semana acadêmica integrada

Edson Matsuo apresentou ao público o conceito de ikigai. / Foto: Giordano Toldo

Entre os dias 3 e 5 de outubro, quem passou pelo Campus da PUCRS teve a oportunidade de respirar conhecimento, viver novas experiências e criar conexões valiosas. Isso porque essa edição da Semana Acadêmica Integrada contou com uma programação intensa e diversa, pensada para estimular a criatividade, o senso-crítico e a capacidade de empreender de alunos e alunas, além de mostrar oportunidades de crescimento no mercado de trabalho e na área da pesquisa científica.  

Com atividades espalhadas pelo Campus, o evento promoveu diversas trocas de experiências entre alunos/as, professores, alumni, comunidades, pesquisadores e profissionais do mercado. Além disso, eventos como o Salão de Iniciação Científica, o Tecnopuc Experience, a Feira de Carreiras, o SET Indústria Criativa e o Health Meeting também fizeram parte da programação transversal.  

“Esta edição da Semana Acadêmica Integrada demonstrou melhorias significativas e exemplificou o compromisso da Universidade em compartilhar conhecimento e proporcionar diversas experiências. A instituição continua investindo em diversos espaços de ensino, pesquisa, aprendizado e práticas acadêmicas, adotando metodologias variadas que aprimoram a construção de conhecimento e enriquecem a vivência universitária como um todo”, pontua Ir. Manuir Mentges, vice-reitor da PUCRS. 

A palestra de abertura da Semana Acadêmica Integrada ficou por conta do designer e consultor de criatividade e inovação na Grendene, Edson Matsuo, que apresentou ao público o conceito de ikigai. A palavra, de origem japonesa, significa “a razão de ser” e dá nome a um método que auxilia pessoas a descobrirem seus propósitos a partir da reflexão proporcionada por quatro perguntas: o que você ama? O que você é bom em fazer? O que você pode ser pago para fazer? O que você faz por um mundo melhor?   

Matsuo acredita que o autoconhecimento é a chave para o sucesso – na vida pessoal e profissional, e ainda explana sobre o papel da colaboração e o impacto social das profissões no mundo: “O erro e o acerto são simples variações. A chave continua sendo a capacidade de reagir e aprender a se mover em ambos os casos”, observa.  

Atividades transversais para se desenvolver e refletir 

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Oficinas práticas possibilitaram que estudantes colocassem a mão na massa. / Foto: Gabriela Alves Figueiredo

A estudante Giulia Rillo, do curso de Gastronomia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, participou da oficina Crie seu sonho: qual futuro eu quero construir?, em que os/as alunos/as foram convidados a cozinhar um sonho na cozinha profissional do curso ao mesmo tempo em que planejam o impacto que deixado no mundo. “Gostei muito da reflexão que a gente fez sobre os nossos sonhos, as nossas expectativas, às vezes acho que nosso maior desafio somos nós mesmos, pois temos medo e nos colocamos limites”, comenta. 

Na oficina Investigue seu lixo: separação e visita a Central de Resíduos da PUCRS, as intercambistas Yubin Yu, da Coréia do Sul, e Kano Atsumi, do Japão, participaram de uma dinâmica prática de investigação de uma lixeira da PUCRS, para debater as ações de redução, reutilização e reciclagem do lixo pelo viés do consumo consciente. Essa e a oficina e a “Crie seu sonho: qual futuro eu quero construir?” foram ministradas e conduzidas pelo IDEAR (Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS).

“Eu nunca pensei em visitar esse lugar e ver como o lixo da PUCRS é organizado. Quando eu cheguei no Brasil, eu fui muito curiosa sobre como funciona o descarte de lixo aqui, porque o sistema era muito diferente da Coréia. Mas depois dessa oficina eu aprendi muitas coisas e também descobri que a PUCRS é muito organizada com o lixo. Cada lixo tem destinos diferentes e eu achei isso muito legal. E também eu vou participar da reciclagem na minha casa”, conta Yubin.  

Veja um pouco do que rolou no Salão de Iniciação Científica, no Tecnopuc Experience, na Feira de Carreiras e no SET Indústria Criativa: 

Salão de Iniciação Científica  

A 24ª edição do Salão de Iniciação Científica da PUCRS reuniu mais 500 estudantes entre os dias 2 e 6 de outubro. O evento contou com mais de 90 bancas de avaliação nos turnos da manhã, tarde e noite. Na palestra de abertura, o vice-reitor Ir. Manuir Mentges celebrou mais uma edição do evento, destacando a importância da iniciação científica durante a formação dos/as estudantes. Ele definiu este processo como uma jornada que nos leva à apropriação de metodologias, à descoberta de uma vasta literatura, ao desenvolvimento de uma disciplina que culminará no pensar científico. 

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Feira de Carreiras

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Feira de Carreiras reuniu mais de 2 mil pessoas. / Foto: Giordano Toldo

Mais de 2 mil pessoas participaram da 10ª edição da Feira de Carreiras da PUCRS, que ocorreu nos dias 3 e 4 de outubro. Promovida pelo PUCRS Carreiras, é um dos maiores eventos focados em desenvolvimento profissional do Sul do país.  

