O primeiro laboratório privado para ensaios de baterias para carros elétricos do Brasil será instalado no Campus de Inovação e Metrologia do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), um parque tecnológico localizado em Duque de Caxias/RJ que abriga 57 laboratórios de alta tecnologia. Fruto de parceria entre setores público e privado, o espaço contará com equipamentos rastreados e calibrados, que garantam mais segurança e melhor desempenho às baterias dos veículos elétricos.  

O memorando de entendimento para início do projeto foi assinado na terça-feira, 31/8, no DF, entre Inmetro, PUCRS – por meio de seu complexo de Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica, Calibração e Ensaios (Labelo) – e o organismo de certificação de produtos PCN, da Coreia do Sul.

O laboratório deverá entrar em operação em 2023 e atende à crescente demanda mundial por carros mais econômicos e menos poluentes. Além da importância para o mercado interno, que até 2035 deverá ser composto em sua maioria por veículos híbridos e elétricos, o Brasil será pioneiro na América Latina no estabelecimento dos requisitos para este tipo de produto, podendo exportar tecnologia e conhecimento aos países vizinhos. O contrato legal, com as bases finais da parceria, deverá ser assinado em dezembro de 2021. 

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Protagonismo na certificação de produtos 

Fruto de parceria entre setores público e privado, a iniciativa está fundamentada no Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação. A Universidade, por meio do Labelo – reconhecido como um dos mais importantes do segmento no Brasil por sua relevância e capacidade técnica na calibração de instrumentos de medição e ensaios da conformidade para certificação de produtos -, será responsável por gerenciar o fundo arrecadado, construir o laboratório e comprar equipamentos.  

“Algumas projeções indicam que, em 15 anos, mais de 60% da frota brasileira será de veículos elétricos ou híbridos. A partir disso, surge a importância de robustecermos a infraestrutura da qualidade do País neste segmento. Temos capacidade técnica para contribuir para o desenvolvimento de requisitos de segurança, pois a alta temperatura e o risco de incêndio são entraves da tecnologia, além de aprimorar técnicas já experimentadas de qualidade e autonomia”, resume o presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson.  

O diretor do Labelo, Israel Teixeira, destaca os potenciais riscos à saúde e à segurança de usuários de veículos elétricos cujos a conformidade técnica não tenha sido previamente avaliada. “Sob nosso ponto de vista, a garantia dos interesses da sociedade brasileira é também objeto do presente acordo de intenção”, afirmou. Sobre o projeto, ele ressalta que, para a Universidade, participar da criação e implementação do primeiro laboratório privado para ensaios de baterias para carros elétricos do Brasil é uma forma de assumir em plenitude as funções inerentes à gestão do conhecimento: a geração, o armazenamento e a sua disponibilidade e transferência.  

“Para nós, é de imensurável relevância compor uma rede de aproximadamente 1.600 laboratórios acreditados e atuar em consonância com o Inmetro, que posiciona o Brasil no seleto grupo de países do hemisfério Norte e da Ásia que se utilizam da avaliação da conformidade com o objetivo de proteger a sociedade dos efeitos nocivos que acidentes de consumo causam, tanto no âmbito humano e social, quanto no âmbito econômico, advindo de custos associados a acidentes de consumo”, afirma.  

Kim Rieffel, diretor da PCN no Brasil e responsável pela operação da holding na América Latina, reforça que o acordo pretende estimular o intercâmbio de conhecimento e desenvolver a infraestrutura nacional da qualidade não somente para veículos elétricos, mas também para estações de carga e itens correlatos. “Dada a vanguarda da matéria no cenário latino-americano, os avanços em normalização, metrologia e avaliação da conformidade serão certamente expansíveis a países vizinhos, o que aumenta nossa responsabilidade na execução dos trabalhos”.  

O Labelo 

É responsável por calibração de instrumentos de medição e ensaios da conformidade para certificação de produtos. Com a missão de preservar a vida através dos cuidados com a segurança, contribui para garantir ao mercado a oferta de bens e serviços que atendam aos critérios de qualidade para o consumidor final há mais de 50 anos. Presta serviços à indústria e contribui para garantir a oferta de bens e serviços que atendam aos critérios de qualidade para o consumidor final. 

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Com o tema Uma nova era se inicia: ressignificados da vida em sociedade, a edição deste ano da Maratona de Inovação PUCRS (MIP) integra alunos e alunas da Universidade na busca por soluções para os desafios da hiperconexão e do mundo híbrido. Nesta segunda-feira, 23 de agosto, mais de 180 estudantes deram início a essa jornada interdisciplinar que, por conta da pandemia, pelo segundo ano consecutivo acontece de forma totalmente online. 

Durante o evento de abertura da MIP, o vice-reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, destacou que a integração entre estudantes, mentores, docentes e profissionais cria uma dinâmica de energia, criatividade e cooperação, fundamental na promoção de mudanças com impacto social positivo.  

