Como uma instituição fundada em princípios de solidariedade e de ajuda ao próximo, a Rede Marista, da qual a PUCRS faz parte, sempre atuou em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Há dez anos o Estatuto da Juventude, que dispõe sobre os direitos das pessoas jovens de 15 a 29 anos, ajuda a guiar os Irmãos Maristas em projetos voltados para esse público.
A Rede Marista contribui diretamente com a defesa dos direitos de adolescentes e jovens por meio do seu compromisso de educação, saúde e assistência social. São mais de 25 unidades de ensino dedicadas à educação básica, sendo metade deles escolas sociais. A Rede Marista está presente em 16 cidades do RS, sete da Região Amazônica e em Brasília.
Localizadas em diferentes regiões do Brasil, as Unidades Sociais da Rede Marista são espaços que oportunizam novas perspectivas de futuro a crianças, adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade. De acordo com o coordenador adjunto da Área de Solidariedade da Rede Marista, Francisco Giovani Leite, para os jovens atendidos essas unidades proporcionam aprendizagens potentes, baseadas nos valores maristas.
“Como espaços de transformação socioeducacionais, as unidades são para nossos jovens educandos/as uma bela oportunidade de acolhida, afeto, reconhecimento e transformação de uma vida comumente marcada pela dor da ausência de políticas públicas de qualidade”, destaca.
Francisco Giovani Leite acentua que para aqueles Maristas que seguem os ensinamentos de Champagnat, estar onde os jovens estão, nas periferias geográficas, junto aos mais esquecidos e abandonados da nossa sociedade, é testemunhar, anunciar e reafirmar continuamente a missão do Jovem de Nazaré: “Sentimos isso especialmente na vitalidade do olhar e do sorriso de cada criança, adolescente, jovem e adulto que agarra essa oportunidade de, por meio dos processos socioeducativos ofertados pelas unidades, vislumbrarem um futuro mais próspero e farto. Nessa perspectiva, pela beleza e resistência, somos continuamente educados pelos jovens”.
As Unidades Sociais atendem diariamente milhares de crianças e adolescentes e o Centro Social Marista de Porto Alegre – Cesmar é uma delas. Com mais de 25 anos de existência, o Cesmar fica localizado no bairro Mario Quintana em Porto Alegre. O espaço desenvolve oficinas culturais, esportivas e de aprendizagem no turno inverso ao escolar e atende por dia mais de 1.500 pessoas gratuitamente. Thamires Thayla de Oliveira Pires, de 13 anos, é uma das estudantes: “Aqui no Cesmar tem muita aprendizagem para mim, para muitos adolescentes, e também para os adultos. Muitos adolescentes chegaram aqui com muitas dificuldades, mas ao passar do tempo mudaram muito, pois o Cesmar é muito legal e educa bem desde as crianças até os adultos”, conta ela.
Já Luciano Marino Oliveira da Silva é um dos educadores sociais do Cesmar e ele enfatiza que há um esforço coletivo dos docentes para que eles sejam mais presentes na vida das crianças: “Nos Centros Sociais, elas encontram um lugar acolhedor de promoção da vida. No cenário atual, damos valor e continuidade à missão de garantir os direitos à vida plena e ao desenvolvimento integral, dentro e fora do Cesmar”.
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O Projeto Raízes oferta bolsas integrais de graduação presencial para estudantes pretos, pardos e indígenas. / Foto: Giordano Toldo
Para estar cada vez mais conectada com a comunidade, a PUCRS lançou seu Plano Estratégico da 2023-2027 onde destaca que a missão da Universidade está fundamentada nos direitos humanos, nos princípios do cristianismo e na tradição educativa marista. No Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, a pesquisa “Quem é o estudante PUCRS?” tem oportunizado uma maior aproximação com os jovens universitários, com suas conquistas, percepções e seus desafios.
O estudo observa o quão jovem é a população de graduação presencial. Em 2022, 87,5% dos estudantes tinha entre 18 e 29 anos, com idade mais frequente de 21 anos e 49,6% da amostra possuía algum benefício estudantil. Para o professor Francisco Arseli Kern, coordenador do curso de Serviço Social da Escola de Humanidades, ouvidor institucional e líder do Núcleo de Apoio Psicossocial da PUCRS, há perspectiva importante de comprometimento social com as juventudes por meio da Agenda 2030 da ONU.
“O programa tem como objetivo a redução das desigualdades por meio da inclusão social e educação como acesso universal a partir de condições pensadas no coletivo das instituições. Ao relacionar estes direitos com os sonhos da população jovem, principalmente negros, indígenas, transexuais, travestis, entre outros, cada vez mais segmentados com violação de seus direitos, a realidade tem sido marcada por processos discriminatórios a todos e todas que se apresentam diferentes da normativas sociais pré-estabelecidas”, ressalta.
O docente explica que o crescimento da pobreza e miséria no Brasil, sustentados pelo alto índice de desemprego, impacta milhões de jovens e famílias. Com isso, estudo e a formação profissional para muitos jovens fica em segundo plano, visto que a luta pela sobrevivência é constante e diária. Mesmo com projetos educacionais de incentivo à educação como Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o professor salienta que eles ainda não dão conta do problema: “Assim como defendemos o SUS enquanto política de acesso universal, precisamos também continuar defendendo o Prouni, o Sisu e outros programas sociais”, afirma.