Este ano, a feira resgatou a essência das edições anteriores, promovendo diálogos sobre carreira e o mercado de trabalho por meio de uma imersão para recolocação profissional; trilhas para desenvolver suas hard e soft skills, oportunizando muito networking e conexão com as empresas de diferentes segmentos. 

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Tecnopuc Experience 

A 6ª edição do Tecnopuc Experience, evento de tecnologia, ciência, negócios e impacto, aconteceu nesta quinta-feira (5), no Campus da PUCRS. Com uma intensa programação de experimentação, conteúdo e networking, a iniciativa promovida pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) reuniu mais de 2 mil pessoas, que participaram de mais de 100 atividades gratuitas.  

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SET Indústria Criativa 

Sob nova proposta, o 36º SET mirou na criatividade e inovação. Produzido e realizado pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, a cerimônia foi apresentada pela professora Francielle Falavigna e o jornalista Eduardo Matos. Essa foi a primeira edição no novo formato, integrando a indústria criativa.  

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Além de alimentos, foram arrecadados itens de higiene pessoal e material de limpeza. / Foto: Ir. Luciano Taminski

O mês de setembro foi marcado por fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Na semana passada, o nível do Guaíba em Porto Alegre superou a marca dos 3,17 metros – o maior desde a enchente histórica, em 1941. Na Capital, diversos bairros foram afetados, com falta de água e luz. Os moradores da Região das Ilhas (bairro Arquipélago, que é composto por 16 ilhas) foram os mais atingidos e alguns ainda não conseguiram retornar para suas residências. Apesar do nível do Guaíba estar em queda, a região, historicamente, é a mais afetada de Porto Alegre devido a sua localização geográfica.   

Com o objetivo de ajudar aqueles que mais precisam, o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, em parceria com a Rede Marista, arrecadou cerca de 200kg de alimentos não-perecíveis, 3.080 itens de higiene pessoal e 455 materiais de limpeza, que foram estregues, nesta semana, para as famílias atingidas pela enchente na Ilha dos Marinheiros. A Rede atende diariamente cerca de 220 crianças em seus colégios sociais (Escola Marista de Educação Infantil Tia Jussara e Escola Marista de Educação Infantil Menino Jesus) localizados perto da Região das Ilhas.  

A arrecadação de donativos continua e, entre os itens mais necessários, estão: água sanitária, desinfetante, papel higiênico, vassoura, sabão em pó, shampoo, sabonete em barra, escova de dentes, fraldas descartáveis infantis (tamanhos GG e XXG) e absorventes. As doações podem ser feitas nos Colégios Maristas de Porto Alegre e Região Metropolitana, na PUCRS e no Hospital São Lucas. Conheça os pontos de coleta: 

SEDE PROVINCIAL DA REDE MARISTA

Endereço: Rua Ir. José Otão, 11 – Bom Fim, Porto Alegre/RS.
Horário: 8h às 18h (de segunda a sexta-feira). 

PUCRS – SAGUÃO E SALA 224 DO PRÉDIO LIVING 360º

Endereço: Avenida Ipiranga, 6681 – Partenon, Porto Alegre/RS.
Horário: 8h às 18h (de segunda a sexta-feira)

ESCRITÓRIO DO MARISTA BRASIL – PRÉDIO 32 DA PUCRS

Endereço: Avenida Ipiranga, 6681 – Partenon, Porto Alegre/RS  Prédio 32, 8º andar
Horário: 8h às 18h (de segunda a sexta-feira). 

COLÉGIO MARISTA ASSUNÇÃO

Endereço: Rua Dom Bosco, 103 – Glória, Porto Alegre/RS.
Horário: 7h30 às 18h. 

COLÉGIO MARISTA CHAMPAGNAT

Endereço: Avenida Bento Gonçalves, 4314 – Partenon, Porto Alegre/RS.
Horário: 7h30 às 18h. 

COLÉGIO MARISTA GRAÇAS

Endereço: Avenida Senador Salgado Filho, 8326, Viamão/RS.
Horário: 7h30 às 18h (de segunda a sexta-feira). 

COLÉGIO MARISTA IPANEMA

Endereço: Avenida Coronel Marcos, 1959 – Pedra Redonda, Porto Alegre/RS.
Horário: 7h30 às 18h (de segunda a sexta-feira). 

COLÉGIO MARISTA PIO XII

Endereço: Av. Nicolau Becker, 182 – Vila Rosa, Novo Hamburgo/RS.
Horário: 7h30 às 18h (de segunda a sexta-feira). 

COLÉGIO MARISTA ROSÁRIO

Endereço: Praça Dom Sebastião, 2 – Independência – Porto Alegre/RS.
Horário: 7h30 às 18h (de segunda a sexta-feira). 

COLÉGIO MARISTA SÃO PEDRO

Endereço: Rua Álvaro Chaves, 625 – Bairro Floresta, Porto Alegre/RS.
Horário: 7h30 às 18h (de segunda a sexta-feira). 

