O Programa de Práticas Médicas Hospitalares (PMH), da Escola de Medicina da PUCRS, está com inscrições abertas para mais de 20 áreas de atuação, incluindo Psiquiatria, Neurologia, Dermatologia, entre outras. As PMH’s são destinadas tanto a médicos brasileiros como estrangeiros, e as inscrições estão abertas até o dia 30 de novembro de 2023, exclusivamente de forma online, no site da PUCRS/Educon.  

O processo seletivo envolve três etapas: prova escrita, análise curricular e entrevista. A prova escrita está agendada para o dia 11 de dezembro de 2023 e será realizada na Escola de Medicina, localizada no Prédio 12A do Campus da PUCRS. 

Para obter informações detalhadas sobre os programas oferecidos, duração, pré-requisitos e número total de vagas disponíveis, consulte o edital para seleção de alunos de especialização para o ano de 2024.  

CONFIRA O EDITAL

Em comemoração aos 75 anos da PUCRS, o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS, em parceria com a Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade (LIASE), realizará a 1ª Jornada Internacional de Meditação. O evento ocorre nos dias 25 e 26 de outubro, em formato online, e pretende proporcionar uma oportunidade para explorar o papel da meditação no contexto da saúde integral e na promoção de bem-estar e do cultivo da interioridade. Além disso, será uma oportunidade única para os/as participantes se conectarem com conferencistas renomados, que trarão uma variedade de perspectivas sobre a meditação.  

A Jornada contará com palestrantes nacionais e internacionais, além de tradução do espanhol para português, tornando este evento acessível a pessoas de todo o mundo. Para participar, basta realizar a inscrição pelo link. A participação é gratuita. 

Confira a programação 

25 de outubro: das 17h15 às 18h55 

26 de outubro: das 9h às 10h50 

Conheça os painelistas 

Regina Chamon é médica clínica geral e hematologista, com foco no estilo de vida e controle do estresse para melhorar a saúde, além de professora de meditação formada pela Unifesp e pela escola médica de Harvard. É uma comunicadora talentosa que simplifica o cultivo do bem-estar através de várias plataformas, incluindo seu Instagram @drasanguebom, Podcast Desestresse e Coluna Saúde Sem Estresse na Revista Boa Forma. 

Bruna Fernandes da Rocha é psicóloga formada pela PUCRS e coordenadora do Departamento de Ensino, além de supervisora de estágio do Centro Vitalis. Mestre em Gerontologia Biomédica e doutoranda em Psicologia pela PUCRS, Bruna é especializada em Terapias Comportamentais Contextuais e é instrutora em treinamento de Mindfulness-Based Cognitive Therapy pela Universidade de Oxford. Ela atua como psicóloga clínica e supervisora de estágio na Clínica de Saúde Vitalis. 

Ausiàs Cebolla i Martí é licenciado e doutor em Psicologia pela Universidade de Valência e trabalha como professor assistente doutoral na Faculdade de Psicologia da mesma instituição. Sua pesquisa se concentra em mindfulness e meditação, realidade virtual, psicologia positiva e estilos de vida saudáveis. Além disso, codesenhou o protocolo de Treinamento de Bem-Estar baseado em práticas contemplativas. 

Ana Silveira é graduada em Teologia pela PUCRS e doutora em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade de Salamanca. Também é graduada em Teologia Espiritual pela Pontifícia Universidade de Comillas, com prêmio extraordinário, e Mestre em Misticismo e Ciências Humanas pela Universidade de Mística.  

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Os testes de segurança aconteceram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. / Foto: Avelino Francisco Zorzo

Na última semana uma equipe da Escola Politécnica representou a PUCRS na 7ª edição do Teste Público de Segurança da Urna (TPS) 2023 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. O grupo, liderado pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação (PPGCC), Avelino Francisco Zorzo, participou como investigador da fase destinada à inspeção do código-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Nesta etapa, que tem duração de duas semanas, participam investigadores e investigadoras pré-inscritos de diferentes locais do Brasil. 