A PUCRS também realiza seus próprios programas de incentivo à educação, como o Programa Raízes, implementado no segundo semestre de 2023, que oferece bolsas integrais de graduação presencial para estudantes pretos, pardos e indígenas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A Universidade oferta ainda outros programas sociais que viabilizam o acesso a direitos fundamentais e a permanência do estudante no Ensino Superior. Junto ao Tecnopuc, é desenvolvido desde 2018 o Programa Aceleradora Inclusiva. Trata-se de uma iniciativa de inclusão social por meio da tecnologia.
O Estatuto da Juventude compreende como jovem a população brasileira entre 15 e 29 anos e estabelece as diretrizes das políticas públicas que visam garantir a promoção dos direitos, participação social e cidadania das juventudes. Na legislação, 11 direitos humanos fundamentais dos jovens que são contemplados: Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação Juvenil; à Educação; à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda; à Diversidade e à Igualdade; à Saúde; à Cultura; à Comunicação e à Liberdade de Expressão; ao Desporto e ao Lazer; ao Território e à Mobilidade; à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente; à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça.
O Estatuto da Juventude conseguiu nesses dez anos algumas conquistas significativas para a população jovem, como direito a meia-entrada, meia-passagem, restrição de propagandas utilizando a imagem juvenil com menos de 18 anos, desenvolvimento de programas de saúde específicos para as juventudes, programas de linhas de créditos e incentivos estudantis e profissionalizantes específicos para população jovem entre outros.
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Na próxima quinta-feira, dia 31 de agosto, a Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS vai apresentar uma série documental do Ministério da Saúde sobre a atuação do SUS no atendimento às vítimas do incêndio na Boate Kiss, ocorrido em Santa Maria, em 2013. O acontecimento, que completou 10 anos em 2023, marcou a saúde pública brasileira ao demandar atendimentos em uma rede complexa e em alta velocidade. “Saúde no Limite da Dor – Os aprendizados do SUS na emergência da Boate Kiss” é uma produção do Departamento de Emergências em Saúde Pública (DEMSP) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA).
A exibição dos episódios será às 18h e, em seguida, haverá um debate com o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Dr. Márcio Garcia, com o aluno egresso de Jornalismo e consultor de comunicação do DEMSP, Gabriel Galli, e com a professora e decana da Famecos, Rosângela Florczak. O evento é gratuito e para participar é necessário realizar inscrição pelo link. Além de Porto Alegre, as atividades de lançamento ocorrem em Santa Maria (30/08) e Brasília (21/08).
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O documentário tem formato de série com três episódios. O primeiro registra a mobilização do SUS nas primeiras horas após o incêndio, a chegada da Força Nacional do SUS e a importância da presença de autoridades no local, como a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, para a articulação com outros setores do Governo, entre eles as Forças Armadas.
O segundo episódio mostra o acolhimento aos familiares das vítimas, dando destaque ao momento do reconhecimento dos corpos e o transporte do antídoto ao cianeto, gás tóxico que causou grande parte das mortes. Já o terceiro episódio foca nas lições aprendidas, descrevendo a importância da estratégia de atenção longitudinal e dos planos de contingência e de prevenção para que situações como essa não ocorram novamente.
Entre os principais relatos dos entrevistados, estão descrições do trabalho realizado nos hospitais, que resultou no salvamento de 97,5% das vítimas encaminhadas a eles, e os bastidores da ação do maior transporte aeromédico do mundo até então.
A série completa ficará disponível nas mídias sociais do Ministério da Saúde e servirá também como material didático dos cursos do Programa de Formação em Emergências em Saúde Pública (Profesp).
Além de prestar homenagem as 242 vítimas do incêndio na Boate Kiss e aos trabalhadores do SUS que atuaram na linha de frente da resposta à emergência, o lançamento também será um tributo à memória da diretora da obra, Taya Carneiro, falecida em junho de 2023. Na época da produção da série, ela gerenciava a área de Projetos Estratégicos em Comunicação do DEMSP.
O mundo do trabalho vem passando por diversas transformações, especialmente nos últimos anos. Com o avanço da tecnologia, flexibilidade de horário e ambientes de trabalho mais humanizados, lideranças precisam acompanhar essas mudanças para se adaptarem aos novos tempos e reter talentos. Para colaboradores, ter uma boa liderança impacta diretamente na permanência da empresa. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em 2022, quase a metade das demissões em 2022 foi voluntaria e entre os motivos para deixar a empresa aparecem baixa qualidade do clima organizacional, falta de um plano de carreira, entre outros.
Sendo assim, apenas ocupar um cargo de liderança não é o suficiente. É preciso que líderes estejam conectados com suas equipes, que muitas vezes são multidisciplinares, para que o desenvolvimento profissional de cada colaborador esteja alinhado com as expectativas de cargo. Mas o que significa ser uma boa liderança? Como líderes podem identificar pontos fortes em suas equipes? Quais ferramentas são necessárias para melhor lidar com times diversos? Conversamos com duas professoras da PUCRS para entender como boas habilidades de liderança podem tornar colaboradores mais produtivos.