“Nesta nova era, a cultura dos ecos possui um enorme potencial para substituir a cultura dos egos. Ou seja, é fundamental pensarmos sobre como podemos aliar nossos conhecimentos na promoção das mudanças que construirão uma sociedade melhor, mais sustentável, atenta à diversidade e à equidade. Esse é o papel de uma universidade como a PUCRS: ajudar a encontrar soluções que melhorem a vida das pessoas e da sociedade”.  

Promovida pelas sete Escolas da Universidade, pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), a MIP proporciona o desenvolvimento de habilidades e competências que contribuem para a atuação profissional em diferentes áreas e para o crescimento pessoal. Por meio da reflexão e investigação dos desafios, os estudantes são estimulados a encontrar problemas que inspirem e motivem a criação de soluções, ampliando o autoconhecimento, o pensamento colaborativo, o trabalho em equipe e o aprendizado sobre o processo de geração de ideias. 

Gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, Flávia Fiorin salientou a importância e as possibilidades do ecossistema de inovação da PUCRS. “Destacamos o importante papel dos agentes de inovação para percorrermos todas as Escolas, alcançando cada canto da Universidade para promover esse grande encontro que é a Maratona de Inovação. Também ressaltamos o trabalho das outras unidades, como o Idear e o Tecnopuc, que fazem da PUCRS uma estrutura de inovação em rede, sempre à disposição para transformar ideias em realização e possibilitar que os caminhos do empreendedorismo aconteçam durante e após a formação acadêmica”. 

Futuro do trabalho são as pessoas 

Dando início aos debates sobre a sociedade hiperconectada e híbrida, Geociano Souto, Talent Business Partner da ThoughtWorks, consultoria global em tecnologia, ressaltou que a pandemia provocada pela Covid-19 e a virtualização das relações aceleraram a necessidade de atenção à saúde mental no ambiente de trabalho. “Temos visto muitos relatos sobre o processo de adoecimento mental e emocional nesse período. Então, falarmos sobre o futuro é colocar a vida como perspectiva. Para isso, é preciso questionar como as pessoas têm criado e enxergado sentido no próprio trabalho”. 

Dados de uma pesquisa da consultoria Great Place to Work apontam que apenas 40% das pessoas no mundo afirmam ser feliz no trabalho. Para Geociano é fundamental buscarmos entender essa relação. “Tem uma pergunta que adoro: se o seu trabalho desaparecesse, o que ficaria de você? Em uma sociedade do desempenho, em que conseguimos a façanha de humanizar as máquinas e ‘robotizar’ as pessoas, o cenário que estamos vivendo pede uma pausa para que possamos refletir. Pessoas não são recursos, pessoas são pessoas, com seus medos, seus anseios e vulnerabilidades”, pondera. 

Competências desenvolvidas a partir de desafios reais 

Durante a palestra, Geociano Souto ainda destacou um levantamento elaborado pelo Fórum Econômico Mundial que apontou as 15 competências emergentes para 2025. Dentre elas, a maioria são as chamadas soft skills, desenvolvidas a partir da aprendizagem experiencial. 

De acordo com ele, o futuro do trabalho está conectado com essas habilidades e demonstra a emergência de temas como resiliência, flexibilidade, tolerância ao estresse, capacidade de lidar com problemas complexos, inteligência emocional, pensamento analítico, criatividade e inovação. “A grande força que tem sido demanda hoje no mundo do trabalho é o aprendizado intencional e estratégico. Ou seja, aprender a aprender é cada vez mais necessário para nos adaptarmos a essa era de incertezas”, aponta. 

Conectada com essas tendências, a MIP proporciona a investigação de desafios reais, com temas específicos, identificando e explorando o potencial de geração de novos produtos ou negócios. A Maratona também possibilita a interação com alunos e alunas de diferentes áreas do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio investigativo, empático e colaborativo. 

Confira o evento completo de abertura da MIP 2021:

Inscreva-se na Maratona de Inovação PUCRS

Foto: iStock

Você já teve vontade de empreender e não soube como começar? Ou, então, possui uma grande ideia, mas não sabe qual o próximo passo para transformá-la em um negócio? Se a resposta foi sim para alguma das questões, então a primeira dica é realizar a inscrição para não perder o próximo Tecnopuc Talks, que terá como convidado o criador do Business Model Canvas, Alex Osterwalder. O evento, gratuito e transmitido pelo YouTube, marca o aniversário de 18 anos do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e integra a programação da Maratona de Inovação (MIP). 

Mas, enquanto a palestra não chega, Alex preparou algumas dicas para quem já quer se preparar e colocar em prática. Confira: 

1 – Crie conexões 

Uma das principais características de quem empreende é a capacidade de ver padrões onde ninguém mais vê, criando conexões entre coisas que nem sempre são vistas em conjunto. Quando conectamos diferentes pontos para criar algo, passamos a ver oportunidades em todos os lugares, onde outros veem desafios ou problemas. 

