Promover uma imersão científica e pedagógica, ancorada em uma experiência de aprendizado na prática: essa é a proposta do PUCRS Global Experience que, durante sua segunda edição, levou 14 estudantes do curso de Relações Internacionais para Bruxelas, na Bélgica. Nessa edição, intitulada “Relações Internacionais do Século 21, Atores e Agendas”, estudantes puderam conhecer organizações internacionais que possuem grande relevância no cenário mundial, como a União Europeia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Comissão Europeia, a Missão Brasil-União Europeia e a Embaixada Brasileira.
A missão, que aconteceu entre 19 e 29 de janeiro, foi organizada pela professora e coordenadora do curso de Relações Internacionais da PUCRS, Teresa Marques. Os/as alunos da Universidade foram os/as primeiros estudantes brasileiros já recebidos pela OTAN. Para a professora, essa visita permitiu que os/as estudantes entendessem como uma organização governamental como a OTAN funciona. A docente ressalta que a organização é essencial para o aprendizado de questões envolvendo segurança nacional, sobretudo diante da guerra entre Ucrânia e Rússia.
“Em geral, a OTAN não é aberta para visitas (e quando aberta é para visitas de grupos de estudantes dos chamados países aliados), e nós tivemos a honra de conseguir levar nossos/as estudantes para realizar essa visita.”, celebra a professora.
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Durante a viagem à capital da Bélgica, os/as estudantes também realizaram uma visita à sede da União Europeia e o Serviço Europeu para Ação Exterior (SAEA). Durante a ida no local, a professora explica que duas questões envolvendo a política internacional vieram à tona. Uma delas foram as eleições dos Estados Unidos, que têm um impacto direto na política europeia. No entanto, durante a visita, o assunto mais latente foi o tratado entre o Mercosul-União Europeia, que vem sendo um debate nos jornais de todo o mundo.
“Foi muito interessante para os/as estudantes visitar o SAEA e conversar com Alexandre Somoza, pois é uma organização que se assume como uma entidade com interesses e elementos de supranacionalidade. Em determinadas pautas, a UE se sobrepõe à soberania dos Estados, muito embora isso seja um tema controverso. Um dos pontos que nos foi apresentado foi que, na União Europeia, tudo tem que ser acordado por unanimidade, o que implica uma certa demora da organização em conseguir fechar alguns acordos comerciais. Para os/as alunos/as também é interessante poder entender essa questão.”
Para Amália Boemeke, a viagem foi essencial para compreender o funcionamento e a estrutura de organizações internacionais como a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte. / Foto: Divulgação
A comitiva da PUCRS realizou, ainda, uma visita à Embaixada Brasileira em Bruxelas, onde os/as estudantes também foram bem recebidos. Para a docente, essa boa recepção, em todas as organizações que a Universidade passou em Bruxelas, é o reflexo da relevância internacional que a PUCRS tem.
“Na Embaixada, os/as estudantes foram recebidos com uma mesa farta de quitutes brasileiros e brigadeiros. Nós fomos muito bem recebidos onde passamos, o que mostra a relevância e a importância do nome PUCRS no âmbito mundial. Também foi interessante ver a posição do Brasil no âmbito das relações internacionais, quando conversamos com as organizações de Bruxelas sobre assuntos relacionados à segurança nacional, política, acordo entre o Mercosul e a União Europeia, entre outros”, pontua Teresa.
Bruxelas é considerada “a capital da União Europeia”: muito internacionalizada e cosmopolita, a cidade reúne diversas organizações internacionais (União Europeia, OTAN, Comissão Europeia, Conselho Europeu) e conta com uma população que fala muitos idiomas. Durante a visita à Belgica, os/as estudantes da PUCRS também conseguiram conhecer o Museu da Imigração. “Ali foram apresentados à cultura cosmopolita de Bruxelas, onde participaram de um ateliê. Diferente das outras organizações que visitamos, o Museu é uma iniciativa internacional não-governamental”, explica Teresa.