Antes de tentar imitar modelos de liderança já estabelecidos, cada líder deve entender exatamente qual equipe está sob seu comando. Times multidisciplinares são caracterizadas por indivíduos com diferentes percepções, conforme a sua formação e experiências vivenciadas. Para a professora da Escola de Negócios da PUCRS Claudia Cristina Bitencourt, se por um lado as diferenças estimulam importantes aprendizados para os participantes, por outro podem gerar algumas dificuldades de comunicação e integração, justamente por trazerem outros pontos de vista.
“Cabe ao líder construir junto com a equipe um propósito comum, considerando essas diferenças para gerenciar possíveis conflitos e estimular a comunicação e aprendizado contínuo da equipe. Acredito que um dos principais desafios para os líderes é identificar o potencial de cada integrante da equipe para poder estimular o seu desenvolvimento e orquestrar a complementaridade entre as competências dos participantes dessa equipe. Nesse sentido, o feedback possui papel fundamental para estimular o desenvolvimento e reduzir a possibilidade de conflitos, integrando a equipe na busca de resultados cada vez mais efetivos, contando com o estímulo constante e valorização de cada participante.”
Para minimizar os desafios da liderança, é importante que líderes mantenham uma comunicação clara com seus liderados, de forma que seja possível se estabelecer um canal aberto de colaboração e confiança. A partir desta comunicação, a gestão dos conflitos também fica facilitada, sendo possível abordar as divergências de forma construtiva. A Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Administração da PUCRS, Ana Clarissa Matte Zanardo dos Santos, explica que utilizar ferramentas para facilitar processos organizacionais podem ajudar lideranças na hora de coordenar tarefas, prazos e atribuições, permitindo uma visão mais sistêmica das atividades da equipe.
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“Estabelecer um canal de comunicação, sempre atentando para o volume de informações, dando a devida importância para aquilo que é compartilhado; pensar em reuniões rápidas de alinhamento para compartilhar informações e alinhar expectativas para um determinado período pode ser uma alternativa que ajuda no estabelecimento de rotinas. Pensando na capacitação da equipe, lideranças podem investir em treinamento e desenvolvimento a fim de aprimorar as habilidades dos liderados conforme as necessidades de cada um”.
Antes mesmo de entrar em uma empresa, colaboradores já tem o primeiro contato com sua futura liderança durante o processo seletivo. Durante a entrevista, candidatos buscam a segurança de saber que estão escolhendo um lugar que ofereça oportunidade de crescimento. A pesquisa da Marca Empregadora, divulgada em 2022, mostrou que para os brasileiros, crescer na carreira é mais importante do que salário, ou seja, a progressão de carreira aparece em primeiro lugar para que colaboradores aceitem uma proposta de emprego.
Um dos papéis da liderança é identificar pontos fortes e fracos dos seus liderados, e trabalhar suas habilidades individualmente para que os mesmos consigam se desenvolver. Seja se informando das últimas notícias sobre seu ramo de atuação ou estudando em seu tempo livre, líderes precisam estar sempre atentos as inovações. Por serem considerados exemplos para os colaboradores, lideranças são continuamente desafiadas a estarem atualizadas. Para Claudia Bittencourt é fundamental que o líder saiba administrar o tempo do trabalho e o tempo do estudo.
“Sendo assim, a carreira pode ser gerenciada pela empresa (com base em reais oportunidades de crescimento), pelo líder (identificando e estimulando o desenvolvimento de potenciais e competências) e pelo indivíduo (a partir do autoconhecimento e autodesenvolvimento). O desenvolvimento profissional/pessoal acaba beneficiando o indivíduo, o líder e a organização, tendo como base a satisfação, a entrega competente e os resultados atingidos.”
Além de oferecer um ambiente onde existe a possibilidade de desenvolvimento, a liderança também precisa se preocupar com a retenção de talentos. Diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, é comum que mesmo tendo a chance de crescimento na empresa, alguns colaboradores optem por procurar outras oportunidades. A atitude é comum no mercado, mas Ana Clarissa Matte Zanardo dos Santos alerta que se for frequente, esse comportamento pode se tornar um problema para lideranças, empresas e também colaboradores.
“Quando a empresa ou a equipe começa a perder muitos talentos, é necessário refletir sobre a cultura e a relação que se estabelece na e entre as equipes. Para aqueles que permanecem na empresa, é importante evitar que o ambiente se torne negativo.”
O caminho até a liderança costuma vir acompanhado de muitos anos de estudo, esforço e dedicação. Além de uma realização pessoal, se tornar liderança também é uma realização profissional almejada por muitos colaboradores. No entanto, se tornar líder vai muito além de títulos: cada vez mais as softs skills (habilidades interpessoais) tem tomado força no mercado. Claudia Cristina Bitencourt explica que no trabalho todos precisam dessas habilidades interpessoais, no entanto, quando falamos em liderança, ela considera três essenciais.