No TSE, uma sala Multiuso foi equipada com 24 computadores, sem acesso à internet, para receber os participantes. No espaço, não é permitido o ingresso com celulares e outros equipamentos eletrônicos. Nessa fase do TPS, o Tribunal oferece subsídios aos participantes para a elaboração dos planos de testes a serem submetidos à avaliação e aprovação. Agora, os participantes estão trabalhando em propostas que devem ser enviadas até 27 de outubro, próxima sexta-feira, conforme o calendário do evento. O Teste Público de Segurança da Urna ocorrerá de 27 de novembro a 1º de dezembro de 2023. 

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Além do professor, a equipe que representa a Universidade inclui o bolsista de pós-doutorado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Ciências Forenses (INCT Forense) Daniel Dalalana Bertoglio, o estudante de mestrado do PPGCC Ariel Rossetto Ril, a aluna do curso de graduação em Ciências da Computação, Ana Carolina Bregolin Bertuzzo, e o aluno e do curso de Engenharia de Software Eduardo Tavares. Zorzo explica que a participação da sociedade nos Testes Públicos é fundamental por diferentes motivos, entre eles ajudar na melhoria do sistema eleitoral brasileiro, melhorar o conhecimento sobre o funcionamento do sistema eletrônico da urna e assim compartilhar com toda a sociedade as informações sobre este importante instrumento do processo democrático: 

“Os alunos têm contato com uma tecnologia que está sendo utilizada faz diversos anos, assim conseguem associar os conceitos teóricos vistos em sala de aula com a realidade. Temos estudado os sistemas e processos utilizados nas eleições brasileiras faz dois anos. No ano passado acompanhamos boa parte do processo de geração das mídias que seriam instaladas nas urnas, a instalação pública, acompanhamos o sorteio das urnas que passariam pelos testes de integridade dos sistemas, acompanhamos também todos os testes de integridade que aconteceram na PUCRS em 2022. O conhecimento que estamos adquirindo no grupo de pesquisa será disseminado nos cursos de graduação e pós-graduação”, destaca Avelino Zorzo.  

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Enriquecendo a formação em TI

O professor Avelino Francisco Zorzo da Escola Politécnica foi um dos participantes da fase de teste. / Foto: Avelino Francisco Zorzo

O estudante Ariel Rossetto Ril, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação, destaca que sua participação no Teste Público de Segurança da Urna (TPS) está sendo muito boa. “É uma possibilidade de revisar os principais softwares que controlam o processo eleitoral e entender como foi arquitetada toda a segurança da Urna Eletrônica. Nunca tinha pensado em participar de um momento assim até que o professor Avelino me apresentou a segurança do processo eleitoral e da Urna como possibilidade de pesquisa de Mestrado”, destaca. 

O estudante relata que durante o evento de Revisão de Código a equipe do TSE foi muito prestativa, respondendo a dúvidas e questionamentos sempre que preciso: “O ambiente disponibilizado para realizar a avaliação de código era o necessário para avaliar e entender todo o fluxo de dados durante a votação e durante o envio dos dados para totalização (finalização do processo eleitoral). O próximo passo será o desenvolvimento dos planos de testes que serão avaliados pelo TSE e aceitos para a execução entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro”. 

Esta é a primeira vez que a Escola Politécnica representa a Universidade nos testes, mas o grupo liderado pelo professor Zorzo tem acompanhado as diferentes etapas das eleições brasileiras desde 2021, em conjunto com os professores Jeferson Campos Nobre e Luciano Gaspary da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A equipe tem se reunido em diversas oportunidades para compreender de que maneiras pode colaborar com a qualidade e a visibilidade dos sistemas que fazem parte do sistema de votação eletrônico brasileiro. 

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Estude Ciência da Computação na PUCRS 

O PPGCC está com inscrições abertas para quem deseja iniciar o mestrado ou doutorado no primeiro semestre de 2024. Clique aqui para conferir o edital. Também estão abertas as inscrições para o Vestibular de Verão 2024/1: Conheça os cursos na área de TI. 