Durante a graduação, estudantes buscam formas de entender como a teoria que se aprende em sala de aula pode ser aplicada no mercado de trabalho, e com o PUCRS Global Experience, a teoria e prática se alinham. Esse foi o caso da estudante de Relações Internacionais Amália Boemeke. A aluna do último semestre da graduação acredita que a viagem à Bruxelas foi fundamental para expandir os objetivos e planos da sua carreira.
“No quesito acadêmico não tenho dúvidas de que me ajudou a compreender o funcionamento e a estrutura de organizações internacionais como a Uo nião Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Entender os interesses dessas instituições no Brasil, na América e no Mercosul também foi muito interessante e essencial para observar as diferentes narrativas, especialmente porque também tivemos contato com a Embaixada Brasileira em Bruxelas e com os diplomatas responsáveis pela missão Brasil-UE.”
A expectativa é que dentro do curso de Relações Internacionais aconteça uma visita técnica por ano, e já existe planos para as próximas: “Já temos planos para ir à Brasília, Uruguai, e por que não voltar à Bruxelas? A missão técnica é uma atividade extracurricular opcional para o/a estudante, então há intenção de oferecê-la novamente”, finaliza a professora.
Estude Relações Internacionais na PUCRS em 2024
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Georges Hilal está no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS/ Foto: Giordano Toldo
Georges Hilal, de 22 anos, é de Sant’anna do Livramento, e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa, de 26 anos e natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar em comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS.
Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:
“Escolhi a PUCRS pela excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.”
Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora:
“Considero a PUCRS uma Universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso. Os serviços e ações dentro do campus e articulações fora dele são um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar aqui.”
Pluralidade de oportunidades e experiências levaram Ketlin Costa a escolher cursar Psicologia na PUCRS/ Foto: Giordano Toldo
Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de profissionais para cuidar da saúde mental da população e para a promoção da saúde.
Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde.
Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.
Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras.
“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele.
O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.
“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.
Prédio 11 abriga salas e outros espaços de aprendizagem do curso de Psicologia/ Foto: Divulgação
Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas.
“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.”
Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma.
Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha.
O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade.
“Grande parte dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhando atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano.
Tradição do curso, currículo consistente e carga prática estão entre os principais diferenciais do curso/ Foto: Giordano Toldo
O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.
Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.
“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e que permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele.
Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins.
Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece.
Manoela Piran Frigeri faz parte do Programa de Iniciação Científica pelo segundo ano consecutivo. / Foto: Arquivo pessoal
O Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas é uma iniciativa da Academia Brasileira de Ciências (ABC), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O objetivo deste programa é permitir que estudantes de graduação atuem por um breve período em instituição de pesquisa, sendo recebidos por pesquisadores membros titulares da ABC. O programa promove o intercâmbio de 50 alunos que realizam iniciação científica (IC) em diferentes universidades, estabelecendo vínculos de pesquisa entre diversas instituições e pesquisadores.
A aluna de Biomedicina, Manoela Piran Frigeri, faz parte do Programa de Iniciação Científica pelo segundo ano consecutivo, com a orientação da professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e dos programas de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular, Medicina e Ciências da Saúde e Odontologia, Maria Martha Campos.
Em estágio de pesquisa desde janeiro de 2024 na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) na Escola Paulista de Medicina, a aluna estará participando de projeto de pesquisa intitulado “Avaliação de mecanismos moleculares de resistência de Candida resistentes a fluconazol em amostras de hemoculturas de diferentes hospitais terciários no Brasil”. O estágio acontece sob orientação do professor Arnaldo Lopes Colombo, renomado na área de micologia e infectologia.
Manoela destaca o valor desta experiência tanto para o seu desenvolvimento quanto pesquisadora, mas também os contatos e a rotina que está inserida.
