Criatividade, inovação,Programa StartupRS

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A professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Betina Blochtein e o professor da Escola de Negócios Vicente Zanella serão orientadores de dois projetos contemplados no Programa Doutor Empreendedor, uma parceria entre a Fapergs, Sebrae/RS e o CNPq. Ao todo foram 20 projetos escolhidos, baseados em ideias inovadoras, empreendimentos potencialmente sustentáveis e que podem levar conhecimento e tecnologias para o mercado, gerados nas universidades e centros de pesquisa.

Processos inovadores

Betina apoiará o intitulado Multiplicação e sustentabilidade de abelhas em centros urbanos por processo inovador em sistemas reprodutivos, coordenado por Charles Fernando dos Santos, bolsista de pós-doutorado na PUCRS. Os dois são sócios na startup Mais Abelhas, localizada no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) Viamão. “Nós desenvolvemos pesquisas com abelhas rainhas e temos trabalhado na multiplicação para produzi-las em larga escala. Esse projeto envolve a inseminação artificial de abelhas e a criação de abelhas rainhas em laboratórios”, conta.

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Tecnologia e saúde

Zanella está envolvido no projeto Desenvolvimento de novas tecnologias e implementação de plano de negócios para o Aplicativo CardioBreath, criado por Claudia Fetter. O docente da Escola de Negócios atuará no desenvolvimento de um modelo de negócios que permita o aperfeiçoamento do aplicativo, com inserção de novas funcionalidades e o desenvolvimento de um plano de gestão do produto.

A oportunidade de orientar a empresa surgiu a partir de um contato da autora do projeto com a Agência de Projetos da PUCRS, em busca de um professor com conhecimento em desenvolvimento de produtos inovadores para auxílio nas etapas de transformação de seu negócio em um modelo a ser explorado. “O projeto está voltado a disponibilizar, de forma ampla, uma solução voltada à saúde e o bem-estar da população, através de programas personalizados, aulas coletivas, cursos e workshops acessíveis de forma fácil, prática e rápida na palma da mão via aplicativo de celular”, conta Zanella.

Programa Doutor Empreendedor

O programa é destinado a doutores empreendedores, proprietários ou sócios de Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (MPE) para a apresentação de propostas de inovação com a obtenção de apoio financeiro. Objetivo é fomentar projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos ou de processos inovadores, realizados por doutores apoiados por instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICT), públicas ou privadas, sem fins lucrativos, sediadas no Rio Grande do Sul.

O Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) promove, nesta quinta-feira, 21 de maio, o primeiro Tecnopuc Talks: lives semanais com convidados nacionais e internacionais que discutirão sobre ecossistemas de inovação no contexto atual, empreendedorismo, startups, entre outros temas. O primeiro bate-papo terá como convidado Francisco Saboya, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). Quem receberá Chico é o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas clicando aqui.
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Sobre o convidado

Francisco Saboya é graduado em Ciências Econômicas (1982) e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (2006). É professor das disciplinas de Macroeconomia e Gestão de Sistemas e Tecnologias da Informação na Faculdade de Ciências da Administração da Universidade de Pernambuco, FCAP-UPE. Foi Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Município do Cabo de Santo Agostinho (1998-1999) e Diretor Comercial da Empresa Pernambucana de Turismo (1995-1996). Como consultor de empresas, atua nas áreas de planejamento estratégico, engenharia de processos, reestruturação organizacional, gestão da inovação e gestão do conhecimento nos mercados público e privado. Desde agosto de 2007 ocupa o cargo de Diretor-Presidente do Porto Digital, parque tecnológico sediado em Recife-PE. É conselheiro do CESAR – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife e do Softex Recife.
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Reprodução via Zoom

Na tarde desta terça-feira, dia 19 de maio, a PUCRS, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e o Hospital São Lucas (HSL) participaram da 4ª Reunião da Mesa Diretiva do Pacto Alegre, realizada por videoconferência. Os novos desafios impostos pela crise foram discutidos por mais de 130 participantes. A reunião contou com a presença do prefeito Nelson Marchezan Júnior. A PUCRS foi representada pelo Reitor, Ir. Evilázio Teixeira; pelo Relações Institucionais, Solimar Amaro; pelo Superintendente de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Audy; o diretor geral do HSL, Leandro Firme, e o diretor médico, Saulo Bornhost.