HOSPITAL SÃO LUCAS

Endereço: Avenida Ipiranga, 6690 – Jardim Botânico | Entrada principal – Recepção Térreo.
Horário: 7h30 às 19h (todos os dias da semana). 

Para quem preferir, também é possível realizar um pix pela chave social.adm@maristas.org.br. O valor doado não pode ser abatido do Imposto de Renda (IR). Se você fizer uma doação e quiser o recibo, basta solicitar pelo e-mail social.adm@maristas.org.br. 

Foto: Jonathan Keckler

O mês de outubro chegou e, com ele, várias novidades no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT), incluindo uma programação especial para o Mês das Crianças e a chegada de uma nova habitante muito especial: uma T-Rex! Para celebrar a nova integrante, o MCT está produzindo uma websérie para contar a história de sua chegada: os dois primeiros episódios, que mostram um misterioso ovo de dinossauro chegando ao Museu e uma paleontóloga tentando desvendá-lo, já estão disponíveis aqui ou pelas redes sociais do MCT. 

No terceiro episódio, que vai ao ar nesta sexta-feira (6) às 19h, os espectadores poderão votar qual o melhor nome para a T-Rex do Museu. Então, com o nome escolhido, ela será apresentada ao público no último episódio da série, que irá ao ar na segunda-feira (9), também às 19h. A partir de então, os visitantes poderão conhecer essa fantástica fera do passado, ao visitar o Museu durante a programação de outubro. 

Programação especial de outubro no Museu 

Para comemorar o Mês das Crianças, o MCT contará com diversas atrações para todas as idades, incluindo ingresso a preço promocional para todos os públicos no dia 12 de outubro – o Dia das Crianças. Ao longo do mês, os visitantes poderão resolver uma série de mistérios em Uma Noite no Museu, conferir curiosidades científicas nos Minutos da Ciência, testar os desafios em tardes no Museu e, é claro, encontrar a mais nova habitante do Museu: a T-Rex! 

Confira a programação: 

CONFIRA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A PROGRAMAÇÃO

tecnopuc experience evento

Evento faz parte da comemoração de 20 anos do Tecnopuc. / Foto: Montanha Filmes

“Um evento de abrir a cabeça”, foi assim que o estudante Endriw Silva Braga definiu o a 6ª edição do Tecnopuc Experience, evento de tecnologia, ciência, negócios e impacto, que aconteceu nesta quinta-feira (5), no Campus da PUCRS. Com uma intensa programação de experimentação, conteúdo e networking, a iniciativa promovida pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) reuniu mais de 2 mil pessoas, que participaram de mais de 100 atividades gratuitas. 

A programação foi dividida entre as categorias “Disrupção pela ciência e tecnologia”, “Explore o ecossistema”, “Pessoas e impacto” e “Transforme seu negócio”. Durante todo o dia, os/as participantes tiveram a oportunidade de assistir a palestras sobre as mais diversas temáticas, todas conectadas por um fio condutor: convidar as pessoas a refletirem sobre o ecossistema em que estão inseridos. A preocupação das big techs com a sustentabilidade; Como a nanotecnologia pode ser aplicada na área de cosméticos; O papel da inovação na promoção de justiça social; e Formas de fomentar negócios de impacto nas favelas foram algumas das atividades que rolaram ao longo do dia.  

Helena Barcellos, de 19 anos, trabalha com ciência de dados e ficou sabendo do evento por meio de amigos que estudam na Universidade. A jovem participou do talk O colapso de tudo: os eventos extremos que podem destruir a civilização a qualquer momento, ministrado por Abner Willian Quintino de Freitas, da Escola Hopeful de Educação em Desastres. Inspirado na obra de John Casti, Abner falou sobre as ameaças do presente que têm colocado a civilização em risco. 

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Helena Barcellos aproveitou o evento para se atualizar nas áreas de tecnologia e impacto. / Foto: Laísa Mendes

“Este evento está sendo muito importante. Eu costumo me manter atualizada sobre esses assuntos dentro do possível, por exemplo, se olharmos para o nosso biofeedback, é possível perceber que o sol está mais forte e está nos prejudicando. Estamos em um período meio pós-apocalíptico e precisamos nos informar para reduzir os danos. Por isso, essa palestra foi excepcional e a PUCRS é de fato um polo de conhecimento”, afirma.

Gratuito e aberto ao público, o Experience é um festival de inovação e empreendedorismo construído pela comunidade Tecnopuc, que proporciona aos participantes uma imersão com foco em tecnologia, ciência, negócios e impacto.  

“Esse Experience marca os 20 anos do Parque e nós estamos recebendo pessoas importantíssimas e que fizeram parte dessa história. O espírito do evento é o mesmo do Tecnopuc: colaboração e conexões”, comenta Jorge Audy, Superintendente de Inovação da PUCRS e gestor do Tecnopuc. 

Uma oportunidade para olhar além  

Estudante de programação no Projeto Pescar, programa de formação socioprofissionalizante de Porto Alegre, Endriw Silva Braga aproveitou o evento para ampliar os horizontes. Na palestra Como fomentar negócios de impacto nas favelas, a CEO da Kopa Coletiva Arquitetura Popular, Karol Almeida, abordou os desafios e oportunidades para aumentar o número de empreendedores de impacto nas favelas. 