“Essa experiência está sendo muito valiosa tanto pessoal quanto academicamente, superando as minhas expectativas e dando uma maior motivação que faltava nesta reta final da graduação. Aprendo muito todos os dias com profissionais e pesquisadores excepcionais que não medem esforços para me ensinar e integrar nos trabalhos do LEMI, acompanhando e participando da rotina do laboratório e dos projetos em andamento”, elenca.
Manoela Piran Frigeri é estudante de Biomedicina na Escola de Ciências da Saúde e da Vida. / Foto: Arquivo pessoal
Para a bolsista, a iniciação científica é uma oportunidade de desenvolvimento acadêmico e pessoal.
“A Iniciação científica está sendo a porta de entrada para conhecer e fazer novas descobertas, além de aperfeiçoar tudo o que aprendi durante a graduação. Uma oportunidade e experiência que todos deveriam aproveitar durante a jornada acadêmica. Com a IC pude perceber que o sonho que tinha quando criança de fazer ciência ainda vive dentro de mim, que a pesquisa é uma das minhas maiores paixões e pretendo seguir na área acadêmica. aprendi muita coisa nesses anos que valeram também para a minha vida pessoal!”, destaca.
Além disso, a aluna destaca a atualidade dos projetos científicos desenvolvidos em seu espaço de atuação, estando envolvida em pesquisas de impacto nas políticas governamentais. “Meu estágio é na UNIFESP, no Laboratório Especial de Micologia (LEMI). O laboratório é referência do Ministério da Saúde para o estudo de espécies emergentes de Candida com potencial resistência a antifúngicos, recebendo amostras destas leveduras isoladas de pacientes hospitalizados em centros médicos de todo país”, destaca Manoela.
Para a orientadora da estudante, professora Maria Martha Campos, iniciativas como essa enriquecem a trajetória acadêmica dos estudantes, permitindo vivências que aproximam teoria e prática.
“Essa é mais uma evidência da importância que a iniciação científica pode ter na formação dos alunos ao longo da graduação, abrindo novas possibilidades para a carreira de pesquisa”, destaca a professora”, completa.
O programa de iniciação científica estabelece a oportunidade de alunos de graduação estarem envolvidos em projetos de pesquisa, desenvolvendo maior conhecimento e capacidade técnica para a produção de atividades científicas. As oportunidades estão disponíveis em diferentes áreas do conhecimento, com renomados pesquisadores da PUCRS.
seja um bolsista de iniciação científica
No verão de 2024, o litoral gaúcho teve um aumento de 734% nos registros de queimaduras por água-viva em comparação ao ano anterior. Para o professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade e diretor do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Nelson Fontoura, este aumento pode estar relacionado com as mudanças da cadeia alimentar ocorridas por conta das alterações no ecossistema pela ação humana, mas também nas mudanças marítimas naturais.
“Isto pode acontecer devido a alterações do sistema de correntes, trazendo mais nutrientes de águas profundas, por exemplo, favorecendo o desenvolvimento de plâncton. Mais plâncton presente na água pode permitir o desenvolvimento de populações mais densas de águas-vivas. O mesmo pode ocorrer devido ao aumento de nutrientes causados pela atividade humana, como adubos nitrogenados ou esgoto doméstico chegando em águas oceânicas”, destaca ao professor.
Além disso, uma das principais causas para maior aparecimento crescente de águas-vivas no litoral gaúcho se dá também pelos ventos e pela temperatura da água. “As águas-vivas são trazidas para as praias principalmente quando ocorrem dias sucessivos de ventos do quadrante sul, que, por meio da Força de Coriolis, fazem com que águas superficiais quentes e translúcidas do mar aberto se aproximem da praia, trazendo as águas vivas”, explica Fontoura.
Esses animais são importantes para a configuração do cenário de vida marinha e terrestre, pois são predadoras de espécies planctônicas e de pequenos peixes. Por outro lado, servem de alimento para tartarugas marinhas, mas também raposas, crocodilos e onças. Por isso, alterações na abundância de alimentos podem causar pressões no equilíbrio das cadeias alimentares.