2 – Defina um modelo de negócio para a sua ideia

O que você realmente precisa fazer para começar é mapear um modelo de negócio para a sua ideia: tirá-lo da sua cabeça, visualizá-la e definir qual a proposta de valor que essa solução entregará para os seus clientes.  

A proposta de valor é aquilo que você entrega, o problema que resolve. A partir disso, poderá entender qual o modelo adotar para que a ideia se transforme em um negócio.

3 – Faça testes para validar suas hipóteses

Algo em comum entre empreendedores/as de sucesso é testar e adaptar as ideias. Depois de mapear a proposta de valor é preciso validar as hipóteses e suposições criadas em torno da ideia. E isso só pode ser feito a partir dos testes!  

Por isso, é preciso ter uma maior tolerância e capacidade de gerenciar os riscos. Além disso, é essencial adaptar o que se mostrar necessário a partir de cada teste, não apenas perseguir cegamente uma visão. 

4. Tenha uma visão de longo prazo, mas adapte-se rapidamente

Seu horizonte deve ser muito curto em termos de sua primeira ideia, já que é muito provável que algo esteja errado. O que é fundamental é ir imediatamente testar a ideia e adaptá-la. No entanto, enquanto você está fazendo isso, você ainda pode manter sua visão de longo prazo.  

Um bom exemplo disso é a Netflix: quando os fundadores começaram, eles já tinham a visão de streaming de vídeo, mas naquela época a infraestrutura não estava pronta. Então, eles começaram com DVD por correio, testaram esse modelo e adotaram, mas nunca deixaram de lado a ideia de streaming. Quando o ambiente online estava pronto, eles partiram para o modelo que já haviam imaginado. 

Então, você sempre pode ter uma visão de longo prazo. Essa é a parte fácil. O que é difícil é a adaptação a curto prazo de sua visão de encontrar os passos para transformar sua visão em realidade. 

5 – Combine teoria e prática 

Gosto de comparar empreendedorismo e educação em inovação com a Medicina. Você não se torna médico/a apenas lendo livros, mas também não se torna apenas praticando medicina sem nunca ter lido livros. Algumas coisas você só pode aplicar em projetos para testar ideias, mas entender modelos de negócios pode ser facilmente feito lendo um artigo e, em seguida, mapeando o modelo de negócio. 

Ou seja, é realmente teoria e prática que você precisa combinar. Você precisa entender a anatomia e fisiologia dos negócios, mas só por entender, você não vai se tornar empreendedor/a. Você precisa aprender como isso é feito. Então, eu realmente encorajaria os alunos e alunas a entender profundamente os modelos de negócios, as propostas de valor, mas então realmente tentar, tentar e tentar, aplicando isso. 

Alex Osterwalder

Evento é parte da programação da Maratona de Inovação PUCRS 2021 (MIP) / Foto: Divulgação

Uma das principais referências sobre modelagem e desenvolvimento de negócios, o escritor e empreendedor Alex Osterwalder é o convidado do próximo Tecnopuc Talks, que acontece no dia 25 de agosto, às 11h, com transmissão pelo canal da PUCRS no YouTube. O evento marca a comemoração de 18 anos do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e conta com o apoio do Sebrae RS. A palestra ocorre em inglês, com tradução simultânea para o português e interpretação em libras, e para receber um lembrete no dia do evento é necessário realizar a inscrição. 

O evento é parte da programação da Maratona de Inovação PUCRS 2021 (MIP), que acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online, e é promovida pelas sete Escolas da Universidade, Tecnopuc e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear)Alunos e alunas da PUCRS podem realizar a inscrição na MIP até o dia 18 de agosto para participar da programação completa e criar soluções para diferentes desafios da sociedade. 

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Para Flávia Fiorin, Gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, oportunizar a vivência empreendedora durante toda a trajetória acadêmica em um ecossistema global de inovação é um dos diferenciais de uma formação voltada a conectar o conhecimento teórico a experiências práticas de mercado. “Aproximar os participantes da Maratona de Inovação da principal referência em modelagem de negócios global é um marco importante nessa trajetória. Alex Osterwalder representa o novo olhar sobre a dinâmica de negócios, sob uma perspectiva clara e dinâmica”, explica Flavia. 

Uma linguagem visual para modelos de negócios 

Tirar uma ideia do papel e transformá-la em negócio nem sempre é um caminho fácil, mas existem algumas ferramentas que podem contribuir com essa rota. Desenvolvido a partir da pesquisa de doutorado de Alex Osterwalder, orientada pelo professor Yves Pigneur, o best-seller Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios, publicado em 2010 e traduzido para mais de 30 idiomas, aborda de forma prática os desafios e as estratégias para a criação de empresas. O livro destaca a ferramenta de modelagem de negócios Business Model Canvas, que auxilia a realizar o mapeamento de ideias com linguagem visual. 

