Atuação da PUCRS nas áreas de ensino, inovação e impacto social foram destaque na solenidade. / Foto: Giordano Toldo
Os 75 anos da PUCRS foram homenageados no Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (14), por iniciativa do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL). Participaram da solenidade o secretário municipal de Obras e Infraestrutura de Porto Alegre, André Flores, representando o prefeito Sebastião Melo, o vice-reitor da Universidade, Ir. Manuir Mentges, a pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, Adriana Kampff, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, o pró-reitor de Administração e Finanças, Alam Casartelli, e demais lideranças da comunidade universitária. Para o vice-reitor, a homenagem representa um reconhecimento da sociedade pelo trabalho que a PUCRS vem realizando ao longo desses 75 anos.
“A Universidade tem o compromisso de contribuir com o desenvolvimento da ciência e do conhecimento, por meio do ensino, da pesquisa, extensão, inovação e prestação de serviços. A PUCRS faz parte da sociedade gaúcha como uma Universidade reconhecida pelos diferentes rankings, e essa homenagem da Assembleia também reconhece as pessoas que atuaram e que atuam aqui para fazer com que todo esse ecossistema contribua realmente com o desenvolvimento da sociedade em todas as dimensões”, destaca Ir. Manuir.
O proponente da homenagem, deputado Rodrigo Lorenzoni, agradeceu a Instituição pela atuação significativa para o Rio Grande do Sul:
“A PUCRS se transformou em mais do que uma instituição acadêmica. É um símbolo da identidade gaúcha. Como o Rio Grande do Sul está gravado em seu nome, também está entrelaçado em sua essência, moldando o futuro e contribuindo para a riqueza cultural e intelectual da nossa terra”, afirmou o deputado.
Lorenzoni destacou a atuação da Universidade na formação de profissionais dos mais diversos campos do saber até se consagrar como referência nacional e internacional: “São 75 anos de história, sempre mantendo o pioneirismo e a inovação, desde o surgimento no Colégio Rosário, passando pela criação do campus na Avenida Ipiranga nos anos 60 até a criação da PUCRS Online, sem fronteiras geográficas”.
Ir. Manuir Mentges, vice-reitor da PUCRS, representou a Universidade e agradeceu o reconhecimento. /Foto: Giordano Toldo
Durante seu discurso, o parlamentar falou do presente e rememorou o início, fazendo referência às primeiras décadas do século 20, quando o Irmão Afonso dirigiu o Instituto Superior de Comércio, o embrião do que iria se tornar a primeira Universidade Marista do mundo.
O deputado ressaltou que a PUCRS é a melhor universidade privada do Brasil, conforme o Ranking Universitário da Folha, e possui 11 cursos com nota máxima pelo Guia da Faculdade do Estadão. Mencionou também que os rankings internacionais demonstram a relevância da Universidade, sendo a melhor instituição privada do Sul do país e uma das melhores da América Latina para a Times Higher Education; a melhor instituição privada de ensino superior da região Sul para a QS World University Rankings 2024; e uma das melhores universidades privadas do mundo pelo Center For World University Rankings. Disse ainda que a universidade se destacou internacionalmente nos cursos de Medicina, Filosofia, Ciência da Computação e Sistemas de Informação.
O vice-reitor destacou também que a PUCRS é uma marca admirada porque as pessoas sabem o quanto a Universidade tem contribuído para o desenvolvimento da ciência no País por meio do ensino, pesquisa, extensão e inovação.
“O nosso posicionamento se reverbera a partir das diferentes atuações da Universidade, seja na esfera acadêmica, quando falamos em graduação, lato e stricto sensu, mas também em outras frentes de atuação, como por exemplo, o Tecnopuc, como as áreas de negócio; a saúde por meio do Hospital São Lucas, Parque Esportivo, Instituto do Cérebro; e por meio da prestação de serviços em outras áreas, com o Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais, o Instituto do Meio Ambiente, Instituto de Geriatria e Gerontologia. Todos esses ambientes são complementares e formam um grande ecossistema que contribui para a resolução de problemas reais da sociedade”, ressalta Ir. Manuir.
*Com informações da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS promoveu a primeira edição do Momento de Acolhimento Sensorial/ Foto: Divulgação
O Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS promoveu, no dia 25 de novembro, o Momento de Acolhimento Sensorial, ação de inclusão e acessibilidade destinada a pessoas com deficiência – principalmente aquelas que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA). A necessidade e motivação para essa iniciativa partiu da compreensão de que acessar alguns espaços públicos muito estimulantes pode ser uma experiência estressante e desafiadora para algumas pessoas.
“O Museu se propõe a criar oportunidades que privilegiem o conforto sensorial e diminuam impactos na interação com o ambiente; ampliando, assim, as possibilidades de acesso para um público cada vez mais amplo e diverso”, explica Gabriela Ramos, museóloga das ações educativas do Museu.