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A água-viva, na verdade, não causa queimaduras, mas quando seus tentáculos tocam a pele, é liberado um líquido tóxico urticante, causando a falsa sensação de queimadura. Esse líquido é parte fundamental do processo de alimentação da água-viva, pois é responsável por injetar substâncias tóxicas que auxiliam na captura de presas, além de ser um mecanismo de defesa. Para além das “queimaduras”, os impactos também são percebidos pelas populações locais que sobrevivem do turismo e pesca.
“Um excesso de águas-vivas diminui a atividade pesqueira, pois elas predam pequenos peixes. Podem também se acumular nas redes de pesca, tornando-as mais visíveis aos peixes, que podem evitá-las, e também representando trabalho adicional para a limpeza das redes. Em alguns balneários, podem representar uma experiência negativa para os turistas, que podem optar por não retornar em novas temporadas”, sintetiza o diretor do IMA.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Na manhã desta quarta-feira (14), um grupo de 15 voluntários se reuniu para coletar os resíduos deixados na areia da praia de Atlântida durante o feriado de Carnaval. A ação, promovida pelo Espaço Roubadinhas ATL e a Arco Resíduos (empresa que trabalha com a coleta de resíduos em Porto Alegre), em parceria com a PUCRS, conscientizou os/as veranistas sobre a destinação correta do lixo e contribuir com o desafio de limpar a praia.
“Essa ação foi muito importante, nós precisamos conscientizar as pessoas para que elas cuidem do seu próprio lixo, levem uma sacolinha e coloquem o lixo na lixeira, em vez de jogar na praia. Frequentamos a praia durante todo o verão e percebemos que a cada manhã tem mais lixo, até caco de vidro. Esperamos que as pessoas também se motivem a recolher seus resíduos, além de contribuir para a consciência ambiental”, comenta Liziane Peixoto Petter, voluntária que participou da ação ao lado da filha Valentina, de 13 anos.
De acordo com Nathália Bettoni Paiva, bióloga e analista de Operações da Arco, a ação consistiu na coleta de resíduos na Avenida Central e na beira da praia – na faixa de areia e nas dunas, as quais são áreas de proteção. Além da coleta, os/as voluntários também realizaram a separação do lixo, que será destinado para a reciclagem/compostagem – por meio da Arco.
A parceria entre a Universidade, a Arco e o Espaço Roubadinhas surgiu do interesse em contribuir cada vez mais para uma sociedade consciente e sustentável. Para Nathália, reunir empresas e instituições de lugares diferentes em prol de uma mesma causa é um marco que precisa ser valorizado.
“A praia é um espaço de todos, por isso faz tanto sentido contar com a PUCRS e com a Roubadinhas nessa ação de conscientização ambiental em prol de uma praia mais limpa. São diferentes frentes que se uniram para potencializar a educação ambiental da população e dos veranistas de Atlântida”, destaca.
Juliana Bier, co-fundadora da Roubadinhas ATL, ressalta que o desejo de desenvolver uma ação como essa é antigo, já que no Carnaval a praia tende a ficar ainda mais suja. “A PUCRS é uma Universidade que a gente admira muito e é justamente por ela investir nessas ações de conscientização, de cultura, de sustentabilidade e de educação que essa parceria dá tão certo”. A médica formada pela PUCRS, Penélope Esther Palominos, ficou sabendo da ação por um e-mail da Universidade. Achou a ideia interessante e resolveu levar a filha para participar também.
“Acho que é uma forma de dar um exemplo para minha filha desde pequena. Ela tem nove anos, mas eu a trouxe junto para entender o quanto é importante a gente preservar o meio ambiente para as próximas gerações. A melhor maneira de ensinar é sendo o exemplo”, afirma.