O prefeito Nelson Marchezan Júnior apresentou os dados epidemiológicos da cidade, as medidas adotadas no enfrentamento da doença e as projeções de déficit na receita do Município em razão da queda na arrecadação e aumento de despesas. Marchezan propôs “um Pacto ainda mais atuante”, aumentando a responsabilidade das decisões conjuntas “para superar essa crise com muito mais grandeza e menos reflexos nocivos à nossa sociedade”.

Segundo Marchezan, diante dessa nova realidade é necessário reestruturar a máquina pública para ajudar especialmente a população mais vulnerável e preparar Porto Alegre para o retorno das atividades econômicas. “Nossas tomadas de decisão neste período crítico adotaram o caminho de gestão que já vinha sendo realizado na cidade – de inovação, de modernização, de desburocratização. Um exemplo é o aumento do número de leitos, que vinha de um histórico de fechamento, uma das nossas prioridades na prestação de serviços e fortalecimento da área da saúde”, afirmou.

Presente na videoconferência, o consultor espanhol Josep Piqué destaca que a partir de agora o Pacto terá que se reinventar. “Temos aprendido a trabalhar e viver pacificamente. O vírus entrou nas nossas vidas, nossas empresas e nossas universidades criando novos desafios sanitários, sociais, econômicos e governamentais. E dentro desse novo contexto vamos nos adaptar à realidade de uma vida mais digital”, declarou. Para o coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos da Silva Pinto, a atuação integrada e ágil da Aliança pela Inovação pode colaborar bastante com a cidade. “A ideia é ter um conselho atuante para efetivarmos as mudanças necessárias, emergenciais e de longo prazo”, comentou.

Plataforma digital de financiamento coletivo

A presidente do Badesul, Jeanete Lontra, anunciou que a primeira entrega do Pacto Alegre durante a pandemia é a estruturação de uma plataforma digital de financiamento coletivo, conhecida como crowdfunding, que deverá ser usada para estimular startups, especialmente as da área da saúde, e incentivar o aquecimento da ‘nova economia’ neste momento atípico para a cidade. “É um projeto pioneiro e altamente inovador, que conta com a captação de recursos e de negócios, projetos e ideias em ambiente virtual”, explicou Jeanete, confirmando também o lançamento da iniciativa nos próximos dias.

O papel das universidades no combate à crise foi ressaltado pelo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rui Carlos Oppermann. “A prefeitura tem as três universidades como parceiras na superação da pandemia. A Aliança pela Inovação tem colaborado com as ações propostas, seja na confecção de equipamentos de proteção e hospitalares, ações sociais e suspensão das atividades presenciais do ensino”, disse.

Força-tarefa da PUCRS

Mais de 50 profissionais e pesquisadores da PUCRS, incluindo docentes da Escola de Medicina, Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Escola de Humanidades, Escola Politécnica, Instituto do Cérebro do RS (InsCer), Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e do Hospital São Lucas estão mobilizados na busca de soluções para diferentes questões que envolvem a pandemia da Covid-19. O objetivo da iniciativa é promover um apurado posicionamento técnico e científico para o estado do Rio Grande do Sul, frente a todas as incertezas relacionadas ao comportamento da infecção e ao tratamento da patologia do novo coronavírus.