A PUCRS é excelência em pesquisa em diversas áreas do conhecimento. / Foto: Camila Cunha

A PUCRS desenvolve investigação científica de alto nível, com padrão internacional, nas diversas áreas do conhecimento. Até o momento, as pesquisas da Instituição estavam inseridas em oito grandes eixos temáticos, que refletiam uma realidade institucional diferente, em que a PUCRS era estruturada em faculdades.

Considerando a nova configuração da Universidade em Escolas e o movimento global voltado para a interdisciplinaridade como uma importante estratégia para lidar com os problemas complexos da sociedade, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realizou uma revisão desta configuração e apresenta quatro novos eixos temáticos da pesquisa da instituição, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU).

Formação, ética, interdisciplinaridade e inovação são os conceitos que permeiam os novos eixos de pesquisa, conferindo maior visibilidade para as principais áreas de pesquisa transversais que fundamentam nossa atuação, fomentando a colaboração entre pesquisadores e o compartilhamento de estruturas. Dúvidas e mais informações podem ser direcionadas para dir.pesquisa@pucrs.br.

Confira quais são eles:

Saúde e Bem-Estar

Engloba as pesquisas relacionadas com diferentes áreas da saúde e da vida, com foco no bem-estar e na qualidade de vida.

Meio ambiente e Energia

Envolve os temas de meio ambiente, conservação, ecologia, biodiversidade, aproveitamento dos recursos naturais e energias renováveis.

Tecnologias

Agrupa as pesquisas em materiais, processos, engenharias, informática e comunicação.

Sociedade e Desenvolvimento

Inclui as áreas de cultura, humanidades, educação, cidadania e comunicação e desenvolvimento social.

Conheça mais sobre as pesquisas conduzidas na PUCRS

Alunos do Colégio Marista Champagnat presenteiam a Universidade com obras de arte pelos seus 75 anos/ Foto: Giordano Toldo

Nesta terça-feira (17), a PUCRS recebeu uma homenagem muito especial pelos seus 75 anos de história: os alunos do Colégio Marista Champagnat produziram 75 obras de arte, entre elas desenhos, pinturas e esculturas, para presentear e Universidade. As obras foram entregues pelos estudantes e direção do Colégio ao reitor Ir. Evilázio Teixeira, no saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão, onde estão em exibição ao público. Posteriormente serão espalhadas por todo o Campus. 

“Muito nos alegra este presente e o que ele representa neste ano tão especial. Seguimos juntos, Universidade e Colégio, na missão marista de fortalecer a Educação. Ser uma nova universidade para um novo futuro exige que olhemos com olhos de contemplação para as mais diferentes formas de expressão dos nossos jovens. Foi uma bela surpresa, um belo presente. Muito obrigado”, destacou o reitor.  

Para Shirley Cardoso, diretora-geral do Colégio, a arte é uma forma de expressão genuína e capaz de articular as mais diversas visões de mundo e maneiras de pensar, assim como a PUCRS fomenta e incentiva o pensamento científico e reflexivo, contribuindo com o progresso da sociedade.

Ela ainda destaca a profunda e bela ligação da Universidade com o Marista Champagnat: a inspiração teórica e de inovação que o Colégio tem na PUCRS na busca de novos conhecimentos, o norteamento de ações com base nas Escolas da Universidade e as orientações para diversos projetos e ações do Colégio extraídas com insights do corpo docente universitário. 

