BanriTech, Tecnopuc, aceleração, startupsEstão abertas as inscrições para o Programa de Aceleração de Startups BanriTech. A iniciativa, promovida pelo Banrisul, possui a assessoria técnica do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e tem por objetivo oferecer um programa de aceleração gratuito e aberto para startups como forma de apoiar o empreendedorismo, promovendo o desenvolvimento do ecossistema de inovação do Rio Grande do Sul.

Poderão participar do programa empresas de todo o País que possuam registro CNPJ e tenham propostas inovadoras em produtos ou serviços, com potencial de escala, nas seguintes verticais: agronegócios, serviços financeiros, relacionamento com clientes e empresas, eficiência operacional, segurança da informação e governos. Serão selecionadas até 30 startups.

As inscrições devem ser realizadas até o dia 13 de março, exclusivamente no site ‪do BariTech. Os projetos que estiverem plenamente alinhados ao programa serão submetidos a uma etapa de pitch (apresentação do negócio), na qual um comitê técnico irá selecionar as startups.
O regulamento e o edital do programa BanriTech podem ser acessados neste link. A relação dos projetos escolhidos será divulgada no mesmo site, no dia ‪29 de março.

Ciclo de aceleração

No ciclo de aceleração, que terá duração de oito meses, os participantes contarão com uma qualificada rede de mentoria composta por especialistas e executivos do Banrisul e do Tecnopuc. Inicialmente, será feito um diagnóstico da empresa, a fim de traçar um plano individualizado, baseado em necessidades e fraquezas identificadas, com o propósito de acelerar o desenvolvimento do projeto e atender às demandas do mercado. Durante o período, também serão promovidos eventos, palestras e workshops, agregando diferentes atores da comunidade empreendedora para discutir assuntos diversos e novas tecnologias.

Saiba mais sobre o BanriHub

Lançado em outubro de 2020, o BanriHub está estabelecido sob quatro pilares de inovação: Hub.Startup, Hub.Venture, Hub.Space e Hub.Education.  O Hub.Startup promoverá a inovação entre startups, aceleradoras, universidades, centros de pesquisa e parceiros. O BanriTech, programa de aceleração de startups, será conduzido pelo Banrisul com a consultoria do Tecnopuc, um dos maiores parques tecnológicos da América Latina. Outro pilar de inovação do Banco, o Hub.Venture vai estimular ações por meio de fundos de investimento ou mentorias. Um aporte de até R$ 20 milhões no fundo de coinvestimento Anjo, do BNDES, já foi aprovado pela instituição financeira.

O Hub.Space do Programa de Aceleração BanriTech será um espaço colaborativo, que vai funcionar no Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, no Centro Histórico de Porto Alegre, em formato de coworking, abrigando as startups selecionadas. A inauguração está prevista para março.

Já o Hub.Education contará com ações voltadas à inovação, capacitação, qualificação de processos, produtos e serviços para a geração de novos negócios, que agreguem valor ao ecossistema do empreendedorismo. Também auxiliará na conexão de mentores internos do Banrisul com as empresas incubadas, incentivando a inovação interna e, em contrapartida, compartilhando conhecimento sobre áreas temáticas com startups.

Foto: Bruno Todeschini

Inovar continua sendo importante durante a quarentena. Entretanto, mudanças foram necessárias para adaptar as estratégias ao “novo normal”. E algumas delas devem se tornar tendências nesse ramo.

Para o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, as mudanças nas relações de trabalho serão mais bem observadas quando for implantado um modelo híbrido. Para ele, esse modelo ainda tem muita experiência para ser feita e testada. Audy acredita que essa modalidade de ensino não ficará restrita ao mundo do trabalho, mas, principalmente, será uma tendência na forma de ensinar e aprender.

Já a professora da Escola de Negócios e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear), Naira Libermann, afirma que, na prática, as tecnologias digitais se tornaram os verdadeiros condutores para a difusão da inovação e que essa não é aceita uniformemente e, sim, em fases. Ela ainda aponta que, além das mudanças no mercado de trabalho, o comportamento do consumidor mudará.

