visita contou com um bate-papo com os agentes de inovação das Escolas Politécnica e de Medicina, Fernando Lemos e Giovani Gadonski, e com Rodrigo Leal de Moraes, idealizador do projeto Navi, que tem como propósito posicionar a PUCRS como referência em Inteligência Artificial. No bate-papo, o grupo pode entender as potencialidades de interação entre as ações da academia com o parque, em nível de graduação e pós-graduação. O debate contribuiu para enriquecer as iniciativas de empreendedorismo e inovação nas diferentes áreas do conhecimento.

“O curso tem uma alta procura de profissionais de diferentes áreas, o que torna a troca ainda mais interessante. As questões que eles trouxeram são muito relevantes e também nos ajudam a pensar no nosso desafio com a Navi”, enfatizou de Moraes.

mba, aliança para inovação

Foto: Bruno Todeschini

Semana de vivências

O Reitor da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Ney José Lazzari, é aluno do MBA e conta que a imersão se tornou uma experiência única para entender os mecanismos de um parque tecnológico: “estamos adquirindo a noção de como todo esse ecossistema funciona. Estou impressionado com as pessoas que trabalham aqui no grupo da PUCRS, com o entusiasmo e o envolvimento”.

Marco Manzolilo é analista da financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e afirma que “durante a imersão, ficou muito claro o quão inovador é o próprio modelo de operação do Tecnopuc. Isso foi o mais surpreendente. Estou saindo daqui mais enriquecido e com muito mais conhecimento que entrei”.

Agora, o curso segue para imersão na UFRGS e na Unisinos. “A consolidação da Aliança com três potências se unindo para conseguir colocar o conceito de inovação dentro da sociedade já começa a transformar um pouco do cenário atual. E ter esse MBA, que reúne pessoas que estão interessadas em conhecer mais os ambientes, saber como funcionam, e levar o conhecimento que aqui está sendo gerado pelas Universidades para outros lugares do país, para nós é de muito orgulho e extrema importância”, enfatiza o líder do Tecnopuc Startups, Leandro Pompermaier.

mba, aliança para inovação

Foto: Camila Cunha

MBA em Ecossistemas de Inovação

O MBA em Ecossistemas de Inovação é uma iniciativa inédita no Estado e conta com a cooperação mútua entre as três universidades. O propósito é desenvolver profissionais que atuem na gestão, operação ou que acessem e usem os recursos dos ecossistemas, por meio da combinação dos conhecimentos relevantes nas três Universidades. A articulação entre as instituições busca ainda potencializar ações de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento da capital gaúcha.

A ação faz parte da Aliança para Inovação e tem como foco transformar a cidade de Porto Alegre em uma referência na área. De acordo com o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e curador do MBA, Jorge Audy, o curso tem foco prático e experiencial. “A iniciativa é extremamente importante, pois nos oferece uma oportunidade de aprender com os alunos. É uma troca de experiências muito interessante, ainda mais no contexto da Aliança para Inovação da cidade”, ressalta.

Saiba mais sobre os outros cursos de MBA e Especialização da PUCRS.

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Foto: Divulgação

Na quarta-feira, 27 de novembro, a PUCRS recebe o monólogo José Gaspar (La Soledad del Poder). O evento, promovido pelo Instituto de Cultura, em parceira com o Instituto Cervantes e o Consulado General de la República del Paraguay, acontece no auditório do prédio 5 da PUCRS, às 20h.

De autoria de Hernán Jaeggi, o texto é interpretado pelo ator paraguaio Jorge Ramos e tem direção de Gustavo Ilutóvich. A peça apresenta a filosofia do governo de José Gaspar Rodrígues de Francia, considerado o pai da independência do Paraguai e o “Ditador Perpétuo” do país (1813-1840). Alguns temas explorados são as desavenças que Francia teve com homens da igreja e seus companheiros de independência, além dos confrontos com grandes potências da época, como Espanha, Portugal e Inglaterra.

Desde sua estreia, em 2003, o monólogo já teve mais de 1.700 apresentações em quase 30 países ao redor do mundo. José Gaspar mostra como os governos autoritários possuem características que se repetem ao longo da história e traz questões que aproximam os países latino-americanos. A entrada para o evento é gratuita, sujeita à lotação do espaço.