Artigo escrito pela Decana Rosângela Florczak da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos.

O mundo acompanhou o Conclave que definiu o novo Sumo Pontífice da Igreja Católica. No primeiro dia de votação (7/5), a chaminé anunciou que não se chegou à maioria necessária para eleger o Papa que teria a missão de conduzir a Igreja depois do falecimento do grande líder mundial que foi Francisco. 

Mas o que a Famecos tem a ver com o Conclave? Tudo! As profissões que se formam na Escola de Comunicação, Artes e Design trabalham com os elementos que estiveram muito vivos no evento máximo da Igreja. Aí vão alguns exemplos: 

  1. Os jornalistas e profissionais de comunicação que atuaram no Vaticano deram um show de produção de conteúdo, assessoria de imprensa e cobertura jornalística. A plataforma conhecida como Vatican News foi a responsável por gerar imagens — inclusive de bastidores —, organizar as informações detalhadas sobre o rito, sobre os cardeais que votaram e os que participaram, entre muitas outras coisas. 
  1. Os designers que apresentaram soluções para problemas complexos, que ajudaram a definir símbolos, fluxos, organizações espaciais e estruturais, aplicaram seus conhecimentos na perfeita ordem e visibilidade de objetos como o grande livro da Palavra, que foi colocado sobre o caixão fechado do Papa Francisco; na organização perfeita da Capela Sistina, adornada pela arte de Michelangelo; e na organização hierárquica e temporal da procissão dos cardeais até o ângulo da chaminé mais vigiada do mundo. 
  1. Os comunicadores empresariais, profissionais de publicidade e propaganda, ou até mesmo jornalistas que atuam em estratégias para eventos críticos, podem se inspirar na extrema competência dos estrategistas do Vaticano, que ressignificaram a ideia de transparência nesses momentos cruciais, trazendo informações de bastidores como o fechamento da porta do apartamento papal, o juramento dos cardeais na Capela Sistina e até mesmo a simples exposição de imagens de cardeais, para desmontar esquemas de desinformação com interesses de interferência na escolha. 
  1. O falecimento do Papa Francisco e a escolha do novo Papa provaram o que a gente já sabia: vivemos na era do audiovisual. Os profissionais dessa área que se formam na Famecos seriam os responsáveis pela gigantesca produção de narrativas visuais, marcas sonoras, narrativas de áudio que estão qualificando a produção da plataforma Vatican News e que vêm sendo compartilhadas com o mundo todo. Até os cantos gregorianos e as ladainhas cantadas nas procissões dos cardeais estão se popularizando entre católicos e não católicos. 

Em uma visão interdisciplinar, todo ambiente de negociação que se estabeleceu no mundo para acompanhar a escolha do novo Papa ensinou muito para os profissionais de comunicação. Afinal, é isso que os comunicadores, jornalistas, publicitários, designers e produtores audiovisuais fizeram o tempo todo: negociaram sentidos e significados, acompanharam decisões difíceis e produziram avanços sociais. É para isso que atuamos. 

Fotos por: Thamires Rocha

A discente Ana Carolina Pinheiro de Oliveira, da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos (PUCRS), defendeu nesta quarta-feira (30/4) sua dissertação de mestrado intitulada Como as ruas falam: um estudo sobre as práticas jornalísticas do Jornal Boca de Rua. A pesquisa foi aprovada pela banca avaliadora.

Com orientação da Prof.ª Dr.ª Márcia Veiga da Silva, o trabalho teve como objetivo descrever as práticas jornalísticas do Jornal Boca de Rua, entendendo-o como um ponto de contato entre o jornalismo hegemônico e o saber das ruas.