O Canvas é uma das principais metodologias utilizadas no mundo para o desenvolvimento de projetos e representa os nove pontos encontrados pelos pesquisadores como fundamentais para qualquer negócio: proposta de valor, segmento de clientes, canais, relacionamento, receitas, recursos, atividades, parcerias e estrutura de custos. 

“Mapeie rapidamente sua ideia, leve no máximo algumas horas para fazer isso e pergunte imediatamente: quais são as suposições subjacentes? Quais são as hipóteses, os riscos, as coisas que precisam ser verdadeiras para que sua ideia funcione? E, então, realize testes! Você aprenderá com esses testes, adaptando e repetindo até encontrar evidências suficientes para dimensionar sua ideia”, orienta Alex. 

Em 1999, aos 25 anos, Alex fundou sua primeira startup, voltada para a educação financeira, e em 2010, cofundou uma empresa de consultoria que atendeu mais de cinco milhões de empreendedores utilizando a metodologia desenvolvida por ele. Durante a palestra, o especialista dará dicas para quem deseja começar a empreender e sobre como aplicar o Canvas para aprimorar os negócios. 

Um ecossistema de pessoas, criatividade, inovação e impacto 

O talk marca os 18 anos do Tecnopuc, um ecossistema de inovação cada vez mais conectado e global. Hoje, o Parque conta com mais de 178 organizações e 150 conexões com ambientes de inovação em todos os cantos do mundo. Transformando conhecimento em desenvolvimento social e econômico desde o início dos anos 2000, o time do Parque atua de forma colaborativa, promovendo um ambiente de negócios de classe mundial que envolve pessoas, criatividade, inovação e impacto 

Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, lembra da inauguração oficial do Parque e da Incubadora RAIAR (hoje Tecnopuc Startups), quando o sonho era criar um ecossistema de inovação que aproximasse a área de pesquisa das demandas da sociedade, gerando novas oportunidades de formação e desenvolvimento acadêmico e profissional para estudantes e pesquisadores.  

“Ao longo deste período recebemos algumas das maiores autoridades mundiais da área de inovação, como Henry Etzkovitz, Burton Clark, Regis Mckenna, Steve Blank e, agora, para a maioridade do Parque, Alex Osterwalder”, celebra Audy. 

Ao mesmo tempo em que cria oportunidades, a hiperconexão da sociedade acentua a desigualdade no acesso à informação e à educação. Durante a pandemia provocada pela Covid-19, esse abismo social foi ampliado, gerando consequências no presente e no futuro, principalmente para a nova geração. 

De acordo com um relatório divulgado em dezembro de 2020 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela União Internacional de Telecomunicações, dois terços das crianças e adolescentes em idade escolar no mundo não possuem acesso à internet em casa. Com a ampliação do ensino remoto devido à pandemia, os dados se tornam ainda mais alarmantes, representando cerca de 1,3 bilhão de meninas e meninos de três a 17 anos com dificuldades para manter os estudos. 

Somente no Brasil, a ausência de conexão afeta quase 5 milhões de crianças e adolescentes, segundo a pesquisa TIC Kids Online 2019. Em uma sociedade híbrida e hiperconectada, a falta de acesso à internet também pode significar menores chances de acesso a oportunidades. No entanto, o impacto não se restringe ao desenvolvimento individual de crianças e adolescentes. Quando a educação de uma geração é comprometida, toda sociedade é afetada. 

Para estimular alunos e alunas a se tornarem protagonistas na construção de soluções para o presente e o futuro na nova era, a  Maratona de Inovação PUCRS (MIP) propõe a reflexão sobre os desafios da hiperconexão e da sociedade híbrida em diferentes áreas. 

Promovida pelas sete Escolas da Universidade, pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), a MIP acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online. 

O desafio social da hiperinformação 

Se por um lado milhões de crianças e adolescentes são prejudicados pela falta de acesso à internet, por outro lado uma grande parcela da população é inundada por informações a cada segundo. Nesse cenário, a ausência de curadoria dos conteúdos e a expansão a desinformação também se tornam desafios.  

Porém, a transformação digital, por meio da aplicação de tecnologias de forma escalável e disruptiva, também pode ser um caminho para que essa mudança seja pautada pela sustentabilidade, diversidade e equidade. Ou seja, diante dos desafios do mundo complexo, podemos ser protagonistas na criação de soluções de impacto social positivo. 

Em uma sociedade de hiperinformação, a comunicação possui um papel fundamental para dar sentido as interações em diferentes contextos. Com transformações cada vez mais velozes, a inovação dentro da comunicação é primordial para que esse papel seja cumprido”, aponta o professor Eduardo Pellanda, Agente de Inovação da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos.  

O professor também ressalta que pensar a comunicação é essencial para o desenvolvimento de novos negócios em todas as áreas. “A multidisciplinariedade é um dos pontos mais ricos que podemos ter em times de trabalho. Quando temos apenas uma forma de visão, teremos sempre a mesma solução. A comunicação, como área, conecta esses diferentes pontos de vista e as informações que estão ao redor”. 