A ação foi concebida, planejada e desenvolvida pelas museólogas do MCT, a partir de uma parceria entre o Museu, a Gepes e o Colégio Marista Champagnat. A organização foi iniciada no dia 19 de outubro, pouco mais de um mês antes do evento. Além das museólogas, também participaram do desenvolvimento do projeto uma pesquisadora da área de inclusão museal e doutoranda em Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU), uma psicóloga e analista em diversidade e inclusão da GEPES, uma pesquisadora da área do Transtorno do Espectro Autista e pós-doutoranda em Educação pela PUCRS, uma professora responsável pelo Atendimento Educacional Especializado do Colégio Marista Champagnat e parte da equipe interdisciplinar do MCT. Uma parte importante nesse processo foi a capacitação da equipe do Museu, detalha Gabriela Heck, pesquisadora da área de inclusão museal.
“As capacitações foram momentos de formação com a equipe envolvida no projeto piloto, que ocorreram durante o mês de novembro de 2023. Nesses espaços de formação, desenvolvemos os temas sobre Acessibilidade, Pessoa com Deficiência e especificamente questões relacionadas ao TEA.”
Equipe envolvida no projeto passou por três etapas de capacitação para dar vida ao projeto/ Foto: Divulgação
No total, a capacitação foi dividida em três etapas: a primeira foi ministrada por Gabriela Heck, Doutoranda em Educação. Nessa etapa, foram abordados conceitos fundamentais sobre acessibilidade, incluindo a definição de acessibilidade e pessoa com deficiência, conforme a Lei nº 13.146 de 2015, esclarecimentos sobre o uso do cordão/fita de girassóis para identificar deficiências ocultas, segundo a Lei nº 14.624 de 2023. Outras definições importantes incluíram explanações sobre deficiências ocultas, tipos de deficiência, barreiras de acessibilidade, capacitismo e termos capacitistas.
Na segunda etapa, ministrada pela pós-doutoranda em Educação Karla Wunder da Silva, foram apresentados conceitos essenciais e informações relevantes sobre o TEA. Isso inclui a definição do transtorno, aspectos do neurodesenvolvimento e dos transtornos relacionados, a desmistificação de estereótipos associados a pessoas autistas e dados internacionais e nacionais sobre autismo. Além disso, também foram abordadas características típicas, níveis de suporte, comportamentos observáveis com a metáfora do iceberg, STIMS (movimentos estimulatórios/reguladores), desenvolvimento da linguagem e abordagem de situações de agressividade.
Por fim, a terceira etapa teve como objetivo o alinhamento da equipe envolvida, retomando as principais orientações de abordagem e comunicação frente ao público, adequações e recursos desenvolvidos para a iniciativa e um espaço de diálogo para manifestação de dúvidas do time envolvido na ação. Gabriela Heck destaca a importância dessa etapa para o desenvolvimento da iniciativa:
“As capacitações revelaram um potencial colaborativo significativo entre o Museu e outros departamentos da PUCRS, que são responsáveis pela formação de profissionais e pesquisadores em diversas áreas, dispostos a apoiar iniciativas como essa. Essas capacitações proporcionaram oportunidades enriquecedoras para o desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos, criando espaços significativos para crescimento, trocas e aprendizado”, comenta ela.
Para a iniciativa, foi criada uma sala de acolhimento sensorial, que difere dos demais espaços do MCT: sendo um local longe dos principais estímulos do museu, como barulhos, luzes e aglomeração de pessoas, o espaço tem como objetivo fornecer conforto e segurança para os visitantes. “Nesse espaço, a iluminação, a temperatura, as cores do ambiente, os estímulos e os recursos sensoriais disponíveis são pensados como opção para a autorregulação de pessoas neurodivergentes”, explica Gabriela Heck.
Para essa primeira edição da iniciativa, a equipe do MCT organizou o espaço na sala de ações educativas. Localizada provisoriamente no terceiro pavimento do Museu, em um ambiente reservado. A sala, um ambiente silencioso, é equipada com pufes, tapete sensorial, materiais para desenho, objetos recreativos e brinquedos antiestresse. João Pedro Talamini, de 21 anos, é autista e participou da edição piloto, e afirma ter sido uma ótima experiência.
“Sempre gostei muito de ciências naturais, e desde criança gosto de visitar o Museus da PUCRS. Poder visitar esse lugar com tranquilidade e silêncio, assim podendo desfrutar de todas as exposições de forma mais agradável, foi realmente muito bom”, diz.
João não foi o único a aprovar a iniciativa: a pesquisa de satisfação respondida pelos participantes apontou 100% de aceitação quanto ao nome da iniciativa, 100% de satisfação quanto à pertinência da redução de público (menos circulação e ruídos), um maior engajamento dos visitantes com relação aos conteúdos da exposição e uma maior interação com os experimentos.
A avaliação da iniciativa foi realizada antes, durante e depois da execução do projeto. Além disso, as próprias capacitações trouxeram feedbacks muito positivos, gerando nos atendentes o interesse em participar de mais momentos de formação voltados aos públicos com deficiência e de aprenderem a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Além disso, a inclusão e diversidade dentro da própria equipe do museu contribuiu para a construção do projeto: o desenvolvimento do Mapa Sensorial foi acompanhado por um atendente do museu diagnosticado com TEA e contribuiu com sua experiência e conhecimento sobre as exposições para mapear os espaços e experimentos com maiores estímulos sensoriais. Posteriormente, ele relatou que se sentiu acolhido ao ser consultado, ouvido e reconhecido.
Gabriela Ramos destaca a acolhida da equipe e interação com os atendentes, bem como os recursos criados para a inciativa, como mapas, mochilas e a sala.