Algumas inovações ocorridas durante a pandemia foram a economia colaborativa, o consumo sustentável, o shopstreaming (vendas online ao vivo), as companhias virtuais e as redes de aprendizagem.

Para conferir mais detalhes sobre o tema, leia a matéria completa na Revista PUCRS (páginas 52 e 53).

Jogo desenvolvido pela Aquiris estreia na Apple Arcade em 2021, a Netflix dos Games

Foto: Reprodução

A Aquiris Game Studio, empresa que faz parte do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), está entre as 500 empresas de maior crescimento nas Américas, de acordo com a lista divulgada em 2020 pelo jornal Fination Times. E a desenvolvedora inicia o ano com uma notícia animadora: irá experimentar um novo modelo de negócio e passará a integrar o catálogo de jogos da Apple Arcade, conhecida como a “Netflix dos Games”. 

Para Israel Mendes, publicitário formado pela Escola de Comunicação Artes e Design da PUCRS (Famecos) e confundador da Aquiris, estar entre as empresas de maior crescimento nas Américas é sinal de reconhecimento. “Acho que isso demonstra o poder da indústria criativa, mas em especial da indústria de games. Eu costumo dizer que fazer jogos é construir realidades e universos alternativos. Acho que o fator da imersão e o fator lúdico são super atraentes para quem quer ter outra vivência dentro dos jogos que são criados, e a Aquiris faz isso”, conta. 

A Apple Arcade, disponível a todos usuários da Apple, funciona como o modelo de assinatura mensal. A Aquiris estreia na plataforma com o jogo de aventura Wonderbox, com lançamento previsto para o primeiro trimestre deste ano. Nele é possível passar por obstáculos, enfrentar caminhos repletos de desafios, construir cenários e personalizar os recursos criando a própria aventura. 

“Ele é mais do que um jogo para ser jogado, é para ser criado – e essas criações serão entregues para outras pessoas jogarem. E o mais bacana é que de um jogo irão surgir outros jogos, por isso o nome é Wonderbox: The Adventure Maker. Para quem joga e curte esse gênero, vai significar muita coisa”, explica. 

Da “Empresa do Israel” para a Aquiris Game Studio 

Jogo desenvolvido pela Aquiris estreia na Apple Arcade em 2021, a Netflix dos Games

Foto: Reprodução

A empresa teve início em fevereiro de 2007 com foco em projetos de realidade virtual, quando a tecnologia era uma novidade. “Não existia óculos de realidade virtual e todos esses acessórios que hoje são muito falados. O que usávamos era, principalmente, a tecnologia de games para permitir que as pessoas visualizassem, testassem e brincassem com produtos do mundo real. Fomos a primeira a fazer uso comercial de Unity no Brasil, pioneira nesse sentido”, relembra Israel. 

Conforme empresa foi crescendo, o portfólio passou a oferecer produtos de advergames, a junção de advertising e games, que no começo eram gratuitos para o público: “Eram jogos feitos para publicidade, pois trabalhei durante bastante tempo em agências de comunicação e comecei a vender a Aquiris, que naquele momento era a ‘Empresa do Israel’. Com o tempo, obviamente, eu fiquei muito menor que a empresa”. Na época, com o recente lançamento do iPhone e sem as lojas de aplicativos, não existia conteúdo gratuito e de qualidade em tamanha oferta: Estávamos realmente à frente do tempo e entregando o que hoje chamamos de apps gratuitos”. 

Com a migração para a área do entretenimento, Israel conta que surgiram oportunidades de desenvolver produtos próprios, como jogos para as empresas Cartoon Network e Globo. “Passamos a criar games para divulgar conteúdos, não tínhamos mais anunciantes. Depois passamos a fazer jogos próprios e migramos o modelo de negócio da empresa”. 