Prepare-se para a nova era 

Acompanhe as redes sociais da PUCRS, do Tecnopuc, do Idear e das Escolas para ficar por dentro de todos os conteúdos sobre a MIP 2021. 

Aprenda o básico de planejamento financeiro!Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear) acredita que os desafios do mundo têm soluções possíveis. Por isso fomenta e sensibiliza estudantes, professores e a comunidade para o desenvolvimento da atitude empreendedora como fator de transformação social. “Todo mundo tem um propósito que pode se tornar uma ideia empreendedora”: essa é uma entre as motivações da Missão Possível, uma série de encontros para motivar e apoiar empreendedores a se tornarem agentes de mudança que o mundo precisa. Confira detalhes sobre a programação e inscreva-se no site do evento. 

Serão três encontros independentes, representando três missões. Em cada missão o participante receberá um desafio para complementar a sua formação enquanto empreendedor. Ao final, será entregue um material prático, ou seja, o participante ganha o conteúdo, mas também uma ferramenta ultrassecreta para colocar a mão na massa. Cada oficina funciona de maneira independente, por isso é necessário se inscrever em cada um dos links disponibilizados. Em caso de dúvida você pode conversar com o Idear entrando em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo Instagram (@idearpucrs). 

Confira a programação da Missão Possível do Idear

 1º – Como tirar a minha ideia do papel | 22 de julho das 18h às 19h 

Nessa primeira missão, a Dobra conta uma breve história, os três pilares que guiam o trabalho (experiência, propósito+impacto e cultura+humanização) e como se tornou uma das dez startups mais conscientes do Brasil, pelo instituto Capitalismo Consciente. Nessa oficina você vai aprender sobre como tirar sua ideia do papel e colocar em prática o seu propósito.  

Convidado: Guilherme Massena, co-fundador da Dobra, empresa com a missão de deixar o mundo um lugar mais aberto, irreverente e do bem. Graduado em Gestão para inovação e liderança. 

Inscreva-se para a oficina 

 

2º – Planejamento financeiro para empreendedores | 12 de agosto das 18h às 19h

Planejamento financeiro é fundamental para garantir o sucesso do seu projeto. Pensando nisso o Idear convidou a Karina Missel para compartilhar a sua experiência com mentoria de negócios. O objetivo é que o participante consiga aprender o básico, afinal no começo é comum o empreendedor planejar, executar e acumular funções. 

Convidada: Karina Missel, da Connect Be, contadora especializada em planejamento tributário e metodologia do ensino. Lecionou na Uniritter em 2020 e realizou projetos de transformação digital. CEO da Connect Be, Contabilidade Proativa, startup localizada no Tecnopuc. Integra o CRC Jovem, participa de diversos projetos orientando startups em ideação, como Vibee Unimed e Projeto Maranhã.  

Inscreva-se para a oficina 

 

3º – Mídias sociais para empreendedores 

Mais informações em breve. 

Que tal embarcar nessa aventura e materializar sonhos? O Idear irá oportunizar que você tenha todos os acessórios necessários para concluir a sua missão com sucesso. Participe! Conheça mais sobre o Laboratório no site oficial.

Confira algumas formas simples para empresas e indústrias melhorarem a eficiência energética

Atingir a eficiência energética é um passo fundamental para um mundo sustentável / Foto: Pixabay

Eficiência das lâmpadas de LED, de módulos de energia fotovoltaica e a relação entre energia e meio ambiente são temas sobre os quais frequentemente se ouve falar. Neste mês, com a medida assinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que altera o valor das bandeiras tarifárias, a conta de luz ficou mais cara. Em momentos como este, a preocupação com formas de melhorar a eficiência energética ganha ainda mais evidência – especialmente para empresas e indústrias.

Segundo o professor da Escola Politécnica e coordenador do Laboratório de Eficiência Energética (LABEE) e do Centro de Demonstração em Energias Renováveis (CEDER), Odilon Duarte, eficiência energética consiste basicamente em usar menos energia:

“É uma prática que busca eliminar os desperdícios, otimizar os sistemas de geração de eletricidade e manter o conforto, a qualidade e a segurança”.

Um dos caminhos para a sustentabilidade

Atingir a eficiência energética é fundamental para um mundo sustentável – seja do ponto de vista ambiental, social ou econômico. Isso porque produzir e distribuir energia é muito caro e tem um impacto negativo em nosso ambiente.

Entre os benefícios gerados por esse meio de gestão da energia estão a redução das emissões de gases de efeito estufa, a diminuição da demanda por importações de energia, o aumento da confiabilidade do sistema de abastecimento e a redução de custos com energia para a empresa e para a sociedade.

Economia para empresas e indústrias

“O uso da energia com mais eficiência é uma das maneiras mais rápidas e econômicas de gastar menos dinheiro, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, criar empregos e atender à crescente demanda de energia”, destaca Duarte. O professor aponta alguns dos benefícios da eficiência energética para empresas e indústrias:

Ambiental: reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e outros poluentes, bem como diminui o uso da água.