“As mochilas, que estavam sendo carregadas pelos atendentes, despertaram o interesse dos visitantes, o que demonstrou a importância de se criar uma identidade visual do projeto para ser adicionada junto a elas e aos demais recursos, visando facilitar a sua identificação por parte do público. Com relação ao espaço de acolhimento sensorial, dos visitantes que a utilizaram, os comentários foram positivos, com sugestões de ter uma sala em cada andar, e a indicação de outros recursos que poderiam ser incluídos, como redes, balanços e uma melhor sinalização”, explica.
A edição piloto do projeto foi um sucesso: e não irá parar por aí! A partir de agora, o Museu vai promover, no terceiro domingo de cada mês, o Momento de Acolhimento Sensorial – e o valor do ingresso é meia entrada para pessoas com deficiência e acompanhantes. A próxima edição já tem data para acontecer: dia 17 de dezembro, das 10h às 11h.
Você pode conferir mais sobre a programação e valores do Museu clicando aqui.
Durante o mês de dezembro, o Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR) está divulgando seu primeiro Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE). Totalmente elaborado pela equipe técnica do IPR, o inventário para o ano de 2022 foi realizado segundo a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol e abrangeu as emissões provenientes das atividades relacionados aos escopos 1, 2 e 3 (emissões diretas, emissões relacionadas com energia e emissões indiretas). Para isto, foram realizadas capacitações ao longo do ano, referentes ao uso da ferramenta GHG Protocol e sobre a ISO 14064:2018.
O cálculo do inventário corresponde ao somatório da emissão total de cada gás de efeito estufa, em toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO₂e). Os dados coletados e o cálculo obtido revelam que a maioria das emissões de gases de efeito estufa no IPR é proveniente do consumo de energia elétrica. Em seguida aparecem as emissões fugitivas pela utilização de equipamentos de refrigeração e ar-condicionado e, em terceiro, as emissões provenientes de viagens a negócios. Totalizando 135 tCO₂e emitidas em 2022.
O Inventário é uma ferramenta de gestão, pois permite mapear e quantificar as fontes de Gases de Efeito Estufa de uma organização. / Foto: Giordano Toldo
O Inventário é uma importante ferramenta de gestão, pois permite mapear e quantificar as fontes de Gases de Efeito Estufa de uma organização, além de contribuir no combate às mudanças climáticas. Afinal, ao conhecer os impactos da organização, é possível estabelecer planos, projetos e metas para a redução das emissões de GEE.
“A quantificação de inventários de GEE, muito em breve, será uma obrigação de empresas de diversos setores da economia. Esta iniciativa é um dos primeiros passos para se começar a entender melhor o mercado de carbono e se é ou não necessário compensar emissões comprando créditos, ou fazendo projetos de redução, ou remoção de emissões”, afirma Filipe Albano, gerente da qualidade do instituto e também professor sobre o mercado de carbono.
Conhecer e quantificar as emissões de GEE é uma importante prática ambiental, mas em breve, será uma exigência legal. Conforme o projeto de lei nº 412/2022, aprovado em 4 de outubro de 2023, que busca regulamentar o mercado de carbono no Brasil, será estabelecido o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).
Desta forma, os operadores regulados responsáveis por fontes ou instalações que emitam acima de 10 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano deverão reportar suas emissões e aqueles emitam acima de 25 mil toneladas de CO₂ por ano, além do reporte obrigatório, terão que buscar cota excedente de outra companhia que emitiu quantidade menor ou adquirir créditos de carbono reconhecidos no SBCE.
Ao apresentar seu inventário, o IPR divulga também a comercialização deste serviço ao mercado e lança o selo “Emissões Quantificadas”. Buscando, assim, tornar-se um referencial internacional para o desenvolvimento de projetos, serviços e produtos com excelência, relevância e qualidade, que atendam a demanda de uma sociedade em constante transformação e com desafios cada vez mais complexos.
Interessados podem entrar em contato pelo e-mail: ipr@pucrs.br
Leia também: IPR é finalista do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2023 em projeto com a Petrobras
Exercer política vai além de votar a cada quatro anos. Política está nas relações interpessoais, está em como indivíduos enxergam o mundo e na nossa atuação coletiva e individual. Hoje em dia, pensar em Comunicação Política é entender perspectivas sociais, pessoais, identitárias, partidárias, entre outras. Trata-se de uma área da vida social que tem se profissionalizado e qualificado nos últimos anos.
A Comunicação Política atua e estuda, essencialmente, como se constrói o sentido das ações de governos, instâncias públicas e políticos, por meio de estratégias de relacionamento baseadas em informações e conteúdo que chegam ao público. Com o espaço alcançado pelas redes sociais, o campo de discussão político se expandiu. Segundo Angelo Müller, doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e autor de Política do ódio no Brasil, o importante é que o profissional da área consiga transmitir as ideias da organização que ele representa à população.
“Profissionalmente é um ótimo campo de atuação, porque a gente teve uma mudança forte na discussão política. Tínhamos espaços mais reservados, mas agora a internet abriu essa possibilidade de maior diálogo. É uma coisa recente, de dez anos para cá. O importante é que a pessoa consiga colocar suas ideias e repassá-las”, pontua Angelo.