Saiba mais: Força-tarefa multidisciplinar da PUCRS é formada contra a Covid-19

startup garagemO Programa de Modelagem de Negócios do Tecnopuc Startups (Startup Garagem), voltado para empreendedores em geral – alunos de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) matriculados na PUCRS, professores, funcionários e Alumni da PUCRS – deu início as suas atividades on-line nesta segunda-feira. Entre elas, estão mentorias e acompanhamentos individuais para cada um dos projetos inscritos e encontros abertos ao público 

As palestras e workshops abertos ao público serão transmitidos ao vivo pelo Youtube do Tecnopuc. Empreendedores, investidores e professores da PUCRS e de outras universidades, compartilham experiências e ensinam os melhores caminhos a serem trilhados para quem deseja ter um modelo de negócio escalável no mercado. 

O primeiro encontro aberto transmitido na tarde de ontem contou com a presença do palestrante Cassio Bobsin, investidor, empreendedorCEO e fundador da empresa ZenviaConfira conteúdo de hoje e a programação das transmissões que acontecem no canal. 

 

Projeto de apoio a startups

Foto: Freepik

Além dos danos causados à saúde, a pandemia do novo coronavírus trouxe um abalo significativo também no setor econômico. Pensando nisso, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) criou um programa de aceleração que terá início em agosto, no Rio Grande do Sul. O BRDE Labs irá escolher 10 empresas de tecnologia do Estado, ainda em fase inicial, para ajudar a escalar o negócio, desenvolver seu produto e se aproximar de investidores e potenciais clientes. O projeto será conduzido pela Aliança para Inovação, que envolve as três principais universidades do estado – PUCRS, UFRGS e Unisinos  em parceria com a aceleradora Ventiur. 

A estrutura do Tecnopuc Startups oferece oportunidades para as startups localizadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc); tanto na área de capacitação, quanto de fomento ao desenvolvimento dos seus planos de negócioTransmissões ao vivo com sociólogos, economistas e outros profissionais que ajudem a delinear a economia no cenário pós-coronavírus também estarão disponíveis para o público, de forma gratuita 

Para o professor Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e membro do Comitê Estratégico da Aliança para a Inovaçãoeste é um projeto que ocorre em um momento muito importante para todo o ecossistema de inovação gaúcho. “A iniciativa oferece uma oportunidade de desenvolvimento de novos negócios com foco na aplicação de novas tecnologias para o desenvolvimento da indústria, do comércio e do agronegócio, em um momento de crise.

O objetivo é estimular negócios inovadores que desenvolvam softwares, aplicativos ou hardware para melhorar a produção de indústrias, do comércio e da cadeia do agronegócio após o controle da pandemia. As empresas receberão ajuda de custo e mentoria durante quatro meses. As três melhores startups receberão uma premiação do BRDE ao final do programa, além da possibilidade de aporte adicional por parte da rede de investidores da Ventiur e apoiados pelo banco

jorge audy

Foto: Camila Cunha

Épocas de crise são oportunidades férteis para gerar inovações disruptivas. E as inovações disruptivas tem o poder de transformar nossas vidas. Os computadores, a energia nuclear, a Internet, até mesmo a barrinha de chocolate são inovações que surgiram em períodos de grandes crises mundiais. Assim como a Comunidade Europeia, a ONU e a própria OMS (Organização Mundial da Saúde).

Nestes períodos emergem muitas oportunidades para inovar, transformar nossas vidas e a sociedade que vivemos. Não será diferente nesta crise sanitária global que vivemos, muitas oportunidades estão surgindo e ainda irão surgir. Temos uma bela oportunidade para nos transformarmos em duas áreas, como pessoas e sociedade. Para melhor. Apesar do sofrimento em tantas dimensões, talvez estivéssemos mesmo precisando de um empurrão para repensarmos o nosso papel no mundo.

A primeira área está relacionada ao papel e à importância da Educação e da Ciência. Há décadas nosso maior desafio no Brasil é a Educação. Tanto em termos de qualidade como em termos de inclusão. Por que a educação é tão importante? Porque é a base de um processo de formação para a cidadania, um eixo estratégico para promover o desenvolvimento humano e social, além de ser o maior patrimônio de um povo.