Um sonho que emprega 145 profissionais do ramo 

Jogo desenvolvido pela Aquiris estreia na Apple Arcade em 2021, a Netflix dos Games

Foto: Reprodução

No início de 2019, a Aquiris foi o primeiro estúdio brasileiro de games a ser convidado para fazer parte do Serviço de Subscription da Apple, a Apple Arcade. A empresa, que chegou ao Tecnopuc em 2011, iniciou com três pessoas, além de Israel, Mauricio Longoni e Amilton Diesel, os sócios fundadores da empresa. Atualmente, 145 pessoas fazem parte da Aquiris Games Studio. “Prevemos mais crescimento para 2021, não quantitativo, mas, principalmente, qualitativo. Queremos, cada vez mais, melhorar os talentos que temos”, destaca Israel. 

Para Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, a Aquiris tem uma das mais belas e representativas trajetórias das startups criadas no Tecnopuc, fruto de spin-off da área acadêmica da PUCRS. “Quando os fundadores iniciaram o empreendimento em uma área nova e desafiadora, tinham toda a energia e coragem para criar e desbravar um novo segmento no nosso ecossistema. Hoje, com clientes como Cartoon Network, Nickelodeon e Warner, além de criações próprias, já recebeu importantes aportes financeiros, como da CRP, ampliou sua equipe, área de atuação e ambientes de produção e desenvolvimento”, comenta. 

A trajetória acadêmica e profissional do Israel Mendes, jovem estudante da Famecos na época da criação da empresa, representa bem o padrão de qualidade internacional que a Aquiris atingiu” JORGE AUDY 

Para André Pase, professor da Famecos e pós-doutor em Jogos Eletrônicos, a Aquiris sempre apresenta inovação e alta qualidade nos projetos. Hoje a empresa é parceira do curso de Especialização de Desenvolvimento de Jogos da PUCRS, promovido pela Escola Politécnica e pela Famecos. “A Aquiris tem um programa bem legal de bolsas para os melhores alunos. Além de professores do curso que trabalham lá. Muitas vezes profissionais observam os trabalhos dos alunos”, ressalta.  

O professor ainda destaca o desenvolvimento da Aquiris até o momento: “Se anos era uma empresa escolhida para demonstrar o potencial da Unity com demonstrações técnicas, o que já era um feito, nesse período lançou até jogo em caixinha física para PlayStation e agora é uma das escolhidas da Apple para o Apple Arcade. Ou seja, tem excelência técnica e de conteúdo”, elogia. 

Universidade realizou ações de apoio a micro e pequenos empresários durante a pandemia

Foto: Pexels

Em função da pandemia da Covid-19, a PUCRS realizou ações para apoiar micro e pequenos empreendedores. A primeira delas foi o site Supera, que reúne serviços gratuitos direcionados a empreendedores. A iniciativa conta com diversas instituições de ensino privadas, em parceria com a prefeitura de Porto Alegre, por meio do projeto Pacto Alegre.

O Startup Garagem, projeto que já existia na PUCRS, foi readaptado para o ambiente virtual, auxiliando a formar iniciativas ainda na pandemia. Já o PUCRS Carreiras adaptou-se realizando eventos gratuitos para falar sobre mercado de trabalho, além disso, privilegiou mulheres para as conversas.

Os estudantes da disciplina Planejamento de Negócios foram desafiados a solucionar problemas de empresas reais.

Para compreender todas as ações de apoio a micro e pequenos negócios realizadas pela PUCRS, leia a matéria completa na Revista PUCRS (páginas 54 e 55).

Foto: Pexels

Estudantes da Universidade criaram iniciativas com impactos sociais nas mais diversas áreas.Projeto de Prevenção às Drogas, aplicativo que incentiva as crianças a praticarem o bem, newsletter com informações sobre a Covid-19 e um projeto que estimula o protagonismo de jovens de baixa renda são algumas delas.

Para conhecer melhor esses trabalhos e conferir o relato dos estudantes responsáveis por eles, leia a matéria completa na Revista PUCRS (página 50).