A Comunicação Política atua como elemento central de um sistema democrático, assumindo um papel de comunicar com ética e respeito à cidadania e diferenças. Segundo Steven Barnett, professor de Comunicação na Universidade de Westminster, no Reino Unido, o profissional atuante na área cria espaços de debates com informações não distorcidas, deliberando e desenvolvendo os seus próprios argumentos. A internet impulsiona a Comunicação Política. Ela consegue trazer discussões da mesa de jantar para grupos no Facebook, tópicos no Twitter e reels no Instagram.
“O digital politizou a população, isso não quer dizer que foi de qualidade. Não depende só da exposição. Quando tu tens que participar de política é um processo pesado, não o contrário”, enfatiza Angelo.
Segundo o doutor em Comunicação, é preciso ainda respeitar os próprios limites pessoais e morais. “Não acredito que as pessoas devam fazer comunicação política que as violente, é preciso ser ético profissionalmente, claro. Mas sempre respeitando a si mesmo”, conclui.
Entendendo a necessidade de qualificar profissionais para o mercado crescente da Comunicação política, a Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS reuniu um time de professores da área – entre eles, pesquisadores e profissionais referências no mercado – em uma nova pós-graduação que inicia em abril de 2024.
A especialização Comunicação Política será oferecida para todo Brasil, na modalidade online síncrona, pela plataforma Zoom. Para Rosângela Florczak, decana da Famecos, a iniciativa busca atender um mercado emergente que demanda estrategistas de comunicação com noções amplas para desenvolver as melhores práticas em governos nos âmbitos municipal, estadual e federal, assim como em instituições públicas, para partidos políticos e candidatos a cargos públicos.
“São muitas as frentes de atuação desses profissionais que, em tempos de desinformação e transformação midiática, exercem um papel fundamental para a democracia”, afirma a professora.
Com 360 horas de aulas, a pós-graduação é coordenada pelos professores Jacques Wainberg e Luiz Antonio Araújo; e conta com dez docentes. As aulas acontecem quinzenalmente, nas sextas-feira, das 19h15 às 22h30, e sábado, das 8h às 13h e das 14h às 16h30.
Inscrições | Processo seletivo | E-mail para contato: |
Até 20 de abril | Análise de Currículo | educacao.continuada@pucrs.br |
Desde a sua criação, em 2014, o Dezembro Laranja, fundado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aproveita a chegada do verão para lembrar a comunidade da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele. Com o lema “Seu Sol, sua pele e sua proteção. Cada um com a sua prevenção”, a campanha deste ano busca alertar para a necessidade de cuidados permanentes de prevenção, seja nos momentos de lazer (na praia, nos parques, entre outros), mas também durante a rotina diária, como no deslocamento e no trabalho.
A dermatologista e professora da Escola de Medicina da PUCRS Vanessa Cunha explica que, o Dezembro Laranja também coloca no centro dos debates os/as trabalhadores/as urbanos e rurais diariamente expostos aos raios solares em virtude de sua profissão.
“Às vezes as pessoas acham que só precisam usar o filtro solar quando vão realmente se expor, seja em atividade física ou na beira da praia, mas a verdade é que o dano solar é cumulativo e todo sol conta”, enfatiza.
A Dermatologista do Hospital São Lucas da PUCRS Giovana Fernsterseifer pontua que o uso do filtro solar é diário e independente da previsão do tempo, mesmo em dias nublados ou chuvosos. Por isso, é importante lembrar que o protetor solar é a principal medida de prevenção ao câncer de pele.
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Existem dois tipos de câncer de pele, o melanoma e o carcinoma (também conhecido como não-melanoma). O melanoma é o menos frequente e, apesar de ter o pior prognóstico, tem chances de cura de mais de 90%, quando detectado precocemente. Ele acontece sobre os sinais acastanhados ou enegrecidos da pele, aquelas “pintas pretas”. Uma pinta preta pode já nascer como melanoma, assim como um sinal que a pessoa tinha previamente pode desenvolver o câncer. Já o carcinoma se divide em dois: basocelular e espinocelular.
“Os carcinomas possuem maior associação com o raio ultravioleta A – aquela que é constante, desde que o sol nasce até se pôr. Este é o câncer de quem trabalha o dia inteiro exposto ao sol, como os agricultores. Também está associado ao sol voluntário, de exposição de praia, piscina e lazer pelo acúmulo dessa radiação no organismo”, explica Vanessa.
A radiação ultravioleta B é aquela que deixa a pele vermelha, com o seu pico de intensidade ao meio-dia, e está associada ao melanoma. Ele é considerado o mais perigoso do corpo humano pois uma pequena lesão já pode ocasionar metástase (espalhar para todo o corpo) e a pessoa pode evoluir para óbito de forma rápida. A professora pontua que existe preocupação para orientar as pessoas a observarem sinais novos, pontos que mudaram de cor ou já nasceram diferentes – pontudos ou que sangram.
Esta deve ser uma preocupação coletiva, não somente durante o Dezembro Laranja ou o verão. Assim, além de manter o uso do protetor solar nas expostas (30 minutos antes de pegar sol), é preciso estar consciente dos piores horários para se expor – dentro das possibilidades de rotina de cada um. De forma geral, a radiação é mais intensa das 10h até as 16h.