“A pesquisa foi construída coletivamente com os integrantes do Boca, que participaram de todas as etapas. Este estudo surgiu se propondo a olhar como o coletivo pratica o jornalismo no seu dia a dia e como uma forma de responder às perguntas que eles mais escutam: ‘São vocês mesmos que fazem o jornal?’ e ‘Como vocês fazem?’. Então, delimitamos como objetivo descrever estas práticas do Boca de Rua, entendendo-o como um ponto de contato entre o jornalismo hegemônico e o saber das ruas (a Ruaologia), e analisar em que medida ele se apropria e/ou subverte práticas oriundas deste jornalismo, que é regido por normativas positivistas, masculinistas, racistas e classistas (VEIGA DA SILVA, 2015), na produção de um jornal que tem um lado claro: o do povo da rua”, afirmou Ana.

O Boca de Rua surgiu do encontro de duas jornalistas com um grupo de jovens em situação de rua, que estavam cansados de não se verem representados nas páginas dos jornais. Na contramão de um jornalismo míope, que os invisibiliza, o Boca de Rua emerge como uma proposta de ruptura paradigmática com o jornalismo hegemônico — que os relega à condição de Outro — ao negar a ideia de isenção e propor um jornalismo guiado pelo Nós.

“Também foi possível perceber que, no Boca de Rua, não há hierarquia entre as duas funções estabelecidas pelos integrantes: a de repórter e a de vendedor. Uma é condicionante e interfere diretamente na outra. Por isso, optei por chamá-los pelo termo ‘repórter-vendedor’. Para concluir, também foi possível perceber que o Boca de Rua, único jornal do mundo feito e vendido por pessoas em situação de rua, é um veículo que denuncia sua realidade, conta sua própria história e a dos seus — e revela para todos uma realidade que não estamos acostumados a ver”, complementou.

A banca de avaliação foi composta pelo Prof. Dr. Juremir Machado da Silva (PUCRS) e pelo Prof. Dr. Roberto Villar (UniRitter).

“Ao longo de toda a construção deste estudo, o PPGCom sempre foi um espaço aberto para olharmos, reconhecermos e debatermos outras formas de pensar a comunicação, como foi o caso específico deste estudo, que tinha como foco as práticas jornalísticas de um jornal produzido por pessoas em situação de rua. Foi muito emocionante contar com a presença dos integrantes do Boca de Rua na banca de defesa — e mais ainda poder ouvi-los logo depois de mim, como coautores da pesquisa”, finalizou Ana.

Alunas discutiram práticas de enfrentamento do machismo em um diálogo voltado para a comunicação

Por Laura Dacol

Foto: Julia Pletsch

Misoginia, desinformação e os discursos da chamada “machosfera” foram discutidos por meio de uma abordagem prática na oficina “Aprenda a combater o machismo nas redes”. A atividade aconteceu na Famecos, na tarde de quarta-feira (30), e foi conduzida pela professora Fernanda Nascimento.

Com foco no impacto da circulação de conteúdos que promovem o machismo, a oficina expôs estratégias discursivas de desinformação utilizadas para reforçar tais ideias. A professora também destacou figuras públicas femininas que estão sob constante ataque e explicou como essas ações visam a inferiorização e a deslegitimação de suas lutas. Como exemplo, foi analisado o documentário sobre a feminista Maria da Penha, produzido pela Brasil Paralelo, que é alvo de ação judicial por propagar desinformação.

A partir de conteúdos populares nas redes, a origem da “machosfera” foi apresentada. Em crescente popularidade entre os jovens, o movimento surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, mas hoje se manifesta em grupos online que buscam monetizar o desprezo pelas mulheres. A oficina alertou para a necessidade de identificar esses conteúdos, compreender suas estratégias de compartilhamento e combatê-los com conhecimento e senso crítico.

Matéria por: Laboratório de Jornalismo | Famecos/PUCRS

Na última terça-feira, 29 de abril, a Abrapcorp anunciou, por meio de seu perfil no Instagram, os trabalhos finalistas dos Prêmios Abrapcorp de Teses, Dissertações e Monografias 2025. Ao todo, oito trabalhos foram selecionados: duas teses, três dissertações e três monografias. Os vencedores de cada categoria serão conhecidos durante a cerimônia de premiação, que acontecerá no encerramento do XIX Congresso Abrapcorp, no dia 22 de maio, às 21h.