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“Penso que as principias soft skills poderiam ser representadas pela habilidade de comunicação (saber ouvir, oferecer feedback e se posicionar junto a sua equipe), capacidade de percepção (que envolve capacidade de observação, sensibilidade e empatia) e carisma (capacidade de gerar confiança, mobilizar e inspirar sua equipe constantemente).”
Seja se informando das últimas notícias sobre seu ramo de atuação ou estudando em seu tempo livre, líderes precisam estar sempre atentos as inovações. Por serem considerados exemplos para os colaboradores, lideranças são continuamente desafiadas a estarem atualizadas. Para Claudia Bittencourt é fundamental que o líder saiba administrar o tempo do trabalho e o tempo do estudo.
“Ao pensar em educação continuada, as lideranças precisam buscar cursos que estejam alinhados com as necessidades reais de aperfeiçoamento. Portanto, é importante considerar o tempo e flexibilidade oferecida, o reconhecimento acadêmico da instituição e valorização do diploma/certificado, a qualidade do corpo docente e o ambiente institucional onde haverá a interação e integração com outros profissionais”, enfatiza.
Vinicius da Silva Ferreira é estudante de Administração na PUCRS e atua como voluntário na Pequena Casa da Criança. / Foto: Arquivo Pessoal
Se dedicar a apoiar causas e instituições beneficentes é uma forma de construir relações sociais mais humanas. A prática do voluntariado tem se tornado cada vez mais forte no Brasil, com mais de 57 milhões de voluntários ativos em todo país. Na PUCRS, por meio do Centro da Pastoral e Solidariedade, estudantes, professores e integrantes da comunidade acadêmica são incentivados a ajudar quem precisa.
Com projetos como Voluntariado Educativo Marista, Doe Sempre, Campanha do Agasalho, Ônibus do Bem e Campanhas Solidarias, a Pastoral se dedica à prática do voluntariado. São mais de um milhão de atendimentos e pessoas impactadas desde 2009, e em 14 anos mais de 2.500 voluntários já se envolveram com os projetos da Pastoral. Para celebrar o Dia Nacional do Voluntariado, reunimos histórias de três estudantes da PUCRS que transformaram a solidariedade em rotina. Conheça!
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Vinicius da Silva Ferreira, estudante do curso de Administração da Escola de Negócios, ingressou nesse universo por meio programa de Voluntariado Educativo Marista. Hoje, atua na Pequena Casa da Criança, instituição que atende cerca de 800 crianças, jovens e idosos em vulnerabilidade social diariamente em Porto Alegre. O estudante conta que, assim que iniciou o voluntariado, percebeu que aquele trabalho realmente pode fazer a diferença na vida das pessoas.
“Eu me sinto muito feliz em participar desse trabalho. Ser voluntário é muito mais importante do que podemos imaginar, é ter dedicação, amor, alegria, empatia e, principalmente, gostar de ajudar o próximo. Vou ser sempre voluntário porque eu faço de coração e com certeza quero poder ajudar muito mais todas essas pessoas. Sempre serei grato pela Pastoral por estar proporcionando isso para a minha vida e me fazendo feliz junto com a instituição na qual estou ajudando”, comenta.
Maria Eduarda Dorneles Madruga é estudante de Psicologia e atua como professora voluntária na Pequena Casa da Criança. / Foto: Arquivo Pessoal
O número de crianças em situação de pobreza e vulnerabilidade social no Brasil é grande: de acordo com a pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 63% das crianças no Brasil estão na linha da pobreza no país. A falta de recursos para que crianças e adolescentes consigam se desenvolver acaba afetando diretamente no acesso à moradia digna, comida e educação.
A PUCRS é uma instituição de ensino que acredita que a difusão do conhecimento por meio da educação pode ajudar a transformar o mundo. A Universidade mantém parceria com diversas instituições voluntárias onde o ensino tem um papel fundamental, e a Pequena Casa da Criança é uma delas. A estudante de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Maria Eduarda Dorneles Madruga atua como professora de Inglês voluntária para os/as alunos/as atendidos pela instituição. Para ela, o voluntariado na PUCRS é uma experiência diferenciada, pois vai além da prestação de serviço à comunidade.
“Eu entrei sem saber o que fazer e acabei apaixonada, com uma nova perspectiva de vida. É no voluntariado que eu renovo as minhas energias. Exatamente por ser uma atividade exigente, ela me ensina coisas novas todas as semanas, e me faz querer me esforçar para ser a minha melhor versão, aprimorar meus conhecimentos, e assim poder ajudar a formar o futuro da nossa sociedade. Recomendo a todos que tiverem a possibilidade, que participem dessa jornada”.
A estudante de Psicologia Virginia Lima Alves atua como voluntária no Centro Educacional São Vicente. / Foto: Arquivo Pessoal
Virginia Lima Alves também estuda Psicologia na PUCRS e participa do programa de Voluntariado Educativo Marista. A estudante atua no Centro Educacional São Vicente, instituição que há mais de uma década se dedica ao cuidado de crianças e adolescentes. Para ela, a experiência tem sido bastante positiva.