Programação teve muita experimentação, conteúdo e networking. / Foto: Montanha Filmes

“Eu achei a palestra ótima e toda vez que eu venho aqui na PUCRS é incrível e eu fico muito feliz de saber que tem tanta coisa para aprender. Minha cabeça fica explodindo de tanta informação”, conta.  

Patrícia Müller Weber, comunicadora no Lacog, grupo latino-americano de estudos sobre o câncer, conta que a palestra Inteligência artificial e o futuro do atendimento aos clientes foi a sua preferida do dia, “trouxe insights importantes sobre o que está acontecendo hoje na tecnologia, um histórico de tudo o que passamos para chegar nos dias de hoje e possíveis soluções para o futuro do atendimento”.  

“Acredito que com o conhecimento que adquiri hoje poderei entender um pouco mais sobre como e para o que as pessoas têm utilizado a tecnologia, além de prever futuras ações e o que essas pessoas esperam para personalizar esse atendimento”, destaca Patrícia.

Diretor inovação da Universidade da Califórnia falou sobre empreendedorismo global 

Retornando a PUCRS pela segunda vez, o diretor-executivo de inovação da Universidade da Califórnia – Irvine (UCI), David Ochi, participou da sexta edição do evento. David ministrou uma palestra sobre Empreendedorismo Global. Com mais de 25 anos de experiência em empreendedorismo, David Ochi trocou ideias e insights com novos agentes do mercado que estão buscando se inserir no contexto global de inovação e geração de ideias. Leia mais aqui.
 

Feira de Carreiras reuniu mais de 2000 participantes, sendo um dos maiores eventos de desenvolvimento profissional do sul do país/ Foto: Giordano Toldo

Mais de 2 mil pessoas participaram da 10ª edição da Feira de Carreiras da PUCRS que ocorreu nos dias 3 e 4 de outubro. Promovida pelo PUCRS Carreiras, é um dos maiores eventos focados em desenvolvimento profissional do Sul do país. 

Este ano, a feira resgatou a essência das edições anteriores, promovendo diálogos sobre carreira e o mercado de trabalho por meio de uma imersão para recolocação profissional; trilhas para desenvolver suas hard e soft skills, oportunizando muito networking e conexão com as empresas de diferentes segmentos. Para a coordenadora do PUCRS Carreiras, Katia Almeida, “chegar na 10ª edição é um desafio grande diante das transformações do mercado de trabalho, mas também, é um indicativo da força do evento e da importância dele para muitas pessoas que vêm em busca de oportunidades”, destaca. 

Destinado a criar conexões e oportunidades de networking, o espaço dos stands contou com 20 empresas de diferentes segmentos: Gerdau, CEEE Equatorial, AGCO, GM, EY, TKE, Unimed, Tozzini Freire, Neológica, SLC Agrícola, AEL Sistemas, PUCRS, Cmpc, Quero-Quero, ADP, Montebravo, Supergasbras, Grupo Lins Ferrão, Pwc e Cyrela. 

Além disso, para auxiliar na inserção no mercado, a programação contou com Bootcamps de Empregabilidade abordando os temas como currículo estratégico, como se destacar no processo seletivo, uso do LinkedIn com assertividade e estratégias para encontrar as oportunidades.  

Carolina Machado/ Foto: Giordano Toldo

“Essa programação é um grande diferencial do evento. É focada para pessoas que estão buscando oportunidades no mercado de trabalho e são conduzidas por profissionais das empresas que estão expondo suas marcas”, ressalta a coordenadora. 

Carolina Machado, de 18 anos, terminou o Ensino Médio e participou da feira em busca de conhecimentos na área de seu interesse: Recursos Humanos. “Conhecer pessoas do RH já me faz ter cada vez mais certeza de que é o que eu quero trabalhar: ajudar as pessoas a conseguirem um emprego, terem estabilidade financeira e encontrarem o que gostam de fazer profissionalmente”, comenta. Ela ainda destaca a importância da Universidade aproximar as empresas dos estudantes: 

Me senti muito acolhida pela PUCRS. A gente fica confortável e tranquilo nessas situações, principalmente com esse evento do PUCRS Carreiras. Eu tenho 18 anos e isso é uma introdução à carreira e a minha vida profissional, então é algo assustador. Ter esse acolhimento e essa rede de apoio e de pesquisa da faculdade é algo essencial”, afirma ela. 

Jeferson Menezes/ Foto: Giordano Toldo

Já Jeferson Menezes, estudante do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, participou pela primeira vez da Feira de Carreiras e afirma ter sido uma experiência muito interessante. Ele elogia a riqueza de oportunidades proporcionada pela PUCRS. 

“É muito legal ter essa interação com as empresas, conseguir conhecer mais de perto a história delas, o pessoal que trabalha ali. Ver que eles estão realmente procurando gente que tem vontade de estar no mercado de trabalho. Sempre fazem questão de mostrar que há espaço para todo tipo de área, isso é muito legal”, diz o estudante. 