Sebrae-RS e o Instituto Caldeira, por meio de uma parceria para fomentar a inovação e o empreendedorismo e disseminar cases de sucesso, realizaram um levantamento que destaca as startups gaúchas que mais fizeram a diferença no Rio Grande do Sul. O estudo leva em conta a análise do mercado de atuação de cada uma, considerando quais já estão consolidadas, escalando o negócio e entregando soluções para problemas reais desses mercados. Quatro startups instaladas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) são destaques no estudo: as healthtechs Stargrid, Tummi e WebMed e a fintech Openbox.ai.

Segundo Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira, o levantamento aponta iniciativas que potencializam a inovação no Estado. “Essa seleção evidencia as startups que estão contribuindo para a transformação dos setores econômicos que são importantes para a nossa economia e que têm potencial de tornar o nosso ambiente mais inovador e mais preparado para o futuro”, afirma Valério.

Para Flávia Fiorin, gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, o reconhecimento também de ressalta a riqueza dos ecossistemas de inovação e evidencia uma rede regional de conexões de negócios que vem crescendo de forma veloz e consistente ao longo dos últimos anos. “São resultados que nutrem não apenas os negócios individualmente, mas solidificam um ambiente propício ao desenvolvimento mútuo. Avançam os negócios, avança a sociedade gaúcha”, destaca a gestora.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o Rio Grande do Sul é o terceiro estado com o maior número de startups no país, com mais de 900 iniciativas mapeadas até o final de 2019. Rafael Chanin, integrante do Tecnopuc Startups, enfatiza que esse avanço se dá não apenas em áreas específicas, como a Tecnologia da Informação, mas também nas áreas da saúde e de finanças. Chanin ainda reforça o potencial ambientes como a PUCRS. “O nosso ecossistema de inovação e negócios está cada vez mais pujante e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e do país”, aponta.

Leia também: 5 dicas: como desenvolver competências empreendedoras durante a graduação 

Conheça as startups destacadas:

StarGrid

StarGrid surgiu para solucionar um problema recorrente em ambientes hospitalares: escalas de trabalho manuais e com diferentes padrões de escolha, entre áreas e turnos. A plataforma torna as escalas de trabalho mais dinâmicas e eficazes, com a automação dos processos de gestão. A solução promove a melhoria da eficiência das jornadas, elevando a qualidade assistencial e o aumento da satisfação dos colaboradores. A Stargrid está presente em hospitais como Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Santa Casa e outros.

Tummi

O app Tummi administra a saúde do paciente com câncer em relação à sua doença, principalmente aos efeitos adversos relacionados à quimioterapia. Para cada efeito adverso relatado, o app avalia e responde ao paciente sobre o autocuidado e a necessidade de procurar ou não o atendimento médico e a emergência. Além de humanizar a jornada dos pacientes com câncer, possibilita a redução dos custos do sistema de saúde, principalmente as internações hospitalares.

WebMed 

WebMed é uma plataforma capaz de auxiliar na gestão, organização e relacionamento dos processos de pagamento feitos nos consultórios, clínicas, hospitais e operadoras de saúde. O serviço contribui para o aumento do controle sobre o faturamento de honorários, além de facilitar o dia a dia dos trabalhadores da saúde de seus prestadores de serviço, como secretários/as, contadores/as, gestores/as, entre outros/as profissionais.

Openbox.ai 

Por entender que o mercado de crédito do Brasil deve ser mais transparente e participativo na busca de soluções para clientes e investidores, a fintech de antecipação de recebíveis Openbox.ai tem como diferencial a oferta de crédito empresarial com benefícios para empresas que praticam ações sustentáveis no dia a dia. Essa proposta visa revolucionar o mercado financeiro brasileiro, com soluções aliadas ao uso da Inteligência Artificial.