“É no intercâmbio de atividades, projetos, discussões que nos enriquecemos e alavancamos a vida científica do Marista Champagnat. Manifestamos nestas 75 obras de arte de autoria dos nossos estudantes nosso afeto e reconhecimento pelo trabalho primoroso realizado em nossa Universidade. Parabéns pelo trabalho de excelência e pelos valores maristas vividos com intensidade em toda a comunidade acadêmica”, finaliza. 

youth cop, Estudantes participam de simulação da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

As estudantes foram selecionadas entre centenas de estudantes de diversos países. / Foto: Arquivo pessoal

As estudantes Caroline Zilio, Natália Miguel e Agatha Shubeita, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular (PPGBCM), da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, formam uma das equipes brasileiras selecionadas para participar da Youth COP, negociação simulada da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O evento é organizado pela Université Sorbonne Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e pela Université Paris Cité, na França, com apoio da Universidade Federal do Ceará.  

Selecionadas entre centenas de estudantes de diversos países, as alunas da PUCRS foram escaladas para representarem a Índia, um dos estados-membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Elas deverão desenvolver estratégias com base no posicionamento, leis, cultura e história do país. Durante os dias 20, 21 e 22 de outubro, as 24 equipes selecionadas irão se encontrar para discutirem e realizarem atividades sobre cada um dos estados. 

As dinâmicas acontecerão em uma simulação virtual que incluirá diversas plenárias, reuniões e comitês. Ao final das negociações, os participantes deverão entregar um acordo resolutivo e os dois melhores serão apresentados pelas equipes em um painel da COP 28, em Dubai, em dezembro deste ano. 

Dentre os principais objetivos destas negociações, os/as alunos/as poderão pensar criticamente sobre os desafios das mudanças climáticas, compreender a criação de políticas climáticas globais e aprimorar suas habilidades interpessoais com estudantes de outros países. Renata Medina, orientadora das estudantes, define que essa oportunidade é um grande momento para as discentes aprofundarem seus conhecimentos e criarem laços globais.  

“Esta experiência está sendo única para as três estudantes de pós-graduação. Além de uma vivência fantástica para a sua formação como cidadãs do mundo. Em função de seus projetos envolverem de forma substancial as questões de mudanças climáticas, a sua atuação na Youth COP está sendo de grande relevância para a formação como cientistas voltadas à conservação e manutenção da vida no planeta”, destaca a orientadora.

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Rafael Prikladnicki é professor da Escola Politécnica da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

O professor da Escola Politécnica Rafael Prikladnicki foi contemplado com o Google Award for Inclusion Research 2023. Prikladnicki, que também é assessor de desenvolvimento da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, é o único pesquisador da América Latina a receber a premiação em 2023. O projeto How do blind and low vision developers co-create software design artifacts?, aborda como desenvolvedores de software com visão comprometida podem participar da criação de documentos de design de software. Para o professor, a premiação representa o reconhecimento da pesquisa de classe mundial desenvolvida na PUCRS.  

“Recebi esta notícia com enorme alegria. Este projeto começou a ser desenvolvido no meu período de pós-doutorado em 2022, em parceria com o professor Andre van der Hoek da University of California, Irvine (UCI) e demonstra o ambiente diferenciado que continuamos tendo na nossa Universidade para desenvolver pesquisa de impacto para a sociedade, que de fato faça a diferença”. 

O projeto visa entender como profissionais de software cegos e com baixa visão cocriam artefatos em suas equipes. Como o desenvolvimento de software é inerentemente um esforço criativo e colaborativo, profissionais com baixa visão provavelmente enfrentarão desafios adicionais aos enfrentados por seus colegas fisicamente aptos, principalmente quando tratamos de documentos essencialmente visuais.  

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“Este trabalho visa então identificar oportunidades de melhoria, como aprimoramentos de ferramentas – incluindo G Suite e aplicativos Google – ou mudanças culturais e de processos. Na prática, o resultado desta iniciativa visa melhorar a acessibilidade da profissão de software a uma população mais diversa”, comenta o pesquisador. A premiação consiste em um valor de US$ 35 mil, que será destinado a bolsas, equipamentos e missões de estudo. 