Os Prêmios Abrapcorp de Teses, Dissertações e Monografias visam fomentar e dar visibilidade à produção científica de qualidade na área de Comunicação Organizacional e Relações Públicas no âmbito dos Programas de Pós-graduação em Comunicação do Brasil, bem como no âmbito dos Cursos de Graduação, estimulando o desenvolvimento de redes de pesquisa e potencializando a circulação do conhecimento na área. Em 2025, a premiação considerou os trabalhos defendidos em Programas de Pós-Graduação da área de Comunicação no Brasil (no caso de Teses e Dissertações), e em cursos de Relações Públicas e Comunicação Organizacional em Instituições de Ensino Superior Brasileiras (no caso de Monografias), entre 01 de março de 2024 e 28 de fevereiro de 2025. 

Os trabalhos foram avaliados por uma banca composta por mais de 40 professores doutores vinculados a diversos Programas de Pós-Graduação em Comunicação de instituições de todo o país. A seleção seguiu critérios rigorosos, que contemplaram: originalidade e atualidade do tema; pertinência e solidez do suporte teórico; rigor metodológico; estrutura do trabalho; qualidade redacional e adequação às normas cultas da língua portuguesa; além da qualidade dos resultados e potencial para avanço do conhecimento e inovação na área. Confira, a seguir, os trabalhos finalistas:

Teses:

Do debate público à suspensão do empreendimento minerário: públicos, argumentos e variáveis discursivo-contextuais no caso Mina Guaíba

Autor: Douglas Elias Carvalho (UFRGS)
Orientador: Rudimar Baldissera

Militarização urbana, um “arrastão” de sentidos: narrativas de O Globo sobre as intervenções militares no Rio de Janeiro (1992 – 2018)

Autor: Igor Lacerda (UERJ)
Orientador: Ricardo Freitas

Dissertações:

Comunicação e relações de trabalho – o entre-lugar do cuidado na gestão de crise em vinícolas gaúchas

Autora: Thaise Ribeiro (PUCRS)
Orientadora: Rosângela Florczak

Comunicação no Terceiro Setor – diálogo entre empresas e organizações sociais

Autora: Roberta Attene (UMESP)
Orientador: Luiz Alberto Beserra de Farias

Política não se discute: a influência da ideologia no binômio comunicação interna e comprometimento organizacional

Autor: Leandro Orsolini Duarte (USP)
Orientadora: Margarida Kunsch

Monografias:

O ciberativismo feminista na era digital: uma análise sobre a midiatização das Relações Públicas e seus efeitos na autoimagem feminina

Autora: Luiza Ozeas (Cásper)
Orientadora: Ethel Shiraishi Pereira

Interesse público ou de um público: a busca pela (in)visibilidade no RS Innovation Stage

Autor: Gabriel Pedroso (UFRGS)
Orientador: Rudimar Baldissera

Discurso, legitimidade e reputação na comunicação institucional de multinacionais no conflito russo-ucraniano

Autora: Ingrid Vellasco Dias (UnB)
Orientador: João José Curvello

A discente Nathalia Paloschi Lima, da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos (PUCRS), defendeu nesta quarta-feira (30/4) sua dissertação de mestrado intitulada “Construção de identidade de marca autêntica: uma análise do discurso da LEGO”. A pesquisa foi aprovada pela banca avaliadora.

Com orientação da Profª Drª Cristiane Mafacioli Carvalho, o trabalho teve como objetivo investigar as marcas discursivas mobilizadas pela LEGO em diferentes canais de comunicação, compreendendo seus efeitos de sentido, analisar como os discursos da marca dialogam com valores socialmente valorizados e, além disso, interpretar como esses discursos articulam autenticidade e coerência simbólica em um cenário de fragmentação midiática e alta competitividade simbólica entre marcas.