O evento ainda contou com uma variedade de Talks com as empresas parceiras; um bate-papo inspirador com o POD GURIAS, das jornalistas Carla Fachim, Patrícia Cavalheiro e Vanessa Martini, com uma reflexão fundamental sobre sua trajetória profissional e pessoal; talk com profissionais de sucesso abordando como eles alcançaram seus objetivos e uma palestra com Luciano Santos falando sobre protagonismo na carreira. 

Entretenimento e espaço para o bem-estar também estiveram presentes: atrações musicais e um espaço de descompressão, um refúgio sereno dentro da agitação do evento, com momentos de meditação, massagem terapêutica e alongamentos revigorantes estavam entre as atrações do evento. 

Leia também: PUCRS Carreiras impulsiona atuação de jovens no mercado de trabalho

O vice-reitor Ir. Manuir Mentges esteve presente na palestra de abertura. / Foto: Giordano Toldo

O 24° Salão de Iniciação Científica da PUCRS iniciou nesta segunda-feira, dia 2 de outubro, com uma cerimônia de abertura no Teatro do prédio 40. Foram mais de 500 submissões de trabalhos científicos no evento que iniciou no dia 2 de outubro, com uma cerimônia de abertura no Teatro do prédio 40. Até o fim do evento, na sexta-feira, dia 6 de outubro, serão 91 bancas de avaliação nos turnos da manhã, tarde e noite.

Na palestra de abertura, o vice-reitor Ir. Manuir Mentges celebrou mais uma edição do evento, destacando a importância da iniciação científica durante a formação dos/as estudantes. Ele definiu este processo como uma jornada que nos leva à apropriação de metodologias, à descoberta de uma vasta literatura, ao desenvolvimento de uma disciplina que culminará no pensar científico. 

 “Não se trata apenas da pesquisa, o que em si já tem grande valor, mas pesquisa aplicada que pode gerar soluções para problemas concretos demandados pela sociedade”, complementou. 

Leia mais: Excelência em pesquisa faz da PUCRS uma instituição líder no campo da ciência no Brasil 

A diretora de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), professora Maria Martha Campos, destacou a importância da busca constante por conhecimento, aproveitando as chances de desenvolvimento ao longo da formação: 

“É uma ótima oportunidade para os/as estudantes trabalharem ao lado de professores, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos, contribuindo assim para um espaço de trocas e conexões.”  

Inteligência artificial na pesquisa 

O evento reuniu mais de 500 estudantes. / Foto: Giordano Toldo

A palestra de abertura do Salão foi conduzida pelo professor da Escola Politécnica Rodrigo Coelho Barros, que abordou a temática da inteligência artificial na pesquisa no século 21. O pesquisador, que é integrante do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, destacou o avanço da inteligência artificial, do aprendizado de máquina e das redes neurais. O professor falou ainda sobre do desenvolvimento do ChatGPT, criado pela OpenIA, instituição focada em pesquisa em inteligência artificial. 

Para o pesquisador, a inteligência artificial já é uma realidade e está presente no nosso dia a dia, em um mundo cada vez mais orientado pela automatização. Alguns usos já conhecidos no dia a dia são traduções, criações de conteúdo, assistentes virtuais, transcrições, entre outros. Entretanto, juntamente com os novos usos, chegam alguns desafios éticos que precisam ser debatidos quando falamos de inteligência artificial, tais como propriedade, responsabilidade, parcialidade e justiça, privacidade e transparência.  

“Por outro lado, a inteligência artificial também pode servir para apoio a pesquisa científica, facilitando alguns passos do processo.  A automatização de tarefas repetitivas e a extração de informações com grandes volumes de dados são alguns exemplos de como utilizar a IA a favor da pesquisa”, destacou. 

O Salão de Iniciação Científica faz parte da Semana Acadêmica Integrada e segue até sexta-feira. No dia 26 de outubro acontece a cerimônia de premiação das pesquisas destaque desta edição do evento. 

Leia também: Currículo Lattes: passo a passo para aprender a utilizar a plataforma 

Foto: Giordano Toldo

Recentemente, oito grupos interdisciplinares do Programa de Educação Tutorial (PET) organizaram o evento anual InterPET, no qual foram realizadas atividades extracurriculares de integração envolvendo a comunidade interna e externa da PUCRS. O encontro aconteceu no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, onde os/as estudantes de graduação puderam conectar os conhecimentos desenvolvidos dentro da Universidade com um grupo de 95 estudantes e três professores do Centro Social Marista de Porto Alegre (CESMAR), além dos demais visitantes do museu.  

O PET tem o objetivo de promover a participação dos estudantes de graduação, direta ou indiretamente envolvidos com o Programa, em múltiplos projetos, ampliando a formação acadêmica por meio de vivências interdisciplinares e estimulando a fixação de valores que reforcem a cidadania e a consciência socioambiental de todos os participantes. O programa proporciona condições para realização de atividades extracurriculares e interdisciplinares de conhecimento acadêmico e de pesquisa, tanto no contexto da comunidade interna como externa, que complementem a formação dos alunos e seu papel, consciência e protagonismo perante a sociedade. 