Track Startup conectou mais de mil estudantes ao empreendedorismo em 2020

Foto: Pexels

Empreendedorismo e inovação andam lado a lado. Muito mais do que simplesmente abrir uma empresa ou vender um produto, é sobre criar novos negócios e soluções para problemas atuais e reinventar o mercado que já existe. Na PUCRS, o empreendedorismo faz parte da base curricular dos cursos, incentivando o protagonismo de estudantes e permitindo que as melhores ideias saiam do papel e ganhem o mundo. 

Alinhado ao ecossistema de inovação da Universidade, o Track Startup oferece diferentes caminhos para quem deseja transformar novos empreendimentos em realidade. Confira qual possibilidade combina mais com você e fique por dentro da programação no site. 

Unir esforços para a criação de novos negócios 

Mais de mil estudantes foram impactados pelo Track Startup em sala de aula ao longo de 2020. Apenas no segundo semestre, 26 turmas foram atendidas de forma personalizada, com a contribuição de 23 profissionais convidados/as.  

Para Rafael Chanin, professor da Escola Politécnica e representante do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) no Track Startup, é importante valorizar o esforço coletivo.É um projeto que conta com um empenho do Tecnopuc, do Idear e das Escolas para fazer com que essa iniciativa tenha impacto real na vida profissional dos alunos e alunas”. Vicente Zanella, professor da Escola de Negócios e representante do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), reforça o papel da Universidade na promoção do empreendedorismo. “Mesmo depois de se formar, é possível seguir empreendendo com o apoio da PUCRS. Nosso objetivo é fortalecer a relação e ser suporte para novos negócios”. 

Conectar a sala de aula e o mundo 

Incluir o público com mais de 60 anos na era digital da tecnologia: esse é o objetivo do Click Prosa. A plataforma de aprendizagem idealizada na disciplina eletiva de Modelagem de Negócios aposta no vínculo entre grupos da mesma faixa etária como diferencial e ficou em segundo lugar no Torneio Empreendedor. Como premiação, representantes do projeto receberam o convite para participar da ASU/Devex Hackaton, evento internacional no qual ficou entre os finalistas 

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Foto: Unsplash

Foi em sala de aula também que Bernardo Pooter, Camila Melo, Daniela Bitencourt e Lucas Alves, estudantes do curso de Administração da Escola de Negócios, perceberam as oportunidades de continuar desenvolvendo o projeto. O Idear e o Tecnopuc nos mostraram uma visão de mercado sobre o projeto, com possibilidades dentro da PUCRS”, aponta Bernardo. 

Da graduação para oportunidades de investimento 

O aplicativo Adapp, vencedor na categoria Destaque Ages do Startu Garage, consiste em um guia que orienta passageiros/as em aeroportos e cria rotas que otimizam o tempo. “Fizemos pesquisas com os lojistas e somamos ao que aprendemos na disciplina de Formação do Empreendedor para aplicar a teoria ao mercado”, aponta Bruno Gonçalves, do curso de Ciências Aeronáuticas da Escola Politécnica, que desenvolveu o projeto com o apoio dos colegas Arthur Kretschmar e Lucas Bersch. 

O ecossistema de inovação 

Entre as atuações do Track Startup estão as participações do Idear em apresentações de trabalhos das disciplinas no Tecnopuc, com a finalidade de endereçar projetos que tenham potencial de se tornar novos negócios. 

Já o Idear fomenta a atitude empreendedora interdisciplinar e a inovação com impacto positivo na sociedade por meio da formação de pessoas que proponham soluções para mudar o mundo. 

O Tecnopuc, por sua vez, incentiva a inovação e a interação por meio de uma ação simultânea entre academia, instituições privadas e governo. Players mundiais, grandes corporações nacionais, startups, entidades e centros de pesquisa estão sediados em Porto Alegre e em Viamão, ambos no Rio Grande do Sul. 