Econômico: melhorar a eficiência energética nos sistemas de força motriz, de refrigeração, de ar comprimido e de iluminação diminui as contas dos serviços públicos individuais, cria empregos e ajuda a estabilizar os preços e a volatilidade da energia.

Benefícios para o sistema elétrico: restringe a demanda geral de energia, reduzindo a necessidade de investir em novos sistemas de geração, transmissão e distribuição de eletricidade, proporcionando uma redução substancial na tarifa.

Gerenciamento do risco: a eficiência energética ajuda a diversificar os portfólios de recursos das concessionárias e é uma proteção contra as incertezas associadas à flutuação dos preços da energia.

Como melhorar a eficiência energética?

A partir dessa forma de gestão de energia, é possível reduzir custos em indústrias, empresas e até mesmo em casa. Além disso, a eficiência energética acaba apresentando as vantagens que essas práticas podem trazer para os empreendimentos.

Pensando nessas questões, o professor Odilon Duarte elencou algumas dicas para empresas e indústrias que buscam melhorar a performance no seu consumo de energia. Confira:

1. Aproveitar ao máximo a iluminação natural

Uma dica que parece básica, mas que pode fazer toda a diferença, sendo que contamos com a luz natural durante um período significativo do dia. Manter as janelas limpas é o primeiro passo para aproveitar a luz do sol, e utilizar cortinas leves e portas de vidro também podem contribuir.

2. Minimizar perdas de temperatura

Em processos industriais que envolvam calor, uma forma de melhorar a eficiência energética é procurar empregar o isolamento térmico para minimizar as perdas de temperatura, diminuindo, assim, o consumo de energia.

3. Utilizar equipamentos com Selo A do Procel

Esta é uma ferramenta simples e eficaz que indica os equipamentos e eletrodomésticos que menos consomem energia. O selo foi criado em 1993 e apenas produtos que atingem índices de consumo e desempenho estabelecidos são contemplados com a sinalização.

4. Empregar motores elétricos de alto rendimento nos processos fabris

Os motores elétricos são os principais consumidores de energia das indústrias. Por isso, contar com opções de alto rendimento são uma alternativa para atingir a eficiência energética.

5. Utilizar uma cortina de ar em ambientes climatizados

O ar cria uma barreira, impedindo a troca térmica entre o ambiente interno e externo. Com isso, o consumo de energia com o sistema de ar-condicionado é reduzido.

Leia também: Sustentabilidade: energia solar ganha espaço no Brasil e pode ser vista como investimento

A pandemia provocada pela Covid-19 levou os sistemas de saúde ao limite e evidenciou a exaustão física, mental e emocional na sociedade. As mudanças na rotina, as incertezas, a ameaça do vírus e a realidade híbrida que se impuseram para a maioria da população impactaram diretamente na saúde e no bem-estar. 

De acordo com o estudo One Year of Covid-19, realizado pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, em média 45% dos adultos nos 30 países analisados perceberam piora na saúde emocional e mental durante a pandemia. O Brasil ficou em quinto lugar entre países com maior impacto negativo, com mais da metade da população (53%) apontando mudanças prejudiciais.  

Diante desse cenário, somos desafiados a encontrar novas soluções para o cuidado com a saúde e o bem-estar em uma sociedade híbrida e hiperconectada, com rotinas de trabalho em casa, diminuição do convívio social e o aumento exponencial do tempo em frente às telas. Para estimular a reflexão e a ação frente a essa nova era, a Maratona de Inovação PUCRS (MIP) convida alunos e alunas a serem protagonistas na construção de soluções, investigando desafios reais em diferentes áreas.  

Promovida pelas sete Escolas da Universidade, pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), a MIP acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online. 

Leia também: Sociedade híbrida e hiperconectada: as soluções para uma nova era   

Hiperconexão propõe avanços e desafios 

Durante a pandemia, a hiperconexão propiciou o avanço da telemedicina em todo mundo, acelerando uma nova forma de interação entre profissionais de saúde e pacientes. No entanto, o crescimento do uso de tecnologias também propõe desafios. “As teleconsultas nunca estiveram tão presentes e representam um avanço significativo na atenção em saúde. Por outro lado, essa nova era hiperconectada também traz alguns desafios que ainda estamos aprendendo a lidar, como a ampliação da exposição em frete as telas, problemas de sono, ansiedade, sedentarismo e o desenvolvimento de transtornos comportamentais na população”, aponta Rafael Baptista, Agente de Inovação da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.  

Baptista ainda destaca que em resposta a esses desafios, poderemos ver a expansão de soluções aliadas à inteligência artificial, às tecnologias vestíveis e à Internet das Coisas (IoT). “Esses conceitos estão cada vez mais presentes e acredito que eles possuem potencial para transformar o futuro na área da saúde. Teremos a possibilidade de ter sensores conectados ao nosso corpo e interagindo com diferentes pontos, inclusive cuidando do nosso bem-estar e enviando dados para profissionais de saúde”. 