“Fazer parte da instituição e de sua rotina me trouxe novos desafios e me ensina muito sobre ter iniciativa, se fazer presente, escutar e acolher. O principal impacto que o voluntariado me causou foi o senso de responsabilidade, já que sempre que eu chego lá e vejo que as crianças ficam felizes em me ver, consigo reconhecer o papel que eu exerço na escola e na rotina deles. Com isso, percebo que o trabalho voluntário é uma via de mão dupla, onde ao mesmo tempo que estou doando o meu tempo e atenção, recebo muito carinho e aprendizado, com certeza é uma experiência que vou levar para a vida toda.”
As oportunidades de participar do Voluntariado Educativo Marista estão abertas. Oficinas, reforço escolar, criação de estratégias para arrecadação de recursos, confecção de materiais lúdicos e pedagógicos, criação literária e o apoio no gerenciamento de redes sociais são algumas das atividades que poderão ser desenvolvidas. As atividades de voluntariado nesse semestre são presenciais e os/as interessados/as podem se inscrever pelo link abaixo. As inscrições estão condicionadas ao número de vagas disponíveis.
Participe e ajude a fomentar uma sociedade mais humanizada
Ainda dá tempo de embarcar na mobilidade acadêmica no primeiro semestre de 2024. O Edital 3, lançado nesta segunda-feira, dia 28 de agosto, contempla vagas remanescentes para 29 universidades conveniadas em 14 países: Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, França, Israel, Itália, Japão, México, Peru e Portugal. As inscrições vão até o dia 11 de setembro.
No programa, estudantes da PUCRS de todos os cursos de graduação podem escolher a universidade de destino de interesse para estudar por até dois semestres, com aproveitamento dos créditos cursados no exterior. Os participantes estão isentos de taxas acadêmicas na universidade de destino, devendo manter vínculo com a PUCRS.
Mais informações sobre o processo seletivo ou sobre o programa podem ser solicitadas pelo e-mail mobilidade.out@pucrs.br, pelo telefone (51) 3320-3660 ou presencialmente na sala 110 do prédio 1 de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h.
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Honraria é concedida a ex-integrantes do corpo docente com base nos serviços prestados à Universidade. / Foto: Giordano Toldo
Na última quinta-feira (24), a PUCRS concedeu o título de Professor Emérito a 23 docentes aposentados da Universidade. A honraria é concedida a ex-integrantes do corpo docente com base em méritos profissionais e relevantes serviços prestados à Universidade, ou seja, àqueles que já não estão presentes no dia a dia do Campus, mas cujas ideias e afetos seguem ecoando junto aos ex-alunos, colegas e milhares de profissionais formados pela PUCRS que carregam consigo os ensinamentos desses mestres.
A cerimônia aconteceu no foyer do Salão de Atos e contou com a participação de personalidades de diversas áreas do conhecimento e lideranças da Instituição, como o reitor Ir. Evilázio Teixeira, a pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, Adriana Kampff, o pró-reitor de Administração e Finanças, Alam Casartelli, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, o pró-reitor de Identidade Institucional, Ir. Marcelo Bonhemberger, além de amigos/as e familiares dos/as homenageados/as.
“Agradecemos cada um dos/as docentes por terem feito da PUCRS um lugar de realização pessoal e profissional. Que esta Universidade siga sendo um lugar de inspiração, e agora, como membros vitalícios de nossa comunidade, que eles ajudem a PUCRS a ser melhor do já é, sobretudo, ajudem-nos a tornar a missão da PUCRS uma cultura e um hábito do espírito”, destacou Ir. Evilázio.
O evento, que é tradição na Universidade, pois celebra a trajetória e legado docente, faz parte da programação de Aniversário de 75 anos da PUCRS. A professora Iára Terezinha Claudio, uma das homenageadas, agradeceu em nome de todos os outorgados como Professor Emérito da PUCRS.
“A única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz. Estamos aqui para celebrar o trabalho que se faz com amor, em uma Universidade que lembra do passado com gratidão, alegra-se com o presente e encara o futuro sem medo”, afirmou.
O reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, agradeceu o trabalho dedicado dos/as docentes homenageados/as. / Foto: Giordano Toldo
João Brito de Almeida recebeu o título de Professor Emérito pela atuação na Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos). / Foto: Giordano Toldo
26 de agosto de 1973: há 50 anos era implementado pelo Congresso dos Estados Unidos o Dia Internacional da Igualdade Feminina. A data foi escolhida em homenagem à emenda que permitiu o voto às mulheres americanas em 1920. No Brasil, o direito ao voto feminino, sem nenhum tipo de restrição, foi obtido mais de 20 anos depois. Já a luta pelo direito feminino de exercer uma profissão continuou até 1962, quando ocorreu a revogação do inciso VII do Artigo 242 do Código Civil Brasileiro de 1916 – em que o trabalho da mulher estava sujeito à autorização do marido. Mesmo assim, nas últimas cinco décadas, já com o Dia Internacional da Igualdade Feminina instaurado, as mulheres continuam lutando pela equidade.