Dentro das atividades realizadas pelos Grupos PET’s, já foram desenvolvidos encontros, ciclos de palestras, oficinas, entre outras oportunidades de desenvolvimento, tendo acumulado mais de 90 participantes ao longo do ano de 2022. Saiba mais no site de cada curso participante do programa. 

Em relação ao ano passado, o Brasil metropolitano se tornou mais desigual. / Foto: Giordano Toldo

Após se recuperar do pico ocorrido durante a pandemia de Covid-19, a desigualdade de renda voltou a apresentar tendência de alta ao longo dos últimos cinco trimestres no conjunto das metrópoles brasileiras. O coeficiente de Gini (quanto mais alto o seu valor maior a desigualdade) subiu de 0,615 para 0,626 entre o segundo trimestre de 2022 e o mesmo trimestre de 2023. E a razão entre a média de renda dos 10% mais ricos em relação aos 40% mais pobres variou de 29,7 para 32 vezes no mesmo período. Ou seja, do ponto de vista da renda do trabalho, o Brasil metropolitano de hoje é mais desigual do que aquele de um ano atrás.    

Estas e outras informações estão na décima quarta edição do “Boletim – Desigualdade nas Metrópoles”, produzido em parceria pelo PUCRS Data Social, o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). Os dados são provenientes da PNAD Contínua trimestral, do IBGE, e dizem respeito à renda domiciliar per capita do trabalho somente, incluindo o setor informal. O recorte utilizado é o das 22 principais áreas metropolitanas do país, conforme as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IPCA.  

Os dados levantados pelo estudo mostram que enquanto no último ano a média de renda dos 10% mais ricos subiu 9,9%, a dos 40% mais pobres variou apenas 1,9% para cima. Essa diferença na recuperação dos rendimentos, segundo os pesquisadores, explica a tendência de alta das desigualdades.

“Após a enorme queda sofrida durante a pandemia, a renda dos mais pobres se recuperou até meados de 2022, retornando a um patamar semelhante ao de 2019. Desde então, no entanto, a tendência tem sido de estagnação. Já no caso dos mais ricos a queda da renda foi menos brusca durante a pandemia, e sua recuperação ainda está em andamento”, explica Andre Salata, coordenador do PUCRS Data Social.

Leia mais: PUCRS Data Social: 2,8 milhões de idosos vivem abaixo da linha de pobreza no Brasil

Embora as metrópoles apresentem comportamentos diferentes, na maior parte delas (17 dentre as 22) se verificou o mesmo padrão de crescimento da desigualdade ao longo do último ano. Esse crescimento foi superior a 5% nas Regiões Metropolitanas de Vale do Rio Cuiabá (12,1%), Grande São Luís (8%), Teresina (7,4%), Belo Horizonte (5,7%) e Fortaleza (5,4%).  

desigualdade nas metrópoles

Andre Salata é coordenador do PUCRS Data Social. / Foto: Giordano Toldo

O estudo também mostra que a média geral de rendimentos aumentou de R$1.577 para R$1.701 no último ano, configurando uma elevação de 7.88%. Em 19 das 22 metrópoles, também foi constatada uma variação positiva. O aumento foi mais elevado nas Regiões Metropolitanas de Goiânia (25,6%), Teresina (23,2%), Belo Horizonte (17,7%), Recife (16,8%) e Macapá (15,8%). De acordo com Marcelo Ribeiro, professor do IPPUR-UFRJ e pesquisador do Observatório das Metrópoles, o aumento do rendimento médio no conjunto das metrópoles é resultado de um período mais expansivo do mercado de trabalho, tendo em vista a redução da taxa de desocupação ocorrida nos últimos trimestres.

“Apesar disso, continua havendo diferenças de rendimento médio muito expressivas entre as metrópoles. Em geral, aquelas que possuem rendimento médio acima do rendimento médio do conjunto das regiões metropolitanas se localizam nas grandes regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Todas as metrópoles localizadas nas regiões Norte e Nordeste apresentam rendimento médio inferior ao rendimento médio do conjunto das regiões metropolitanas. Isso expressa que as desigualdades de renda entre as metrópoles também se apresentam como diferenças regionais do país”. 

O cenário descrito pelos dados levantados no estudo, portanto, é de aumento da média de renda do trabalho ao longo do último ano, mas com crescimento proporcionalmente maior para os estratos mais altos, levando ao aumento das desigualdades no período. Andre Salata explica esse cenário.

“Enquanto alguns estratos mais baixos chegaram a ter queda de 3,6% na média de renda, camadas mais altas ganharam quase 10%. Ou seja, não é nem mesmo um cenário onde todos ganham, mas os que estão em cima ganham mais. Na verdade, na parte de baixo da pirâmide chegamos a ter mesmo perdas reais”.

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O curso tem como objetivo discutir, debater e capacitar as pessoas sobre práticas de governabilidade mais sustentável. / Foto: Giulian Serafim/ PMPA

As cidades inteligentes, ou smart cities – aquelas que utilizam a tecnologia para melhorar sua eficiência político-econômica e para amparar seu desenvolvimento, ou gerar desenvolvimento – são uma realidade no Brasil e ao redor do mundo. No País, os municípios que se encaixam nessa categoria são aqueles que investem no desenvolvimento urbano e na transformação digital sustentáveis, levando em conta fatores ambientais, socioculturais e econômicos. 