Inovação aliada à saúde 

Agente de Inovação da Escola de Medicina, o professor Giovani Gadonski salienta que a inovação na área da saúde é fundamental para propor soluções frente a problemas enfrentados há muitos anos e a novos desafios, como a Covid-19. “Durante a pandemia, estão sendo utilizadas várias formas de diagnóstico usando inteligência artificial, por exemplo. Desde a suporte respiratório na unidade de terapia intensiva até novas formas de reabilitação encontramos ideias inovadoras que trouxeram soluções originais e em tempo recorde”. 

O professor também ressalta que diante de uma era cada vez mais complexa e volátil, é primordial o estímulo para que estudantes e profissionais das áreas de saúde desenvolvam habilidades que possibilitem propor soluções inovadoras para as questões que fazem parte do seu cotidiano. “Perceber os problemas que nos rodeiam ou que afetam os pacientes nos possibilita enxergar novas tecnologias e processos que podem ser envolvidos no diagnóstico, prevenção, tratamento e reabilitação de diversas doenças”, comenta. 

Para Gadonski, a MIP é uma das maiores experiências que o alunos e alunas da PUCRS podem experimentar ao longo do curso. “A Maratona apresenta múltiplos os benefícios aos estudantes, mas acredito que o mais marcante seja poder interagir com outras escolas da Universidade para pensar em soluções alternativas e originais. Ou seja, poder enxergar os problemas sob a visão de outras áreas, assim como ouvir e considerar soluções desenvolvidas a partir de outros pontos de vista, que precisam ser respeitados”.  O professor também considera a MIP uma oportunidade para que alunos e alunas interajam com o ambiente de inovação da PUCRS, criando uma rede de trabalho ampla e diversificada. 

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O número pessoas que utiliza a internet já representa mais da metade da população mundial (59,5%), formando uma rede de 4,6 bilhões de usuários, de acordo com o relatório Digital 2021 produzido pelo We Are Social e Hootsuite. Em uma sociedade cada vez mais conectada e híbrida, os desafios da segurança vão desde a violência urbana até o vazamento de dados em ambientes online.  

Diante desse cenário, torna-se fundamental o desenvolvimento de soluções e o protagonismo frente à transformação digital. Durante a Maratona de Inovação PUCRS 2021, alunos e alunas da Universidade serão convidados a refletir e investigar desafios reais em diferentes áreas, entre elas a Segurança. Promovida pelas sete Escolas da Universidade, pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), a MIP acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online.  

Expansão digital evidencia o desafio da cibersegurança  

Em uma era hiperconectada, o volume de informações geradas na internet se multiplica em tempo recorde. Estimativas da Dell Technologies, elaboradas no início desta década, apontam que o volume de dados digitais alcançou cerca de 40 trilhões de gigabytes em 2020, aproximadamente 5.247 GB por pessoa em todo o mundo. A transição entre o online e o offline e o crescimento do número de informações que circulam nos ambientes digitais expande a necessidade de proteção de dados e de soluções voltadas para a cibersegurança. 

Também chamada de segurança da tecnologia, a cibersegurança é o conjunto de procedimentos que visam a proteção de computadores, redes e dados no ambiente digital. Essas medidas têm como objetivo evitar invasões, fraudes, roubo e vazamento de informações. De acordo com o relatório da Dell, a estimativa é de que em 2020 cerca de 40% das informações tenham necessitado de alguma forma de proteção.  

Sancionada em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabeleceu regras para a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais. Com a regulamentação, o Brasil passou a estar entre os 120 países que possuem leis específicas para a proteção de dados. 

Agente de Inovação da Escola de Direito da PUCRS, o professor Ricardo Lupion destaca que as informações digitais já impactam diferentes contextos. “É um tema que faz parte do nosso cotidiano, não mais do futuro. Provas digitais estão presentes em processos penais e civis, por exemplo. Além disso, precisamos estar preparados para lidar com os impactos da inteligência artificial e do convívio das pessoas em ambientes online”, comenta. 

Integração para construir sociedades mais seguras em todas as áreas 

Para além do ambiente digital, a violência urbana é um dos principais desafios sociais. O atual cenário do País nesse contexto reforça a necessidade de soluções voltadas a segurança pública e ampliação da agilidade e da eficiência no combate à criminalidade. 

No entanto, para construirmos sociedades mais seguras, humanizadas, acessíveis e sustentáveis, é fundamental agir e pensar de forma multidisciplinar. Agente de Inovação da Escola Politécnica da PUCRS, o professor Fernando Lemos aponta a importância da conexão entre diferentes áreas. “Vivemos isso na prática, com a constante integração entre estudantes dos 22 cursos da Politécnica. A conexão entre as áreas é fundamental para a criação de soluções que possam abranger diferentes aspectos e olhares. Para sermos protagonistas em uma sociedade híbrida e hiperconectada, é essencial estarmos abertos a esse diálogo interdisciplinar, indispensável para a inovação”, reforça. 