A banca de avaliação foi composta pela Profª Drª Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUCRS) e pelo Prof. Dr. Diego Wander (UFRGS).

Na sexta-feira, dia 25 de abril, a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (Abrapcorp) divulgou as atividades que compõem a programação do congresso anual da associação, que será realizado entre os dias 19 e 22 de maio de 2025 na Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos/PUCRS.

A programação conta com um Colóquio sobre Ensino, Pesquisa e Extensão em Comunicação Organizacional e Relações Públicas como Pré-Congresso, com oficinas, apresentações em sessões temáticas e espaço graduação, palestras com profissionais referências para a área, debate entre grupos de pesquisas, premiações e lançamentos de livros.

A programação completa, bem como o detalhamento de cada atividade pode ser encontrada em: Acesse a programação aqui

PROGRAMAÇÃO XIX CONGRESSO ABRAPCORP

PRÉ-CONGRESSO l 19 de maio – Segunda-feira

Local: Saguão da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos/PUCRS (Prédio 7)

O objetivo do colóquio/painel é refletir sobre o ensino, a pesquisa e a extensão das áreas de Comunicação Organizacional e Relações Públicas frente às demandas crescentes de interlocução da universidade com a sociedade e o mercado. Objetiva igualmente visibilizar as práticas que estão sendo desenvolvidas nesses três campos/pilares pelas universidades participantes no evento

Coordenação do Colóquio:

Abertura:

Autoridades PUCRS

Tema: “Competências profissionais em contextos de riscos: experiências e desafios docentes

Participantes:

Ana Novelli (Conferp/DF); Daiane Scheid (UFSM/RS); Márcio Simeone (UFMG/MG); João José Curvello (UNB/DF); Ricardo Freitas (UERJ/RJ); Rennan Mafra (UFV/MG) e Rudimar Baldissera (UFRGS/RS), com mediação da Profa. Maria Aparecida Ferrari (USP/SP).

Local: Sala 318 — Famecos

PRÉ-CONGRESSO l 20 de maio – Terça-feira

Palestra híbrida:

Profª Drª Teresa Ruão — Universidade do Minho — Portugal — “Comunicar – a 4ª missão das Universidades? Uma missão de responsabilidade, envolvimento e participação”.

Diálogo:

Daniel Reis (UFMG/MG); Ivone de Oliveira (PUC Minas/MG); Margarida M.K. Kunsch (ECA/USP); Claudia Peixoto de Moura  (Intercom/Alcar/Conferp); Fábia Lima (UFMG/MG); Luiz Alberto Farias (ECA/USP) e Adriano Sampaio (UFBA/BA), com mediação da Profa. Isaura Mourão Generoso (UFV/MG).

CONGRESSO l 20 de maio – Terça-feira

O objetivo da oficina é oportunizar aos estudantes um exercício prático em fotografia com temas vinculados à sociedade de risco.

O objetivo da oficina é oportunizar aos estudantes o desenvolvimento de campanhas publicitárias educativas visando a sensibilização dos atores sociais em relação à sociedade de risco.

Ministrante: Kim Gesswein (PUCRS)

Local: Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos

Organizadora: Mônica Fort (UTP)
Local: Saguão da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos/PUCRS (Prédio 7)

Participantes da mesa: autoridades PUCRS e Abrapcorp
Local: Auditório do Prédio 15.

Palestrantes: Prof. Dr. Fernando Schuler (Insper, VEJA e BandNews), Profª Drª Eloisa Beling Loose (UFRGS) e Prof. Dr. Francisco Eliseu Aquino (UFRGS)
Mediador: Prof. Dr. Juremir Machado

Local: Auditório do Prédio 15.

CONGRESSO l 21 de maio – Quarta-feira

Sessões Temáticas, Espaço Graduação e Coordenadores

Local: ONLINE — zoom

O objetivo da oficina é oportunizar aos estudantes uma reflexão crítica com prática sobre questões de visibilidade e invisibilidade na sociedade de risco.