E também porque promove um fluxo contínuo que começa na Educação e evolui para o reconhecimento e o fomento da Ciência, da Tecnologia e da Inovação. É este fluxo que gera a elevação dos indicadores de desenvolvimento de uma nação (social, ambiental e econômico). E esta crise está mostrando de forma inequívoca a importância da Ciência para combater o Covid-19.

Igualmente, a educação formal vem sendo desafiada para repensar seus paradigmas, com a adoção massiva das tecnologias de informação e comunicação, como mediações que anunciam novos modelos de educação. Uma nova educação para uma nova sociedade. As duas partes iniciais deste contínuo, Educação e Ciência, possuem importância estratégica e são estruturantes de uma nação no século XXI; não somente para enfrentar pandemias, mas também para incidir nas desigualdades sociais ainda existentes, permitindo que o conhecimento possa ser acessado por todos e, igualmente, capaz de criar novas formas para superar os históricos problemas da sociedade, de modo a promover um desenvolvimento mais justo, igualitário e sustentável (fome, mudanças climáticas, energia, etc.) Temos que aprender isto de uma vez por todas. Não podemos esperar mais.

A segunda está relacionada com a oportunidade de reflexão sobre o real significado das nossas vidas que o distanciamento físico, e não social, nos possibilita experimentar. A necessária busca de uma nova relação com as pessoas e o coletivo. Com as tecnologias que passam a ser vistas como ferramentas a serviço das pessoas.

Pode emergir um novo humanismo. Humanismo como atitude frente aos desafios. Uma nova forma de estar no mundo. Humanismo como uma nova forma de cuidarmos uns dos outros. Pensar o coletivo antes do individual. A volta das pessoas para casa, também, é um convite para nos reconectarmos com o nosso interior, aos nossos sentimentos e às nossas relações.

Mas, também, estabelece novas formas de estarmos no mundo, de trabalharmos e nos relacionarmos com familiares, amigos e colegas. É inegável o potencial humanizador desta crise que, vista como oportunidade, pode favorecer a revisão de valores, a renovação do cuidado (de si e do outro), o senso de bem comum e a responsabilidade pela coletividade.

Educação, Ciência e a busca de um novo Humanismo. Áreas clamando por Inovação em nosso país. Inovação Disruptiva. Transformadora. Social.

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Foto: Unsplash

Em sua terceira edição, o Programa de Empreendedorismo Rocket, do Idear, lançou sua versão na modalidade online, em parceria com a WTF! School, e com apoio do Sebrae. Assim, projetos que obtiveram destaque no ano de 2019 no Torneio Empreendedor e nas Maratonas de Inovação da PUCRS seguem recebendo suporte e orientações. Ambas são realizadas com a ajuda das sete Escolas da PUCRS e o Tecnopuc, com o objetivo de capacitar pessoas e desenvolver projetos.

O conceito do Rocket está fundamentado em estruturar novos negócios através do propósito de cada indivíduo, pensando em gerar impacto social. Para esta edição, o programa foi reformulado e conta com diferentes etapas de desenvolvimento, divididas em módulos. Na primeira parte, é realizado o Design Thinking, Canvas e consultorias agendadas com a mentoria da WTF! School. Na segunda, serão trabalhados aspectos práticos de modelagem de negócios envolvendo produto viável mínimo (MVP), técnicas de apresentação para investidores e Pitch (uma apresentação breve).

 

Novas ideias e formas diferentes de aprender

Para Luana Silva, estudante de Psicologia e integrante de uma das equipes destaque da Maratona de Inovação das Escolas de Ciências da Saúde e da Vida e de Humanidades, o programa está sendo um aprendizado diferente. “Sinto que é uma ótima oportunidade para repensar o produto, coisas que, antes do Rocket, nós não tínhamos parado para pensar”, comenta. Atualmente, a aluna conta com o apoio da colega Laura Brito, estudante de Pedagogia.