Projeto da PUCRS utiliza Inteligência Artificial para inclusão da população surda

O projeto coordenado pelo pesquisador da Escola Politécnica foi contemplado pelo Google Award for Inclusion Research. / Foto: SHVETS production/Pexels

Para a decana da Escola Politécnica Sandra Einloft, a conquista do prêmio é motivo de grande orgulho, destacando não apenas a excelência das pesquisas realizadas no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) da Escola Politécnica da PUCRS, mas também o fato de que este projeto se destacou como o único da América Latina a ser agraciado com tal honraria.  

“É importante ressaltar que o tema da diversidade e inclusão, que foi abordado na pesquisa do professor Rafael, reveste-se de extrema relevância para o avanço da nossa sociedade. O docente possui uma trajetória importante na área, o que é evidenciado também pela sua recente contribuição à literatura acadêmica, com a publicação de dois capítulos no primeiro livro internacional sobre diversidade e inclusão na Engenharia de Software. Essa realização não apenas destaca o PPGCC, a Escola Politécnica e a PUCRS no cenário internacional, mas também os consagra como atores de grande importância nesse campo” adiciona. O livro, com o título de “Equity, Diversity, and Inclusion in Software Engineering: Best Practices and Insights” será lançado em dezembro de 2023. 

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Desde 2020, o programa Award for Inclusion Research (AIR) contemplou apenas quatro brasileiros, sendo dois da PUCRS, em 2022 e agora em 2023. A Google seleciona pesquisadores do mundo inteiro, com um concorrido processo seletivo com revisão dos engenheiros da empresa. 

Conheça as iniciativas premiadas

As empresas atuam no Tecnopuc de forma remota. / Foto: Giordano Toldo

A revista eletrônica Pequenas Empresas e Grandes Negócios, em parceria com as consultorias Elogroup e Innovc, compila, anualmente, uma lista das empresas mais promissoras do ecossistema de inovação brasileiro. Entre maio e julho deste ano, mais de 2 mil empresas se inscreveram para o 100 Startups to Watch 2023, e as organizações foram avaliadas em inovação, potencial de mercado, negócio e escalabilidade, equipe e maturidade da solução. Dentre as 100 selecionadas, três startups fazem parte do Parque Tecnológico e Científico da PUCRS (Tecnopuc): AIPER, Eduqhub e Agenda Edu. 

Com sede em São Paulo, as três empresas selecionadas integram remotamente o ecossistema do Parque Tecnológico da PUCRS, reforçando o conceito de Tecnopuc Anywhere. O projeto foi adotado no Plano Estratégico da Unidade, que busca expandir a atuação do Parque para além do seu espaço físico, possibilitando que outras empresas e strartups utilizem dos serviços oferecidos pelo Tecnopuc mesmo a distância. A AIPER está a participando do Tecnopuc Startup Garage, e a Eduqhub e Agenda Edu integram a Hub EduX 

O CEO e Founder da AIPER, Ailton Pereira, acredita que participar do Tecnopuc Startup Garage tem sido uma experiência incrível e enriquecedora para sua jornada empreendedora. Ele enfatiza que os conteúdos disponibilizados pelo projeto auxiliam na estruturação das partes essenciais do negócio, e que as mentorias, com discussões e ferramentas servem para apoiar na aplicação prática do aprendizado. Sobre integrar a lista ‘100 Startups to Watch em 2023’, Ailton e sua equipe ficaram muito felizes.  

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“O processo desde a inscrição até a divulgação da lista levou algum tempo, mas estamos extremamente felizes e honrados por estarmos ao lado de nomes renomados na categoria da indústria. Isso nos motiva ainda mais a seguir adiante e tornar o sonho da AIPER uma realidade!” completa o CEO da AIPER. 

Saiba mais sobre as três startups 

Foto: Divulgação/Editora Globo

A AIPER atua na indústria de cor por meio da biotecnologia. Ela produz biopigmentos microbianos utilizando processos fermentativos e resíduos agroindustriais como fonte nutritiva para os microrganismos, contribuindo para a economia circular por meio de produtos que atendem às demandas de diversas indústrias, desde a moda até a alimentação, em substituição dos corantes sintéticos. O uso dos biopigmentos contribuem para as indústrias e organizações que possuem compromisso com a sustentabilidade. 