“Uma evidência científica é que o câncer de pele é associado à exposição solar ocorrida até os 18 anos. Por isso, é importante observar a quantidade de sinais pretos. Na infância, a pele é fina e mais suscetível a ação do sol, por isso é importante evitar que bebês, crianças e adolescentes fiquem muito tempo no sol”, comenta a professora da Escola de Medicina.
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A oncologista cutânea Giovana recomenda que as pessoas fiquem atentas às alterações da própria pele, façam um autoexame, observem seus sinais e, percebendo qualquer sinal de alerta (mudança do aspecto de pintas que já existem, sinais novos, bordas irregulares, mudança de cor, sangramento e ferida que não cicatriza), busquem um especialista.
“Todos esses são sinais de alerta. Nestes casos, o paciente deve procurar o médico dermatologista. Para quem tem acesso, também é recomendado o exame anual, para que toda a pele seja olhada e os sinais revisados”.
A Escola de Medicina tem como diferencial o FotoFinder, um aparelho que faz o mapeamento digital dos sinais e pintas, aliando a tecnologia ao acompanhamento próximo dos especialistas.
“Esses aparelhos fazem fotografias para o mapeamento e, quando a pessoa retorna, é feito um novo rastreio e com a grafia das lesões. O FotoFinder consegue identificar quais mudanças aconteceram, se são significativas e se algum sinal precisa ser retirado”, explica a professora Vanessa.
Já o Hospital São Lucas possui dermatologistas especializados na área de oncologia cutânea (câncer de pele) e além do exame clínico da pele, também oferece a dermatoscopia.
“Existe uma luz polarizada e toda uma técnica que, através deste exame, a gente consegue detectar alterações nos sinais que aumentam a suspeição e fazer o diagnóstico de uma forma precoce. Assim como os outros cânceres, faz diferença no prognóstico e aumenta as chances de cura”, pontua Giovana.
A Escola de Medicina da PUCRS prepara os/as alunos/as com uma formação alinhada a conceitos contemporâneos de saúde, para além do conhecimento técnico para um diagnóstico certeiro. O curso prepara para lidar com as mais variadas situações do dia a dia da profissão, compreendendo as necessidades e individualidades de cada um, exercitando as relações interpessoais nos mais diversos âmbitos.
Os/as futuros/as médicos/as são capacitados/as com conhecimentos multidisciplinares na área de Inovação em Saúde e Trabalho Integrado em Saúde. As áreas de atuação ao terminar o curso são muitas: hospitais, clínicas médicas, unidades básicas de saúde, unidades de pronto-atendimento ou emergências, laboratórios, indústrias farmacêuticas, universidades, entre outras.
Conheça a Escola de Medicina da PUCRS
O prêmio é resultado de um trabalho consistente, baseado em uma estratégia de conteúdo que busca dar visibilidade a temas relevantes para a sociedade. / Foto: Fernanda Dreier
A estratégia de conteúdo de marca – que traduz ações de impacto social, pesquisa e ensino da PUCRS – foi premiada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) na categoria Comunicação de Programas, Projetos e Ações voltados à Marca. A cerimônia, que reuniu profissionais responsáveis pelas iniciativas de maior destaque em todas as regiões do país, ocorreu no dia 11 de dezembro, em São Paulo. Essa foi a 49ª edição do evento que reconhece, incentiva e difunde as melhores práticas da comunicação organizacional no Brasil. Foram premiados 18 projetos, em diferentes categorias, e comunicadores que se destacaram em um cenário de grandes desafios e mudanças.
Para a head de Comunicação e Marketing da PUCRS, Lidiane Lorenzoni, o prêmio é resultado de um trabalho consistente, baseado em uma estratégia de conteúdo que busca dar visibilidade a temas relevantes para a sociedade e que de fato sejam capazes de gerar impacto na vida das pessoas.
“É por meio das estratégias de comunicação e marketing que conseguimos impulsionar e dar visibilidade para a riqueza de produções da Universidade em pesquisa, ensino, saúde, cultura, inovação, empreendedorismo e impacto social. Tudo isso passa pela sensibilidade de conhecer e entender os diversos públicos com os quais nos conectamos. Este reconhecimento no ano em que uma marca tão forte quanto a PUCRS completa 75 anos é a prova de que estamos sempre atentos ao presente e ao futuro”, defende Lidiane.
Em uma edição histórica, com 375 cases inscritos – o maior número desde a criação do Prêmio-, a Universidade venceu a etapa Regional Sul e disputou o reconhecimento nacional com grandes marcas como Banco Mercantil, Ipiranga e Votorantin. Os vencedores são definidos por uma banca de jurados designada por membros dos Conselhos Deliberativo e Consultivo e Diretoria Executiva da Aberje, com o suporte de uma auditoria externa.
Case vencedor destaca metodologia criada pelo Núcleo de Conteúdo da Assessoria de Comunicação e Marketing da PUCRS. / Foto: Divulgação Aberje
O case Como a PUCRS alcançou autoridade e relevância no ambiente digital a partir de uma estratégia de conteúdo de marca autoral e multiplataforma destaca os resultados alcançados e a metodologia criada pelo Núcleo de Conteúdo da Assessoria de Comunicação e Marketing, liderado pela jornalista Fernanda Dreier.