Juntas, elas pretendem desenvolver uma camiseta específica para pessoas com autismo, levando em consideração a sensibilidade específica que esse público possui em relação aos tecidos. Hoje, o projeto leva o nome de Sensory-ou.

Para outros estudantes, o processo é um pouco diferente. É o caso de Evellinne Riva, aluna da Escola de Medicina e integrante do projeto InflaHeatlh, que já está pensando na etapa de prototipagem. “Nós sabemos o que é preciso para trabalhar com o projeto, já sabemos como desenvolver”, comenta. Atualmente, existem outros cinco integrantes no grupo: Carolina Knijnik, Gabriela Massoni, Renata Amaral, Alessandro Borges e Roger Fonseca.

Junto com Evellinne, eles(as) foram destaque na Maratona de Inovação das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica do ano passado. A solução proposta pelo grupo visa facilitar a circulação sanguínea de pacientes acamados através de mecanismos alternativos. No momento, esse processo em hospitais exige um grande esforço físico por parte de enfermeiros para que isso aconteça.

“Projetos de pessoas que iniciam apenas com uma forte vontade de fazer a diferença no mundo têm a possibilidade de ganhar corpo e embasamento para seguirem etapas futuras. O Rocket tem como objetivo ser o início de uma trajetória voltada para a inovação e o empreendedorismo”, comenta a professora Gabriela Kurtz, do curso de Publicidade e Propaganda, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, integrante da equipe do Idear e responsável pelo Projeto Rocket 2020, em parceria com a professora Roberta Motta, do curso Psicologia, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida.

 

Quem está fazendo o Rocket?

Parceira nesta edição, a WTF! School busca desenvolver pessoas e acredita no protagonismo como força motriz. De acordo com Felipe Menezes, engenheiro e idealizador da empresa, a iniciativa tem o objetivo de olhar para o futuro, mas tendo em perspectiva o contexto atual. Seguindo essa linha e em consonância com a necessidade do distanciamento por conta da Covid-19, o conteúdo programático do Rocket foi pensado para o contexto digital. “Quando apresentamos o planejamento do Rocket, nós pensamos muito no cenário online de mentorias e sobre qual é o contexto em que estamos inseridos. Isso influenciou bastante na escolha de conteúdos que estão presentes em cada módulo”, destaca.

Para a jornalista e sócia de Felipe na WTF! School, Roberta Ramos, é necessário olhar para outros aspectos, que nem sempre são levados em consideração. “Muitas vezes, quando falamos em educação holística, as pessoas entendem como algo místico, mas na verdade estamos falando sobre unidade, sobre olhar para todos os aspectos que são relevantes”, comenta. Nesse sentido, Roberta ainda fala sobre a importância de entender as organizações exponenciais, um modelo de negócios que está baseado em novos valores e propostas – não necessariamente em tecnologia. Para essas organizações, o valor agregado está na inovação de produto ou processo.

O Projeto Rocket vai até o dia 20 de junho, data da conclusão do segundo módulo. Vale lembrar que essa é uma oportunidade exclusiva para pessoas que participaram do Torneio Empreendedor e das Maratonas de Inovação de 2019 e que foram destaque com seus projetos. Quer saber como participar? Esses dois eventos também vão ocorrer em 2020. Para acompanhar as notícias sobre abertura de inscrições, siga o Idear no Facebook e acompanhe o site: idear.pucrs.br.

Foto: Labelo/PUCRS

Foto: Labelo/PUCRS

Os Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios da PUCRS (Labelo) estão participando da Rede de laboratórios e organismos de certificação de produtos para apoio ao combate à Covid19. O objetivo do projeto é unir esforços para ajudar aos órgãos oficiais de saúde e à sociedade no desenvolvimento de equipamentos eletromédicos e de produtos de proteção individual, como máscaras e acessórios. A infraestrutura foi disponibilizada sem custos.