A Agenda Edu oferece soluções para simplificar a jornada educacional, já tendo impactado mais de 2 milhões de pessoas. O aplicativo oferece para as escolas recursos para otimizar seu relacionamento com as famílias, incluindo rotina escolar, comunicação e cobranças. Outras soluções, que integram o portfólio da startup para facilitar a rotina educacional, é o App Equipe Escolas – que coloca na palma da mão do professor o controle do diário de classe e a possibilidade de compartilhar a rotina do aluno – e o EduPay – que auxilia na organização da rotina financeira da escola e garante a receita mensal prevista.   

A Eduqhub desenvolveu uma metodologia própria com foco no desenvolvimento de softskills e habilidades empreendedoras para crianças, explorando vivências reais. Ela é oferecida por meio de materiais didáticos e uma plataforma digital gameficada, abordando temas como finanças, liderança, autoconhecimento e relacionamento interpessoal e resolução de problemas. 

Confira a lista completa das 100 startups aqui

curso de medicina, Gustavo Dalto, Internacionalização, prouni

Gustavo Dalto foi selecionado para uma bolsa de PhD nos EUA/Foto: acervo pessoal

A desigualdade no Brasil se agravou após o período de pandemia. E, mesmo após se recuperar do pico ocorrido nos últimos três anos, a desigualdade de renda nas metrópoles brasileiras voltou a apresentar tendência de alta, conforme pesquisa realizada pela PUCRS. Neste cenário, a esperança pode parecer longínqua – mas existe, e está na educação 

“A desigualdade faz com que a gente possa entender que nem todo mundo tem o mesmo ponto de partida. Saímos de pontos muito diferentes”, comenta Gustavo Dalto, médico graduado pela PUCRS que representa o poder transformador da educação. 

O jovem foi contemplado com bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) e pelo Ciências Sem Fronteiras, o que o permitiu que, mesmo com dificuldades financeiras, estudasse em uma universidade particular e vivenciasse uma experiência no exterior. Então, ele foi selecionado para uma bolsa de PhD nos Estados Unidos. Vale a pena conhecer essa trajetória. 

Referências que importam  

Gustavo é natural de Nonoai, município com menos de 15 mil habitantes que fica na fronteira do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nascido no interior e em uma família de baixa renda, ele sempre teve alguém em quem se inspirar nos estudos: sua mãe, Maria Doraci. O médico relembra o período em que a ajudava com os estudos enquanto ela realizava o supletivo para concluir o Ensino Médio. Na época, ela tinha cerca de 40 anos. Falecida aos 45, quando Gustavo tinha apenas 12 anos de idade, sonhava em ser médica.  

Segundo Gustavo, ela sempre foi apaixonada por saúde: atuou como auxiliar de enfermagem e, após concluir o Ensino Básico, iniciou um curso técnico na área. Apesar de não ter se graduado, sempre incentivou os filhos a estudarem: “Para mim, a vontade dela em concluir seus estudos sempre foi uma motivação”, relembra o médico.  

Gustavo acredita que as pessoas próximas são responsáveis, de certa forma, por suas conquistas: “Eu não teria chegado até aqui se não fosse por essas pessoas, e por elas eu me mantenho onde estou. Elas foram quem eu precisava ter ao meu redor”, explica. 

Vestibular para medicina: um processo difícil  

Síntese de Indicadores Sociais, publicada pelo IBGE, aponta que apenas 36% dos estudantes que concluem o Ensino Médio em escolas públicas ingressam no Ensino Superior. Gustavo foi exceção à regra e o que possibilitou que o jovem realizasse uma graduação foi o ProUni, pelo qual obteve bolsa integral.  