Plataforma simula movimento populacional durante a pandemia

LODUS / Foto: Reprodução

Considerando a dinâmica habitual de deslocamentos de pessoas na cidade, inclusive de indivíduos contaminados pela Covid-19, um grupo de estudantes da PUCRS desenvolveu uma plataforma que permite simular a movimentação da população de Porto Alegre. Chamada de LODUS, a tecnologia foi concebida para ser uma ferramenta que auxilie na tomada de decisões na área da mobilidade urbana. A iniciativa conta com a coordenação da professora Soraia Musse, da Escola Politécnica da PUCRS, e o envolvimento dos alunos de Ciência da Computação André Antonitsch (mestrado), Amyr Borges (pós-doutorado), Diogo Schaffer (graduação), Douglas Schlatter (graduação), Gabriel Fonseca (mestrado) e Vinicius Cassol (pós-doutorado).

O projeto para criação da plataforma obteve recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Essa solução é uma das primeiras entre as ações que envolvem o novo Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS que terá também, a partir de 2021, o primeiro curso de bacharelado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial (IA) da região Sul do País.

Para realizar projeções a ferramenta dispõe de dados gerados pela empresa In Loco, que possui um sistema de geolocalização; além de informações da Prefeitura de Porto Alegre e do Censo Demográfico do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A nossa tecnologia apresenta visualmente gráficos, entre eles, um mapa 3D da cidade em que se consegue simular os deslocamentos entre os bairros a partir das movimentações das pessoas via o GPS dos seus celulares. Também pode projetar situações de lockdown, eventos na cidade, estimativas de contágio e alguns dados comportamentais da população”, explica Soraia.

Simulando torcedores da dupla Gre-Nal nos estádios

A plataforma simulou diferentes cenários analisando a presença de torcedores da dupla Gre-Nal nos estádios, caso estivessem sendo frequentados durante a pandemia. Considerando as capacidades da Arena do Grêmio e do Beira Rio e os bairros em que estão localizados, a tecnologia projetou um maior número de contágios em 150 dias (aproximadamente 5 meses) após a realização de uma partida.

Com variações de ocupação dos estádios entre 20% e 80% das capacidades, o simulador analisou exemplos de baixas chances de contato com pessoas distantes, com máscaras e mais cuidadosas e altas chances de contágio, com torcedores sem máscara e se abraçando. Para realizar um parâmetro de porcentagens de contaminações, uma linha base que indica a realidade de infecções em Porto Alegre foi utilizada. Confira os resultados:

ARENA DO GRÊMIO

Ocupação do estádio 20% 80%
 

Alta chance de contágio

 

54 mil pessoas

(100% a mais da linha base)

 

60 mil pessoas

(122% mais da linha base)

 

 

Baixa chance de contágio

 

30 mil pessoas

(11% a mais da linha base)

 

37 mil pessoas

(37% a mais da linha base)

BEIRA RIO

Ocupação do estádio 20% 80%
 

Alta chance de contágio

 

58 mil pessoas

(114% a mais da linha base)

 

61 mil pessoas

(125% a mais da linha base)

 

Baixa chance de contágio 33 mil pessoas

(22% a mais da linha base)

41 mil pessoas

(51% a mais da linha base)

Nos casos simulados, o aumento de pessoas contagiadas, conforme descrito, é avaliado aproximadamente cinco meses depois da realização da partida. Após o dia do jogo, as pessoas que estavam no estádio e se contagiaram, retornam para suas casas e passam a infectar outras que, por sua vez, contagiam outras e assim sucessivamente. “No caso das partidas de Grêmio e Inter, é interessante ver que o jogo no Beira Rio acabou contagiando mais pessoas após 150 dias. Existem algumas possibilidades para isso ter acontecido. Primeiramente, uma diferença na localização dos bairros dos estádios em Porto Alegre. Em segundo lugar, existe uma aleatoriedade na movimentação das pessoas na cidade, uma vez que não conhecemos as origens e destinos dos cidadãos em Porto Alegre. Essas duas questões variam as chances de contágio”, analisa a professora da PUCRS.