Prepare-se para a nova era

Acompanhe as redes sociais da PUCRS, do Tecnopuc, do Idear e das Escolas para ficar por dentro de todos os conteúdos sobre a MIP 2021. 

Leia também: Sociedade híbrida e hiperconectada: as soluções para uma nova era 

O distanciamento imposto pela pandemia nos levou a uma realidade híbrida jamais vivenciada. Em todo o mundo, relações e experiências se tornaram cada vez mais hiperconectadas, evidenciando novos comportamentos e necessidades. Frente aos desafios de uma sociedade complexa, incerta, ambígua e volátil, a colaboração tem emergido como uma peça-chave para o desenvolvimento de soluções pautadas pela sustentabilidade, diversidade e equidade. 

Com o propósito de inspirar alunos e alunas da Universidade a se tornarem protagonistas desse novo mundo, a Maratona de Inovação PUCRS (MIP) 2021 terá como temática a reflexão sobre o papel como indivíduos na era hiperconectada e na sociedade híbrida. Promovida pelas sete Escolas da Universidade, pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), a MIP acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online.  

“As transformações dessa nova era, com movimento intenso de interação entre o físico e o digital, representam a oportunidade única de sermos propositivos e atuarmos na construção de uma sociedade responsiva, em que a tecnologia pode impactar positivamente a dinâmica social. Convidamos os estudantes da PUCRS a explorar soluções inovadoras para a promoção de uma era que seja marcada pela equidade, pelo equilíbrio e pela sustentabilidade”, destaca Flávia Fiorin, Gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc. 

Para a professora Ana Cecília Bisso Nunes, coordenadora acadêmica do Idear, entre as competências mais importantes na sociedade hiperconectada está o trabalho em equipe. “Em uma sociedade que carece de inovação para resolver problemas, saber conversar, interagir e criar com pessoas de diferentes disciplinas, culturas e personalidades se torna um diferencial ainda mais valioso”, ressalta.  

Ana também aponta a importância do conhecimento e domínio das ferramentas digitais, principalmente em um momento em que as interações transitam cada vez mais por contextos híbridos. “A sociedade hiperconectada demanda uma literacia midiática. Com o excesso de informação presente na internet, se tornou essencial diferenciar fontes, dados e entender o que é verdade para driblar a desinformação”. 

O papel da inovação para a sociedade e para os negócios 

Agente de Inovação da Escola de Negócios da PUCRS, a professora Frederike Mette ressalta que a hiperconexão acelerou tendências já existentes, impactando não só as relações sociais como também os negócios. De acordo com ela, a adaptação e a inovação são fundamentais para vivenciar a nova realidade em todas as áreas.  

“Muitas pessoas e empresas demoraram a se adaptar a esse novo mundo, de forma a atrasarem suas inserções digitais. Assim, houve um delay entre os negócios e pessoas. Hoje, todos já acreditam que esses movimentos híbridos vieram para ficar, e quem não se inseriu ainda está atrasado”, comenta. Nesse contexto, a professora aponta que a criação de novas soluções e negócios tende a ser favorecida, pois há mais velocidade das negociações, assim como facilitação de contatos. “O que cabe a nós, indivíduos, é nos adaptarmos a essa era de forma a otimizarmos negócios e criarmos novas possibilidades”. 

Protagonismo na construção soluções

Na Maratona de Inovação PUCRS alunos e alunas são protagonistas em equipes interdisciplinares que investigam desafios reais, com temas específicos, identificando e explorando o potencial de geração de novos produtos ou negócios (startups) no contexto da solução proposta. A interação entre estudantes de todas as Escolas estimula o desenvolvimento de habilidades como o trabalho em equipe e autoconhecimento, além favorecer contatos com outras áreas do conhecimento. 

Frederike reforça a importância da presença de estudantes da Escola de Negócios em equipes interdisciplinares e cooperativas que atuem na transformação social. “Todos nossos cursos abordam competências e habilidades relacionadas a gestão de negócios e pessoas, raciocínio analítico e lógico, liderança, entre outros aspectos. Esses são temas totalmente multidisciplinares e necessários para profissionais da maioria das áreas. Desta forma, o conhecimento dos estudantes da Escola se mostra completamente estratégico, a fim de auxiliar indivíduos e empresas na otimização de processos, fluxos e trabalho na era hiperconectada e híbrida”, comenta a Agente de Inovação. 

Prepare-se para a nova era 

Ao longo das próximas semanas você conhecerá mais sobre as dimensões que serão abordadas na Maratona deste ano. Acompanhe as redes sociais da PUCRS, do Tecnopuc, do Idear e das Escolas para ficar por dentro de todos os conteúdos sobre a MIP 2021.