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Sítio PELD Pró-Mata realiza pesquisas ecológicas com aracnídeos/ Foto: Divulgação MCT
Com o planeta em constante mudança devido à ação humana, entender e mensurar esses impactos é de extrema importância, sendo este uma das principais metas inclusas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para isso, é fundamental o desenvolvimento de pesquisas ecológicas de caráter sistemático e permanente. Neste contexto, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) lançou, em 1999, o programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), que também é cofinanciado por agências estaduais. Há vários sítios PELD em todo o Brasil, sendo um deles localizado na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Pró-Mata, uma área de conservação ambiental da PUCRS na serra gaúcha e conduzida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Um dos grupos de seres vivos que são objetos de pesquisa no PELD Pró-Mata são as aranhas. Elas são classificadas como aracnídeos, assim como os ácaros e os escorpiões. Os aracnídeos, juntamente com os insetos, centopeias e crustáceos, formam o grupo dos animais artrópodes, o maior do mundo, com mais de um milhão e espécies conhecidas. Os aracnídeos, apesar de serem mal-vistos pela maioria das pessoas por serem considerados pragas agrícolas e vetores de doenças, possuem diversas funções nos ecossistemas, muitas delas benéficas e até mesmo essenciais para a vida humana. Muitos deles são polinizadores e predadores de outras espécies que constituem populações de pragas.
Nesse quesito, o destaque vai para as aranhas, que estão entre os maiores predadores de outros artrópodes. O professor Renato Augusto Teixeira, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia e Evolução da Biodiversidade, explica o foco da pesquisa realizada no PELD sobre os aracnídeos: o que acontece com a comunidade de aranhas em ambientes fechados, isto é, florestais, em contrapartida ao que acontece com essas comunidades em ambientes campestres, ou seja, em áreas abertas.
“Uma vez que estamos passando por mudanças climáticas e o aquecimento global, será que a floresta não serviria como um buffer? Serviria para tamponar um pouco essa mudança e reduzindo essa temperatura em relação ao campo, que é uma área aberta e que ganha e perde calor com mais facilidade. Se for o caso, nossa expectativa é que as comunidades nos dois tipos de ambientes mudem de forma diferente. Que mude pouco ou nada nas florestas e muito nos campos, devido às mudanças climáticas”, pontua.
Amostras coletadas fazem parte da coleção do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS/ Foto: Divulgação MCT
Devido aos seus comportamentos de caçadoras, as aranhas são responsáveis por ajudar a manter as populações de artrópodes numericamente estáveis. No entanto, uma boa parte desses comportamentos depende de seus habitats permanecendo sem grandes alterações. Esses ambientes costumam ser dinâmicos, porém parte deste dinamismo está ligado a fatores antropogênicos, ou seja, relacionados à ação humana. E, até o momento, pouco se sabe sobre o impacto que isso pode causar em alguns organismos. “Um dos outros projetos que temos no PELD é o de entender a sucessão da comunidade de aranhas no espaço e ver como elas recolonizam o ambiente uma vez que forem retiradas de lá”, conta Renato.
Tiffany Maroco da Silva, aluna do PPG em Ecologia e Evolução da Biodiversidade que atua nas pesquisas do PELD, explica que o objetivo deste projeto é testar se as aranhas conseguem recolonizar um espaço em um período curto, de aproximadamente cinco horas.
“Em várias trilhas nos campos do Pró-Mata, em um trecho de 150 metros, retiramos as teias para testar se as aranhas conseguem refazê-las nesse período, e no trecho subsequente retiramos as próprias aranhas. Com esse tratamento, tentamos responder a algumas perguntas: ‘as aranhas conseguem estabelecer novas teias nesse período?’, ‘se sim, foram feitas por indivíduos das mesmas espécies que já estavam lá ou são novas espécie que vão se aproveitar desse nicho vazio e recolonizá-lo?’”, comenta Tiffany.