“Costumo dizer que somos uma equipe que encontrou a fórmula da comunicação colaborativa ao extremo. Além do comprometimento com a instituição, com a missão Marista e a Educação, com as pessoas com quem dialogamos nos canais da Universidade, somos comprometidos uns com os outros e aprendemos juntos/as. Então este troféu não reconhece apenas o trabalho que realizamos no dia a dia como uma das melhores práticas de comunicação do Brasil, mas também a jornada de cada um/a de nós até aqui. É uma honra representar a PUCRS, uma das melhores universidades da América Latina e uma organização que compreende a comunicação como essencial e decisiva em sua governança”, comemora Fernanda.
A jornalista explica ainda que, em um cenário desafiador para marcas e negócios de diferentes áreas, o case apresenta a metodologia criada pela equipe para buscar novas formas de se conectar com os públicos da Universidade de maneira genuína e amplificar a presença de marca:
“O trabalho que submetemos parte de uma trajetória que envolveu a composição de uma equipe formada por especialistas de diferentes áreas e passa pela criação das estratégias de SEO, de audiovisual, de tom de voz e identidade muito particulares nas redes sociais, além da definição de diretrizes, fluxos de trabalho, indicadores e melhores ferramentas. Isso tudo sem perder de vista o que há de mais rico na Universidade: as pessoas, suas histórias, suas conquistas, suas realizações”, encerra.
A Assessoria de Comunicação da PUCRS é composta por mais de 80 comunicadores responsáveis pela condução de diferentes projetos estratégicos da Universidade e por dar vazão ao que acontece no dia a dia do Campus. Para conhecer mais detalhes sobre o case, acesse a página de vencedores no site da Aberje.
Além de serem um período de descanso, as férias de verão também são um ótimo momento para cultivar um hábito tanto divertido quanto construtivo: o da leitura. Para quem quiser viajar sem sair de casa por meio das páginas dos livros neste verão, reunimos cinco dicas literárias para você aproveitar nas férias, todas elas disponíveis na Biblioteca Central Ir. José Otão da PUCRS. Confira:
Tiffy terminou um relacionamento recentemente e está à procura de um lugar barato para morar. Leon é um enfermeiro que trabalha no turno da noite e passa os fins de semana na casa da namorada. O destino dos dois se une quando Leon decide alugar seu apartamento – que só tem uma cama – para dividi-lo com outra pessoa, já que ele só fica durante o dia, a fim de conseguir um dinheiro extra. Adaptado em formato de série para o Paramount+, o livro foi descrito como “delicioso do início ao fim, uma história de amor encantadora” pela Kirkus Reviews.
Abandonada pela mãe, pelos irmãos, e pelo pai, a jovem Kya Clarke mora em um pântano e é conhecida como a “Menina do Brejo” pelos habitantes de sua cidade, Barkley Cove. Um dia, em meio à sua vida solitária entre as gaivotas e a areia, ela conhece dois rapazes que ficam intrigados com sua selvagem beleza e a mostram a possibilidade de viver uma nova vida. No entanto, tudo muda quando um deles é encontrado morto. Em meio a romance e mistério, a obra “relembra que somos moldados pela criança que fomos um dia e que estamos todos sujeitos à beleza e à violência dos segredos que a natureza guarda.”
Leitura imperdível para os fãs do universo criado por George R.R. Martin, Fogo e Sangue se passa 300 anos antes dos eventos de Game of Thrones. A obra narra a história da Casa Targaryen, começando com Aegon, o Conquistador e passando pelas gerações seguintes da família cujo ancestral foi o criador do lendário Trono de Ferro. O que aconteceu durante a Dança dos Dragões e como os três ovos das feras chegaram até Daenerys são algumas das questões respondidas nesta fascinante prequência de uma das sagas mais amadas da cultura pop.
A trama acompanha Regina, cuja mãe a abandonou e o pai faleceu no início de sua vida adulta, e que recebe ajudas financeiras e emocionais de suas vizinhas, Eugênia e Denise, e da filha delas, Aline, que é sua melhor amiga. Com poucas perspectivas de vida, ela decide tentar a sorte como camgirl, expondo-se para homens desconhecidos na internet usando uma máscara de gorila. No entanto, em meio a essa empreitada, ela irá se deparar com seus próprios fantasmas e sentimentos. Em A extinção das abelhas, Natalia Borges Polesso, que é professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, constrói uma instigante história sobre colapso e salvação.
Um casal recém-aposentado que reforma casas (pois não podem reformar seu casamento), um casal que discorda em tudo e está prestes a ter seu primeiro filho, uma senhora de 87 que já viveu de tudo na vida, um corretor imobiliário disposto a vender um apartamento e um homem misterioso que se trancou no banheiro do dito imóvel. Todas essas pessoas têm suas histórias cruzadas ao se tornarem reféns de um assalto à mão armada durante uma visita imobiliária. Conforme as autoridades e imprensa cercam o edifício, os envolvidos, incluindo o próprio ladrão, vão revelando suas verdades, que levam a eventos inusitados e inexplicáveis. Segundo o The Washington Post, Gente Ansiosa “captura a essência confusa de ser humano. (…) É esperto e tocante, e vai te fazer rir e chorar em igual medida”.