Um estudo do PUCRS Data Social mostra uma desigualdade de gênero no mercado de trabalho no Rio Grande do Sul. Apesar de possuírem maior escolaridade, as mulheres têm média salarial 37,2% menor que a dos homens no Estado: enquanto a renda média delas era de R$ 2.380,00, a deles era R$ 3.267,00. E mesmo entre mulheres e homens com a mesma qualificação, a desigualdade se mantinha. Se, para os homens com Ensino Superior completo, a renda média era de R$ 6.589,00, entre as mulheres caía para R$ 3.888,00.
Os dados são do Levantamento Sobre Desigualdade de Gênero no Rio Grande do Sul feito através de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles dizem respeito à população ocupada com idade entre 25 e 64 anos, com valores de rendimento deflacionados para preços médios de 2021.
“Essa predominância de mulheres ocupando cargos de menor remuneração pode estar associada a um conjunto de fatores individuais, familiares e sociais que vão desde a existência de profissões consideradas mais femininas até as barreiras efetivas que as mulheres enfrentam para ascender aos cargos de melhor remuneração”, destaca Izete Bagolin, pesquisadora do PUCRS Data Social.
De acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial, a equidade entre os gêneros só será alcançada em 132 anos. A Lei 14.611, sancionada em julho deste ano, chega para tentar mudar esse cenário e garantir a igualdade salarial. Com ela, torna-se obrigatório a adoção de medidas para que mulheres entrem, permaneçam e evoluam no mercado de trabalho em condições iguais as dos homens.
Ao longo das décadas, a evolução na conquista de direitos femininos fortaleceu o movimento ao redor do mundo, oportunizando a criação de pesquisas e estudos na área. Na PUCRS, desde o ano 2000, existe o Grupo de Estudos e Pesquisa em Violência (NEPEVI) que, entre outras questões, debate a violência de gênero e estratégias de prevenção. Entre as pesquisas desenvolvidas está o mapeamento da rede de proteção à mulher em situação de violência doméstica; avanços e desafios da Lei Maria da Penha na implementação de políticas públicas; mulheres quilombolas e o acesso às políticas públicas e a violência contra a mulher rural e a rede de proteção social.
Para Patrícia Grossi, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Violência da Escola de Humanidades da PUCRS, “o NEPEVI identificou uma lacuna no atendimento às mulheres rurais que não possuíam acesso às delegacias, serviços especializados e abrigos. Isso contribuía para que elas permanecessem em situação de violência”. Patrícia destaca também a importância de políticas públicas transversais e com foco na luta contra as desigualdades de gênero, raça, etnia e geração. “Existem mulheres mais vulneráveis à violência, como as negras, as que vivem em territórios isolados, as ribeirinhas, quilombolas, indígenas. Todas elas têm menos acesso a políticas de enfrentamento, por isso é essencial pensarmos em ações que incluam estes grupos”.
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Grupos de pesquisa como NEABI são importantes para propagação da cultura negra. Foto: Unsplash
No Brasil, mais da metade da população (57%) é de pessoas negras, segundo o IBGE. Dessas, 29% são mulheres. Mesmo assim, elas não ocupam os melhores lugares. De acordo com o Instituto, as mulheres negras ainda possuem os piores empregos, salários e condições de vida.
Na PUCRS, o Núcleo de Estudos em Cultura Afro-Brasileira e Indígena (NEABI) realiza pesquisas e ações com enfoque na diversidade étnico-racial e na valorização de histórias de comunidades africanas, afro-brasileiras e indígenas. Para Flávia Camila Bernardes, integrante do NEABI e psicóloga supervisora do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP) da PUCRS, o acesso à educação é um fator determinante para mudar o atual cenário.
“A educação é um meio transformador da sociedade, especialmente com foco nas relações étnico-raciais. Além disso, diferentes ações que contemplem o letramento racial auxiliam no processo de desconstrução dos estereótipos e preconceitos, pois possibilitam adquirir e aprimorar conhecimentos a respeito da temática e promovem conscientização”.
Grupos como o NEABI são uma maneira de fortalecer a representação negra dentro do ambiente acadêmico, oportunizando a criação de ações para essa parcela da população. “Promover atividades, incluindo a comunidade externa em maior vulnerabilidade, contribui para que as mulheres negras possam almejar e concretizar o acesso ao espaço acadêmico. A reserva de vagas e o fortalecimento dessas ações devem garantir a permanência delas no ambiente acadêmico em diferentes níveis, como discentes, docentes e pesquisadoras”, destaca.
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Luisa Fernanda Habigzang, professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida/ Foto: Arquivo pessoal
O Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas do Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUCRS vem desenvolvendo tecnologias sociais com objetivo de qualificar a atuação de profissionais que atuam com populações em situação de vulnerabilidade social. Crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas e população LGBTQIAP+ que experienciaram violência familiar e comunitária são o principal público-alvo.