Ministrantes: Bruno Vinhola e Diego Wander (UFRGS)

O objetivo da oficina é discutir sobre o papel da comunicação pública na sociedade de risco a partir de situações concretas.

Ministrante: Muriel Felten (UFRGS)

Sessões Temáticas, Espaço Graduação e Coordenadores

Local: Salas do 3° andar da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos/PUCRS

Local: Sala 318 — Famecos

Participantes:

CONGRESSO l 22 de maio – Quinta-feira

Sessões Temáticas, Espaço Graduação e Coordenadores

Local: ONLINE — zoom

O objetivo da oficina é discutir o papel da Inteligência Artificial em relação aos temas vinculados à sociedade de risco: contribuições e perigos da IA.

Ministrante: Roberto Tietzmann (PUCRS)

O objetivo da oficina é discutir sobre a relevância da gestão de dados da comunicação face aos impactos da sociedade de risco

Ministrante: Tiago Rigo (PUCRS)

Sessões Temáticas, Espaço Graduação e Coordenadores

Local: Salas do 3° andar da Escola de Comunicação, Artes e Design — Famecos/PUCRS

O objetivo principal do debate com os Grupos de Pesquisa é apresentar os resultados das investigações realizadas sobre a comunicação na sociedade de risco.

Grupos debatedores: RCCom e OBCC
Mediadora: Gisela Sousa (UFMA/MA)

Entrega dos troféus e certificados e encerramento.

Parceria entre a prefeitura e universidades busca compreender as necessidades do setor.

(Reprodução/Pedro Pereira)

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Eventos (SMDET) lançou a pesquisa “POA+Criativa”, organizada pelo Comitê Municipal de Economia Criativa, em colaboração com a PUCRS, Feevale e Unisenac. O resultado vai ser usado para identificar demandas, possíveis mudanças de estratégia e aprimorar a capacitação de profissionais dentro da esfera da Economia Criativa.

A Economia Criativa é um campo multifacetado. Ela engloba uma grande variedade de áreas, como Artes, Mídia, Entretenimento, Moda, Design, Tecnologia, Gastronomia, entre outros. O principal foco é catalisar a união entre a criatividade e os negócios, que muitas vezes são compreendidos, erroneamente, como temas separados, para fomentar o crescimento do setor.

“A intenção, na verdade, com essa pesquisa é compreender os empreendedores, compreender o pessoal que trabalha na área de economia criativa em Porto Alegre, qual é a necessidade de capacitação, de desenvolvimento, de estudos para melhorar dentro dos setores aqui no município”, diz o professor da Famecos/PUCRS e pesquisador da Indústria Criativa, Cristiano Max. Os dados coletados vão ser usados pela SMDET para orientar a proposição de políticas públicas e soluções para os problemas apontados. 

“A gente tem, dentro da Secretaria, uma Coordenação de Economia Criativa, um programa que trabalha por eixos. Um desses eixos específicos é o eixo de qualificação. Dentro do eixo de qualificação, nós temos diversos públicos, tanto o empreendedor criativo quanto o jovem que está ingressando no mercado”, comenta Joana Braga, coordenadora da Economia Criativa dentro da Secretaria. “A pesquisa é muito também sobre isso. Sobre pautar política pública de qualidade e também assessorar entidades que trabalham com educação para que possam fazer um trabalho alinhado, no sentido de a gente empreender e gerar talentos que possam ficar no território”, conclui Joana.

O podcast O que é Economia Criativa? Um bate-papo sobre pesquisa, indústria e inspiração está no ar e conta sobre o campo e a pesquisa.

Texto: Lucas Azeredo | Laboratório de Jornalismo, Famecos/PUCRS

Nos dias 21, 22 e 23 de abril de 2025, ocorre o World Creativity Day no ambiente profissional, e como é refletido no econômico e social. Em Porto Alegre, a programação do evento está centralizada na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, da PUCRS, que recebe atividades no dia 22 de abril.