Essas cidades também costumam promover governança e gestões colaborativas, usando da tecnologia para resolver problemas, gerar oportunidades e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. A Escola de Negócios da PUCRS tem dado destaque para esse assunto, buscando dialogar com os acadêmicos e profissionais sobre as cidades inteligentes, por meio do Projeto de Pesquisa Aplicada Cap4city – Strengthening Governance Capacity for Smart Sustainable Cities Erasmus+. 

“Planejar, discutir, implementar e avaliar cidades inteligentes é algo bastante complexo e precisa de um conjunto grande de atores da sociedade. Então, o projeto visa ensinar as pessoas a compreenderem os problemas nos municípios, para modelar as iniciativas e melhorar a qualidade de vida nessas regiões”, explica a professora da Escola de Negócios da PUCRS e coordenadora do Projeto Cap4city, Edimara Mezzomo Luciano. 

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Governança e desenvolvimento sustentável 

Curso internacional reúne pesquisadores de 8 oito países. / Foto: Giordano Toldo

A iniciativa foi financiada pela European Comission, por meio do fundo ERASMUS. Em 2021, reuniu pesquisadores de 12 universidades de oito países – Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Áustria, Estônia, Holanda e Polônia. Desde então, o projeto busca desenvolver a capacidade de governança em cidades inteligentes e sustentáveis. 

Para isso, foi criado um curso aberto online – MOOC (massive open course, em inglês) que reúne conteúdos essenciais sobre as necessidades locais dos países latino-americanos na discussão de cidades inteligentes e sustentáveis. Dentre elas, a gestão pública, as questões legais e técnicas, o impacto social, a inovação e a cidadania. A iniciativa é coorealizada pela PUCRS na Escola de Negócios. 

Os participantes do projeto também realizaram um conjunto de 14 workshops ao redor do mundo, incluindo um na PUCRS, para ajudar na criação do MOOC. O curso está disponível para acesso em três idiomas – inglês, espanhol e português. Além disso, o Cap4city desenvolveu nesses três idiomas mais 31 materiais, entre slides, videoaulas e textos de apoio abordando a questão da governança. 

“O intuito por trás desses materiais e do Cap4city é gerar capacitação para que as pessoas consigam se engajar em iniciativas de cidades inteligentes. Os desafios dos municípios têm crescido muito. Por isso, a participação dos cidadãos, em parceria com os órgãos públicos e privados, é fundamental”, destaca Edimara. 

Até o momento, mais de três mil pessoas já acessaram o MOOC e assistiram aos conteúdos. Dentre esse grupo, 70% são brasileiros, que conheceram mais desse projeto por meio da divulgação e das iniciativas da PUCRS. 

“Essa participação e o engajamento das pessoas é o que guia esse projeto. Assim, os cidadãos estarão mais preparados e interessados para ajudar a solucionar os problemas dos municípios, por meio de tecnologias e campanhas públicas, como o orçamento participativo, o Pacto Alegre e o Centro+4D, na capital gaúcha. Essas iniciativas buscam, através de sites e aplicativos, melhorar a qualidade de vida dos moradores da região”, completa a professora. 

Projetos como esse também permitem aos estudantes da PUCRS um intenso intercâmbio de conhecimentos, ampliando a consciência global e multicultural, já que a iniciativa promove a internacionalização da Escola de Negócios, beneficiando diretamente os acadêmicos. 

“A partir dessa parceria com universidades de outros países, a PUCRS proporciona uma formação mais completa e global nas graduações, nos mestrados e doutorados. Com isso, agregamos valor formativo, desenvolvemos pessoas e ampliamos possibilidades para atuação em outras redes de ensino e pesquisa. Os programas também fortalecem a expansão de capacidades para internacionalização, contribuindo muito para qualificar ainda mais o perfil global da PUCRS”, afirma o decano da Escola de Negócios da PUCRS, Éder Henriqson. 

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Cap4city na PUCRS 

De acordo com Edimara, projeto quer gerar capacitação para que as pessoas consigam se engajar em iniciativas de cidades inteligentes. / Foto: Giordano Toldo

Na PUCRS esse projeto foi utilizado de diversas maneiras para oferecer mais informações para jovens e profissionais. Na graduação, a Universidade realizou uma capacitação para os professores sobre como aplicar conteúdo de cidades inteligentes nas próprias disciplinas. 

A partir dessa qualificação, educadores da instituição se reuniram para criar uma matéria específica sobre cidades inteligentes – que se tornou obrigatória nos cinco cursos da Escola de Negócios. A cada semestre, os professores realizam discussões sobre a governança e outros aspectos das smarts cities, além de fazer duas saídas de campo, para colocar em prática os ensinamentos da sala de aula. 

“Durante as visitas, os alunos conhecem mais do 4º Distrito, em especial o Centro Cultural Vila Flores, Centro Social Marista e o Loteamento Santa Terezinha. Nas duas saídas, eles escolhem que dimensão querem estudar e se aprofundam nos problemas e nas demandas dessas áreas. Com isso, os estudantes conseguem saber mais sobre outras realidades e exercer esse trabalho de governança”, detalha a coordenadora. 