Durante as saídas para as trilhas, os pesquisadores coletam dados importantes para entender esse processo de recolonização, como altura das teias, distância da trilha e do início dela, o tipo de teia (se são irregulares ou orbiculares, já que são feitas por grupos diferentes de aranhas). Depois de recolhidos, os materiais com esses dados são levados ao laboratório para triagem.
O professor Renato acrescenta, ainda, que os pesquisadores do PELD trabalham com uma terceira linha de pesquisas, o DNA Barcoding. Nesta linha, são retiradas pequenas amostras de tecido das aranhas que são coletadas a fim de criar um banco de informações genéticas das espécies que habitam o sítio do Pró-Mata. “Identificação por meio de DNA requer que tenhamos um referencial para comparação. Quanto mais espécies fizermos o barcoding, mais fácil será para identificá-las”, ressalta.
“O DNA Barcoding também se liga a outros projetos do PELD, como o de DNA Ambiental. Todo o material coletado nas outras pesquisas será armazenado na coleção de aracnídeos e miriápodes do Museu de Ciência e Tecnologia (MCT) da PUCRS. Nos laboratórios do PELD, o material é separado entre as diferentes espécies ou morfoespécies de aranhas e depois utilizado para diferentes trabalhos, como a listagem de espécies presentes no sítio do Pró-Mata ou para outros estudos ecológicos, como o da sucessão das aranhas”, finaliza Renato.
Pró-Mata é um sítio de conservação e pesquisa PELD/ Foto: Divulgação IMA
Nelson Ferreira Fontoura, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e diretor do IMA, destaca a importância do PELD na realização de pesquisas ecológicas que contribuem para o entendimento das consequências da ação humana no planeta.
“Nós temos vário grupos trabalhando no PELD Pró-Mata, incluindo alunos de pós-graduação a nível de doutorado, de mestrado e alunos de graduação fazendo sua iniciação científica. Hoje temos grupos trabalhando com aves, mamíferos, anfíbios, abelhas, aranhas e também com DNA ambiental, incluindo florestas e campos. Esses projetos em conjunto, de forma continuada, podem nos fornecer, em um futuro de médio a longo prazo, uma ideia muito clara de como esse ambiente está evoluindo, se a diversidade segue constante, aumentando ou diminuindo em função dos impactos humanos”, explica.
O sítio PELD Pró-Mata foi estabelecido em uma área de Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do mundo, e por isso é considerado prioritário para conservação. Foi adquirida em 1993 pela Universidade e convertida em RPPN em 2019, garantindo a perpetuidade do compromisso da PUCRS com a conservação da biodiversidade, bem como a mitigação do impacto das atividades humanas.
O Campus possui diversos espaços de descanso e descontração/ Foto: Giordano Toldo
Nem só de aulas, estudo e avaliações é feita a vida universitária: momentos para descontrair, se divertir e relaxar, sozinho ou com os amigos, também fazem parte dessa trajetória. E, para os alunos da PUCRS, não seria diferente – o Campus tem espaços relaxantes para ajudar a cuidar da mente, do corpo e da alma. Confira algumas dicas sobre os melhores cantinhos para relaxar no campus:
As espreguiçadeiras nos gramados são uma ótima opção para curtir a vista, estar perto da natureza e relaxar lendo um bom livro ou escutando música, por exemplo. Você pode encontrá-las em frente ao Living 360° (prédio 15) e perto do prédio 30.
Para que gosta de meditar, a dica é a sala de meditação, que fica localizada no terceiro andar do Living 360° (prédio 15). Vale a pena reservar um horário do dia para ir lá e ter esse momento de calmaria e tranquilidade, que traz grandes benefícios para o bem-estar e a saúde de forma geral.
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O Living também possui um espaço especialmente para os momentos de descontração: balanços, sofás, pufes, mesas de sinuca, pebolim e ping-pong e um quiosque da Casa Bauducco estão à disposição dos alunos no térreo do prédio 15. Além, é claro, do restaurante Fifteen Sports Bar.