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Ficou para trás a ideia de que a tecnologia representa um empecilho para a prática de atividades físicas. Celulares e videogames já estiveram em um lugar de vilões, como se incentivassem o sedentarismo. Hoje, um aplicativo de esporte garante maior eficácia aos treinos e a lógica da gamificação transforma os exercícios em algo motivador e, muitas vezes, divertido.
O aplicativo do Parque Esportivo da PUCRS é um exemplo de tecnologia utilizada a favor do esporte. Desenvolvido em parceria com a Technogym, o app reúne diversas funcionalidades focadas em proporcionar saúde e bem-estar aos usuários. Ignaldo Paz, coordenador da academia do Parque, selecionou cinco curiosidades sobre o aplicativo e dicas de como ele pode melhorar a sua relação com a prática de exercícios físicos. Confira!
Com o objetivo de estimular a competição saudável e a superação, o app conta com uma área de ranking de usuários. Nessa seção, os alunos da academia podem conferir a sua posição atual e a colocação dos demais. A pontuação é calculada a partir do número de Moves (movimentos) realizados por cada usuário.
Uma das grandes dificuldades para quem frequenta academias convencionais é a realização os movimentos da forma correta. Para sanar essas dúvidas, o aplicativo conta com uma galeria de vídeos demonstrativos de todos os exercícios disponíveis. Com esse diferencial, exercitar-se na academia ou em casa se torna mais seguro e eficaz.
O app do Parque Esportivo oferece ao usuário a possibilidade de acompanhar o seu desempenho durante as atividades físicas. Informações sobre gasto calórico, número de movimentos e quilômetros percorridos em caminhada, corrida e bicicleta são exibidas separadamente por dia, semana e mês.
Assim, é possível ter uma visão objetiva e clara sobre seus treinos e resultados, além de oferecer ao treinador dados complementares para a criação de novas metas e planejamentos.
Por meio de um chat, você se comunicar com o treinador de forma próxima e ágil. Assim, qualquer dúvida que surgir – durante o treino ou não – pode ser sanada nesse canal de comunicação, excluindo a necessidade de utilização de outros meios, como redes sociais.
Outra curiosidade sobre o aplicativo é a facilidade no agendamento de aulas da academia, como HIIT, yoga e corrida orientada, por exemplo. Nesta seção, os alunos conseguem acessar os horários e as aulas disponíveis, realizando o agendamento com apenas 3 cliques – dinâmica ideal para quem tem a rotina agitada.
Hoje, existem diversos aplicativos de saúde e bem-estar no mercado, inclusive vinculados a pulseiras e relógios inteligentes. O grande diferencial do aplicativo do Parque Esportivo é, justamente, a compatibilidade com aplicações diversas. “O aluno do Parque consegue ter quase todas as informações de seus treinos em um único app”, pontua Ignaldo.
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Professor Edison Hüttner trabalha na peça desde maio deste ano. / Foto: Jefferson Botega / Agência RBS
O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS será palco da exposição interativa O Sino do Monge – 1719. Sons de sinos missioneiros que ultrapassaram séculos. Inaugurada no dia 19 de dezembro, às 17h, a atração irá exibir um dos sinos mais antigos do Rio Grande do Sul, restaurado pelo professor Edison Hüttner, do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades, auxiliado pela artista plástica Carla Rigotti e pela pesquisadora italiana Maria Letizia Amadori, da Universidade de Urbino. O trabalho começou a ser feito em maio deste ano.
“Este é um autêntico sino missioneiro da época das reduções jesuíticas. Tem o mesmo padrão de desenhos do período de outros sinos missioneiros que identificamos em São Martinho da Serra e Caçapava do Sul, que vieram do outro lado do Rio Uruguai”, afirma Edison.
Conhecido como Sino do Monge, a peça de bronze foi fundida na redução jesuítica de La Cruz, na Argentina, em 1719, possui 58,5 cm de altura por 29 cm de largura (na parte da boca). Além disso, pesa 47,600 kg (pesando 48,904 kg com o badalo) e sua tonalidade musical é Si bemol. O criador da peça foi o padre Antônio Clemente Sepp, que viveu na localidade entre 1714 e 1730. O modelo era o padrão de sinos feitos nas reduções da Argentina e do Paraguai.
Para efeito de contextualização em relação à sua antiguidade, o imperador francês Napoleão Bonaparte nasceu apenas 50 anos depois da fundição da peça. E Porto Alegre seria fundada somente 53 anos mais tarde.
“Com a restauração, obtivemos a melhor qualidade do som, dos escritos e signos, e principalmente, a preservação do sino”, explica Hüttner, dizendo que a peça exibia sinais de ferrugem e de deterioração.
Em ordem, Professor Edison Hüttner, artista plástica Carla Rigotti e pesquisadora italiana Maria Letizia Amadori. / Foto: Arquivo Pessoal
O sino missioneiro teria vindo para o Estado, saqueado por milicianos comandados por Francisco das Chagas Santos, durante a Primeira Campanha da Cisplatina, entre 1812 e 1817. Foi instalado na ermida (pequena capela em lugar ermo) do Cerro Botucaraí, em Candelária, no Vale do Rio Pardo, pelo monge João Maria D’Agostini entre 1844 e 1848. Foi doado ao Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues pela Comunidade Católica do Quilombo, de Candelária, entre os anos de 2003 e 2004. Desde então, pertence ao acervo. Trata-se de um objeto da arte sacra jesuítico-guarani do século XVIII.