Outro benefício gerado por meio do Cap4city é uma disciplina na pós-graduação em Administração. Na matéria, os alunos, de todos os cursos, podem saber mais sobre cidades inteligentes sustentáveis em uma aula inteira em inglês. 

*Texto publicado originalmente em GZH 

O evento foi sediado na PUCRS e aconteceu entre os dias 25 e 27 de setembro. / Foto: Gabriel Pedroso

O 1º Simpósio Brasil-Reino Unido sobre Mulheres na Ciência aconteceu na última semana, entre os dias 25 e 27 de setembro, reunindo pesquisadoras e estudantes de diferentes estados do Brasil. Nas sessões temáticas que integraram o evento, temas como representatividade feminina nas áreas científicas, equidade de gênero na ciência, desafios e avanços foram algumas pautas debatidas. 

O evento faz parte do projeto Mulheres na Ciência, financiado pelo British Council, que une sete universidades: King’s College London (KCL), University College London (UCL) e Glasgow Caledonian University (GCU) do Reino Unido, e as instituições brasileiras UFGRS, PUCRS, Feevale e Universidade Federal de Pelotas. O evento em Porto Alegre contou com a presença das professoras britânicas Andrea Streit (KCL), Patricia Salinas (UCL) e Patricia Munhoz-Escalona (GCU), que atuaram como mentoras ao longo de todo 2023 no projeto. 

Em busca de equidade 

Na palestra de abertura, a pesquisadora da UFRGS Aline Pan convidou as participantes a definirem em uma palavra quais os principais desafios de ser uma mulher na ciência. Palavras como respeito, credibilidade, tempo e oportunidades foram algumas das mais citadas na dinâmica. Para a professora, os dois grandes problemas que precisam ser enfrentados são: mulheres subrepresentadas nas áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharias e matemática) e em cargos de liderança. 

Ao todo, mais de 20 palestrantes brasileiras e internacionais participaram dos dias do evento. Temas como planejamento de prospecção de carreira na ciência, incentivo do interesse pela ciência desde a infância, liderança feminina, raça e feminismo, maternidade, assédio e inclusão de mulheres com deficiência foram apresentados, seguidos de debates com as participantes.  

O evento faz parte do projeto Mulheres na Ciência, financiado pelo British Council. / Foto: Gabriel Pedroso

Além das conferências, representantes do British Council também integraram o evento, com a palestra A Experiência de Athena Swan e o Marco de Igualdade de Gênero no Brasil, além de um workshop de disseminação do Marco Referencial para a Igualdade de Gênero em Instituições de Ensino Superior no Brasil. 

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Autoridades reforçam compromisso com o tema 

Na cerimônia de abertura do evento, representantes das pró-reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação das quatro universidades brasileiras estiveram presentes, além da secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Márcia Barbosa. O pró-reitor da UFRGS, José Antonio Poli de Figueiredo destacou a importância do constante debate sobre questões de gênero na universidade e na pesquisa. A diretora de pesquisa da PUCRS, Maria Martha Campos abordou a importância do levantamento de dados, iniciativa que também está em curso no âmbito do projeto, como forma de apoio na construção de novas políticas institucionais.  

A assessora de pesquisa e pós-graduação da Universidade Feevale Ana Carolina Kayser abordou a importância do trabalho em rede com outras universidades e celebrou a representatividade das mulheres que já é uma realidade na sua instituição. Por fim, o pró-reitor Flávio Fernando Demarco da UFPEL destacou a importância do debate entre todos os públicos, homens e mulheres, para a conquista de uma sociedade cada vez mais igualitária.

Mais de 20 palestrantes brasileiras e internacionais participaram do evento. / Foto: Gabriel Pedroso

Para a secretária Márcia Barbosa, que também é pesquisadora da área STEM, espaços como o do Simpósio são fundamentais para continuarmos avançando no debate e na construção de um espaço científico cada vez mais equitativo. A convidada destacou a importância de políticas públicas que assegurem a representatividade feminina e os projetos que incentivem o interesse das áreas STEM para meninas e mulheres. 

Projeto segue com o levantamento de dados 

O projeto Mulheres na Ciência iniciou em 2022 com a parceria entre PUCRS, UFRGS e KCL e, em 2023, avançou integrando as quatro novas instituições parceiras. Além do simpósio, a iniciativa deste ano inclui um levantamento de dados sobre a presença feminina nas universidades brasileiras participantes.   

Feevale, PUCRS, UFGRS e UFPEL estão trabalhando neste levantamento, identificando onde estão as estudantes mulheres nos diferentes níveis de ensino, na docência, pesquisa e cargos de liderança. O grupo de trabalho pretende analisar estes dados até o final de 2023.

Para conhecer mais sobre o projeto Mulheres na Ciência, acesse o site. Nele você encontra biografias de pesquisadoras das sete universidades, contando sobre suas trajetórias científicas e dando conselhos para meninas e mulheres que queiram seguir na carreira científica. 

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