O WCD é uma iniciativa que nasceu no Brasil e foi reconhecida pela ONU como o Dia Mundial da Criatividade e Inovação. O evento tem como objetivo incentivar a criatividade em diversas áreas, como comunicação, design, audiovisual, educação, empreendedorismo e sustentabilidade. Em 2025, diversas cidades do mundo recebem o programa, com mais de 100 atividades programadas simultaneamente.

A programação do evento possui painéis e workshops gratuitos, abordando temas atuais e relevantes sobre a criatividade no meio profissional, acadêmico e social, a fim de promover uma reflexão sobre o cenário econômico atual da inovação.

Entre as principais atrações, destaca-se o Workshop de Escrita Criativa com o professor e estrategista de marcas Francisco Santos, uma dinâmica prática para quem se interessa por processos criativos ligados à escrita. Em outro momento, no workshop Criaminds, a pesquisadora Edinara da Silva Machado traz uma dinâmica que busca reunir diversas soluções em prol da conquista de um prêmio, como uma caça ao tesouro em grupo, e alimenta o resgate de ideias das diversas pessoas que participam. Além dessas atividades, o evento também incluirá debates sobre liderança criativa, estratégias de branding, tendências no audiovisual, além de exposições e mostras que promovem novas formas de pensar e agir no mundo da inovação.

A organizadora do evento em Porto Alegre, Carla Cambrussi, publicitária e membra do Creative Leadership Program, contou a importância de sediar parte do evento no ambiente acadêmico: “É um dos lugares que mais pulsa criatividade, que possui jovens com muito gás, que estão antenados a tudo que está acontecendo”, diz. “Ampliar esses espaços e trocas de conhecimento, trazer esses eventos, fortalece o mercado criativo, tanto para as pessoas que estão entrando no ambiente universitário quanto para aquelas que estão saindo para o mercado profissional”, completa.

A programação do WCD 2025 na Famecos é aberta ao público e gratuita, e necessita de inscrição prévia para garantir vaga nas atividades. Para a programação completa e inscrição nas oficinas e palestras, acesse o site do WCD em Porto Alegre.

Matéria por: David Ferreira | Lab J

A segunda edição do Ressoa 2025 terá o Grupo Supervão, que se apresenta no dia 30 de abril, no saguão do prédio 7, Famecos, às 18h30. A Supervão promete um show cheio de energia e muito de indie rock para o público.

A Supervão foi criada por Mario Arruda e Leonardo Serafini em São Leopoldo em 2016. Com influências de bandas dos anos 2000, o grupo se tornou referência na cena indie da região. Em 2019, a Supervão lançou seu primeiro álbum, Faz Pary, num projeto da Natura Musical. A parceria possibilitou apresentações nos festivais Bananada, Picnic e Morrostock, além de uma performance no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

 Em 2024, a banda passou a contar com Olimpio Machado, no baixo, e Rafaela Both na bateria. No mesmo ano, lançaram seu segundo álbum, Amores e Vícios da Geração Nostalgia (AVGN), que foi incluído em listas de referência de portais, como Minuto Indie, Popload e Hits Perdidos.

O Ressoa Música é um projeto do Hub da Indústria Criativa da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. Idealizado por estudantes, professores e técnicos da universidade, tem como objetivo apresentar artistas de Porto Alegre e da Região Metropolitana.

Os projetos musicais selecionados no Edital Ressoa Música 2025/1 são Bate Sopra, que já se apresentou, Supervão, Bandeira e Ianaê Régia. Todos esses artistas e bandas participarão do Festival Ressoa Música, que está marcado para acontecer nos dias 28 e 29 de novembro, junto de grandes nomes da cena musical riograndense.