A casa da Rádio Atlântida na PUCRS é o lugar ideal para quem busca um espaço de descontração. Além dos sofás e pufes, a ATL House também conta com mesas de sinuca, um jogo de fliperama e uma TV com console de videogame – e sempre tem música tocando. Há ainda um estúdio de rádio onde são gravados programas da Rádio Atlântida, permitindo que os estuantes, em especial os de comunicação, tenham acesso ao processo de produção desses programas em tempo real. O espaço também abriga os restaurantes Rafa Sushi, Canal Café e Severo Garage, para quando bater a fome.
O Tecnopuc não fica de fora: as áreas externas do lugar possuem várias redes para quem quer relaxar ao ar livre. Seja para ficar deitado, descansando, organizando as ideias e esperando a inspiração chegar ou para juntar os amigos e colocar a conversa em dia, as redes do Tecnopuc são uma boa pedida.
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O Litoral Norte é o destino de milhares de pessoas nessa época do ano. Por isso, para estar mais perto dos gaúchos, a PUCRS apostou em diversas ações para quem estava curtindo as férias na praia. Uma delas foi o apoio na revitalização do famoso centrinho da Praia de Atlântida. Agora, o local conta com o complexo Roubadinhas ATL que recebe diversas experiências interativas, shows, distribuição de brindes e ativação de marca.
O Palco PUCRS estreou com o show da Banda Good Samaritans que animou o público com muito reggae. A programação segue no dia 11 de fevereiro com show da Liverpoa Beatle Band – banda porto-alegrense de tributo aos Beatles que apresentará os maiores sucessos da carreira do quarteto inglês e canções que fizeram parte da trajetória histórica dos amigos de Liverpool. Além disso, das 17h às 22h, o espaço terá ainda uma experiência interativa com entrega de brindes. E fechando o último fim de semana de fevereiro, a Universidade está planejando um show surpresa no dia 24 (sábado).
Antes disso, o Roubadinhas ATL será o ponto de encontro para a ação PUCRS Praia Limpa. A Universidade, em parceria com o Espaço Roubadinhas ATL e a Arco Resíduos (empresa de coleta de resíduos em Porto Alegre), fará um mutirão de limpeza na praia logo após o Carnaval, na Quarta-feira de Cinzas, dia 14 de fevereiro, das 9h às 11h. O objetivo é conscientizar os veranistas sobre a destinação correta do lixo e a necessidade da adoção de um comportamento mais sustentável.
Para ser voluntário não é necessário realizar uma inscrição prévia, basta chegar antes do início da ação no Palco PUCRS, no Espaço Roubadinhas ATL, no centro da Praia de Atlântida. Os participantes ganharão um café da manhã de boas-vindas, seguido da entrega do kit necessário para a realização da coleta.
“Além de a PUCRS estar onde o público está, as ações no Litoral Norte têm um significado muito importante para a Universidade: que é participar de projetos que beneficiam a sociedade. Isso vai ao encontro da nossa missão de gerar impacto positivo para as pessoas. A revitalização do centrinho de Atlântida trouxe vida para o local, gerando entretenimento, convivência, movimentando a cidade e contribuindo para o crescimento da região. Além disso, apostar em ações como a PUCRS Praia Limpa é uma das iniciativas que evidenciam que a nossa Universidade está conectada com o dia a dia das pessoas e procura alertar para o cuidado urgente com o meio ambiente”, comenta a assessora de Comunicação e Marketing da PUCRS, Lidiane Lorenzoni.
Além do centrinho da Praia de Atlântida, a PUCRS contribuiu com a revitalização das passarelas que dão acesso à beira do mar de Capão da Canoa e Atlântida, e também realizou diferentes ações de presença de marca, como a instalação de relógios estáticos nas principais avenidas da Praia de Atlântida e marcadores de distância em toda a extensão do calçadão de Atlântida e Capão da Canoa.