À época, ele não possuía internet em casa, o que tornava difícil obter informações sobre locais em que poderia estudar:  

“Até que assisti, numa sexta-feira à noite, um documentário no Globo Repórter mostrando a PUCRS e o trabalho do professor Ivan Izquierdo com a ideia de construir o Instituto do Cérebro. Foi então que eu me interessei e descobri que a Universidade oferecia vagas em Medicina pelo ProUni”, comenta.  

Quando aplicou para a tão sonhada vaga, Gustavo estava no último ano da escola e sua rotina dificultava os estudos, já que ele trabalhava e estudava. O estudante tinha ajuda de Vera Rigo, uma professora de português que revisava suas redações. Fora isso, estudou por menos de um semestre em um cursinho preparatório. Apesar de ter se preparado praticamente sozinho, realizando exercícios e provas anteriores, a aprovação veio no mesmo ano.  

Leia também: Documentário reforça legado deixado pelo professor Iván Izquierdo 

Uma Universidade de oportunidades 

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O estudante ingressou cedo na Iniciação Científica/Foto: acervo pessoal

Ensinar também é uma forma de aprender. Por isso Gustavo realizou diversas monitorias durante sua formação. Em seguida, tornou-se bolsista de Iniciação Científica no Instituto de Toxicologia e Farmacologia da PUCRS, sob orientação da professora Maria Martha Campos, por quem o estudante nutria um grande carinho: “Ela é uma das pessoas que eu mais tenho como exemplo pessoal e profissional. Para mim é uma educadora completa, que me ensinou muito mais do que ciência e, sem dúvidas é uma das pessoas mais inteligentes que eu encontrei”, relembra.  

Foi justamente por sua experiência de quase quatro anos em pesquisa que obteve sua segunda grande conquista profissional. Na época foram lançados os primeiros editais do programa Ciência sem Fronteiras, que incentivava a formação acadêmica no exterior. Como sua Iniciação Científica era em Farmacologia, ele aplicou para estudar a disciplina na Universidade de Coimbra, em Portugal, tendo sido contemplado pelo edital. Essa experiência representou um grande crescimento pessoal e profissional para o jovem, conforme explica:  

“O Gustavo que saiu do Brasil em 2012 e o Gustavo que voltou para Porto Alegre em 2013 para continuar na faculdade de Medicina eram pessoas diferentes. A internacionalização moldou quem eu sou hoje.”

Além da graduação: uma Universidade que permite crescer 

Após a formatura em Medicina, os diplomados podem optar por iniciar sua atuação como clínicos gerais ou ingressar na residência médica, na qual se especializam em determinada área. Por sua paixão em pesquisa, Gustavo desejava seguir no ramo acadêmico, mas não trabalhar não era uma opção para o jovem.  

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O Hospital São Lucas da PUCRS também fez parte da história de Gustavo/Foto: acervo pessoal

Foi em meio às dúvidas que surgiu a oportunidade: a professora Maria Marta sugeriu que o jovem realizasse um mestrado sob orientação da professora Nadja Schroder (que havia sido orientada pelo professor Ivan Izquierdo). Foi esse caminho que ele optou por seguir enquanto atuava como médico no Hospital São Lucas da PUCRS. Dessa forma, conseguiu se especializar sem a necessidade de deixar de trabalhar e, depois de pós-graduado, tornou-se residente em Neurologia. 

Justamente por realizar essa escolha ele teve a chance de, mais uma vez, estudar no exterior: durante a pandemia, Gustavo foi selecionado para uma bolsa de PhD (o maior grau acadêmico existente) em Neurociências na Universidade de Wisconsin-Milwaukee, nos Estados Unidos. Se um dia ele sonhou em ingressar na Universidade, sob a inspiração do professor Ivan Izquierdo, agora ele segue atuando na mesma área do mestre.  

Você também pode estudar no exterior 

Já pensou em estudar em uma Universidade em outro país? Todos os estudantes da PUCRS têm essa possibilidade através dos programas de Mobilidade Acadêmica, divulgados pelo Escritório de Cooperação Internacional. Apesar do fim do Ciência sem Fronteiras, a Universidade divulga semestralmente editais com e sem bolsa de estudos para acadêmicos que desejam vivenciar experiências internacionais. 