A iniciativa é organizada por Israel Dulcimar Teixeira, diretor do Labelo e vice-presidente da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), que também participa do projeto, bem como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

“A Abrac percebeu que diversos de seus associados estavam sendo procurados por empresas interessadas em desenvolver ventiladores pulmonares. Por termos um longo histórico na área da saúde, o Labelo foi um dos mais consultados, e assumimos a coordenação da criação da rede juntamente com o Laboratório Eldorado, de Campinas”, explica o diretor.

Confira alguns dos serviços de assistência à saúde que beneficiarão pacientes com coronavírus:

Contribuições do Labelo à rede

O Labelo está oferecendo ensaios de desenvolvimento em ventiladores pulmonares e aparelhos de suporte ventilatório de emergência. Como o grande número de iniciativas em andamento, baseadas em diferentes construções e projetos, é importante que cada fabricante conheça as características funcionais e de desempenho dos seus protótipos. Isso possibilita que eventuais ajustes necessários sejam identificados prontamente e em fase ainda intermediária da construção, o que gera uma economia tempo – recurso importante neste momento.

Como são produtos críticos, de suporte à vida, a confiabilidade dessas medições é de extrema importância. Todos os ensaios simulam a utilização normal do aparelho, expondo-o a condições reais, porém controladas e conhecidas. O pulmão artificial, por exemplo, permite ajustes de parâmetros que variam de pessoa para pessoa, como a complacência e a resistência – características do órgão relacionadas à eficiência pulmonar do paciente.

Critérios de qualidade

Há diversas etapas a serem cumpridas para que equipamentos médicos e produtos de proteção individual sejam colocados em uso, com o objetivo de garantir a qualidade destes. “Como a gama de atuação dos componentes da rede é bastante ampla, temos condições de auxiliar desde questões regulatórias e de sistemas de gestão, até a realização de ensaios de desenvolvimento”, destaca Israel Teixeira.

O equipamento deve ser fabricado por empresa regularizada junto à Anvisa; ou por empresa com certificação Medical Device Single Audit Program (MDSAP); ou deve possuir certificação do Sistema de Gestão da Qualidade; ou seguir as boas práticas de fabricação (BPF).

Também é necessário apresentar as pesquisas e validações clínicas, bem como os registros da avaliação da usabilidade do equipamento. Ensaios de desenvolvimento, mesmo que utilizando normativas e métodos reconhecidos não substituem os ensaios para certificação, uma vez que suas finalidades são diferentes. Enquanto o primeiro visa à implementação de melhorias e verificações técnicas para identificar potenciais falhas e inconsistências de funcionamento do produto, o segundo tem por objetivo evidenciar que o produto atende aos requisitos técnicos aplicáveis ao produto.

 

NanoPUCRS - logo policromático (286x140)Centro Interdisciplinar de Nanociência e Micro-nanotecnologia (NanoPUCRS) passa a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNANO), rede direcionada à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em nanociências e nanotecnologia, sob responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A conquista é resultado de um projeto submetido em 2019 com coordenação do professor Ricardo Papaléo, coordenador do NanoPUCRS, que mobiliza estruturas e pesquisadores de diferentes áreas da PUCRS, desde os setores de ciências exatas e tecnologia, até as áreas da medicina, biologia e farmácia. A Universidade integra a categoria Parceiros Estratégicos, fase válida por 4 anos. 

A rede nacional visa promover e auxiliar o desenvolvimento da área de nanotecnologia no Brasil. A ênfase atual do MCTIC no SisNANO é o desenvolvimento de parcerias com o setor produtivo brasileiro para o desenvolvimento de novos produtos. A rede está sob responsabilidade da Coordenação-Geral de Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Convergentes e Habilitadoras (CGTC), da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC), do MCTIC. 