Conheça organizações e empresas do Parque Tecnológico da PUCRS que estão atuando nessa causa. / Foto: Envato
O câncer é o segundo tipo de doença que mais causa óbito no Brasil, perdendo apenas paras doenças cardiovasculares. No entanto, o número de fatalidades causadas pela doença tende a aumentar: de acordo com Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Incra) as mortes por câncer no Brasil terão um aumento de quase 99% até 2050. A estimativa da entidade é que é de que até metade da década existam 1,15 milhão de diagnósticos da doença e 554 mil óbitos (98,6% a mais em relação aos ocorridos em 2022).
A alta nos números alerta para a necessidade de uma atuação conjunta da sociedade em prol da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessa doença. Startups e organizações que integram o Parque Tecnológico da PUCRS têm atuado no combate ao câncer. Conheça algumas das iniciativas.
A WebMed, startup responsável pela ShortMed (plataforma de suporte ao diagnóstico precoce e conexão entre paciente e serviço de saúde em diferentes patologias), firmou uma parceria com o Hospital Ernesto Dornelles (HED) para auxiliar no diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Na prática, qualquer pessoa pode preencher um questionário online que identificará se ela apresenta risco para a doença e, em caso positivo, a conectará de maneira rápida a um profissional de saúde da rede pública ou privada. Essa conexão irá de acordo com os dados fornecidos pelo usuário.
A solução ShortMed foi criada em 2020 para identificar casos de burnout em profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19, devido ao fundador e CEO, Luciano Lorenz, ter entrado em burnout. Desde então, tem sido utilizada para rastreio de outras 16 patologias / áreas terapêuticas, com diferentes parceiros, e já encurtou o caminho entre diagnóstico e início de tratamento de 40 mil pessoas em 3 anos, período em que a plataforma teve 1,5 milhão de acessos.
A Thummi é uma plataforma de monitoramento remoto para pacientes oncológicos que busca oferecer maior assertividade no tratamento. O paciente utiliza o aplicativo para registrar e organizar os eventos do dia a dia, como sintomas, sentimentos, efeitos colaterais e consultas. Todos esses registros são reportados em tempo real para a equipe médica – conforme a autorização do paciente. Além disso, o próprio algoritmo do aplicativo alerta sobre a necessidade de ir a uma emergência ou consultar a equipe médica imediatamente, em caso de o paciente relatar sintomas que necessitem dessa atenção. Esse acompanhamento permite ao paciente se sentir mais seguro e à equipe médica ter mapeada toda a jornada, o que torna o tratamento mais assertivo.
Criado em 2018 pelos médicos oncologistas Alessandra Morelle e Carlos Barrios, pelo pneumologista Carlos Eurico Pereira e pelo engenheiro de software Ronaldo Aloise Júnior, o aplicativo é gratuito aos pacientes e já ajudou no acompanhamento de mais de 5 mil pessoas em tratamento.
A Alora é uma startup especializada em cosméticos para pacientes oncológicos. Seus produtos previnem e minimizam os efeitos indesejáveis causados na pele e mucosa oral em decorrência da quimioterapia e radioterapia. A composição dos produtos é vegana e livre de substâncias tóxicas.
A startup foi fundada pelos farmacêuticos Patrícia Benvenutti e Luciano Marques Borges, após perceberem que a maioria dos pacientes relatava problemas relacionados à pele, entre eles ressecamento, coceira, descamação, sensibilidade, inchaço e dor nas mãos e pés durante o tratamento oncológico – o que, em muitos casos, resultava na interrupção do tratamento em função dessas reações.
O IGCC é uma organização sem fins lucrativos criada a partir da experiência do City Cancer Challenge Foundation em Porto Alegre. Com atuação nacional, o instituto tem como missão apoiar cidades e parceiros na elaboração e implementação de políticas públicas, projetos e pesquisas que ajudem a diminuir a brecha existente com relação ao acesso aos melhores tratamentos de câncer.