A plataforma também mostra a estimativa com maiores e menores chances de contágio e como a movimentação das pessoas na cidade impacta no contágio. Durante a simulação não houve qualquer restrição à movimentação das pessoas, mesmo as que supostamente testaram positivo para a Covid-19. Soraia explica que os resultados de simuladores são dificilmente avaliados como a realidade, pois não se tem detalhes da exata movimentação das pessoas, individualmente, bem como todos os detalhes que envolvem as chances de contágio existentes no dia a dia delas. “O importante das simulações é desenhar cenários e avaliar possíveis impactos, para que pessoas responsáveis possam tomar decisões”, ressalva.

Possibilidades de outros tipos de projeções

O simulador será um legado para a capital gaúcha, pois pode reproduzir diversas projeções de concentração de pessoas, indicando as rotinas padrões de Porto Alegre. “A ferramenta LODUS é adaptável, ou seja, pode ser utilizada para várias situações críticas a serem analisadas”, aponta a professora da PUCRS.

Ainda segundo Soraia, a plataforma pode ser customizada também para outras cidades. “Será possível simular um novo tipo de catástrofe, projetar a abertura ou fechamento de avenidas em determinados horários, as ocupações nas linhas ônibus, entre outras possibilidades que envolvem a mobilidade urbana”, conclui.

Confira a demonstração em vídeo de como funciona a plataforma:

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O projeto Mask Case surgiu do desafio de encontrar soluções para problemas cotidianos relacionados à COVID-19. Utilizando a metodologia Human Centered Design, os alunos Gabriel Caprara, Matheus Mengue, Micael Just, Pedro Munhoz, Renan Capitão e Rodrigo Martins Costa identificaram a dificuldade em guardar máscaras durante o dia a dia em atividades como se alimentar em um restaurante. Por isso, decidiram criar um compartimento para máscaras que possibilitasse seu armazenamento sem contaminá-la, evitando encostar a parte frontal com a traseira do EPI.

Além disso, como explica a professora Silvia Dapper, uma das orientadoras do projeto, o trabalho visa trazer outros benefícios à sociedade. O Mask Case foi desenvolvido no formato Open Source, ou seja, está disponível em código aberto, sem propriedade intelectual, para os indivíduos que desejarem produzir seu próprio compartimento de máscara. Além disso, a comercialização é possível para gerar renda aos indivíduos afetados economicamente pela pandemia. Para a confecção do objeto, é necessário apenas imprimi-lo em uma impressora 3D. “Pode parecer algo difícil, mas várias empresas já têm uma impressora dessas e você pode pedir para que alguma delas realize essa impressão para você”,  acrescenta Silvia.

Sobre o projeto ter sido premiado pelo Prêmio Bonancini de Design, um dos mais importantes na área, Silvia afirma que esse reconhecimento serve não apenas para promoção do curso e para mostrar ao grande público o trabalho de excelência desenvolvido pela PUCRS, mas também para que os alunos vejam o quanto o trabalho deles é bom e significativo, auxiliando no desenvolvimento de autoestima para mostrar seus projetos à sociedade.

Novas soluções tecnológicas

Alunos do curso de Design apresentam soluções inovadoras para problemas contemporâneos

Nort – Monitoramento e Suporte Aéreo / Foto: Divulgação

Já na disciplina Laboratório Interdisciplinar de Design IV, o desafio era encontrar problemas que pudessem ser solucionados com o uso de drones, uma vez que participaria dos projetos a empresa MHR, instalada no Tecnopuc, que possui essa tecnologia. Foi assim que surgiu o “Nort – Monitoramento e Suporte Aéreo”, trabalho do grupo formado por Gabriel Alves Martins, Jennifer Costi, Leonardo Pechansky, Letícia da Costa, Rodrigo Martins Costa e Vinicius Stabile que planeja auxiliar nos primeiros socorros e na resolução de problemas mecânicos nas rodovias.