Reconhecimento nacional 

Para o coordenador Ricardo Papaléo, integrar o SisNano é motivo de celebração. “A PUCRS aparece pela primeira vez reconhecida como um dos atores estratégicos em nanociência e nanotecnologia no país. Entrar no SisNano é um marco que demonstra a consolidação dessa área na Universidade” comenta o pesquisador. 

Ainda de acordo com Papaléo, o MCTIC lançará editais específicos de financiamento apenas para os membros da rede. Isso significa maiores chances de ampliar a obtenção de recursos para projetos de PD&I na área.  

A partir da integração, o NanoPUCRS deseja consolidar sua posição estratégica nacional na área de nanociências e nanotecnologia, com ênfase em projetos de inovação e parcerias com o setor produtivo.

“Planejamos ações variadas, tais como projetos de nanomedicina, nanotoxicologia, nanotecnologia aplicada a energias limpas e utilização do CO2,  uso de nanopartículas para nutrição e proteção de plantas de interesse agrícola e processos de nanoestruturação de materiais para o setor industrial”.

Sobre o NanoPUCRS 

O NanoPUCRS está localizado no Prédio 96A do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc). O centro de pesquisa interdisciplinar, congrega pesquisadores de diferentes áreas e unidades acadêmicas da Universidade e está vinculado à Escola Politécnica. 

Introduzir, de forma lúdica e interativa, os pilares do pensamento computacional no ensino de crianças com idades entre seis e 10 anos. Esse é o propósito do aplicativo MindLand, desenvolvido por uma equipe composta por cinco estudantes de diferentes universidades. A solução é uma das finalistas na categoria Educação da 8ª edição do concurso Campus Mobile, promovido pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC). O concurso visa inspirar o desenvolvimento de projetos que promovam impacto social e tem como parte da premiação uma viagem ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.

O estudante Guilherme Piccoli, aluno do 7º semestre de Engenharia de Software na Escola Politécnica da PUCRS e um dos representantes do projeto MindLand, destaca o conceito por trás projeto. “O pensamento computacional é uma maneira de solucionar problemas através de um método, podendo ser utilizado por qualquer pessoa, de qualquer área. A nossa ideia é trabalhar os pilares desse conceito na aprendizagem de crianças”, comenta.

Piccoli ressalta que, entre os pilares do pensamento computacional, estão a Decomposição, o Reconhecimento de Padrões, a Abstração e o uso de Algoritmos. “Esses pilares auxiliam na divisão de problemas complexos em partes menores, na identificação de aspectos comuns entre processos, na análise de elementos importantes e no descarte daqueles que não são relevantes naquela tarefa e na construção de um conjunto de instruções para a realização de uma atividade ou solução de um problema”, explica. O estudante ainda destaca que a proposta do MindLand é inserir os conceitos de forma leve e prazerosa para as crianças. “Introduzimos esses pilares em jogos, o que faz com que a criança passe por situações que a envolva, mesmo sem perceber”.

Iniciativa já olha para o futuro

Para a equipe do MindLand, o projeto também é uma oportunidade para o futuro. “A Base Nacional Comum Curricular pretende incorporar o pensamento computacional, tornando obrigatório o ensino nas escolas. Enxergamos nisso, também, uma grande oportunidade”, afirma Guilherme Piccoli.

De acordo com o representante do MindLand, o aplicativo já passou por alguns testes, obtendo retornos positivos. “Vimos crianças bem engajadas e determinadas a melhorarem seu progresso. Também realizamos um formulário para os pais e tivemos quase 100 pessoas interessadas em continuarem a receber informações sobre o projeto”, conta Piccoli.

Além de Guilherme Piccoli, representam o MindLand no concurso Campus Mobile os estudantes Saulo Busetti, alumni de Direito também da PUCRS, e Gustavo Travassos, aluno de Ciência da Computação da Universidade do Vale dos Sinos. Também participam da iniciativa Eduardo Sarmanho, estudante de análise e desenvolvimento de sistemas na Uniritter, e Fernando Maioli, aluno de Engenharia de Software na PUCRS.