Segundo a professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Luisa Fernanda Habigzang, as tecnologias sociais podem ser definidas como as técnicas e metodologias de transformação social através de processos de inclusão, melhoria da qualidade de vida das pessoas e garantia de direitos, propondo a solução de um problema social. Alguns exemplos de tecnologias sociais podem envolver programas sistêmicos de qualificação de profissionais, intervenções para geração de trabalho e renda, equipamentos de baixo custo para resolução de problema social, intervenções para prevenção de saúde, entre outros.
Dessa maneira, no processo de desenvolvimento e avaliação das tecnologias sociais para capacitação já existentes, o grupo vem atuando em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Secretaria da Educação e com o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra Mulher do Rio Grande do Sul. Assim, está presente em diferentes frentes, entre elas:
Com isso, professores, enfermeiros, epidemiologistas, sanitaristas, psicólogos e assistentes sociais já foram capacitados pelas iniciativas do grupo de pesquisa, conectando o espaço acadêmico ao social.
“O investimento em tecnologias sociais é um importante caminho para a articulação e desenvolvimento científico e social, contribuindo com a missão da Universidade de desenvolver pesquisas e tecnologias comprometidas com excelência e transformação social”, comenta Habigzang.
Para que esses desenvolvimentos tecnológicos tenham eficiência social, a professora destaca que é fundamental compreender as demandas sociais através de relatórios governamentais e não-governamentais, políticas públicas existentes e legislações vigentes. Além disso, é importante a escuta de gestores e profissionais que atuam no enfrentamento do problema, acompanhados de pesquisas científicas, bem como a participação do público-alvo e a definição clara de indicadores que avaliem a efetividade do impacto.
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Desenvolvido na PUCRS, o projeto conta com a participação de profissionais de instituições nacionais e internacionais de ensino. / Foto: Matheus Gomes
O Programa PalavrAtiva de Estimulação Linguístico-Cognitiva para Adultos e Pessoas Idosas tem o objetivo de promover a estimulação do processamento, da compreensão e da produção da linguagem como forma de ampliar as reservas cognitivas e a capacidade de lidarmos com possíveis danos associados ao processo natural de envelhecimento. O projeto é liderado pela professora e pesquisadora da Escola de Humanidades e do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) Lilian Hübner, líder do Grupo de Estudos em Neuropsicolinguística (GENP) da PUCRS/CNPq.
“Em um cenário com um crescente envelhecimento da população brasileira e mundial, torna-se necessário direcionar a atenção a essa parcela da população. As pessoas querem envelhecer com qualidade e o perfil do adulto idoso tem mudado bastante. Trata-se de um público que busca a qualidade de vida, que tem preocupação em se manter ativo físico e mentalmente”, destaca Lilian.
Estudos mostram que os hábitos de leitura e de escrita podem reduzir o impacto da baixa escolaridade e do avanço da idade na cognição. De acordo com a pesquisadora, a estimulação aumenta as reservas cognitivas e pode adiar o aparecimento de sintomas de declínio cognitivo. “Por isso, o investimento em prevenção, como o aplicado em atividades de estimulação, é muito menos elevado do que o custo público com aposentadorias ou com cuidados com pacientes”, adiciona. “A estimulação linguístico-cognitiva deveria ser pensada como uma estratégia de políticas públicas, como uma intervenção preventiva na saúde mental e emocional da pessoa idosa”. Isso é ainda mais estratégico em países onde a maior parcela da população idosa tem baixa escolaridade. Sabe-se que o risco para a incidência de demências, tanto no Brasil quanto no contexto mundial, é maior nas parcelas da população de mais idade e menos escolaridade.
O projeto é desenvolvido em parceria com as professoras Erica dos Santos Rodrigues, da PUC-Rio, Maria Teresa Carthery-Gourlart, da UFABC e da Universidade de Hong Kong, Karine Marcotte, da Universidade de Montreal e pelos pesquisadores da PUCRS e Inscer Lucas Schilling, Danielle Irigoyen da Costa e Sabine Possa Marroni. Conta ainda com a colaboração de Débora Conforto da Coordenadoria de Disciplinas Online da Graduação Presencial e de Jorge Horácio Nicolas Audy e seus alunos do curso de Computação e de Felipe Foliatti da Fundatec.
O projeto visa a um envelhecimento mais saudável por meio de atividades de estimulação linguístico-cognitiva. / Foto: Matheus Gomes
O programa tem um caráter de prevenção por meio de atividades linguísticas que promovem a interação com diferentes tipos de memória, funções executivas e atenção, engajando o participante em tarefas desafiadoras. Além das atividades de estimulação, o programa oferece aos participantes palestras e bate-papos com especialistas em diferentes áreas de interesse, abordando temas como memória, mindfulness, qualidade do sono, dentre outros. A participação no projeto é uma oportunidade para que os participantes idosos retomem o contato com a leitura e com a escrita, num ambiente de estímulos variados, ricos e desafiadores, com atividades desenvolvidas em grupos e individualmente, preparadas por uma equipe multidisciplinar de professores e de alunos matriculados nos programas de pós-graduação e graduação em Letras e de Psicologia da PUCRS.