“Estudando o sino, descobrimos também uma parte da história deste importante e misterioso monge, que fazia curas e deixava objetos por onde passava”, assegura o pesquisador.
Pode-se ler no sino o ano de fundição (1719), o nome S. Clemente (abreviatura de São Clemente) e a frase em latim Ora pro nobis, que significa “rogai por nós”. Também há alguns símbolos e desenhos não identificados.
Quem for na exposição, poderá badalar o sino para ouvir o som. Cartazes de outros sinos já estudados também estarão expostos na ocasião, como os de Santa Maria (1684), Caçapava do Sul (1714-1732), São Martinho da Serra (1717-1743), São Miguel (1726), Santiago (1756) e do Santuário Nacional de São José de Anchieta (1857). Haverá QR Codes para os visitantes poderem ouvir cada um deles. O material foi confeccionado por estudantes do Programa de Pós-Graduação em História e Teologia.
A exposição é uma realização do PPG de História e Teologia, do MCT e do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues (Candelária). Os curadores são Edison Hüttner, Carlos Nunes Rodrigues e Eder Abreu Hüttner. O apoio é do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS).
Taís Batista na Oficina Contação de histórias: Carolina, uma menina corajosa para o Colégio Marista Champagnat / Foto: Luiza Rabello
Entre os meses de outubro e novembro, dois projetos culturais de estudantes da Universidade trouxeram crianças e adolescentes ao Ateliê PUCRS Cultura. Um deles foi o projeto Contação de histórias: Carolina, uma menina corajosa idealizado pela doutoranda em História Taís Batista; e o outro foi o projeto Oficinas criativas no contraturno escolar, organizado por Ana Carolina Madureira Machado, Andrezza Tartarotti Postay, Lara das Virgens Ribeiro, Liz Ribeiro Diaz e Waleks Rodrigues Santos, sob orientação da professora da Escola de Humanidades Janaína Baladão.
As iniciativas foram viabilizadas através da primeira edição do Edital Cultura no Campus, que selecionou nove propostas de atividades culturais desenvolvidas por estudantes da PUCRS para compor a agenda da Universidade ao longo do segundo semestre de 2023. Conheça as iniciativas:
O projeto Contação de histórias: Carolina, uma menina corajosa foi idealizado pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da PUCRS Taís Batista promoveu cinco sessões de contação do livro infantil Carolina Maria de Jesus (Mostarda, 2019). Duas escolas foram contempladas pelo projeto, sendo uma delas o Colégio Marista Champagnat, onde aconteceram duas sessões de contação de história no dia 26 de outubro. A outra foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Dolores Alcaraz Caldas, que no dia 9 de outubro, quatro turmas de ensino fundamental e jardim foram contempladas. No dia 17 de novembro, o projeto encerrou com uma sessão aberta ao público.
O livro contado por Taís Batista fala sobre Carolina Maria de Jesus, uma das maiores escritoras da literatura brasileira. Durante a atividade, os/as alunos/as também tiveram uma experiência sensorial com grãos de café, e com isso os/as estudantes conseguiram mergulhar no universo da história.
“A presença sensível da contadora Tais garantiu não apenas o envolvimento das crianças durante toda a atividade, mas também permitiu uma vivência com significado, explorando os diferentes sentidos. Tais transformou um texto que poderia ser considerado difícil para nossas crianças (em termos de forma e conteúdo), em um conto mágico sobre coragem e realização de sonhos”, explicam as professoras Bárbara Farina e Alexandra Padilha, que acompanharam as turmas da Escola Dolores Alcaraz Caldas.
Foto: Luiza Rabello
A atividade buscou proporcionar um momento de integração das crianças com os espaços da Universidade, além de contribuir para estratégias de incentivo à leitura de obras literárias produzidas por mulheres.
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Inicialmente, o projeto Oficinas Criativas no Contraturno Escolar foi realizado em três encontros nas dependências da instituição Casa Madre Giovanna, localizada no Campo da Tuca. Os/as participantes, crianças e adolescentes entre 7 e 16 anos, foram convidados a escrever histórias em um formato de livro, utilizando colagens e desenhos para a confecção de suas próprias capas. De relatos de vida a criações ficcionais envolvendo monstros, princesas e inteligência artificial, os trabalhos realizados pela turma partiram de estímulos criativos oferecidos pelos estudantes da PUCRS que organizaram o projeto – graduandos e pós-graduandos na área de Escrita Criativa.
Para encerrar as atividades, os/as estudantes da Casa Madre Giovanna que já haviam participado das primeiras oficinas, vieram ao campus no dia 28 de novembro. Além de oferecer mais experimentações com escrita, desenho e colagem, o encontro promoveu uma contação de histórias conduzida por João Vitor Klein e uma atividade de percussão corporal com Ana Carolina Machado. Como registro do projeto, alguns dos trabalhos criados no decorrer das oficinas seguem expostos pelas paredes do Ateliê PUCRS Cultura.
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