Produções premiadas foram desenvolvidas por estagiários e voluntários do laboratório durante as eleições de 2024

Foto: Maidana

O Laboratório de Jornalismo (Lab J) da Famecos/PUCRS, conquistou as três primeiras colocações do 4º Prêmio de Jornalismo da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul. A premiação ocorreu nesta terça-feira (15), na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), e também foi transmitida ao vivo pelo canal oficial da instituição no YouTube.

O primeiro lugar ficou com Lucas Polidori Azeredo, pela reportagem Enchente de maio não impede alto índice de reeleição, desenvolvida em colaboração com Luciana de Bem Weber. Lucas evidencia seu esforço e dedicação, junto de sua colega, Luciana, além de glorificar o laboratório e os professores que não deixaram de apoiar a reportagem. “O certificado e o prêmio ficam nos nossos nomes, mas é um trabalho totalmente coletivo”, finaliza o estudante.

Na segunda posição, Pedro Duarte Pereira foi premiado pelo Podcast Especial Eleições 2024, produzido em parceria com Amanda Steimetz, David Ferreira, Gabrielle Orezko, Júlia Maidana, Nethely Oliveira e Rodrigo Santiago – toda a equipe formada por estudantes que, na época, eram voluntários. “É muito bom ver algo que eu fiz e participei, juntamente com pessoas incríveis sendo recompensado”, comenta Júlia Maidana, voluntária do Laboratório durante a execução do projeto. 

A estudante agradece pelos ensinamentos de seus professores e sua conquista do prêmio. “O [Lab] J me abriu portas que eu não imaginava que abriria, não imaginava que teria logo no meu 3º semestre da faculdade. Agradeço muito aos professores pelo apoio”, conclui Maidana.

Já o terceiro lugar também foi conquistado por Pedro Duarte Pereira, com a reportagem As palavras mais citadas nos planos de governo dos candidatos à prefeitura de Porto Alegre, em colaboração com Júlia Maidana. Pedro realça o trabalho de seus parceiros, a originalidade e um propósito comum fizeram com que a equipe construísse uma reportagem que satisfizesse a todos. “A gente fez coletivamente, todo mundo ajudando um pouco. Então tem um gosto especial”, comenta o aluno. O estudante de jornalismo também destaca que a matéria foi construída por alunos da mesma turma. “Entramos no curso juntos e estamos trilhando um caminho”, encerra o premiado.

O agradecimento pelo prêmio não é apenas por parte dos alunos, os professores do Laboratório de Jornalismo também se sentem orgulhosos ao ver que seus ensinamentos estão dando frutos. O professor Fabio Canatta destaca que o espaço tem conseguido destaque em praticamente todas as premiações em que se inscreve e que este reconhecimento sinaliza a excelência do trabalho. “Dá visibilidade para os alunos e as suas produções, sinaliza a qualidade dos materiais que publicamos e reforça a importância do LabJ como um espaço de experiência, aprendizado e produção de portfólio dentro da Famecos”. Canatta salientou ainda o sabor especial de uma vitória desta proporção: “Quando a conquista é tripla, ficamos três vezes mais felizes, vaidosos e confiantes de que estamos trilhando o caminho certo”, comenta o professor Fábio Canatta.

O vice-presidente e corregedor do TRE-RS, desembargador Mário Crespo Brum, destacou a importância do prêmio por reconhecer reportagens que promovem transparência, cidadania e democracia, além de reforçar o papel da imprensa como mediadora do debate público. Nesta edição, o patrono foi o jornalista e promotor aposentado Cláudio Brito, que recebeu a homenagem e relembrou sua trajetória ligada ao Ministério Público e à imprensa durante as eleições.

O Prêmio de Jornalismo da Justiça Eleitoral destaca duas categorias: profissional e estudante. A premiação tem como objetivo valorizar e reconhecer os profissionais de comunicação que contribuem para a disseminação de informações durante o período eleitoral, fortalecendo a democracia. 

Notícia por: Fernanda Nascimento e Anita Ávila.

Supervisão: Fernanda Nascimento