A prática da leitura, da escrita, de atividades linguísticas que estimulem o vocabulário, a reflexão sobre estruturas da língua, o raciocínio linguístico, a produção oral, a clareza e velocidade na comunicação escrita e oral, dentre outras atividades de cunho linguístico, auxiliam a manter a mente ativa e a interagir de forma eficiente na convivência diária no meio familiar e social.
Os dados preliminares da pesquisa de estimulação desenvolvida entre a PUCRS, PUC-Rio e UFABC, em âmbito nacional, durante 15 dias de forma online durante a pandemia apontaram benefícios cognitivos e de bem-estar importantes. “Agora, com uma intervenção mais longa e incluindo neuroimagem, procuraremos contribuir de forma pioneira para a pesquisa sobre o efeito da estimulação linguístico-cognitiva como intervenção na cognição, na estrutura e na circuitaria cerebral e no bem-estar do participante, na busca de evidências para a manutenção e o aprimoramento da qualidade de vida da população idosa brasileira”, comenta Lilian.
Além destas atividades, o grupo de pesquisa está desenvolvendo uma adaptação do programa a um aplicativo, voltado ao público adulto e idoso. O usuário será levado a estimular sua cognição enquanto embarca com a mascote do programa por uma viagem pelos diferentes Estados do Brasil e suas principais cidades, conhecendo lendas, curiosidades e costumes das regiões brasileiras.
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Uma das ligas esportivas mais conhecidas do mundo chegou ao Parque Esportivo da PUCRS. A NBA Basketball School é um programa de basquete desenvolvido para crianças e jovens a partir de seis anos que tem como objetivo principal compartilhar o método de ensino utilizado pela Liga Americana de Basquete (NBA). A aulas do NBA Basketball School no Parque Esportivo da PUCRS são abertas ao público interno e externo e crianças, jovens e adultos podem participar.
Eduardo Reis, professor de basquete na PUCRS, explica que além da metodologia, o programa trabalha o aprendizado dos/as estudantes com quatro pilares.
“O primeiro deles é a diversão, ou seja, o esporte precisa ser um espaço de lazer para os/as alunos. Depois, trabalhamos bastante com o desenvolvimento de habilidades do próprio basquete enquanto esporte. A saúde e o bem-estar dos/as estudantes são os outros dois pilares fundamentais, pois o esporte precisa ser algo que faz bem à saúde. Valores como responsabilidade, ética e compromisso com o esporte também são importantes”, explica.
O basquete é um dos esportes mais populares no Brasil, sendo o país um dos primeiros a conhecer o esporte depois da sua criação nos Estados Unidos em 1891. De acordo com a pesquisa da Sponsorlink, divulgada em 2022, 52% dos brasileiros com 18 anos ou mais se declara fã do esporte, número 16% mais alto que em 2013, quando série histórica começou. E essa popularidade também pode ser observada na prática: o programa da NBA Basketball School tem mais de 10 mil alunos/as e 206 escolas licenciadas, em 22 estados e 76 cidades espalhados pelo Brasil. Mesmo que muito praticado, Eduardo acredita que o basquete tem crescido cada vez mais no país e a NBA tem impacto nisso.
“Anteriormente a gente só tinha jogos da Liga Americana de Basquete em canais fechados hoje a gente já tem já canais aberto passando o jogo da NBA. Somado a isso, a ida de jogadores brasileiros tanto para a NBA quanto para Europa tem chamado mais a atenção para o esporte. Nós tivemos uma fase não muito boa do basquete brasileiro, mas hoje vejo que estamos melhorando e crescendo”.
A NBA Basketball School no Parque Esportivo, está com as inscrições abertas para todas as categorias. / Foto: Diego Furtado
Além das aulas, a NBA Basketball School conta com eventos especiais que buscam uma integração maior entre os/as alunos/as. O Basketball Camp (basquete masculino) e G!rls Camp (basquete feminino) são acampamentos focados em promover e ampliar o esporte. Para treinadores, o programa oferece o Train The Trainer, um evento oficial de capacitação que todos/as os/as treinadores/as precisam passar para atuar em escolas licenciadas. O programa também tem um evento destinado a torneios e campeonatos eletrônicos dos jogos NBA 2K, o Play The Game.
Em 2022, aconteceu o primeiro torneio entre equipes realizado pela rede do programa, o NBA Basketball School Games, com jogos em São Paulo e Rio de Janeiro. O programa ainda é novo na PUCRS, mas o objetivo é trazer esses eventos para o Parque Esportivo. O professor Eduardo Reis espera conseguir realizar esses intercâmbios entre as outras escolas brasileiras com a PUCRS.
As aulas da NBA Basketball School no Parque Esportivo da PUCRS têm turmas abertas em diversas categorias. Os/as alunos/as jogam conforme a idade, e as aulas acontecem no período da tarde a partir das 15h. Há também uma turma para pessoas adultas com 18 anos ou mais, a partir das 19h. Entre em contato com o Parque Esportivo para visualizar o número de vagas disponíveis pelos telefones (51) 3320-3910 e (51) 3320-3622, ou pelo WhatsApp pelo número (51) 98443-0788. A aulas do NBA Basketball School no Parque Esportivo da PUCRS são abertas ao público interno e externo.
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