O projeto Nort conta com os seguintes elementos: um aplicativo mobile, para realizar chamadas de emergência e solucionar problemas simples; um sistema de gerenciamento, para controlar e monitorar as rodovias; postos de SOS, localizados ao longo dos acostamentos com equipamentos para procedimentos simples e câmeras para o monitoramento das rodovias; e drones, que são armazenados nos postos de SOS e transportam um kit de primeiros-socorros em casos de emergências. Como conta o professor Stefan Von der Heyde, orientador do grupo, todas as etapas foram realizadas pelos alunos.

Sobre “tirar a ideia do papel”, Stefan afirmou que com certeza o grupo pensa nisso, visto que é uma solução viável para um problema real, ainda acrescentou que “a ideia do curso de Design da PUCRS é ter relação com algo prático/real/tangível e, justamente por isso, o curso realiza parcerias com empresas desde o primeiro semestre”.

Inovando em meio à pandemia

Ainda, sobre as dificuldades impostas pela COVID-19, o orientador afirmou que foi uma oportunidade para que os alunos desenvolvessem prototipagens 3D, ao invés das físicas, entregando esses materiais com qualidade. Além disso, considerou que é importante agir diante das adversidades como a pandemia e, também, os problemas de trânsito, criando soluções inovadoras como a proposta pelo grupo.

Vinicius Mano, professor da PUCRS que auxiliou Stefan na orientação do grupo, destaca a relevância do projeto que, segundo ele, está na importância das rodovias, as quais são extremamente utilizadas e “movimentam o País”. Portanto, é necessário atentar para os problemas nesses locais.

O projeto Mask Case foi vencedor na categoria Ação Covid-19 na 8ª edição do Prêmio Bornancini de Design, enquanto o trabalho Nort foi premiado além de na categoria Estudante do mesmo prêmio, no Brasil Design Awards, como Design de Produto – Máquinas, Eletrônicos e Tecnologia.

Leia também: Alunos do curso de Design criam produtos reais a partir de materiais reutilizáveis

Doutorando da Escola Politécnica ganha prêmio Google pela terceira vez

Foto: Arquivo pessoal/Henrique dos Santos

Pelo terceiro ano consecutivo Henrique Dias Pereira dos Santos, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da PUCRS, foi vencedor no Latin America Research Awards (Lara), premiação promovida pelo Google. Essa é a oitava edição do programa, criado com o propósito de impulsionar a inovação na região e premiar projetos acadêmicos que visam identificar e propor soluções tecnológicas para problemas reais do cotidiano das pessoas.

O projeto Validação da Identificação de Eventos Adversos por Aprendizado de Máquina em Situações Reais, orientado pela professora Renata Vieira, deu vida à startup NoHarm.ai, implantação comercial sem fins lucrativos da pesquisa. Desenvolvida em conjunto com a farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, Ana Helena Ulbrich, a startup busca agilizar e dar segurança ao trabalho da Farmácia Clínica dentro de hospitais.

“Ela é uma ferramenta que traz diversas inteligências para a farmacêutica, desburocratizando o processo de revisão das prescrições medicamentosas”, afirma Ana. A NoHarm.ai já está atendendo oito hospitais distribuídos nas cidades de Porto Alegre, Passo Fundo, Belo Horizonte, Aracaju e Rio de Janeiro.

Sobre o a premiação

Doutorando da Escola Politécnica ganha prêmio Google pela terceira vez

Foto: Arquivo pessoal/Henrique dos Santos

Dentre os projetos selecionados pelo Lara em 2020, 13 são do Brasil, dois do Chile, quatro da Argentina, um do Peru, um da Colômbia e um do México. Desde seu lançamento, em 2013, o programa já destinou aproximadamente 3 milhões de dólares a mais de 146 projetos de universidades de toda a região.

“Os prêmios do Google foram fundamentais para validar a contribuição científica do projeto para a ciência da computação e viabilizar economicamente a transformação do projeto de pesquisa em um produto que entrega valor para a o sistema de saúde”, comemora Santos.

Confira edições anteriores do prêmio: Alunos da PUCRS vencem o Prêmio LARA 2019, promovido pelo Google e Doutorandos em Ciência da Computação vencem programa de pesquisa do Google