Além disso, desde 2020 há a possibilidade de estudar em outro país sem sair de casa: com os programas de mobilidade acadêmica virtual, você pode estudar no exterior, cursando disciplinas gratuitamente e aproveitá-las na graduação. Estudantes ProUni ou com créditos educativos podem participar de todos os programas de mobilidade oferecidos pela PUCRS.  

ESTUDE MEDICINA NA PUCRS

Uruguai foi o primeiro país da América Latina a promulgar uma lei contra castigos físicos em 2007. / Foto: Envato Elements

Nos últimos anos, houve uma série de transformações relacionadas às disciplinas e práticas familiares que preconizam uma educação sem punições físicas por parte de familiares e cuidadores de crianças. Alguns marcos legislativos fazem parte dessa trajetória. Um exemplo é a lei aprovada em 2014, aqui no Brasil, que incluiu no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) um artigo defendendo o direito a ser educado sem castigos físicos, tratamento cruel e degradante. Com base nesse artigo, a partir da então legislação, castigos corporais são definidos como “ação de natureza disciplinar e punitiva com o uso da força física sobre a criança e ao adolescente que resulte em: a) sofrimento físico; e b) lesão”. 

Em países da Europa e América Latina, as construções e marcos legais sãos derivados de outras disputas sociais. A pesquisadora da PUCRS Fernanda Bittencourt Ribeiro, professora da Escola de Humanidades, desenvolve estudos sobre essas temáticas. Em seus trabalhos, busca entender as diferenças ou semelhanças entre as leis do Brasil, Uruguai e França. A professora possui três capítulos de livros publicados sobre o tema, como também dois artigos em periódicos.  

Sobre os países latino-americanos analisados, Fernanda diz que o Uruguai foi o primeiro país da América Latina a, em 2007, promulgar uma lei contra castigos físicos.  

“Uma diferença que observo em relação ao Brasil é que desde 2002 o Uruguai realiza uma campanha anual de sensibilização chamada ‘Uruguai, país dos bons tratos’. A discussão da lei também foi acompanhada da distribuição de cartilhas e da capacitação de profissionais que atuam na intervenção junto a famílias. No Brasil, onde a lei foi aprovada em 2014, entendo que houve pouco debate público sobre o tema e muita incompreensão sobre o objetivo da lei. Em ambos os países os proponentes da lei entendem a prática de castigos como uma questão de ordem cultural”, afirma.  

Ampliando o escopo da análise sobre a França, a pesquisadora percebe que os argumentos a favor da lei não colocam em questão “a cultura” de modo geral, mas defendem a necessidade de mudar a maneira de educar.  

“Entre os três países, a França foi o último a incorporar, em 2019, a proibição dos castigos em sua legislação. Posições contrárias consideravam excessiva a ingerência da ONU em assuntos referentes à vida privada”, comenta. 

Além disso, a professora aponta que desde o início dos anos 2000, a ONU e organizações não-governamentais internacionais, propõem que os países signatários da Convenção dos Direitos da Criança proíbam formalmente os “castigos físicos, tratamento cruel e degradante” na educação de crianças e adolescentes. 

Leia mais: Grupo de pesquisa desenvolve tecnologias sociais para capacitar profissionais que atendem população em situação de vulnerabilidade

Direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente 

Além do direito a uma educação sem o uso de castigo físico, estabelecido pela Lei da Palmada, que posteriormente foi rebatizada de Lei Menino Bernardo, o ECA também prevê que os casos de suspeita ou de confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescentes sejam obrigatoriamente comunicados ao conselho tutelar da respectiva localidade. 

Desde 2020, está em análise o Projeto de Lei 4011/20, que proíbe a venda, a publicação e a divulgação de livros ou palestras que estimulem o castigo físico a crianças e adolescentes, inclusive por meio da internet, redes sociais ou qualquer outro meio de comunicação a distância. 

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